Estão em quase todas as consultas. Aparecem em diversos momentos da vida. São presentes desde sempre em nossa rotina, mas ainda causam tanta confusão… Afinal, você sabe o que é uma receita médica e quais os tipos existentes? Separamos um guia definitivo para que você não fique mais em dúvida.
Aqui, você vai entender tudo o que precisa sobre a função da receita médica, a validade, os tipos, e todos os detalhes para seguir adequadamente a recomendação do seu médico. Inclusive, é essencial reforçar como o médico e os demais profissionais da saúde são as pessoas indicadas e realmente habilitadas para prescrever qualquer medicamento.
Por isso, o primeiro ponto importante é sempre passar por consulta com profissional especializado e autorizado a passar receitas médicas. Não aceite recomendações sem validar a licença ativa de atuação do profissional e não se automedique. Jamais aceite receitas falsificadas ou tente criar sua própria receita médica. Acima de tudo, a receita médica é um documento com valor perante a lei, e deve ser levada com a devida seriedade.
O que é receita médica?
Após consulta com especialista, exames e avaliações gerais, o médico indicará uma linha de tratamento e os medicamentos que auxiliarão neste tratamento. Para que você possa adquiri-los e seguir as orientações com clareza, existe a receita médica.
Esse documento contém as informações prescritas pelo médico e é, portanto, um documento com valor legal e intransferível, que deve contar orientações claras, legíveis e organizadas para o paciente (e farmacêutico), sem prejuízos de interpretação.
Há itens básicos que devem fazer parte de toda prescrição médica e que garantem sua validade:
- Cabeçalho: com o nome da clínica ou do profissional, além de endereço, telefone, e o responsável técnico pelo estabelecimento com o número do CRM.
- Nome e sobrenome do paciente.
- Data de prescrição.
- Via de administração do medicamento: como o medicamento deve ser aplicado. Deve orientar se é via oral (para ingerir), se é para os olhos, para a pele, ou demais aplicações.
- Nome do medicamento: as indicações do tratamento proposto, podendo ser o nome fantasia ou o nome da substância (princípio ativo), no caso de um genérico.
- Dosagem do medicamento.
- Forma do medicamento a ser comprado: se a apresentação será em comprimido, em gotas ou pomada por exemplo.
- Posologia completa: a orientação de como fazer o tratamento. De quantas em quantas horas, por quantos dias, em qual quantidade, e todos os detalhes necessários para que o paciente se guie pela receita médica com segurança.
- Assinatura e número do CRM do médico que realizou o atendimento e propôs o tratamento.
- Carimbo do médico, mas não é obrigatório. Como este carimbo normalmente traz o nome completo e CRM, é possível que seja utilizado na hora da assinatura da receita médica.
Quais são os tipos de receita médica?
As receitas médicas variam de acordo com seus tipos. Esses tipos influenciam na validade, nas exigências de preenchimento e até no momento da compra nas farmácias.
Receita branca simples
A famosa receita branca. Para prescrever todo e qualquer tipo de medicamento e orientação, é essencial ter a receita branca. Ela também é utilizada para orientar os pacientes sobre o uso dos medicamentos controlados. No segundo caso, serve de caráter informativo, já que a receita original será retida na farmácia.
Controle especial
Conhecida como receita branca em duas vias, é utilizada para medicamentos que são de controle especial e curto prazo de validade. Normalmente, dão até 10 dias para a compra a partir da data da receita. É comumente utilizada pelos médicos para recomendar antibióticos, alguns antidepressivos, imunossupressores e afins.
Receita azul (receita B)
Essa receita é padronizada e exige que o médico requeira o bloco receituário. Não é autorizada para dentistas ou outros profissionais da área de saúde, sendo de uso exclusivo do médico. Tem validade de 30 dias e é normalmente destinada a medicamentos psicoativos.
Receita amarela (receita A)
Também padronizada e sendo necessário requerimento médico, é restrita apenas a tais profissionais. É usada para a prescrição de entorpecentes e psicotrópicos e tem validade de 30 dias.
Receita renovável
Criada exclusivamente para oferecer praticidade aos pacientes de medicamentos recorrentes, de uso contínuo, serve principalmente para aqueles pacientes de doenças crônicas. É o caso da pressão alta, por exemplo. Após a recomendação médica, não é necessário o retorno ao consultório para novas receitas pelo tempo que o profissional orientar.
Receituário eletrônico
Modalidade mais recente, que vem para acompanhar a telemedicina, essa receita não contempla os tipos azul e amarelo, servindo portanto apenas para os demais tipos. As orientações do médico já chegam em uma versão digital, recebida pelo celular ou e-mail. Caso seja necessário ou do desejo do paciente, pode ser solicitada a versão física.
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A receita tem prazo ou região de validade?
Não há limitação geográfica dentro do país. Uma receita médica emitida no Brasil vale para todo o território nacional. Isso significa que, ainda que você tenha passado por um médico em um estado e precise comprar o medicamento em outro, pode usar a receita prescrita pelo profissional. Essa validade está prevista em lei vigente desde 2018.
Já quando se trata de viagem para o exterior, as regras podem mudar. Se a receita for para medicamentos controlados, é essencial que você tenha em mãos a receita médica, preferencialmente também em inglês, e dentro das normas do país de destino, segundo a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Vale também se informar a respeito da quantidade permitida de medicamentos para o embarque de cada região.
Em relação às datas, algumas receitas terão validade de até 30 dias, enquanto outras serão de uso contínuo. Para entender qual é o caso da sua receita médica, veja os tipos de receita que existem. E sempre consulte o especialista para garantir o acompanhamento ideal durante o seu tratamento.
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