Você já deve ter ouvido falar que os hormônios causam diversas reações no organismo, inclusive, podem alterar aspectos na nossa pele, principalmente no rosto. Quando pensamos em espinhas, por exemplo, logo vem à mente memórias da puberdade. Mas essas mudanças também ocorrem em diversos outros momentos da vida, inclusive é comum surgir espinhas na gravidez.
Entenda as causas dessas mudanças na pele, quais são os cuidados recomendados e se há uma estimativa de tempo para que efeitos indesejados surjam ou desapareçam com a chegada do bebê. Lembrando que além da chamada acne gestacional, o período da gestação pode ser responsável pelo surgimento de manchas na pele, conhecidas como melasma. Confira nesse post as principais informações sobre manchas e acne na gravidez.
Por que a pele na gravidez passa por mudanças?
Durante o período de gestação, ocorrem inúmeras mudanças no corpo em prol do desenvolvimento do bebê e há um aumento significativo na produção de diversos hormônios. O nível de estrogênio, por exemplo, pode ficar até 30 vezes maior!
Em alguns casos, isso melhora o aspecto da pele, porém, em outros, o contrário acontece. Embora alguns fatores aumentem a probabilidade de você experimentar ou não o melasma e a acne na gravidez, não há realmente uma regra: cada organismo responde de um jeito.
De toda forma, o melhor a se fazer é acompanhar e buscar orientação médica multidisciplinar no período neonatal. É importante agendar ao menos uma consulta com o dermatologista ao longo da gestação.
Quando surgem as espinhas na gravidez?
Geralmente, a acne gestacional surge por volta do terceiro trimestre de gravidez, ela é um dos sintomas de gravidez, devido a alterações nos níveis de hormônios androgênicos – os principais reguladores das glândulas sebáceas. Afinal, embora as espinhas também ocorram em peles secas, elas estão diretamente relacionadas à produção de oleosidade.
Entretanto, devido ao desequilíbrio hormonal e à resposta individual do organismo da mulher, isso pode acontecer antes ou também não ocorrer. O curso da acne na gestação é muito imprevisível.
A probabilidade de espinhas na gravidez aumenta caso exista uma história prévia com a acne durante a puberdade, por exemplo, ou até mesmo histórico familiar, havendo possibilidade de reativação mesmo durante o primeiro trimestre. Porém, não há uma forma de determinar se a gestante terá ou não acne, tão pouco em qual fase da gestação.
Há quem diga que as mulheres grávidas de meninos possam produzir mais testosterona e, por consequência, ter uma pele mais oleosa e acneica. Porém, na prática e na clínica médica, isso não é uma condição determinante para definir o sexo do bebê, já que os hormônios masculinos tendem a aumentar independentemente ao final do terceiro trimestre.
O que é bom para acne na gravidez?
Existem poucos medicamentos seguros para uso durante a gestação. Porém, a maioria dos medicamentos tópicos – aqueles aplicados diretamente na pele, pode ser usada com indicação médica e se houver riscos reduzidos.
Um exemplo do que não usar: medicamentos derivados da vitamina A, conhecidos como retinóides, são contra-indicados para tratar acne gestacional, mesmo em uso tópico, devido ao risco de malformação fetal.
Já medicamentos com ácido salicílico ou peróxido de benzoíla devem ser avaliados junto ao médico dermatologista, pois há evidências de riscos de toxicidade para uso inclusive tópico em gestantes.
O melhor caminho é manter a rotina de skincare para a limpeza e saúde da pele. Pode ser satisfatório o uso de sabonetes com controle de oleosidade, livre de ácido salicílico, somado a outros produtos leves e, de preferência, não oleosos.
De toda forma, é comum que haja naturalmente uma melhora do quadro conforme a normalização dos hormônios após o nascimento ou durante a amamentação.
Melasma na gravidez é normal?
O melasma é muito mais comum frente à acne e também mais complicado de tratar, podendo durar um bom tempo ou, até mesmo, piorar após parto. Segundo as pesquisas consultadas, pode afetar até 70% das gestantes.
A progesterona e o estrogênio estão em alta no início da gravidez, por isso, o aparecimento das manchas na pele costuma ocorrer já no primeiro trimestre e pode ter o pico no nascimento do bebê.
Caso o melasma seja uma condição preexistente, a tendência é que piore durante a gestação. Alguns de seus gatilhos são: predisposição genética, fatores hormonais, sedentarismo, inadequação alimentar e de hidratação, fatores emocionais, entre outros.
Embora estime-se que em cerca de 30% dos casos, gestantes possam levar sequelas do melasma gestacional ao longo da vida. Em geral, após o terceiro mês do nascimento já existe uma melhora visível caso sejam feitos tratamentos com acompanhamento médico. E, em até um ano após o parto, é possível conseguir retornar a qualidade de pele anterior à gestação.
Como acabar com melasma de gravidez?
Assim como na acne, o tratamento para o melasma deve ser receitado por dermatologistas, juntamente com o apoio da equipe multidisciplinar que acompanha o neonatal. Tendo em vista que produtos clareadores são ainda mais restritos para uso em gestantes.
Visando a prevenção, o ideal é sempre utilizar um bom filtro solar no rosto com proteção físico-química. Uma dica, após a gestação, é iniciar um tratamento com ácido glicólico ou retinóides.
Consulte um médico especialista, como o dermatologista ou um ginecologista obstetra, para tirar outras dúvidas e receber o acompanhamento mais adequado. Acesse o CliqueFarma para comparar preços de produtos para o cuidado com a pele ou medicamentos e economize!