Durante a gestação, o corpo da mulher sofre diversas adaptações para garantir o crescimento e desenvolvimento do bebê. Embora muitas dessas mudanças sejam naturais, algumas complicações podem surgir, impactando a saúde da gestante e do feto, como a hipertensão arterial e o diabetes.
Existem mulheres que já apresentam essas condições antes da gravidez, enquanto outras, mesmo sem condições crônicas pré-existentes, podem desenvolvê-las devido a fatores de risco. Por isso, cuidar da saúde é indispensável. Veja alguns fatores que podem interferir na saúde da mulher na gestação:
Fatores de risco para o diabetes gestacional
- Histórico familiar de diabetes (parentes de primeiro grau);
- Obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez;
- Idade materna avançada (≥ 35 anos);
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP);
- Histórico de diabetes gestacional em gestações anteriores;
- Bebê anterior que nasceu com peso ≥ 4 kg;
- Sedentarismo;
- Síndrome metabólica (resistência à insulina, dislipidemia, hipertensão).
Fatores de risco para hipertensão na gestação e pré-eclâmpsia
- Hipertensão crônica ou histórico familiar de pré-eclâmpsia;
- Diabetes mellitus ou gestacional;
- Obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez;
- Idade materna (< 18 ou > 35 anos);
- Primeira gestação ou intervalo longo entre gestações (> 10 anos);
- Gestação múltipla (gêmeos, trigêmeos, etc);
- Doenças autoimunes (como lúpus e síndrome do anticorpo antifosfolipídeo);
- Doença renal crônica.
Como identificar diabetes ou hipertensão na gestação?
Durante a gravidez, algumas condições podem ser controladas para reduzir o risco de complicações, como parto prematuro, necessidade de cesariana e problemas com o bebê.
O diabetes gestacional, por exemplo, pode ser evitado ou controlado por meio do monitoramento rigoroso da glicemia, alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos e, se necessário, medicação. O diagnóstico ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão elevados (igual ou superior a 92 mg/dL).
Outras condições relevantes são a hipertensão gestacional e a pré-eclâmpsia, caracterizadas pelo aumento da pressão arterial. A hipertensão gestacional surge após a 20ª semana de gestação, sem outros sintomas associados. Já a pré-eclâmpsia é uma forma mais grave, acompanhada de sinais como inchaço excessivo, presença de proteína na urina e alterações na função hepática e renal.
Se não tratada, a pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia, quadro grave que inclui convulsões e coloca em risco as vidas da mãe e do bebê. O tratamento envolve o controle da pressão arterial e dos sintomas, podendo ser necessário antecipar o parto em casos graves. Além disso, a hipertensão e a pré-eclâmpsia podem prejudicar o crescimento do bebê, aumentar o risco de parto prematuro e causar dificuldades respiratórias no recém-nascido.
Ambas as condições exigem acompanhamento constante, incluindo consultas regulares ao obstetra e outros profissionais (quando necessário), o monitoramento da pressão arterial, da glicose e da função renal, além da avaliação da saúde fetal. O diagnóstico precoce e o manejo adequado são essenciais para uma gestação mais segura.
Adotar um estilo de vida saudável, seguir as recomendações médicas e manter um pré-natal rigoroso são atitudes fundamentais para prevenir ou minimizar os riscos do diabetes gestacional e da hipertensão na gravidez.