A esclerose múltipla é uma doença autoimune inflamatória e neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal).
Ela ocorre quando o sistema imunológico ataca a camada que protege os nervos, dificultando a comunicação entre o cérebro e o corpo. Isso pode causar diversos sintomas, que podem piorar com o tempo.
Principais sintomas
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, dependendo das áreas do sistema nervoso afetadas, e podem surgir em surtos ou de maneira progressiva. Alguns dos mais comuns incluem:
- Problemas de visão (como visão dupla ou neurite óptica);
- Fraqueza ou dormência nos braços e pernas;
- Dificuldade para se equilibrar e coordenar os movimentos;
- Dor nos nervos;
- Rigidez muscular;
- Cansaço extremo;
- Problemas para controlar a urina e as fezes;
- Dificuldades de memória e comportamento.
Vale destacar que um surto ou recaída é caracterizado pelo aparecimento de novos sintomas ou pela piora dos já existentes por mais de 24 horas, sem estar relacionado à febre, infecção ou outra causa.
Como tratar a esclerose múltipla?
O tratamento da esclerose múltipla pode ser complexo e envolve o acompanhamento de diversos profissionais de saúde, combinando medicamentos e outras abordagens terapêuticas a fim de controlar os sintomas e retardar a progressão da doença. As opções incluem:
- Tratamento farmacológico: interferons, fingolimode, natalizumabe.
- Tratamento do surto: altas doses de corticoide.
- Fisioterapia e reabilitação: melhoram a mobilidade e reduzem dores musculares.
- Mudanças no estilo de vida: alimentação equilibrada, exercícios e controle do estresse ajudam a minimizar sintomas.
- Práticas integrativas e complementares como acupuntura, yoga e mindfulness: para o controle da dor e bem-estar emocional.
Existe ligação entre a esclerose múltipla e o diabetes?
Existem algumas relações entre a esclerose múltipla e o diabetes tipo 1, que também é uma doença autoimune. Ambas compartilham fatores genéticos e imunológicos semelhantes. Alguns estudos indicam que pacientes com diabetes tipo 1 podem ter um risco ligeiramente maior de desenvolver esclerose múltipla.
Além disso, os medicamentos para tratamento de surto da esclerose múltipla, corticosteroides, podem elevar os níveis de açúcar no sangue, aumentando o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Nesse contexto, a possível relação entre as condições reforça a importância do acompanhamento médico contínuo e de hábitos de vida saudáveis. Com os avanços da ciência e o suporte de uma equipe multidisciplinar, é possível oferecer mais qualidade de vida às pessoas que convivem com essa condição.