Melasma: Você sabe o que é?

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Melasma: Você sabe o que é?

O que é melasma? Trata-se do surgimento de manchas escuras na pele, o que os especialistas chamam de hiperpigmentação. O pigmento melanina define a cor dos cabelos e da pele das pessoas. Fatores internos e externos, tais como a exposição solar, genética, mudanças hormonais, inflamações e até a idade podem afetar a produção de melanina. 

melasma 2

A superprodução leva a hiperpigmentação, onde essas manchas escuras e tons desiguais aparecem na pele. A produção insuficiente, ou hipopigmentação, tem o efeito oposto, com aparição de manchas sem pigmento nas áreas afetadas.

 

Essas manchas incômodas, normalmente aparecem no rosto, mas pode ocorrer em outras áreas expostas ao sol, como braços e colo, por exemplo. É mais comum em mulheres entre os 20 e 50 anos, porém também pode afetar os homens. Quando surgem na gravidez, as manchas são chamadas de cloasma gravídico. 

 

O melasma pode começar com pequenas manchas arredondadas que lembram sardas e que podem ir aumentando gradativamente e formando manchas maiores, comprometendo testa, nariz, região malar e mandíbulas. A mancha não coça, não dói e a textura é normal, somente com mudança de cor.

 

Além dos fatores hormonais e da exposição aos raios solares, a predisposição genética também influencia no surgimento desta condição, mas vamos falar disso um pouco mais à frente.

Tipos de melasma

  • Melasma epidérmico: Quando há um depósito aumentado de pigmento através da epiderme (camada mais superficial da pele).
  • Melasma dérmico: Caracterizado pelo depósito de melanina ao redor dos vasos superficiais e profundos.
  • Misto: Quando se tem excesso de pigmento na epiderme em certas áreas e na derme em outras regiões.

 

Também podemos incluir três tipos comuns observados no padrão facial de melasma, o malar (maçãs do rosto), o centrofacial (testa, bochechas, acima do lábio, nariz e queixo) e o mandibular, conforme a região em que aparece.

 

Ao contrário das manchas de idade, o melasma pode desaparecer por si só após o parto ou se a ingestão de estrógeno for reduzida.

 

Lembrando sempre que se uma mancha na pele mudar de tamanho, forma, cor, coçar ou sangrar, consulte um dermatologista para avaliar o grau de malignidade.

Quais as causas para o melasma?

Até hoje, não há uma única causa definida para o melasma, mas sabe-se que ele está relacionado principalmente à exposição solar e também ao uso de anticoncepcionais e algumas outras medicações, fatores hormonais, predisposição genética, algumas doenças (ex: hepatopatias) e à gravidez. 

 

Pessoas com melasma possuem um histórico de exposição diária ou intermitente ao sol, embora também suspeita-se que o calor seja um fator oculto. É mais comum em mulheres, aproximadamente 90% dos casos, e àquelas com tons de pele mais escuro tem mais probabilidade de apresentar a doença.

 

Dentre todos os diversos fatores capazes de desencadear o melasma, podemos citar:

 

  • Exposição ao sol, pois a luz ultravioleta estimula os melanócitos (que produzem a melanina). Apenas uma pequena quantidade de exposição solar já pode fazer com que o melasma retorne, mesmo em uma pessoa que já o tratou anteriormente, e essa é uma das principais razões dos casos aumentarem no verão.
  • Mudanças hormonais causadas pela gravidez, uso de pílulas anticoncepcionais ou repositores hormonais, além das endocrinopatias, como as doenças da tireóide
  • Produtos cosméticos para o tratamento da pele, que acabam por irritá-la, podem piorar os episódios de melasma.

Existem fatores de risco envolvidos?

Sim, e eles são vários! Por exemplo:

 

  • Ser mulher, pois elas representam aproximadamente 90% do total dos casos de melasma conhecidos;
  • Ter um tom de pele mais escuro, como as africanas e afrodescendentes, indianas, hispânicas e asiáticas. Estas são mais propensas a contrair melasma por possuírem mais melanócitos ativos para a produção de melanina (pigmentação da pele);
  • Estar gestante também contribui devido às alterações hormonais;
  • Algum familiar direto já ter tido melasma;
  • Altas temperaturas, exposição ao sol e período de verão.

 

Sintomas de melasma

Podemos destacar como sintomas do melasma, o escurecimento de áreas da pele expostas ao sol, majoritariamente no rosto. As cores destas manchas variam de acordo com o tom de pele da pessoa e o formato é irregular e, normalmente, simétrico, sendo igual dos dois lados do rosto.

 

Cloasmas (O melasma da gravidez) X Sardas

Podemos perceber a principal diferença entre eles: os cloasmas diferem das sardas quanto à forma. As sardas têm formas redondas, enquanto que os cloasmas são manchas bastante irregulares e, em geral, maiores.

 

É claro que ambos os tipos de pigmentação estão relacionados com a exposição do corpo à luz solar, e é possível observar, que os europeus, que se expõem menos ao sol – e a um sol mais fraco – apresentam sardas mais claras que outras raças onde o sol é mais forte.

 

É aí então que, percebemos mais uma diferença entre o cloasma e a sarda. As sardas têm, maior incidência em pessoas de pele clara e têm também origem hereditária. Ao contrário dos cloasmas, cuja maior incidência é justamente em pessoas de pele mais pigmentada.

Impacto psicológico do melasma 

Não é segredo para ninguém que, a formação dessas manchas escuras no rosto exerce impacto negativo sobre a autoestima  e a qualidade de vida das pessoas que sofrem com essa condição. Afinal, infelizmente, é comum o aspecto anti-estético das lesões servir de entrave para os relacionamentos sociais e afetivos. A alteração na aparência da pele chega a interferir no desempenho profissional e a pessoa acaba se afastando dos ambientes que antes frequentava e começa até mesmo a fugir dos amigos.

 

Estudos têm revelado que em muitos casos, pessoas que têm melasma, lutam com problemas de fatores emocionais e psicológicos que essa condição pode trazer. Essas pessoas sofrem de baixa autoestima, psicológico abalado, depressão, medo de sair na rua ou mesmo de se olhar no espelho. 

 

É comum também ser observado, algumas pessoas, por medo de agravar as manchas, em vez de se proteger com filtro solar, bonés e outros, acabam se isolando para não se expor ao sol. Elas abrem mão de momentos importantes da própria vida, por exemplo deixando de viajar ou fazer atividades ao ar livre. 

 

E é esse isolamento que pode trazer consequências psicológicas”, comenta o dermatologista Bruno Vargas, da Clínica Bruno Vargas.

 

Em uma pesquisa publicada pelo Journal of Dermatological Treatment, estudiosos identificaram que pacientes com melasma sentiam emoções negativas sobre a própria condição, e não as compartilhavam com ninguém. Alguns responderam que se sentiam desfigurados. Outros afirmaram que, durante um diálogo, sentiam os olhos do interlocutor focados nas manchas, causando constrangimento. E ainda, 100% dos entrevistados, conforme o estudo, disseram que a vida seria melhor sem o melasma. Por isso vamos falar da importância do passo a seguir…

 

Quando é necessário procurar um médico

Se aparecerem manchas na região do rosto ou pescoço, a pessoa deve procurar imediatamente um dermatologista. Mesmo que seja um caso recorrente de melasma, é importante verificar com ele qual o tipo e tratamento adequado.

 

O melasma não se transforma em câncer, mas manchas na pele podem ter vários significados.

 

Quando estiver na consulta, esteja preparado para facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Em vista disso, você já pode chegar ao consultório com algumas informações:

 

  • Uma lista com todas as manchas e há quanto tempo elas apareceram;
  • Se já teve outros episódios de melasma, informar quando foi a primeira vez e a data dos últimos tratamentos;
  • Histórico médico, incluindo outras condições que tenha e medicamentos ou suplementos que tome com regularidade;

 

É possível que o médico faça as seguintes perguntas:

 

  • Com qual frequência você se expõe ao sol e por quanto tempo?
  • Costuma usar protetor solar? Qual FPS?
  • Já teve outros episódios de melasma anteriormente? Como foi tratado?
  • Algum parente próximo (pais e/ou irmãos) já teve melasma?
  • Já fez ou faz tratamentos com hormônios?
  • Usa pílula anticoncepcional?
  • Está grávida ou com suspeita de gravidez?

 

Você pode levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante, pois isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. E caso tenha uma dúvida nova durante o atendimento ou tratamento, não hesite em perguntar ao profissional.

 

Como é feito o diagnóstico de Melasma

O dermatologista normalmente fará o diagnóstico de melasma avaliando a sua aparência típica de manchas na face. Uma luz negra (lâmpada de Wood) também pode ser utilizada para ajudar na conclusão do diagnóstico. 

 

O tipo de melasma mais comum diagnosticado é o misto e muito raramente é necessário uma biópsia da pele para excluir outras causas para a hiperpigmentação no local.

E o tratamento? Como funciona?

Os tratamentos para melasma variam, mas é importante que o paciente sempre se proteja contra os raios ultravioleta e a luz visível, além de procedimentos para o clareamento e uso de medicamentos tópicos e/ou orais.

 

Para iniciar, é necessário cuidar da proteção contra os raios solares, por isso, se deve aplicar um bom filtro solar com fator de proteção (FPS) mínimo de 30 nas regiões expostas do corpo. É importante que o paciente dê preferência para os que oferecem proteção contra os raios ultravioleta A (UVA) e ultravioleta B (UVB). O filtro ajuda a estabilizar os benefícios do tratamento.

 

Agora chegamos à parte de remoção das manchas e para ajudar, podem ser utilizados cremes clareadores à base de hidroquinona, ácido glicólico, ácido retinoico, ácido azelaico, entre outras substâncias, e, os resultados demoram cerca de dois meses para aparecer.

 

Vale salientar que esse método não funciona em todos os pacientes e, mesmo que os resultados apareçam mais rapidamente, é necessário tempo para estabilizar a condição e impedir que um mínimo de exposição ao sol traga os sintomas de volta. Provavelmente, o tratamento será constante/contínuo.

 

Pode ser que o paciente e o dermatologista optem por tratar a doença com o uso do peeling, que pode clarear a pele de forma gradual e, muitas vezes, mais rapidamente que os cremes. No entanto, é bom se atentar para a profundidade do procedimento, lembrando que os mais superficiais são mais seguros que os profundos e o médico poderá dizer qual é a forma mais adequada caso a caso.

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Também existe a possibilidade de usar laser ou outras formas de energia luminosa para ajudar no processo, mas o profissional tem que ser reconhecido na técnica e ela deve ser a mais adequada para o seu caso. Se não for a mais recomendada ou não for aplicada corretamente, o procedimento pode gerar ainda mais manchas na pele do paciente. Por isso, cuidado!

 

Se depois de iniciar o tratamento do melasma o paciente notar que a pele escureceu, está irritada ou apresentou algum outro problema deve-se contatar o dermatologista o quanto antes.

 

Tratamento moderno para o melasma

Como vamos ver logo à frente, o melasma não tem cura definitiva, mas o paciente tem cada vez mais alternativas para amenizar e controlar o problema. E, graças aos estudos e às novas tecnologias, temos esperança de reduzir os impactos do melasma de forma considerável em pessoas com qualquer tipo de pele.

 

O ácido tranexâmico pode ser uma dessas indicações. Na forma intradérmica, ele é aplicado através de uma agulha fina na mancha, na camada intermediária da pele, e bloqueia os estímulos que fazem com que o melanócito produza mais pigmento. 

 

Dessa maneira, a pele fica protegida e novas manchas são impedidas de aparecer ou, ainda, as que já existem de escurecerem. Quando associado ao tratamento oral e tópico, os efeitos são melhores.

 

Lógico que, para todos os tratamentos é fundamental a avaliação de um dermatologista. Somente ele poderá indicar a melhor opção. Também é importante tomar os cuidados básicos, como uso constante de filtro solar, além de chapéus ou bonés durante a exposição à luz solar.

 

Medicamentos tópicos comumente receitados para Melasma

Os medicamentos tópicos mais usados para o tratamento de melasma são:

 

  • Fluocinolona acetonida + hidroquinona + tretinoína
  • Suavicid.

 

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

 

Prognóstico

Apesar do melasma poder evoluir para uma forma crônica com períodos que aparece e outros que desaparece, o prognóstico para a maior parte dos casos é bom. Mas é importante lembrar-se de ter paciência, como ele se desenvolve devagar, o clareamento também tende a ser lento, baseando-se sempre na estabilização dos benefícios já alcançados.

 

Na grande maioria dos casos em que o tratamento não apresentou resultados, a razão foi porque o paciente continuou se expondo ao sol sem os devidos cuidados ou de forma excessiva.

 

A partir do momento que é feito o tratamento corretamente, e tomando todos os cuidados diariamente é possível que os episódios de melasma não voltem a se repetir, apesar da doença ainda não ter cura.

 

Não tem mesmo cura?

Após o aparecimento do melasma, o paciente pode esperar que ele demore alguns meses para começar a regredir, e mesmo depois de clareado é necessário continuar com um tratamento de manutenção recomendado pelo dermatologista. Mesmo assim, como ainda não há cura para o melasma, as manchas podem voltar depois de algum tempo.

 

O mais importante, é evitar a exposição solar e sempre usar bons protetores solares com o mínimo de FPS 30. Como a pele se torna mais sensível, é bom sempre prestar atenção na qualidade dos cremes e maquiagens que usará, uma vez que irritações também podem interferir no melasma.

 

Também pode ser necessário rever o uso de hormônios como repositores ou para controle de natalidade. É importante seguir as recomendações médicas caso a caso, mas a doença não traz grandes complicações para a vida do paciente.

Melhores formas de prevenção

O uso de protetor solar diariamente é importante para todas as pessoas, mas para aquelas que têm tendência a adquirir o melasma ou se enquadram nos fatores de risco, os cuidados devem ser ainda maiores. O principal da prevenção do melasma é evitar a exposição ao sol e sempre usar um bom protetor solar no rosto e demais áreas expostas. 

 

A aplicação deve acontecer várias vezes ao dia com a finalidade de evitar o estímulo para produção de pigmento. Se a pessoa já mostra os sintomas ou sabe-se que tem grande tendência a desenvolver melasma, ela ainda pode conversar com os médicos para, se possível, evitar pílulas anticoncepcionais e reposição hormonal.

Mitos e verdades sobre o melasma

Olheira é um tipo de melasma.

Mito. Pode haver confusão com olheiras e melasma, principalmente na região perto dos olhos, no entanto, os problemas são bem distintos. As manchas de melasma costumam ser marrons e podem ultrapassar a área das pálpebras. Já as olheiras podem ser acastanhadas, arroxeadas ou azuladas e ocupam apenas a região abaixo dos olhos. 

 

Elas surgem por conta de uma dilatação dos vasos sanguíneos e do espessamento do sangue com a produção de cortisol – que aumenta quando estamos cansados ou estressados -, que acabam ficando mais evidentes por baixo da pele tão fina e delicada das pálpebras inferiores.

 

Depilação pode causar manchas escuras no rosto, virilhas e axilas.

Parcialmente verdade. Quando o processo de depilação não é feito corretamente, pode causar irritação na pele e gerar uma espécie de estímulo aos melanócitos, o que aumenta a produção de melanina na região. No entanto, esse fenômeno é chamado de hiperpigmentação pós-inflamatória, um tipo de mancha diferente do melasma.

 

A radiação solar é a única causa do melasma.

Mito. Como bem observamos no decorrer deste artigo, os raios solares estão entre as principais causas do melasma, porém, esse não é o único fator que leva ao surgimento das manchas escuras no corpo. Entre outros, podemos destacar também as alterações hormonais comuns durante a gravidez e a ingestão de pílulas anticoncepcionais.

 

Grávidas têm mais propensão ao aparecimento do melasma.

Verdade. E nós também já vimos o por quê. Isso acontece por conta das alterações hormonais da gravidez. O estrogênio e a progesterona, recebem ajuda do melanotrófico, que ativa a produção de melanina, causando as manchas escurecidas de melasma no corpo.

Melasma, melanoma e nevos melanocíticos são termos diferentes para denominar o mesmo fenômeno de escurecimento da pele.

Mito. Mesmo tendo nomes parecidos, derivados da palavra “melanina”, os problemas são bem diferentes. Enquanto o melasma é uma mancha escura que ocorre por conta de um aumento da atividade dos melanócitos; o melanoma é um tumor cutâneo maligno que se desenvolve a partir dos melanócitos, podendo aparecer em forma de mancha marrom ou preta. E o nevo melanocítico é um tumor benigno que também toma a forma de uma mancha escura, que pode ser elevada ou não.

 

Em todo caso, não deixe de consultar um dermatologista para identificar a causa das manchas escuras e receber indicação dos melhores tratamentos para o seu caso.

Algumas recomendações

  • A fotoproteção com filtros solares de amplo espectro deve ser complementada por medidas que diminuem o risco de desenvolver melasmas, como uso de chapéus de abas largas, de bonés com amplas viseiras, de óculos escuros e de guarda-sol, quando possível. 
  • A atenção deve ser redobrada entre dez da manhã e quatro da tarde, período em que é maior a emissão dos raios ultravioleta que agridem a pele.
  • Use o protetor solar o dia todo, todo dia e não só nos momentos de lazer na praia ou na piscina. Mesmo nos dias nublados, ele deve ser aplicado, porque os raios ultravioleta conseguem romper a barreira imposta pelas nuvens e manchar a pele.
  • Filtros solares podem ser de dois tipos diferentes: os químicos, que absorvem os raios UV e os físicos que refletem esses raios. A associação dos dois confere aos produtos fator de proteção mais alto contra a ação nociva do sol.
  • A aplicação de protetor solar de amplo espectro com cor de base no rosto, tem duas vantagens: além de uniformizar a aparência da pele e proteger contra a ação prejudicial dos raios ultravioleta UVB e UVA, a cor funciona como uma segunda barreira de proteção contra a luz visível que se propaga nos ambientes fechados com ar condicionado funcionando.
  • Os tratamentos com agentes clareadores, peeling ou laser podem desencadear efeitos colaterais indesejáveis. Por isso, devem acompanhados de perto pelo médico dermatologista que prescreveu a medicação.
  • Como já vimos, o melasma pode regredir espontaneamente, bem devagar, depois do parto ou quando for abandonado o uso de contraceptivos orais. No entanto, dado o caráter recidivante do distúrbio, existem outros cuidados que podem acelerar o processo e evitar as recaídas. Prevenir continua sendo, entre todos, o melhor remédio.

As cores e os tipos das manchas e suas diferenças entre si

As cores das manchas que surgem na pele podem indicar os problemas que temos de saúde. Às vezes pode ser um problema estético. Todavia, em outros casos, pode significar, por exemplo, melanoma. Vamos ver um pouco das cores e dos tipos de manchas que surgem em nossa pele:

 

Manchas marrons

 

Melanose – ela está diretamente ligada ao sol e aparece mais no dorso das mãos, colo e costas, que são áreas de muita exposição solar. Muitas pessoas acham que é mancha de idade, mas é o acúmulo do sol. Um dos tratamentos é o laser de luz pulsada. E atenção: Não vira câncer! 

 

São manchas que podem aparecer no corpo inteiro, inclusive nas regiões mais expostas: colo, braços, rosto e mãos são locais bem habituais para o surgimento delas, que se manifestam a partir dos 40 ou 50 anos de idade.

 

Fitofotodermatose (mancha do limão) – ela sai depois de um tempo, diferente da melanose. Essa mancha é uma queimadura causada pela reação do componente químico da fruta com o sol. Muitas vezes não adianta só lavar, é preciso usar protetor solar para não queimar a pele.

 

Melasma – tem o surgimento relacionado a fatores genéticos, hormonais e sol. Costuma aparecer durante a gravidez ou por causa do uso de pílula anticoncepcional. Não tem cura, mas tem melhora. Quem tem melasma precisa usar filtro solar com pelo menos 30 FPS, mais de uma vez ao dia. Precisa também evitar lugares com muita exposição solar.

 

Manchas pretas

 

Nevo – a maioria das pintas são benignas, mas é preciso ficar atento, porque a pinta preta não pode aumentar de tamanho e nem mudar a forma.

 

Nevo congênito – é considerado quando a criança nasce com a mancha ou quando ela aparece até os dois anos de idade. É importante fazer o acompanhamento das pintas e, quando possível, a sua retirada para prevenir a doença.

 

Melanoma – geralmente é uma lesão sólida, que pode ser plana ou mais alta, irregular, escura, com mais de uma tonalidade. É um dos tipos mais graves de câncer. Manchas de diversos tamanhos, cores, texturas, que manifestam o câncer de pele. É o tipo mais raro também. 

 

Essa marca pode surgir de repente ou a partir de uma pinta ou sinal antigo e, assim, se transformar no tumor. O maior motivo para o aparecimento do melanoma é o excesso de radiação solar na pele sem proteção.

 

Queratose seborreica escura – são pintas escuras que aparecem com o tempo e podem ser confundidas com nevo, mas não tem índice de transformação ruim. Ela é mais áspera e aparece em área de dobra e rosto.

 

Manchas brancas

 

Leucodermia solar ou sardas brancas – aparecem principalmente depois dos 40. Pode ser confundida com vitiligo.

 

Pitiríase versicolor ou pano branco – causado por um fungo. Pessoas com pele oleosa têm mais chance de ter. Também pode ser confundido com vitiligo.

 

Vitiligo – doença genética, autoimune, que é acordada normalmente por uma alteração emocional.

 

Manchas roxas

 

Hematomas – pessoas com fragilidade capilar maior ficam roxas à toa. Isso é genético. O uso de vitamina C ajuda a melhorar.

 

Púrpura senil – é o nome que se dá para aquelas manchinhas roxas que aparecem nos braços dos idosos.

 

Manchas vermelhas

 

Nevo rubi – aparecem do nada na pele, como se fosse um novelo de lã. Quando coça sangra. A retirada é uma questão estética.

 

Acne São marcas que permanecem após a cicatrização de espinhas. Juntando o processo inflamatório da acne com a tendência própria do paciente de produzir melanina na pele, acaba formando a pigmentação pós-inflamatória, as manchas de acne. Elas podem ser da cor roxa, vermelha ou até marrom.

A importância do uso do protetor solar

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Segundo o próprio Ministério da Saúde, durante o verão, as pessoas precisam redobrar os cuidados quando forem se expor ao sol. Isso porque nesta época do ano, há maior incidência de raios ultravioleta que podem provocar câncer de pele.

 

Além de evitar a insolação, queimaduras, manchas, envelhecimento precoce, flacidez, lesões, entre outras complicações. O Protetor Solar não deve ser utilizado apenas nos dias de sol, deve ser usado todos os dias, até mesmo no inverno. Especialistas da área, afirmam que a eficácia do protetor está diretamente relacionada com a dosagem correta que deve ser aplicada sobre o corpo, levando-se em consideração a cor e o tipo de pele.

 

O dermatologista Thomas Fitzpatrick classificou a pele em 6 tipos e deu dicas de proteção:

 

Tipos 1 e 2: Peles muito brancas e peles brancas. Dica: Para esses tipos de peles, que jamais se bronzeiam e queimam-se com extrema facilidade, recomenda-se o fator de proteção 60, são esses protetores que serão capazes de bloquear 98,5% dos raios ultravioletas;

 

Tipo 3 e 4: Peles ligeiramente morenas e peles morenas. Dica: Já essas peles, contam com uma pequena proteção natural. Queimam-se com facilidade, mas podem ficar bronzeadas e, por isso, podem ser protegidas com o fator de proteção 30 que filtra 96% dos raios ultravioletas;

 

Tipo 5 e 6: Peles muito morenas e peles negras. Dica: Para essas peles, que ficam bronzeadas com facilidade e raramente se queimam, o fator de proteção 15, que filtra 87% dos raios ultravioletas, é o mais indicado.

 

Os especialistas fazem as seguintes recomendações para o uso dos Protetores e Bloqueadores: espalhar no corpo e no rosto, sem esquecer orelhas, pés e pescoço, no mínimo 30ml de protetor; usar sempre a palma das mãos para aplicar o creme ou o gel; passar nova camada após contato com a água; usar o boné que já funciona como fator de proteção 7 para o rosto e 5 para o pescoço. É muito importante se cuidar e não deixar de usar Protetor Solar!

 

O que você achou do nosso artigo sobre melasma? Você teve alguma experiência com isso? Comente conosco no quadro abaixo que vamos ter o maior prazer em interagir com você!

Referências bibliográficas

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