Como saber qual o peso ideal?

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Hoje o Cliquefarma aborda um assunto bastante falado e que deve ser do interesse de várias pessoas, visto que a obesidade já se tornou uma doença de proporções mundiais e só no Brasil, mais da metade da população, 55,7% tem excesso de peso. Vamos falar sobre qual o peso ideal. Você sabe calculá-lo? Acompanhe tudo para não perder nenhum detalhe!

peso ideal 3

O que é IMC?

 

O IMC (Índice de Massa Corporal), normalmente é uma medida usada para estabelecer se a pessoa está numa faixa de peso normal, ou se está com sobrepeso, obesidade e até baixo peso.

 

Estar dentro da faixa de peso normal é quando seu peso é considerado adequado para aquela altura, idade e sexo, e tão difícil quanto emagrecer é fazer a manutenção do peso.

Como funciona o cálculo do IMC?

IMC: aprenda a calcular e veja a tabela

Como vimos, o IMC (Índice de Massa Corporal) é uma ferramenta usada para detectar casos de obesidade ou desnutrição, principalmente em estudos que envolvem grandes populações.

 

De acordo com o endocrinologista Mario Kedhi Carra, membro da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), essa é uma medida universal de classificação de obesidade, validada pela Organização Mundial da Saúde.

 

É possível encontrar o resultado do índice fazendo uma conta que envolve a relação do peso de uma pessoa em quilos com a sua altura ao quadrado.

 

Para a avaliação de um paciente individualmente, no entanto, ele pode ser falho por não levar em conta a composição desse peso corporal, que pode ser composto por gordura, músculos, água e estruturas ósseas.

Como realizar o cálculo do IMC?

O IMC é calculado dividindo o peso pela altura elevada ao quadrado. Ou seja, de forma mais simples, você multiplica sua altura por ela mesma e depois divide seu peso pelo resultado da última conta.

 

Por exemplo, uma pessoa com 1,70 m e 70 kg fará o seguinte cálculo:

 

  • Altura multiplicada por ela mesma: 1,70 x 1,70 = 2,89
  • Peso dividido pelo quadrado da altura: 70 / 2,89 = 24,22

 

Logo, essa pessoa tem IMC de 24.

 

Confira a seguir o que significam os resultados

Tabela de resultados – IMC

O IMC pode trazer os seguintes resultados:

IMC Resultado
Menos do que 18,5 Abaixo do peso
Entre 18,5 e 24,9 Peso normal
Entre 25 e 29,9 Sobrepeso
Entre 30 e 34,9 Obesidade grau 1
Entre 35 e 39,9 Obesidade grau 2
Mais do que 40 Obesidade grau 3

O que significam os resultados do IMC?

IMC abaixo do peso

Estar abaixo do peso é uma condição em que a pessoa pesa menos do que é considerado adequado para aquela altura, idade e sexo.

 

Uma pessoa nestas condições pode estar com alguma doença que a está emagrecendo ou sua nutrição não está boa o suficiente.

 

Normalmente estas pessoas podem ter deficiências de nutrientes como vitaminas, sais minerais, proteínas, gorduras ou sob o risco de estar com anorexia.

 

Ao perder muito peso em um curto período de tempo, é preciso investigar a causa do emagrecimento. A melhor maneira é procurando um médico para a realização de exames.

 

No caso dos transtornos alimentares, como bulimia e anorexia nervosa, ainda é indicado o acompanhamento terapêutico. O estresse e a ansiedade também podem afetar a perda de peso, sendo indicadores de que o corpo precisa de tratamento. Estar abaixo do peso pode causar:

 

  • Unhas e cabelos secos e quebradiços
  • Pele seca
  • Incapacidade de se concentrar
  • Esquecimento
  • Exaustão
  • Irritabilidade
  • Perda de apetite
  • Dor nas articulações
  • Vertigem
  • Sensação de desmaio
  • Dores de cabeça

 

Para ter um ganho de peso saudável, não se deve comer somente muitos alimentos calóricos e sim priorizar alguns alimentos com boa quantidade calórica, mas ricos em nutrientes benéficos e com pouca quantidade de gordura saturada (de origem animal) e gordura trans (de industrializados). Confira algumas estratégias interessantes que podem te ajudar nesse processo:

 

  • Alimentos ricos em proteína são grandes aliados: dê preferência às carnes magras (alcatra, filé mignon, maminha, fraldinha) , frango e principalmente peixes e ovos, além de leite e queijos brancos como ricota e minas.
  • Aposte nas gorduras boas: amendoim, nozes, amêndoa, avelã, castanhas, azeite de oliva, linhaça e abacate.
  • Aumente o consumo de pães, bolos, massas, mandioca, batata, milho e cereais (arroz, farinha de trigo, fubá, aveia), lembrando sempre de optar pelas versões integrais.
  • Evite alimentos nas versões diet e light, baixo teor de gorduras, calorias reduzidas.

IMC peso normal

Estar dentro da faixa de peso normal significa ter um peso considerado adequado para sua altura, idade e sexo, de acordo com as faixas do IMC – momento de fazer a manutenção do peso.

 

Para manter o peso é importante manter uma dieta balanceada (não basta alimentos corretos, mas também quantidades corretas) para seu organismo. Devem ser avaliados peso, idade, composição corporal, presença de doenças e/ou comorbidades. Pontos importantes para manter o peso:

 

  • Não existe alimento 100% bom ou 100% ruim. Varie ao máximo o seu cardápio e não elimine completamente nenhum tipo de alimento. O equilíbrio entre a quantidade e a freqüência com a qual você consome refeições mais calóricas é a garantia do seu sucesso.
  • Estabeleça uma rotina alimentar.
  • Analise os rótulos dos alimentos. Muitas vezes, os alimentos light contêm uma pequena diferença na quantidade calórica, que nem compensa a troca.
  • Praticar atividades físicas de forma regular.
  • Descanse e durma o suficiente.
  • Para ter uma alimentação saudável é importante que ela seja muito variada e conte com todos os grupos alimentares. Lembrando que produtos alimentares ultraprocessados, como embutidos, bolachas recheadas, entre outros, não entram na conta.
  • Aumentar a ingestão de líquidos no dia (mínimo de 2L de água).

IMC Sobrepeso

O sobrepeso é uma condição em que a pessoa pesa mais do que é considerado adequado para aquela altura, idade e sexo. O sedentarismo e os maus hábitos alimentares levam ao aumento dessa parcela de indivíduos com sobrepeso a cada ano.

 

Essa faixa, se analisada junto com outras medidas e índices, pode demonstrar um risco maior de doenças como diabetes tipo 2, dislipidemia (com colesterol HDL baixo e triglicérides altos), ácido úrico aumentado, hipertensão, entre outras.

 

O tratamento para o sobrepeso depende de sua causa. Contudo, manter hábitos alimentares saudáveis e praticar atividades físicas são bons aliados contra o excesso de peso.

 

Os remédios para emagrecer, quando bem indicados e sempre com acompanhamento médico, podem ser úteis dependendo do caso.

IMC Obesidade (graus 1, 2 e 3)

Somente o cálculo do IMC não é suficiente para diagnosticar obesidade. Na verdade, para além do IMC, são necessárias as seguintes medidas antropométricas: peso, estatura, espessura da dobra cutânea (bíceps, tríceps, subescapular e suprailíaca).

 

Depois, é encontrado o percentual de gordura, que se for maior do que 25% a 30%, já é considerado um nível de obesidade. O índice de massa corporal tem que estar maior que 30 kg/m².

Obesidade grau 1

O tratamento é realizado através de dieta apropriada com avaliação médica em conjunto com a prática de exercícios, desde que o paciente seja avaliado e liberado pelo médico.

 

Além disso, é preciso que o paciente realize as atividades com o acompanhamento de um profissional de educação física. Em alguns casos avaliados pelo médico, pode-se fazer o uso de remédios para emagrecer para ajudar no controle do peso.

 

A cirurgia bariátrica também pode ser destinada ao tratamento da obesidade grau 1 que é acompanhada de outras doenças cuja obesidade é um agravante ou doenças associadas ao excesso de gordura corporal.

É claro que, neste grau de obesidade, os outros meios do controle de peso são priorizados e a bariátrica só passa a ser considerada quando as alternativas primárias são comprovadamente ineficazes.

 

Pacientes que têm IMC abaixo de 35, sem doenças associadas, devem sem dúvidas tentar o tratamento clínico antes, com chances de conseguir resultados razoáveis.

Obesidade grau 2

Os riscos associados à obesidade de grau II são mais acentuados. Entre eles, estão a esteatose hepática, doenças articulares, hipertensão, diabetes mellitus, síndrome metabólica, cânceres, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, lembrando que estes dois últimos são as principais causas de morte no Brasil e no mundo.

 

O tratamento desse quadro é dado através de mudanças no estilo de vida, associado ao tratamento multiprofissional com nutricionista, psicólogo e médico.

 

No caso da obesidade grau II, o uso de medicações para a perda de peso também é um método que pode ser proposto diante de avaliação e acompanhamento médico.

 

Já a cirurgia bariátrica costuma ser indicada para obesidade grau II quando não há resultados no tratamento convencional nos últimos dois anos e quando está associada a outras comorbidades, ou seja, outras doenças que podem vir associadas ao excesso de peso, que levam a redução da expectativa e da qualidade de vida.

Obesidade grau 3

Entre as patologias associadas à obesidade grau 3, estão os distúrbios hormonais, cardiopatias, morte súbita, dermatites, osteoporose, hipertensão, hepatopatias e insuficiência venosa. Porém, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade de grau III é a principal causa de morte evitável do mundo.

 

A associação de reeducação alimentar e atividade física têm melhores resultados a curto e médio prazo, porém, muitas vezes, em pacientes com obesidade grau III, a atividade física acaba sendo bastante restrita, dependendo do grau de excesso de peso e das artropatias associadas.

 

Nesses casos, esses pacientes podem optar por fazer a cirurgia de redução de estômago para controlar o peso e sair da obesidade. Existem quatro técnicas diferentes de cirurgia bariátrica para obesidade reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): Banda Gástrica Ajustável, Gastrectomia Vertical, Bypass Gástrico e Derivação Bileopancreática. A escolha da cirurgia dependerá do quadro do paciente, do grau de obesidade e das doenças relacionadas.

O IMC não está sempre certo

Infelizmente, a medida de IMC nem sempre representa a realidade. Por exemplo, o músculo é muito mais pesado que a gordura. Logo, um halterofilista terá um IMC muito alto, mas isso não se reflete em obesidade, já que a maior parte de sua massa corporal é formada por musculatura.

É importante levar em conta que a massa corporal é formada por água, gordura, músculos e ossos, e tudo isso precisa ser bem avaliado para medir a saúde de alguém corretamente.

Por isso, é de extrema importância consultar um especialista para que ele possa fazer a análise do IMC junto com outros índices e medidas usados para entender a composição corporal.

Existem alguns outros índices e medidas que podem ser usados, como:

 

  • Medidas antropométricas: Nelas, você usa uma fita métrica e um adipômetro (instrumento que se parece com uma pinça) para medir a circunferência e quantidade de gordura nos braços, pernas e tronco, em alguns pontos estratégicos. Com isso, é possível avaliar onde a pessoa acumula mais peso.
  • Bioimpedância: Esse exame, feito por um aparelho que dispara uma descarga elétrica fraca pelo corpo, consegue estimar o percentual de água, massa muscular e massa gorda do organismo.
  • Circunferência abdominal: Essa medida ajuda a avaliar a quantidade de gordura visceral do paciente, que é a mais perigosa. Muitas pessoas, por exemplo, podem estar perto do IMC normal, mas, por apresentarem este tipo de acúmulo de gordura, têm um risco aumentado de doenças metabólicas, como diabetes, hipertensão, colesterol ruim alto, etc. Aqui na América do Sul, as medidas ideias são abaixo de 80 centímetros no caso de mulheres e abaixo de 90 cm nos homens.
  • Relação cintura-quadril: Esta medida também ajuda a olhar onde está o acúmulo de gordura de cada pessoas. Existem organismos que acumulam mais gordura na barriga (corpo em forma de maçã) e outros que têm mais tecido adiposo nos quadris (corpo em forma de pera). O primeiro tipo tem um risco maior de acúmulo de gordura visceral e de apresentar doenças metabólicas.

E quanto à atividade física?

Em todos os casos, a atividade física é extremamente recomendada, ajudando a ter mais bem-estar, mais energia e talvez viver mais tempo e com mais qualidade.

 

Em especial para pessoas com sobrepeso e ou obesidade, o exercício se faz ainda mais necessário, pois fortalece as articulações e músculos, favorecendo a prática de outras atividades, como as aeróbias, acelerando o metabolismo e provocando a diminuição da gordura corporal.

 

É importante realizar os treinos sempre prescritos e acompanhados de um profissional de Educação Física, que ficará atento a correta execução dos exercícios e a intensidade de cargas adequadas ao início do treinamento. A postura nos exercícios deve ser observada e corrigida, para evitar sobrecargas desnecessárias nas articulações. Alguns cuidados ao iniciar os seus treinos:

 

  • Atenção especial à execução dos exercícios, não se preocupe agora com a carga.
  • Inicie com cargas leves e exercícios com o próprio peso corporal. A adaptação ao treinamento deve ser feita de maneira bem gradual.
  • Tenha sempre acompanhamento profissional para evitar danos a sua saúde.
  • Inicie com os exercícios mais confortáveis. Ajudará bastante na postura correta, e com o tempo você poderá progredir a dificuldade dos exercícios com mais segurança e eficiência nos seus treinos.
  • Mantenha a regularidade dos seus treinos, assim se tornará um hábito, e ajudará muito na redução do seu peso corporal.

Percentual de gordura: como calcular e qual o valor ideal?

Preocupar-se apenas com o peso durante o processo de emagrecimento não é uma boa estratégia. É importante observar também a porcentagem de gordura. Isto porque ela vai permitir dividir o corpo em dois compartimentos que são a massa magra, músculo, vísceras, ossos e sangue, e massa gorda, gordura.

 

Desta forma, o avaliado vai saber exatamente o que aconteceu e o professor vai poder fazer todos os ajustes necessários para assegurar que tudo está indo no caminho correto. 

 

Uma das polêmicas mais comuns que essa avaliação esclarece é o fato de alguém treinar e mesmo assim não ocorrer mudanças no peso da balança. Se a pessoa, por exemplo, perdeu 2 quilos de gordura, mas aumentou 2 quilos de massa magra, a balança não vai mexer, mas toda a composição foi modificada para melhor.

Como calcular percentual de gordura corporal?

Os dois principais métodos para medir a porcentagem de gordura são das dobras cutâneas e bioimpedância elétrica.

 

O método de dobras cutâneas é realizado com um aparelho que se chama adipômetro, que é parecido com um alicate e consegue medir a gordura subcutânea em milímetros através das famosas dobras cutâneas. 

 

É importante deixar claro que ele não mede diretamente a gordura total do corpo, existe um procedimento para encontrar essa gordura corporal direcionado por protocolos que foram validados por algum pesquisador e dão as diretrizes de quantas e quais são as dobras cutâneas que devem ser medidas para encontrar o percentual de gordura.

Como é feito o cálculo?

O percentual de gordura é estimado usando a somatória de todas as dobras que o protocolo pediu e depois disso esse valor é usando em uma equação que vai encontrar a densidade corporal e depois esse resultado da densidade corporal é usado em outra equação que vai enfim encontrar o percentual de gordura.

 

A bioimpedância elétrica é realizada por meio de um aparelho que é capaz de mandar um estímulo elétrico de baixa voltagem, você não sente nada, que atravessam os hemisférios do corpo e fornece com isso o valor da quantidade de água corporal e depois esse valor é usado em uma outra equação que estima o percentual de gordura.

 

Existem praticamente dois tipos de bioimpedância, a bipolar e a tetrapolar. A bipolar normalmente é uma balança que possui eletrodos em sua base para mandar o estímulo elétrico de uma perna a outra ou um aparelho que o avaliado segura com as duas mãos que manda o estímulo elétrico de um braço ao outro. Já na tetrapolar normalmente o avaliado fica deitado em uma maca e são ligados eletrodos nos pés e nas mãos para passar esse estímulo no corpo todo.

 

A principal diferença entre as máquinas está no fato de as bipolares estimarem quanto que o avaliado tem que gordura no corpo inteiro avaliando só os membros inferiores ou só os membros superiores, e isso aumentar o risco de erro do resultado. Portanto, se for para usar esse método dê preferência para a bioimpedância tetrapolar.

Precisão dos métodos

Existem diferentes maneiras de medir a porcentagem de gordura por meio das dobras cutâneas. A diferença é de protocolos, podem-se encontrar vários autores que validaram protocolos. Tranquilamente, é possível assegurar que existem mais de 50 protocolos validados por aí, e cada um deles tem as suas particularidades que envolve quantas dobras foram usadas para formatar a equação que vai estimar a gordura corporal e qual foi a população estudada relacionada basicamente à idade e sexo.

 

Então, na hora de realizar essas medidas o avaliador deve optar por um protocolo que esteja mais adequado ao perfil do avaliado. Todos eles terão uma margem de erro, por isso é importante sempre utilizar o mesmo protocolo ou até o mesmo método para permitir que as comparações sejam precisas nas reavaliações e com isso descobrir o que realmente aconteceu após um período de treino e dieta.

 

Os métodos para medir a porcentagem de gordura que temos acesso no dia a dia, tanto o de dobras cutâneas quanto a bioimpedância elétrica, não medem a gordura diretamente, por isso todos têm uma margem de erro que são em média 15%. A única forma de saber se a gordura é realmente aquela é usar um método mais avançado como o dexa, pesagem hidrostática ou a plestomografia, mas esses costumam ser limitados ao uso de pesquisas que por sinal validam esses outros métodos que temos mais acesso.

Quais os possíveis erros?

Para realizar qualquer tipo de avaliação, é preciso levar em consideração 3 princípios, que são o da reprodutibilidade, objetividade e o da fidedignidade. Este último é o mais importante, pois ele considera que para uma avaliação ser fiel é preciso que repita essas avaliações usando o mesmos métodos, protocolo, equipamentos, condições climáticas e procedimentos prévios por parte de quem é avaliado e preferencialmente o mesmo avaliador que acima de tudo precisa ser muito bem treinado a fazer isso. 

 

Hoje as principais diferenças entre as medições se dão simplesmente pelo não seguimento dessas recomendações.

 

Na bioimpedância uma questão que não pode ser esquecida é que a gordura é estimada por meio da quantidade de água corporal, portanto qualquer alteração no nível de hidratação antes de realizar o teste vai prejudicar os resultados.

 

Por isso antes de fazer o teste é recomendado seguir alguns procedimentos prévios como não realizar atividade física 24 horas antes do teste, não ingerir bebidas alcoólicas 48 horas antes do teste, urinar 30 minutos antes do teste e não usar medicamentos diuréticos 7 dias que antecedem o teste.

 

Se os procedimentos prévios não forem mencionados por parte de quem avalia ou se forem, e o avaliado não conseguir seguir à risca, tudo isso compromete mais ainda o resultado.

 

Quanto às dobras cutâneas, os problemas normalmente ocorrem devido ao fato do avaliado não seguir os procedimentos prévios. Nesse caso, se o avaliado não aparecer com os trajes adequados dificulta as realizações das medidas.

 

Fora isso, também correm-se os riscos dos equipamentos usados no teste serem de baixa qualidade ou não estarem devidamente calibrados e também o risco de uma inexperiência do avaliador.

 

Esse método de dobras cutâneas exige muito treinamento por parte do avaliador que deve fazer cursos específicos para atuar nesse segmento e o problema é que hoje em dia isso não tem muito controle, pois ficou muito fácil comprar um adipômetro, balança e um software e sair fazendo avaliação por aí.

Evite os sete maiores erros no combate à obesidade

A obesidade é uma doença relacionada a muitas causas e, por isso mesmo, de tratamento lento e multidisciplinar. A obesidade pode estar ligada a distúrbios alimentares, ao sedentarismo, a disfunções hormonais e, por trás disso tudo ainda, à herança genética. Um time de educadores físicos, nutricionistas, psicólogos e endocrinologistas forma a melhor equipe para dar um fim nos quilos a mais.

 

De acordo com o endocrinologista Amélio Godoy Matos, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Associação para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), a maior parte dos tratamentos inclui um arsenal de remédios, já que são poucos os casos em que o paciente consegue reverter o problema apenas com disciplina. “Isso não significa, entretanto, que o uso de remédios dispense a adoção de hábitos saudáveis”, explica.

 

E está aí um dos principais nós relacionados ao controle de peso: muita gente acha que basta controlar a medicação para que os quilos comecem a desaparecer. “Quando isso não acontece, vem a frustração e o abandono das consultas”, aponta. O erro é comum, mas não o único. Se você já tentou emagrecer e não alcançou sua meta, veja os principais erros, apontados por especialistas, no tratamento da obesidade:

Ignorar as calorias totais da dieta

“A alimentação desequilibrada é um dos principais fatores relacionados à obesidade”, afirma a educadora física e doutoranda em nutrição Ana Dâmaso, coordenadora do Grupo de Estudo da Obesidade (GEO) da Unifesp. Segundo ela, quando este fator está associado ao excesso de peso, torna-se necessária a reeducação alimentar. 

 

Tudo começa estabelecendo um limite máximo de calorias que podem ser consumidas diariamente. “Uma pessoa acima do peso provavelmente ingere muito mais calorias do que seu metabolismo é capaz de queimar”, afirma a especialista. Para isso, procure um bom nutricionista que possa elaborar um cardápio individual.

Fazer escolhas pouco saudáveis à mesa

Bobagem ficar dentro das calorias previstas para o dia se os alimentos que você consome têm valor nutricional nulo. De acordo com a educadora física Ana, gorduras e açúcares são os grupos de alimentos mais presentes na alimentação do paciente com obesidade. 

 

Aprender a montar um prato colorido com muitas frutas, legumes e verduras, e uma parcela menor de carboidratos e proteínas, faz parte da reeducação alimentar. “Com o tempo, os pacientes percebem que não é preciso passar fome ou comer alimentos sem graça para perder peso”, explica.

Manter o sedentarismo

“Exercícios físicos são uma das principais estratégias terapêuticas não medicamentosas para combater a obesidade”, diz a educadora física Ana. Segundo a especialista, atualmente exercícios valem por remédio. O método mais eficaz para perder peso é combinar exercícios aeróbios, como a caminhada, com exercícios resistidos, com a musculação. 

 

“Juntos, eles não só combatem a obesidade, como ainda ajudam no controle da síndrome metabólica e da esteatose hepática não alcoólica (acúmulo de gordura no fígado)”, explica. Antes de iniciar o treino, procure um profissional para não realizar movimentos incorretos ou exagerar na dose, o que pode gerar lesões.

Perder o controle da ansiedade

A obesidade é uma doença multifatorial e, na maior parte dos casos, está ligada a disfunções emocionais. “Grande parte dos pacientes sofre de ansiedade, estresse e outros problemas que podem levar à compulsão alimentar, por exemplo”, afirma o endocrinologista Marcos Antonio Tambascia, professor da Unicamp. 

 

Por isso, incluir um terapeuta comportamental no tratamento da obesidade pode ser fundamental para alcançar o sucesso.

Adotar outros hábitos prejudiciais

“Principalmente pacientes que foram submetidos à cirurgia bariátrica são mais propensos a adotar outros hábitos prejudiciais para compensar o prazer que deixaram de ter por não poder comer compulsivamente”, afirma o endocrinologista Marcos. 

 

Segundo ele, é comum pacientes começarem a fumar e beber ao tentar seguir uma alimentação saudável. Por outro lado, alguns pacientes se sentem estimulados a mudar completamente de vida quando dão início ao tratamento da obesidade. Assim, começam a praticar exercícios, investem na reeducação alimentar e, de quebra, ainda adotam outros hábitos saudáveis como medida de prevenção da saúde.

Retomar os erros após a perda de peso

O paciente com tendência a ter obesidade não pode vacilar. Hábitos saudáveis adotados para perder peso devem ser mantidos mesmo após alcançar a meta. “Muitos pacientes acabam retomando os quilos perdidos porque deixam a disciplina de lado com o tempo”, diz o endocrinologista Marcos. Segundo ele, comer bem, praticar exercícios e fazer check-ups no médico regularmente deveriam ser regra na vida de todas as pessoas durante a vida inteira. 

 

No caso de pessoas com tendência a desenvolver a doença, entretanto, a medida se torna ainda mais relevante e não segui-la pode trazer consequências mais imediatas, como a desnutrição e a volta da obesidade.

Resistir a tratamentos mais agressivos

“A cirurgia bariátrica nunca é a primeira opção de tratamento para pessoas com obesidade”, afirma o endocrinologista Marcos. Mas indivíduos com índice de massa corpórea (IMC) maior do que 40 ou com IMC maior do que 30 e tendência a desenvolver doenças associadas à obesidade, como o diabetes, geralmente recebem indicação para a intervenção cirúrgica. Isso porque, neste caso, a necessidade de perder peso é imediata. 

 

Além disso, disciplina para mudar hábitos de vida nem sempre é o suficiente para vencer essa doença crônica. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental.

Manutenção do peso

Para manter o peso é importante manter uma dieta balanceada (não basta alimentos corretos, mas também quantidades corretas) para seu organismo. Devem ser avaliados peso, idade, composição corporal, presença de doenças e/ou comorbidades.

 

  • Não existe alimento 100% bom ou 100% ruim. Varie ao máximo o seu cardápio e não elimine completamente nenhum tipo de alimento. O equilíbrio entre a quantidade e a freqüência com a qual você consome refeições mais calóricas é a garantia do seu sucesso
  • Estabeleça uma rotina alimentar
  • Analise os rótulos dos alimentos. Muitas vezes, os alimentos light contêm uma pequena diferença na quantidade calórica, que nem compensa a troca
  • Praticar atividades físicas de forma regular
  • Descanse e durma o suficiente
  • Opte pelas carnes magras. O consumo de proteínas, carnes magras e leguminosas também é importante, porém é preciso certificar-se que não está havendo uma ingestão excessiva que possa sobrecarregar os rins e o fígado
  • Equilibre o consumo de carboidratos simples, como o pão branco, arroz comum, entre outros, e complexos, como arroz e pão integrais. Isto porque as fibras presentes nos integrais proporcionam saciedade. Porém, elas também melhoram o trânsito intestinal, entre outros benefícios e não devem ser excluídas do cardápio
  • Aumentar a ingestão de líquidos no dia (mínimo de 2 L de água)

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Categorias: Alimentação
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