A importância do colágeno no organismo

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É bastante provável que você já tenha ouvido falar sobre colágeno — aquela substância naturalmente produzida pelo corpo humano que é responsável pela firmeza e pela elasticidade da pele, das unhas e do cabelo.

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Mas você sabia que ele é responsável por manter nossa pele jovem, bonita e viçosa? Além disso, também contribui para conservar cabelos e unhas fortes e, ainda, preservar a integridade de ossos, cartilagens e tendões?

 

O artigo de hoje será para falarmos dessa proteína muito importante para o funcionamento adequado do nosso corpo, o colágeno. Você sabia também que aproximadamente um terço da proteína de nosso corpo é colágeno? Isso mesmo e ele tem uma função estrutural que protege outros tecidos menos resistentes e permite a sua conexão com o esqueleto ósseo. Acompanhe tudo sobre ela neste artigo esclarecedor!

O que é colágeno?

O colágeno trata-se de uma proteína composta por 3.000 aminoácidos dispostos em três correntes moleculares entrelaçadas, é de de rápida absorção e pode ser encontrada naturalmente no organismo. Ele ainda contribui para a elasticidade e resistência da pele, para a saúde das unhas e cabelos e é responsável por constituir as fibras que sustentam os tecidos do corpo — como ossos, músculos, tendões e articulações. 

 

Ossos e dentes são feitos pela adição de minerais à matriz de colágeno, e 75% da pele é colágeno.

Tipos de colágeno

É possível encontrar no corpo, mais de 20 tipos de colágeno, de acordo com um artigo publicado na revista científica Advanced Drug Delivery Reviews. A estrutura e a função do colágeno são determinadas pela sequência dos aminoácidos. Em alguns tecidos, como órgãos, o colágeno pode ter a forma de um gel. Em outros, como os tendões, o colágeno vem como fibras apertadas para fornecer a resistência.

 

Em 2015, o Brasil passou a ocupar o posto de terceiro maior mercado consumidor de produtos ligados à beleza, atrás dos EUA e China. Visando um público cada vez mais preocupado com a aparência e a saúde, os fornecedores de colágeno lançaram diversos tipos de suplementos, cada vez mais aperfeiçoados, que buscam melhorar a ingestão e absorção da proteína, estimulando a produção natural de colágeno em locais que o corpo necessita.

Hoje encontramos colágeno em diversas formas, como o colágeno em cápsulas, pó e líquido. 

 

No entanto, hoje vamos nos aprofundar mais em tipos de colágeno específicos, são eles:

 

Colágeno tipo I

O colágeno tipo I ou colágeno hidrolisado — como é popularmente conhecido — é uma proteína extraída de ossos e cartilagens de animais como bois e frangos. Durante o processo de fabricação da substância, há uma quebra de moléculas em partículas menores, o que facilita sua absorção pelo nosso organismo.

 

Habitualmente, o colágeno hidrolisado é indicado para:

 

  • melhorar a firmeza da aparência da pele;
  • fortalecer cabelos, unhas e articulações;
  • tratamento para osteoporose;
  • melhorar a pressão arterial;
  • prevenir úlceras gástricas.

Para quem precisa do suplemento, médicos e nutricionistas recomendam que sejam consumidos 10g de colágeno hidrolisado diariamente. Ele deve ser tomado dissolvido em água ou suco, de preferência em combinação com a Vitamina C, pois ela potencializa seus resultados.

 

Colágeno tipo II

O colágeno tipo II é uma proteína semelhante à natural do organismo, produzida em laboratório a partir das fibras de colágeno da cartilagem e dos ossos de frangos e de bovinos.

 

A sua produção zela por manter todas as propriedades originais da proteína e não hidrolisa-la, ou seja, não quebrá-la, conservando-a da melhor forma com temperatura ideal durante o processo.

 

Esse tipo de colágeno é vendido em farmácias de manipulação, na forma de cápsulas, para quem necessita tratar ou prevenir doenças articulares como:

 

  • artrite e osteoartrite;
  • artrose e osteoartrose;
  • artrite reumatóide;
  • lesões nas articulações;
  • lesões de cartilagem.

 

Além de ajudar no tratamento das doenças, o colágeno tipo II também pode ser usado para preveni-las, já que pessoas cada vez mais jovens são atingidas pelas doenças articulares. Isso acontece principalmente com aquelas pessoas que praticam atividades físicas de alta intensidade, como corrida e exercícios de impacto como crossfit.

 

Diferença entre colágeno tipo I e colágeno tipo II

 

A diferença entre o colágeno hidrolisado e o não hidrolisado é que o primeiro é fabricado com finalidades mais estéticas, como dar força e brilho para cabelos e conservar a firmeza da pele. Já o colágeno tipo II é específico para agir nas articulações, mantendo sua integridade e prevenindo doenças relacionadas à falta dessa proteína no organismo.

 

Outra diferenciação que é importante ficar atento é na quantidade de suplementação diária. Enquanto a indicação para o colágeno hidrolisado é de 10 g, para o tipo II, 40 mg já são suficientes. Isso porque ele é um produto mais concentrado e não precisa de grandes quantidades para proporcionar os resultados desejados.

 

Lembrando que a proporção recomendada depende da idade da pessoa e do objetivo da suplementação. Somente um profissional capacitado pode orientar corretamente em relação a isso.

Qual o mecanismo de ação dos colágenos hidrolisado e não hidrolisado?

Eles também possuem diferenças em seus mecanismos de ações em nosso organismo, vamos observar quais são:

 

Como age o colágeno tipo I?

A função do colágeno hidrolisado é repor a proteína que foi perdida pelo organismo por causa do avanço da idade. Esse processo de perda de colágeno começa por volta dos 30 anos e, a partir dos 50, os níveis dessa proteína tornam-se bem baixas.

 

Já entendemos bem que o consumo diário do colágeno hidrolisado promove diversos benefícios para o corpo humano, ajudando a regenerar os tecidos da pele e deixando a pessoa com aparência mais jovem e bonita. Ele atua prevenindo as rugas, a flacidez, o envelhecimento precoce e impedindo que unhas e cabelos se tornem fracos e quebradiços.

 

Visto que sua ação no organismo é de dentro para fora,  tomá-lo em sua versão em pó é considerado bem mais eficaz do que utilizar cremes antirrugas, por exemplo — mesmo aqueles que possuem a substância em sua composição. O intestino irá absorver mais rápido e muito melhor o composto no organismo.

 

Como age o colágeno tipo II?

Já o suplemento de colágeno tipo II atua na reposição do colágeno perdido nas articulações e combate o processo inflamatório nessas regiões. Se a origem da doença for autoimune, como no caso da osteoartrite e da osteoartrose, isso significa que o próprio corpo ataca e destrói as articulações.

 

Em casos assim, a ingestão oral do colágeno tipo II ajuda o organismo a reconhecer e tolerar a proteína, sem atacá-la, colaborando para que as dores e as inflamações cessem.

Em todos os casos, o colágeno tipo II é muito indicado para recuperação de movimentos, reconstrução de cartilagens e melhora na saúde das juntas. Também contribui para ossos mais resistentes e músculos mais firmes.

Podemos citar também o pepto colágeno – é um colágeno altamente hidrolisado, que chega aos peptídeos de colágeno (conjunto de aminoácidos), ou seja, moléculas ainda menores e de mais fácil absorção – . Diversos estudos apontam que o colágeno na forma de peptídeos possui benefícios potencializados.

 

Dica: a ingestão do colágeno deve estar associada ao consumo de outros alimentos que são fontes de vitaminas C, E e minerais, como selênio e zinco, porque sua síntese no organismo depende desses nutrientes.

 

Colágeno tipo III

Ele está presente no músculo liso e em abundância no tecido conjuntivo frouxo, constituindo as fibras reticulares. Também pode ser encontrado no endoneuro, na artéria aorta do coração, nas trabéculas dos órgãos hematopoiéticos, nos pulmões, no fígado, no útero e nos músculos do intestino.

Colágeno tipo IV

Esse tipo está localizado na lâmina basal, nos rins, nos glomérulos e nas lentes da cápsula do cristalino. Ele não se associa nas fibras delgadas e muito pequenas, e tem a função de filtração e sustentação.

Colágeno tipo V

É o tipo de colágeno que pode ser associado ao tipo I, pois também está presente em regiões que recebe grandes tensões. Ele ainda é responsável por oferecer aos tecidos do corpo a possibilidade de esticar e resistir a diversos fatores. Pode ser encontrado no sangue, nos tendões, nos ossos, na placenta e também na pele.

Colágeno tipo VI

Está presente na maior parte dos tecidos conjuntivos, sendo encontrado na camada profunda da placenta, no sangue, na pele e nos discos intervertebrais.

Colágeno tipo VII

Encontra-se nas membranas e células corioamnióticas, na placenta e também na junção dermo-epitelial.

Colágeno tipo VIII

Está localizado nas células do endotélio — membrana epitelial que reveste a parte interior dos vasos sanguíneos.

Colágeno tipo IX

Esse tipo está associado ao colágeno do tipo II, pois também pode ser encontrado na retina, nas córneas e na cartilagem, sendo um componente proteico dos órgãos. Sua função é manter as células juntas, oferecendo resistência às eventuais pressões.

Colágeno tipo X

O colágeno tipo X está localizado na zona das cartilagens hipertróficas, onde os condrócitos estão maiores, com citoplasma abundante em glicogênio.

Colágeno tipo XI

Esse tipo de colágeno é encontrado nos discos intervertebrais e interage com os tipos II e XI.

Colágeno tipo XII

Está associado com os tipos I e III, e pode ser localizado em regiões que recebe altas tensões — como nos ligamentos e tendões.

 

Onde encontrar fonte de colágeno

O colágeno é um produto de origem animal, e é basicamente extraído da pele, cartilagens e tendões de aves, suínos e bovinos. Há um processo de agregação de água ao colágeno animal, chamado de hidrólise, obtendo-se assim o colágeno hidrolisado, em forma de pó branco.

Nosso corpo produz colágeno

É verdade que existem nutrientes que ajudam o corpo a sintetizar e a preservar o colágeno por diversos caminhos metabólicos, agindo como cofatores. Para isso é preciso consumir alimentos ricos em lisina, ômega 3, vitamina A, enxofre, licopeno e vitamina C.

A lisina está presente em laticínios, carnes, aves, peixes e frutos do mar, ovos, lentilha, tofu, quinoa e semente de abóbora. Pescados fornecem o ômega 3, que reduz a degradação de colágeno, e neste grupo também entram chia, linhaça, nozes, castanhas e abacate. Fontes de enxofre incluem alho, cebola, azeitonas, couve-de-bruxelas, ovos, pepino e aipo.

 

Dessa maneira, a vitamina A trabalha em conjunto com o enxofre para produzir novas fibras de colágeno e elastina, e está presente em frutas e vegetais de cor verde, vermelha, laranja e amarela, como cenoura, batata doce, melão, manga etc.

 

O licopeno inibe a colagenase, uma enzima que destrói o colágeno, e se concentra no tomate, melancia, goiaba, acerola, pimentão vermelho e beterraba. Para finalizar, não pode faltar vitamina C, que se junta à lisina e prolina para formar os blocos de colágeno no corpo, abundante em frutas cítricas, vegetais folhosos de cor verde escura, pimenta vermelha, pimentão, goiaba, acerola, açaí e kiwi.

 

Quando a produção de colágeno diminui?

A partir dos 25 anos, a produção de colágeno começa a diminuir (perdemos cerca 1% ao ano). Percebemos que as linhas de expressão começam a aparecer, e o resultado é uma pele mais frágil e menos elástica, ou seja, flácida.

 

De acordo com a especialista, outro ponto importante é que as mulheres produzem menos colágeno do que os homens. Estudos comprovam que no período da menopausa a velocidade de perda dessa proteína é aumentada, chegando a atingir 30% nos primeiros cinco anos.

Colágeno comestível?

O colágeno hidrolisado é composto por 90% de proteína, 2% de sais minerais, e 8% de água. Sua classificação é descrita como uma proteína comestível e seus principais aminoácidos são prolina e lisina, responsáveis pela síntese de colágeno endógeno com a ajuda de alguns cofatores, que vamos citar depois.

 

Ele é isento de gordura, colesterol e carboidratos. Além disso, é uma proteína de fácil digestão e assimilação devido ao processo de hidrólise, com inúmeras indicações tanto na área de saúde como nos cuidados com a beleza da pele, cabelos e unhas.

 

Principais benefícios

O colágeno atua no fortalecimento de unhas frágeis e promove maior resistência, espessura, crescimento e brilho aos cabelos. A pele adquire mais tônus, hidratação, e pode haver uma redução da flacidez cutânea. 

 

O próprio Ministério da Saúde lançou uma cartilha falando sobre a alimentação saudável e sua importância para a produção de colágeno no organismo. O colágeno hidrolisado desempenha um papel importante na prevenção e no tratamento de dores articulares, artrose e osteoporose, e tem sido utilizado para minimizar a ocorrência de lesões na terceira idade, pois mantém o tecido articular mais hidratado e elástico.

 

Ele também é utilizado para prevenir lesões em atletas. Diversos estudos realizados na Europa e nos Estados Unidos atestam esses benefícios.

 

Mais alguns dos principais benefícios do colágeno para o organismo são:

 

  • Previne o aparecimento de celulite;
  • Fortalece as unhas;
  • Fortalece o cabelo e melhora o seu aspecto;
  • Diminui o surgimento de estrias;
  • Aumenta a elasticidade da pele;
  • Previne e retarda o surgimento de rugas e linhas de expressão.

 

Fora todos esses benefícios,  visto que o colágeno dá firmeza à pele, além de prevenir o aparecimento da celulite, também atua no seu tratamento, pois com a pele mais firme os nódulos da celulite tendem a não aparecem tanto.

Como consumir colágeno hidrolisado

A dose recomendada é de dez a vinte gramas diárias (1 a 2 colheres de sopa) de colágeno hidrolisado diluído em meio copo de suco, leite ou iogurte. Especialistas recomendam o colágeno em pó puro, sem a adição de corante e adoçante. Uma forma muito prática é a apresentação em balas tipo goma, que contêm colágeno associado ao óleo de coco, garantindo um benefício duplo.

 

E então o primeiros efeitos começarão a ser notados após dois a três meses de consumo diário. O colágeno hidrolisado é um alimento e não há nenhuma restrição ou contraindicação, nem limite de tempo para o seu uso.

Reposição de colágeno em vegetarianos

Como o colágeno está presente em produtos de origem animal, os vegetarianos precisam ser bem cuidadosos na hora de montar o prato para não ter deficiência desta proteína essencial à saúde.

 

Os precursores de colágeno citados acima não podem faltar, e a maior dificuldade reside na obtenção de lisina, pois a prolina é sintetizada pelo corpo a partir de outros aminoácidos. Os ovolactovegetarianos não têm problema para obter lisina, pois ovos e laticínios são excelentes fontes do aminoácido.

 

Eis aqui uma lista elaborada por uma nutróloga de algumas opções para os veganos, como:

 

  • Seitan (bife de glúten de trigo)
  • Proteína de soja (leite, tofu e carne de soja)
  • Ervilha
  • Lentilha
  • Feijões
  • Levedo de cerveja
  • Oleaginosas
  • Manteiga de amendoim

 

Neste caso, é importante consultar um especialista para saber a quantidade indicada de cada alimento para obter níveis adequados de lisina.

 

Quais são os alimentos que contêm colágeno?

Os alimentos proteicos, além de serem fontes de colágeno, ajudam a fornecer os aminoácidos essenciais para a constituição dessa proteína no corpo.

 

Se você não for vegetariano, dentre as opções que devem fazer parte do seu cardápio, estão: carnes vermelhas e brancas, geleia de mocotó, ovos, peixes, queijo tipo cottage, iogurte desnatado, frutas cítricas e vermelhas, castanhas, nozes, amêndoas, aveia e a soja.

 

Lembrando que, para aproveitar as proteínas disponíveis nesses alimentos, é essencial se atentar para o modo de preparo, visto que esse é um fator que pode fazer com que as substâncias se percam. Para evitar que isso aconteça, vale a pena cozinhar os alimentos no vapor por um pequeno período e não armazená-los por muito tempo na geladeira.

 

Suplemento alimentar de colágeno

Por ser uma proteína de fácil digestão e assimilação, o colágeno é um suplemento alimentar com inúmeras indicações na área de saúde. Com o passar dos anos ocorre uma redução gradual de colágeno nos tecidos corporais, e ele também sofre em qualidade, tornando-se menos elástico e hidratado.

 

O colágeno suplementar é usado para prevenir a degradação do colágeno corporal, ajudando assim a manter pele, tendões, ossos e ligamentos mais saudáveis. Dermatologistas afirmam que estudos comprovam que usar diariamente o colágeno como suplemento nutricional pode melhorar, de forma significativa, diversos fatores na saúde interna e externa de quem usa.

 

Como vimos mais acima, apesar de ser produzido naturalmente pelo organismo, a partir dos 25 anos a produção de colágeno cai e sua falta começa a ser percebida. De acordo com a dermatologista Flávia Caldas, o corpo dá sinais quando sente falta de alguns nutrientes, como as proteínas, dentre elas o colágeno. “Quando os cabelos e as unhas começam a quebrar e cair, pode ser um indicativo de que o organismo está com déficit da proteína e precisamos procurar um médico”, explica a especialista.

 

Engana-se quem pensa que colágeno é só assunto de beleza. Seu papel na saúde também é de grande importância. “Ele é fundamental para o funcionamento das cartilagens, que permite que o corpo se movimente. Sem essa cartilagem um osso encostaria no outro, impossibilitando a movimentação”, conta a nutricionista Débora Simão.

 

E que tal o colágeno tipo II? Você sabia que esse composto pode auxiliar no combate às dores articulares? Na medida em que vamos envelhecendo, o corpo diminui a produção natural de colágeno. Assim sendo, muitas vezes, a suplementação é necessária.

Quer saber quando repor essa substância no seu organismo? Então, continue a leitura até o próximo tópico para falarmos sobre isso.

 

Quando tomar o colágeno tipo II?

As cartilagens garantem plena flexibilidade e mobilidade ao corpo. Porém, com o passar dos anos e devido a algumas doenças, é normal que haja desgaste e perda de colágeno, ocasionando dores e dificuldades de movimentação, uma vez que o amortecimento entre os ossos diminui.

 

O colágeno tipo II pode ser tomado por pessoas de todas as idades que sofrem de alguma das doenças ortopédicas articulares e por quem pratica exercícios físicos intensos. Uma cápsula por dia costuma ser a dose recomendada, mas a quantidade certa só pode ser definida por um médico ou nutricionista.

 

Mesmo em se tratando de um suplemento, não pense que você pode tomar a decisão sozinho de tomá-lo. Embora não haja comprovação científica de efeitos colaterais, tomar o colágeno sem orientação pode trazer prejuízos, inclusive, ao seu bolso, uma vez que você pode investir em algo que não dará os resultados esperados.

 

E não se esqueça que, para uma melhor qualidade de vida, é importante estar atento a esses sinais de atrito nas articulações. Caso sinta dor ou incômodo, não hesite em procurar um médico, pois talvez seja necessário repor o colágeno tipo II no organismo, ingerindo-o na forma de suplementação.

Expansão dos nutricosméticos no Brasil

Fato consumado é que muito em breve, extratos feitos de nutrientes originalmente encontrados em certos alimentos estarão literalmente na boca do povo — pelo menos daquela parcela mais vaidosa. Isso porque pesquisas de mercado, como a Transparency Market Research, estão prevendo que o segmento dos chamados nutricosméticos cresça 5% em nível mundial em comparação ao ano passado, ultrapassando a marca de 7 bilhões de dólares até 2025.

 

O apelo justifica a demanda. Quem não gostaria de manter uma pele jovem e bronzeada tomando alguns comprimidos ou dissolvendo um sachê em água? O que não pode é o que vem acontecendo com muita gente, eles estão encarando esse recurso de fácil acesso como um substituto para a boa alimentação e outros hábitos de vida saudável e não é isso o que eles são.

 

Um exemplo disso é o caso da exposição ao sol: raios ultravioleta potencializam a liberação de radicais livres, moléculas que fazem os sinais da idade aparecerem antes do tempo. Em vista disso, o poder antioxidante do betacaroteno, responsável pela cor alaranjada da cenoura, da abóbora e do mamão, é muito útil e saudável.

 

Mas nem mesmo uma montanha dessa substância — já disponível em cápsulas também — seria capaz de criar uma barreira fotoprotetora sobre o corpo. Ou seja, não dá para abdicar do filtro solar. “São mecanismos de ação diferentes, que devem se complementar”, avisa o farmacêutico Emiro Khury, consultor técnico da Associação Brasileira de Cosmetologia, na capital paulista.

Pesquisas sobre suplementos de colágeno

Outra coisa que também precisa ser bem avaliada é a dose. Algumas pesquisas indicam que a suplementação de colágeno só faz diferença na pele em níveis diários superiores a 5 gramas. Levando em consideração que uma cápsula possui, no máximo, 0,5 grama dessa proteína, o ideal é investir na versão em pó. Uma colher de sopa tem cerca de 10 gramas, 

 

Foi essa quantidade de colágeno que 60 voluntárias de 45 a 60 anos foram convidadas a ingerir, todos os dias, em um estudo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. O resultado foi que três meses depois, a suplementação não só se equiparou aos cremes indicados para estrias na melhora da elasticidade como se mostrou mais eficiente que os cosméticos anti-idade frente à flacidez.

 

Em outro experimento brasileiro, foram testados suplementos diários de colágeno (5 gramas) e de vitamina C (1 grama), além de sessões semanais de radiofrequência, aparelho que estimula a produção de certas proteínas. “Separamos 40 participantes em quatro turmas. E o grupo que aliou as três alternativas obteve mais benefícios”, conta a fisioterapeuta Patrícia Froes, autora do trabalho e professora da Universidade Potiguar, em Natal (RN).

 

Sendo assim, por que não abandonar os cremes e focar nos sachês de colágeno, por exemplo? “Ao cair no sistema digestório, ele é quebrado em diversos aminoácidos, que serão direcionados de acordo com as necessidades do organismo”, explica a nutróloga Letícia Fontes, membro da Associação Brasileira de Nutrologia, em São Paulo.

 

Então, não dá para afirmar que consumir essa substância favorecerá a pele em vez de outro órgão e tecido. “Melhor dar preferência a alimentos ricos em vitamina C, que contribuem para a formação natural de colágeno”, completa a nutricionista Ceres Della Lucia, da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais.

 

Já os demais tipos de nutricosméticos, podemos frisar: utilizá-los não exclui a necessidade de outros cuidados. E eles devem começar antes de as primeiras rugas ameaçarem apontar. Dietas restritivas e cardápios cheios de gordura e açúcar cobram um preço caro à aparência. “Há evidências de que a insônia e o estresse também são prejudiciais nesse sentido, já que levam a alterações hormonais”, destaca o endocrinologista Renato Zilli, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

 

A Universidade Cornell, nos Estados Unidos conduziu uma análise por cientistas que, chegou a escancarar os efeitos negativos de alguns fatores do cotidiano na beleza. Uma noite de privação de sono, uma entrevista de emprego no dia seguinte e a prática de atividades físicas intensas provocaram, em 46 mulheres, redução da capacidade de recuperação da pele ou aumento da atividade inflamatória. Um combo que atrapalha mesmo a relação com o espelho.

 

Outro importante detalhe para garantir que o investimento nos nutricosméticos valerá a pena e não deve passar despercebido. “É fundamental passar pela avaliação de um profissional”, diz o gastroenterologista Guilherme Andrade, do Hospital 9 de Julho, na capital paulista. 

 

“Tanto para confirmar se há necessidade de recorrer a esses produtos quanto para ter certeza de que o organismo absorverá bem seus nutrientes”, completa. Podemos concluir então que as cápsulas só funcionam se você cumprir sua parte. Sozinhas, elas não conseguem duelar com o relógio e nem fazer milagres.

 

Podemos ainda ressaltar que, se o corpo já apresenta quantidades suficientes de colágeno, a suplementação não é indicada, pois o excesso eliminado pela urina também pode sobrecarregar os rins.

 

Por isso, antes de começar a fazer o uso dessa proteína, é fundamental consultar um médico ou um especialista em nutrição. Afinal, só esses profissionais podem orientar a necessidade da reposição de colágeno no seu organismo.

Quais são os principais mitos sobre o colágeno?

Entenda agora alguns dos principais mitos que ouvimos sobre colágeno e seus esclarecimentos sobre eles:

O colágeno engorda?

Não. Essa proteína não contém quantidades suficientes de calorias para causar o ganho de peso.

O colágeno elimina as estrias e a flacidez?

Também não. Embora o consumo dessa proteína seja um aliado na prevenção da flacidez, da celulite e das estrias, proporcionando uma pequena melhora, ele não tem capacidade de eliminar os problemas que já existem.

A gelatina é rica em colágeno?

Não Apesar de ter uma certa fama, a gelatina encontrada em supermercados, além de ser industrializada, é uma fonte pobre dessa proteína.

 

Vale ressaltar que, se o corpo já apresenta quantidades suficientes de colágeno, a suplementação não é indicada, pois o excesso eliminado pela urina também pode sobrecarregar os rins.

 

Principais suplementos de colágeno consumidos atualmente

Os suplementos de colágeno podem ser tomados na forma de cápsulas, comprimidos ou pó, e alguns exemplos são:

 

  • BioSlim Colágeno, da Herbarium: Colágeno em pó que deve ser diluído em líquidos antes de tomar.
  • Collagen, da Performance Nutrition: Colágeno na forma de cápsulas.
  • Colágeno hidrolisado, da Sanavita: suplemento de colágeno em pó com zinco, vitamina A, C e E.
  • Inovaflex, da Daiichi Sankyo: uma associação de colágeno oral e vitamina C e possui sabor limão e chá verde, podendo ser ingerido com água.

 

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Redação CliqueFarma: Nossa equipe de especialistas prepara conteúdos de qualidade para transformar a relação das pessoas com a saúde. Além disso, adoramos trazer dicas pra todo mundo economizar em medicamentos e produtos de beleza e bem-estar.