Bimatoprosta – Para que serve?

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Conhece a substância Bimatoprosta? O artigo de hoje será para falarmos deste princípio ativo. Acompanhe até o final que vamos informar para que ele é indicado, qual sua posologia, dicas de armazenamento, quais as reações adversas e onde comprar.

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Apresentação de Bimatoprosta

Uso Tópico Ocular

 

Uso Adulto

 

Solução oftálmica estéril 0,3 mg/mL: frasco com 3 mL.

 

Princípio ativo: bimatoprosta.

Composição de Bimatoprosta

Cada mL (34 gotas) contém: 

bimatoprosta ………… 0,3 mg (0,0088 mg/gota)

veículo q.s.p. …………. 1 mL

(cloreto de benzalcônio, cloreto de sódio, ácido cítrico, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, água para injetáveis).

Cada 1 mL de bimatoprosta equivale a 34 gotas e 1 gota equivale a 0,0088 mg.

 

Qual a principal indicação deste medicamento?

A bimatoprosta é indicada para a redução da pressão aumentada dentro dos olhos em pacientes com glaucoma de ângulo aberto, glaucoma de ângulo fechado em pacientes submetidos previamente a iridotomia e hipertensão ocular.

 

Bimatoprosta é fabricada por diversos laboratórios e comercializada com vários nomes comerciais, entre eles, podemos destacar: Bimagan, da Geolab, Ganfort da Allergan, Glaucur, da Legrand Pharma e o Luptas da Medley. Ela também está devidamente registrada na ANVISA na classe terapêutica de medicamentos antiglaucomatosos.

Qual seu mecanismo de ação esperado?

A bimatoprosta é uma solução oftálmica destinada a reduzir a pressão aumentada dentro dos olhos, especialmente em casos de glaucoma.

 

Por se tratar de uma doença ocular, o glaucoma se caracteriza de forma onde a pressão dos olhos encontra-se elevada, podendo prejudicar a visão e até mesmo levar à cegueira quando não é tratado. 

 

Seu tratamento deve ser indicado pelo oftalmologista e geralmente é feito com uma combinação entre bimatoprosta e cirurgia ocular. Atualmente, com cirurgias minimamente invasivas já indica-se o tratamento cirúrgico mesmo em casos mais iniciais de glaucoma ou casos de hipertensão ocular.

Bimatoprosta possui contraindicações e riscos?

Este medicamento é contraindicado para pessoas que apresentam alergia a bimatoprosta ou qualquer um dos componentes de sua fórmula.

A quais precauções e advertências devo me atentar antes de usar este medicamento?

A bimatoprosta solução oftálmica é um medicamento de uso exclusivamente tópico ocular.

 

Este medicamento deve ser utilizado com cautela em pacientes com inflamação intra-ocular aguda (como por exemplo, uveíte), pois a inflamação pode ser agravada.

 

A presença de edema macular, incluindo edema macular cistoide, foi relatada durante o tratamento com bimatoprosta 0,03% solução oftálmica. Portanto, bimatoprosta a 0,03% deve ser utilizada com cautela em pacientes afácicos, em pacientes pseudofácicos com cápsula posterior do cristalino lacerada, ou em pacientes com fatores de risco conhecidos para edema macular (por exemplo, cirurgia intraocular, oclusão de veia da retina, doença inflamatória ocular e retinopatia diabética).

 

Foram relatados escurecimento e aumento gradativo do crescimento dos cílios em comprimento e espessura, escurecimento da pele ao redor dos olhos e da cor dos olhos. Algumas dessas alterações podem ser permanentes, outras não. Se o tratamento for feito em apenas um dos olhos essas reações podem ocorrer somente no olho tratado, podendo os olhos ficarem diferentes um do outro.

 

Houve relatos de inflamação bacteriana associada com o uso de recipientes de doses múltiplas de produtos oftálmicos de uso tópico. Esses recipientes foram contaminados pelos pacientes, que na maioria dos casos, apresentavam doença corneana concomitante ou ruptura da superfície epitelial ocular.

 

Para não contaminar o colírio evite o contato do conta gotas com qualquer superfície. Não permita que a ponta do frasco entre em contato direto com os olhos.

 

Existe o potencial para crescimento de pelos nas áreas onde a solução de bimatoprosta entra em contato repetidamente com a superfície da pele. Portanto, é importante aplicar este medicamento conforme instruído para evitar que a solução escorra pela face ou outras áreas.

 

Uso em crianças

O uso em pacientes pediátricos não foi avaliado e, portanto, não é recomendado em crianças e adolescentes. 

 

Uso em idosos

Não foram observadas diferenças de eficácia e segurança entre pacientes idosos e de outras faixas etárias.

 

Pacientes que utilizam lentes de contato

Este medicamento não deve ser aplicado durante o uso de lentes de contato gelatinosas ou hidrofílicas, pois o cloreto de benzalcônio presente na fórmula pode ser absorvido pelas lentes. Retire as lentes antes da aplicação do colírio e aguarde pelo menos 15 minutos para recolocá-las.

 

Pacientes que fazem uso de mais de um medicamento oftálmico

Este medicamento pode ser administrado com outros colírios para reduzir a pressão intraocular e, neste caso, deve-se respeitar o intervalo de 5 minutos entre a aplicação de cada medicamento.

 

Pacientes com insuficiência renal ou hepática

A bimatoprosta não foi estudada em pacientes com mau funcionamento dos rins ou do fígado e, portanto, deve ser utilizada com cautela nesses pacientes.

 

Interferência na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

A aplicação do colírio, em geral, não causa alterações da visão. Caso ocorra leve borramento de visão logo após a aplicação, recomenda-se aguardar até que a visão retorne ao normal antes de dirigir veículos ou operar máquinas.

Interações medicamentosas 

Considerando que as concentrações circulantes sistêmicas da bimatoprosta são extremamente baixas após múltiplas instilações oculares (menos de 0,2 ng/mL), e, que há várias vias enzimáticas envolvidas na biotransformação da bimatoprosta 0,03 mg/mL, não são previstas interações medicamentosas em humanos. Não são conhecidas incompatibilidades.

 

Não são previstas interações entre este e outros medicamentos. A bimatoprosta pode ser administrada concomitantemente com outros agentes betabloqueadores sem evidências de interação.

 

O uso concomitante da bimatoprosta e outros agentes antiglaucomatosos que não sejam betabloqueadores tópicos não foram avaliados durante a terapia.

Em estudos em pacientes com glaucoma ou hipertensão ocular, existe um potencial de redução do efeito da diminuição da pressão intraocular quando bimatoprosta é utilizado com outros análogos da prostaglandina.

Uso de Bimatoprosta na gravidez e amamentação

Não foram realizados estudos sobre o uso de bimatoprosta em pacientes grávidas.

Na ocorrência de gravidez ou se estiver amamentando, consulte o médico antes de fazer uso de medicamentos.

 

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação

Não há dados a respeito da excreção da bimatoprosta no leite humano, mas como os estudos em animais mostraram que a substância é excretada pelo leite, recomenda-se cautela na administração do medicamento durante a lactação.

 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

 

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

 

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Quais as dicas de armazenamento, data de fabricação, prazo de validade e aspecto físico de Bimatoprosta?

Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).

 

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

 

Após aberto, válido por 102 dias se conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).

Características do medicamento

Este medicamento se apresenta na forma de solução límpida e incolor.

 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Qual a forma certa de usar? Qual a posologia de Bimatoprosta

  • Você deve usar este medicamento exclusivamente nos olhos. 
  • Antes de usar o medicamento, confira o nome no rótulo, para não haver enganos.
  • Não utilize este medicamento caso haja sinais de violação e/ou danificações do frasco.
  • A solução já vem pronta para uso. Não encoste a ponta do frasco nos olhos, nos dedos e nem em outra superfície qualquer, para evitar a contaminação do frasco e do medicamento.
  • Você deve aplicar o número de gotas da dose recomendada pelo seu médico em um ou ambos os olhos. A dose usual é de 1 gota aplicada no(s) olho(s) afetado(s), uma vez ao dia (de preferência à noite), com intervalo de aproximadamente 24 horas entre as doses. A dose não deve exceder uma dose única diária, pois foi demonstrado que a administração mais frequente pode diminuir o efeito do medicamento sobre a pressão intraocular elevada.
  • Feche bem o frasco depois de usar.

 

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

E se eu me esquecer de usar Bimatoprosta? O que fazer?

Caso esqueça de utilizar o medicamento, aplique na manhã seguinte e depois aplique a próxima dose no horário habitual, à noite.

 

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais os efeitos colaterais de Bimatoprosta?

Assim como em qualquer medicamento, podem ocorrer reações indesejáveis com a aplicação deste medicamento. As reações adversas oculares relatadas mais comuns com bimatoprosta solução oftálmica por ordem de frequência foram:

 

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): hiperemia (vermelhidão) conjuntival, hiperemia (vermelhidão) dos olhos, crescimento dos cílios e prurido (coceira) nos olhos.

 

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): secura ocular, ardor ocular, sensação de corpo estranho nos olhos, dor ocular, distúrbios visuais, visão borrada, escurecimento da pálpebra, alteração (escurecimento) da cor dos cílios, irritação ocular, secreção ocular, eritema (vermelhidão) palpebral, ceratite puntacta (inflamação da córnea), blefarite (inflamação das pálpebras), fotofobia, conjuntivite alérgica, aumento do lacrimejamento, aumento da pigmentação da íris, astenopia (vista cansada), prurido (coceira) palpebral, hiperpigmentação (escurecimento) da pele e edema (inchaço) conjuntival. 

 

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): irite (inflamação da íris) e hirsutismo (crescimento aumentado de pelos).

 

Outras reações adversas relatadas após a comercialização de bimatoprosta solução oftálmica foram: aprofundamento do sulco palpebral (enoftalmia), eritema (vermelhidão) ao redor dos olhos, edema (inchaço) palpebral, edema (inchaço) macular, crescimento anormal de pelos, náusea, tontura, dor de cabeça, hipertensão (pressão alta), asma, exacerbação (crise) de asma e dispneia (falta de ar).

 

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

O que fazer em caso de superdosagem de Bimatoprosta?

Não há informações de casos de superdoses em humanos. Se uma superdose ocorrer com este medicamento, o tratamento deve ser sintomático. Nestes casos, o médico deve ser consultado imediatamente.

 

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Outra possível utilidade de Bimatoprosta ainda sendo estudada

Foi feita uma pesquisa publicada no FASEB, periódico da Federação das Sociedades Americanas de Biologia Experimental, sugerindo que o remédio bimatoprosta, já aprovado pela Food and Drug Administration (FDA, órgão americano que regula remédios e alimentos), pode fazer o cabelo humano crescer. 

 

“Nós esperamos que este estudo leve ao desenvolvimento de novas terapias para a calvície, o que deve melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas que convivem com a perda de cabelo”, diz Valerie Randall, pesquisadora da Universidade de Bradford, no Reino Unido.

Alguns dados da pesquisa com Bimatoprosta

 

Pesquisadores: Karzan G. Khidhir, David F. Woodward, Nilofer P. Farjo, Bessam K. Farjo, Elaine S. Tang, Jenny W. Wang, Steven M. Picksley e Valerie A. Randall

Instituição: Universidade de Bradford, Reino Unido

Dados de amostragem: folículos pilosos (espécie de bolsa dentro da qual se localiza a raiz do fio de cabelo) retirados do couro cabeludo de humanos.

Resultado: Os folículos tratados com o medicamento produziram mais cabelo do que folículos que não receberam aplicações.

 

O objetivo da pesquisa é descobrir se a droga agiria também em cabelos. Aplicada nos folículos pilosos de fios removidos de humanos e de camundongos, ela fez os fios crescerem mais. É uma boa perspectiva de uma nova opção terapêutica com um diferente modo de ação, mas ainda é preciso cautela para avaliar a sua real eficácia no couro cabeludo.

 

Os pesquisadores entendem que trata-se de um colírio contra o glaucoma, doença que atinge o nervo óptico. No entanto, a bimatoprosta também estimula o crescimento dos cílios. Por isso, o fármaco já é utilizado na forma de esmalte desde 2015. “A aplicação é feita com pincéis e provoca um aumento do ciclo do crescimento dos cílios”, diz a dermatologista Leila Bloch, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A equipe de pesquisa queria saber se o remédio produz os mesmos efeitos no cabelo.

 

Outro experimento aplicou bimatoprosta na pele de camundongos carecas. Assim como no caso dos tecidos humanos, o teste também induziu o crescimento de pelos. Autora da pesquisa, Valerie Randall espera que outros estudos aumentem o conhecimento sobre como os folículos pilosos trabalham, podendo resultar em diferentes medidas terapêuticas para muitos distúrbios relacionados à calvície. Leila Bloch pondera que ainda não existem informações sobre como esse efeito será reproduzido diretamente no couro cabeludo humano.

 

O que é necessário levar em conta?

 

Precisa-se lembrar que um dos efeitos colaterais da aplicação de bimatoprosta como colírio é a mudança, em alguns pacientes de olhos claros, da cor dos olhos, podendo aparecer algumas manchas amarronzadas. Por isso, para o alongamento dos cílios o remédio é usado com pincéis descartáveis para não haver contato com os olhos.

 

Já o couro cabeludo é uma região muito vascularizada e não se sabe como ele absorveria de fato a substância. É por isso que, a pesquisa não deve servir de pretexto para ninguém usar o medicamento para recuperar os cabelos perdidos. O estudo está em uma etapa inicial, e ainda não é possível determinar sua eficácia, segurança e a melhor forma de aplicação em seres humanos.

 

Por enquanto, foi comprovado que a bimatoprosta, assim como nos folículos pilosos dos cílios, também tem efeito nos folículos pilosos do cabelo, mas provavelmente, vários estudos ainda deverão ser feitos para utilizá-la também para esta função.

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Onde comprar?

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Confira agora mesmo e depois comente conosco o que achou deste colírio, sua opinião é muito importante para nós!

Referências bibliográficas

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