Como funciona um relaxante muscular?

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O que são medicamentos com efeito relaxante muscular? Um relaxante muscular podem ser usados em situações de tensão e dor muscular e nos casos de contraturas musculares ou torcicolos. Estes remédios permitem a redução dos espasmos musculares causados pela dor aguda, o que acaba relaxando os músculos.

relaxante muscular 1

Os espasmos ocorrem quando há alguma contração involuntária de algum grupo de músculos. Nesse momento, os músculos geralmente se contraem de repente, causando dor. Já a espasticidade ocorre quando alguns músculos se contraem firmemente, se tornando rígidos e mais difíceis de movimentar.

Qual o melhor momento para tomar relaxante muscular?

Os remédios com efeito relaxante muscular devem ser usados em períodos de maior cansaço, quando houver muita tensão muscular ou em casos de contraturas com dor, torcicolos ou lombalgias por exemplo.

Principais indicações do relaxante muscular

O relaxante muscular é um medicamento que tem o propósito de aliviar em pouco tempo as dores nos músculos causadas por torções ou doenças, como a fibromialgia. Esses medicamentos fazem com que os músculos se tornem menos tensos ou rígidos, o que reduz as sensações de dor e desconforto.

 

Podem ser utilizados no tratamento de:

  • Lombalgia (dor comum na parte inferior da coluna, conhecida como dor lombar);
  • Torcicolo (condição em que os músculos do pescoço se contraem de forma dolorosa);
  • Fibromialgia (doença que causa dor e fraqueza generalizada);
  • Periartrite escapuloumeral (dor e limitação dos movimentos do ombro);
  • Cervicobraquialgia (dor na região cervical que se irradia para o braço);
  • Dor crônica;
  • Esclerose múltipla (doença neurológica em que o sistema imune destrói a cobertura protetora dos neurônios);
  • Mielopatia crônica (distúrbio do sistema nervoso);
  • Acidentes cerebrovasculares;
  • Paralisia cerebral;
  • Soluço intratável.

O tratamento da fibromialgia com relaxante muscular

A fibromialgia é uma síndrome dolorosa, de causa desconhecida, que provoca dor por todo o corpo e que acomete, principalmente, mulheres entre os 35 e os 50 anos de idade. Os medicamentos para essa doença devem ser sempre orientados pelo reumatologista, neurologista ou psiquiatra. Muitos deles decidem por tratamento com relaxante muscular, que ajudam a diminuir a rigidez dos músculos durante as crises, que ficam bem duros e inflexíveis.

 

Normalmente, são medicamentos muito utilizados na fibromialgia. Apresentam boa eficácia no controle da dor e são opções com poucas reações adversas.

 

O tratamento da fibromialgia pode ser feito com antidepressivos, relaxantes musculares e os neuromoduladores usados em conjunto. Em geral, ao serem empregados esse grupo de medicamentos, o reumatologista deve esclarecer que eles atuarão sobre os mecanismos envolvidos na geração e inibição da dor e dos outros sintomas da doença, independente de influenciarem o estado de ânimo do paciente.

Outras condições em que os relaxantes musculares podem ser utilizados

 

Esse tipo de medicamento também pode ser prescrito para outras condições, como no tratamento da ansiedade ou da dificuldade de dormir por causa de agitação ou mesmo insônia. Alguns médicos utilizam ainda, como pré-medicação antes de uma cirurgia, especialmente em operações que podem causar ansiedade ou desconforto.

 

A maior parte deles possuem apresentações em comprimidos, cápsulas ou gotas. Alguns medicamentos administrados via injeção durante cirurgias também são conhecidos como relaxantes musculares.Nesse caso, eles podem receber o nome de “bloqueadores neuromusculares” e são utilizados para deixar os músculos relaxados durante um procedimento cirúrgico. Entretanto, esses são medicamentos completamente diferentes dos relaxantes musculares mais comuns.

Utilização dos relaxantes musculares em cirurgias

 

Os relaxantes musculares usados na anestesia geral desempenham papel crucial no procedimento, melhorando as condições operatórias e facilitando a intubação e a ventilação mecânica. Mas após o término da cirurgia, o anestesiologista deve usar agentes de reversão para suspender os efeitos desses relaxantes, permitindo que o paciente recupere a função muscular normal mais cedo e respire por conta própria.

A grande importância da recuperação do relaxamento muscular ser rápida é a possibilidade de diminuir a incidência de efeitos colaterais, que são chamados de paralisias residuais.

 

Isso é importante porque os músculos do pescoço envolvidos na respiração e na deglutição são muito sensíveis a esses efeitos. Então, mesmo que o paciente tenha capacidade de respirar espontaneamente, pode não conseguir tossir ou deglutir adequadamente, o que pode resultar em sérios problemas respiratórios, portanto, todo cuidado é pouco!

 

Até pouco tempo, os agentes de reversão disponíveis eram considerados lentos (levavam cerca de 18 minutos para trazer o paciente à consciência novamente) e estavam associados a efeitos colaterais indesejáveis, como distúrbios do ritmo cardíaco, gastrointestinal e pulmonar. 

 

A chegada de um novo medicamento ao mercado, o sugamadex sódico, promete diminuir esse tempo na cobrança de consciência e reduzir os riscos de uma reversão incompleta do relaxamento muscular, o que vai diminuir também, as possibilidades de complicação no pós-operatório. Isso se dá porque o sugamadex tem rápido início de ação e, em estudos clínicos, ele reverteu o relaxamento muscular moderado e profundo em cerca de três minutos. Assim, o despertar se torna mais rápido e seguro, diminuindo os temores por parte do paciente.

 

Mecanismo de ação do relaxante muscular no organismo

Existem, de maneira geral, 2 tipos de relaxante muscular. Enquanto alguns medicamentos atuam no cérebro e na medula espinhal, outros atuam direto no músculo.

 

Os que atuam no Sistema Nervoso Central (SNC) são os Relaxantes Musculares de Ação Central, enquanto os que atuam diretamente na musculatura são chamados de Bloqueadores Neuromusculares. Aqueles que citamos mais acima, que normalmente são usados em cirurgias. Veja:

Relaxantes musculares de ação central (chamados de antiespasmódicos)

Esse tipo de relaxante muscular atua principalmente no Sistema Nervoso Central, aliviando espasmos musculares dolorosos e a espasticidade que acontece em distúrbios musculoesqueléticos ou neuromusculares, como bursites, artrite e fibromialgia.

 

Espasmos musculares podem ser definidos como contrações involuntárias dos músculos e são um mecanismo de proteção deles após lesões, inflamações ou estiramento tanto nele próprio quanto em tecidos próximos, como ossos e ligamentos.

 

Ainda não é compreendido por completo o exato mecanismo de ação dessas drogas, mas as hipóteses mais aceitas apontam para a atividade depressora do SNC desses medicamentos como o principal facilitador dos efeitos relaxantes musculares.

 

Usualmente, podemos dizer que esses medicamentos atuam dentro do organismo reduzindo a tensão na musculatura, diminuindo os espasmos e, consequentemente, as dores.

 

Assim que essas substâncias entram no organismo, especialmente aquelas que contêm o princípio ativo carisoprodol, produzem outra substância chamada meprobamato, que age como tranquilizante.

 

Apesar de fazer parte do funcionamento desses medicamentos, é possível que justamente por conta desse mecanismo os pacientes desenvolvam adicção (vício) nessas substâncias, porque a droga os deixa mais relaxados.

 

Os relaxantes de ação central são normalmente aqueles mais facilmente encontrados nas farmácias e têm um uso mais popular, sem que seja necessário receita para adquiri-los.

 

Alguns dos principais medicamentos que se encontram nessa categoria são:

Bloqueadores neuromusculares

Os bloqueadores neuromusculares são medicamentos que interrompem a transmissão do impulso nervoso na junção neuromuscular. Eles são mais utilizados em cirurgias, quando o paciente precisa de uma anestesia geral.

 

Também são úteis na eletroconvulsoterapia (passagem de uma corrente elétrica pelo corpo para tratar condições psiquiátricas como a depressão, embora já não tão usado atualmente) para evitar traumatismos e fraturas, já que as convulsões causadas propositalmente nesse tratamento podem levar à esses problemas.

 

Explicando a ação deste medicamento de um jeito mais simples, o que acontece é que essas substâncias impedem os nervos de comunicarem com os músculos, o que, por sua vez, impossibilita temporariamente a transmissão de sinais de dor.

 

Como mencionado antes, a preferência desses medicamentos em situações cirúrgicas se dá principalmente porque eles propiciam o relaxamento adequado de músculos do abdome e diafragma. Além disso, relaxam as cordas vocais, o que facilita o trabalho dos médicos caso o paciente precise ser intubado. Por essa razão, não são facilmente encontrados nas farmácias e têm um uso mais restrito.

Remédios mais conhecidos com ação relaxante muscular

Existem diversos medicamentos relaxantes musculares. Vamos dividí-los a seguir a partir do princípio ativo de cada um:

Carisoprodol com Fenilbutazona + Paracetamol

O medicamento com esse princípio ativo recebe o nome comercial de mioflex e é indicado para alívio da dor, inflamação e para o relaxamento da musculatura esquelética.

 

Também se faz útil no tratamento da espondilite anquilosante, artrite reumatoide, osteoartrose e formas agudas de reumatismo extra-articular em adultos.

Carisoprodol com Diclofenaco sódico, Cafeína + Paracetamol

A combinação Carisoprodol e diclofenaco sódico é indicada para o tratamento de reumatismo e problemas associados, como a lombalgia, osteoartrites, crise aguda de artrite reumatoide etc.

 

Também é indicada para o tratamento de inflamações graves, como depois de acidentes ou após cirurgias.

 

Podemos citar como principais nomes comerciais desses medicamentos:

  • Tandrilax;
  • Trilax;
  • Beserol;
  • Infralax;
  • Torsilax.

Cloridrato de ciclobenzaprina

O cloridrato de ciclobenzaprina é indicado para o tratamento de espasmos musculares com dor aguda, como lombalgias, torcicolos, fibromialgia, periartrite escapuloumeral (alterações e limitações do movimento do ombro) e no tratamento de cervicobraquialgias (dores na região cervical que irradiam para os membros superiores).

 

Também pode servir como medicamento coadjuvante de outras medidas para alívio de sintomas, como fisioterapia e repouso.

 

Podemos encontrá-lo nas farmácias com os seguintes nomes comerciais:

  • Miosan;
  • Musculare;
  • Benziflex;
  • Cizax;
  • Mirtax.

Dipirona monoidratada + Citrato de orfenadrina + Cafeína

Este princípio ativo específico, costuma ser indicado para o alívio da dor causada por contraturas musculares e dores de cabeça tensionais em adultos.

 

Também pode ser utilizado em forma de adesivo para tratamento da dor e inflamação localizada.

 

Os principais medicamentos que encontramos com essas substâncias são:

O que dizer do Diazepam?

Este princípio ativo é pertencente à classe dos benzodiazepínicos e possui propriedades ansiolíticas (para diminuir a ansiedade), sedativas (relaxamento e sono), anticonvulsivantes, amnésicos (perda temporária de memória) e relaxante muscular.

 

E é justamente por essa razão que esse medicamento é mais utilizado para o alívio sintomático de transtornos psiquiátricos como a ansiedade, além de servir como coadjuvante para o tratamento de outras desordens psiquiátricas. No entanto, esse medicamento também é bastante útil para o alívio de espasmo muscular, podendo ser utilizado de forma bastante pontual no tratamento da espasticidade decorrente de lesões, como a paralisia cerebral e a paraplegia.

 

Os medicamentos à base de diazepam são controlados, ou seja, só podem ser vendidos com retenção da receita médica, só sendo indicados apenas para o tratamento de desordens intensas, desabilitantes ou para casos de dores extremas.

 

Os principais nomes comerciais que encontramos à venda desse princípio ativo são:

  • Repalax;
  • Compaz;
  • Valium;
  • Somaplus;
  • Diazefast;
  • Dienzepax;
  • Kiatrium;
  • Santiazepam;
  • Uni Diazepax;
  • Calmociteno;
  • Dienpax.

Canabidiol

O canabidiol, derivado da planta cannabis sativa, conhecida popularmente como maconha, é um medicamento utilizado para o alívio da rigidez muscular associada à esclerose múltipla. No Brasil, é possível encontrar esse medicamento pelo nome Metavyl.

 

O canabidiol é um dos 80 componentes canabinoides presentes na Cannabis sativa e pode ser isolado ou sintetizado através de métodos laboratoriais seguros e confiáveis. 

 

Lembrando a todos que o uso do canabidiol está restrito apenas às situações em que os medicamentos já conhecidos não apresentam resultados satisfatórios (uso compassivo, excepcional). O composto ainda não está registrado oficialmente como medicação, no Brasil.

Relaxante muscular infantil

Não existe um relaxante muscular especificamente voltado ao público infantil. A não ser em casos de rara exceção, não faz muito sentido a criança fazer uso desse tipo de medicamento, já que os músculos delas ainda estão em desenvolvimento e elas não sofrem tanto com dores musculares quanto os adultos.

 

Caso a criança for precisar tomar um relaxante muscular, sempre será necessário ajustar a dose, pois o corpo dela é menor, assim como sua massa corporal. Então, dar uma dose normal poderia ter efeitos indesejados, além de ser bastante perigoso. Portanto, nunca dê relaxante muscular para o seu filho sem antes consultar um pediatra e verificar se há ou não a necessidade de se utilizar esse tipo de medicação. Lembre-se de ter cautela.

Qual a posologia normalmente do relaxante muscular?

Os relaxantes musculares são remédios que podem ter diversos efeitos colaterais e devem ser tomados somente quando receitados por um médico. Apesar de muitos não precisarem de receita, não se deve tomar esses medicamentos sem o conhecimento de um profissional de saúde, pois o seu uso crônico pode trazer riscos.

 

É óbvio que idealmente, essa classe de medicamentos só será prescrita quando houver a ocorrência de dor aguda e não crônica.

Eles podem ser uma opção no caso da dor estar atrapalhando o sono, pois alguns deles induzem sonolência e podem ajudar os pacientes a dormir.

 

Geralmente, a recomendação para adultos e crianças acima de 12 anos é tomar no máximo 1 comprimido, drágea ou cápsula a cada 6 horas. Se os sintomas permanecerem por mais de 5 dias, então é necessário consultar novamente um médico.

 

No caso dos medicamentos em gotas é necessário tomar de 30 a 60 gotas de 3 a 4 vezes por dia pela via oral. Ultrapassar esse limite máximo de gotas (60) é perigoso e nunca deve ser feito. Contudo, existem muitas variáveis nesse processo e não é possível recomendar uma dose específica para todas as pessoas. Pacientes com massa corporal maior podem precisar de doses mais altas, assim como o contrário.

 

Por essa razão é que você nunca deve tomar este medicamento sem o conhecimento do seu médico.

Reações adversas de relaxante muscular

O uso de relaxantes musculares pode trazer ainda algumas reações adversas. Confira as mais comuns:

Sonolência

Como os relaxantes musculares têm efeito sobre o corpo todo, normalmente eles causam sonolência. Dessa forma, não é seguro dirigir ou tomar decisões importantes enquanto estiver tomando relaxantes musculares. O ideal é tomar esses medicamentos à noite, perto da hora de dormir, justamente por conta desse efeito sedativo.

Secura na boca

A boca fica seca quando as glândulas salivares não produzem saliva suficiente. O uso de diversos medicamentos, mesmo sem serem relaxantes musculares têm como efeito colateral esse sintoma, que normalmente desaparece depois que o remédio para de fazer efeito.

Tontura

Por conta do efeito relaxante que esses medicamentos promovem, muitos pacientes podem apresentar tonturas e vertigem, que é uma sensação de movimento ou giratório do próprio corpo ou do entorno.

Fadiga ou prostração

É bastante comum que o uso de relaxantes musculares deixe o paciente com a sensação de fadiga. O paciente sente-se enfraquecido, desgastado e com falta de energia.

Alterações no fígado

Muitos dos relaxantes musculares contêm doses pequenas de paracetamol. Esse anti-inflamatório, em especial, é hepatotóxico e pode causar danos à saúde e ocasionar lesões no fígado.

Cólicas, náuseas e vômitos

Isso ocorre especialmente com aqueles medicamentos de via oral, que são absorvidos pelo estômago e intestino. E isso se dá porque ao entrar no sistema digestivo, a presença do medicamento pode causar irritação nesses órgãos, levando a esses sintomas.

Alterações no ritmo cardíaco e na pressão sanguínea

O coração é um órgão de movimento involuntário. Ao tomar um relaxante muscular, isso pode ter efeitos sobre o funcionamento dessa unidade e de todo o sistema cardiovascular.

Se, por causa do medicamento, o coração bater com mais ou menos intensidade, a pressão sanguínea pode apresentar alterações,assim como o próprio ritmo cardíaco em si. Consequentemente, é importante ressaltarmos a você novamente que antes de tomar este tipo de medicamento é essencial conversar com um médico ou especialista.

Efeitos colaterais do princípio ativo diazepam

Quando se faz uso do diazepam, as reações adversas mais comuns observados pelos pacientes são cansaço, sonolência e relaxamento muscular. Eles são sentidos especialmente no início do tratamento. Geralmente, esses sintomas são sentidos no início do tratamento, mas desaparecem depois de uma administração mais prolongada.

 

Mesmo assim, o diazepam pode ter outros efeitos colaterais, indicados como pouco frequentes, mas que podem ir levando a distúrbios do sistema nervoso, como ataxia (desequilíbrio), dificuldade para falar, fala enrolada, dor de cabeça, tremores e vertigem. Além disso, é possível acontecer também amnésia anterógrada (esquecimento de fatos a partir no início da tomada do medicamento) e outros efeitos amnésicos (de perda de memória recente).

 

Já bem mais raros, esses efeitos também foram relacionados com a terapia farmacológica de diazepam: reações paradoxais, como inquietação, agitação, irritabilidade, agressividade, delírios, raiva, pesadelos, alucinações, psicose e comportamento anormal. Se e quando esses efeitos ocorrerem, deve-se descontinuar o uso da droga.

 

Outra coisa importante a se salientar a respeito do diazepam é que trata-se de um medicamento cujo uso crônico pode causar dependência física mesmo em doses terapêuticas. Por isso a necessidade de venda somente com retenção de receita.

 

Outros efeitos colaterais que o uso de diazepam podem ocasionar são:

  • Náuseas;
  • Boca seca ou hipersalivação;
  • Constipação;
  • Diplopia (visão dupla);
  • Visão turva;
  • Hipotensão (pressão baixa);
  • Depressão circulatória;
  • Frequência cardíaca irregular;
  • Incontinência ou retenção urinária;
  • Vertigem;
  • Insuficiência cardíaca, incluindo parada cardíaca;
  • Depressão respiratória, incluindo insuficiência respiratória;
  • Icterícia (muito raramente).

O que esperar do uso do canabidiol

Por ser um extrato retirado da folha da maconha, o uso de canabidiol pode trazer alguns efeitos colaterais.

 

Dentre eles, podemos destacar: tonturas, sonolência, excitação, perda de memória, dificuldade de concentração, visão embaçada, dificuldade para falar, aumento ou perda de apetite, boca seca, prisão de ventre ou diarreia, náusea ou vômitos, sensação de embriaguez ou alucinações.

 

Um pouco mais raros, porém possíveis, também pode causar o aparecimento de feridas na boca acompanhadas de sensação de queimação ou dor.

Quais os riscos associados ao uso indevido de relaxante muscular?

Existem alguns riscos relacionados ao uso de relaxantes musculares. Eles podem causar reações alérgicas e até mesmo dependência. Entenda:

Dependência química

Infelizmente, o uso de relaxantes musculares indiscriminadamente tem potencial aditivo para algumas pessoas, ou seja, ele pode viciar. Tomar esses medicamentos sem a prescrição correta de um médico ou tomar mais do que o médico recomendou podem aumentar as chances de adicção nessas substâncias, assim como usá-las por um período prolongado.

Quase todos os casos de adicção e abuso desse tipo de substância se dão com o princípio ativo carisoprodol, encontrado em relaxantes como o Infralax, Trilax, Torsilax e Tandrilax.

 

O vício ocorre por conta desse princípio ativo, uma vez dentro do organismo, produzir uma substância chamada meprobamato, que age como um tranquilizante. Dessa forma, as pessoas podem ficar dependentes de carisoprodol porque essa droga as deixa mais relaxadas. Mesmo assim, outros tipos de relaxantes musculares também têm risco de levar à adicção. A ciclobenzaprina, encontrada nos medicamentos como Benziflex e Cizax, também já foi relatada como uma substância de abuso por alguns pacientes.

 

O maior problema disso tudo é que o uso prolongado dessas substâncias pode deixar o paciente fisicamente dependente desses medicamentos. Isso significa que, sem a medicação, ele pode apresentar sintomas de abstinência, como insônia, ansiedade e até mesmo vômitos.

 

Ouve-se muito falar ultimamente que, nos Estados Unidos, outra classe de medicamentos vem causando problemas para a saúde pública: os opióides.

 

Com uma função parecida à dos relaxantes musculares (de aliviar a dor), esses medicamentos têm sido prescritos de maneira descontrolada no país, gerando uma população imensa de pessoas viciadas em medicamentos como a codeína, o que acabou levando até mesmo, mais de 50 mil cidadãos estadunidenses à morte em um único ano.

 

Os opióides tratam-se de um problema ainda maior porque esses medicamentos são todos feitos através da papoula, que é a mesma planta utilizada para fazer a morfina, o ópio e a heroína.Isso faz com que pacientes viciados nessa substância pulem para drogas mais baratas e acessíveis, como a heroína, o que gera uma verdadeira crise de abuso de substâncias e tráfico de drogas no país. Mas isso é assunto para um outro artigo mais completo daqui um tempo!

 

No Brasil, a situação não é tão complicada quanto a dos EUA, mas pode se tornar. Um artigo publicado na American Journal of Public Health intitulado “Tendências na venda de opioides sob prescrição no Brasil Contemporâneo” mostra que houve um aumento de 495% na venda de medicamentos opiáceos no país entre 2009 e 2015.

 

É por isso que é necessário tomar todo um cuidado e observar as tendências de outros países para que os problemas que os atingem não se tornem parte, também, do cotidiano do Brasil, afinal, problemas com abusos de outras drogas já temos muito que lidar por aqui!

Reações alérgicas

Alguns pacientes podem ser alérgicos a algum dos compostos usados nas fórmulas dos medicamentos relaxantes musculares mais comuns. Por mais essa razão, é muito importante conversar com um médico antes de tomar qualquer medicamento.

Dificuldade de diagnóstico

Importante também salientar que se uma pessoa toma relaxantes musculares com certa frequência, sempre que sente a mínima dor, ela pode estar, na verdade, mascarando um problema maior. Ela deixa de ir ao médico quando necessário e toma a medicação por conta própria, evitando a visita ao consultório.

 

Em se tratando especialmente dos relaxantes musculares de ação central, eles agem diretamente no sistema nervoso e podem alterar a percepção dos pacientes com relação à dor, o que atrapalha a clareza de uma pessoa sobre si mesma, além de deixar o médico com menos informações.

 

Isso exemplificado na prática é o seguinte: Pode ser que se o paciente não esteja sobre o efeito de relaxantes musculares, ele pode descrever melhor os sintomas, dando os indícios que o médico precisa para saber a urgência e a gravidade da situação.

Contraindicações dos relaxantes musculares

Os relaxantes musculares são contraindicados para pessoas:

 

  • Alérgicas a qualquer um dos componentes das fórmulas;
  • Que sofrem de insuficiência cardíaca, hepática ou renal;
  • Que possuem hipertensão arterial grave;
  • Que apresentam hipersensibilidade a anti-inflamatórios;
  • Grávidas;
  • Lactantes (mulheres que estão amamentando);
  • Que irão fazer ou acabaram de fazer alguma cirurgia cardíaca;
  • Que possuem úlcera estomacal.

Interação medicamentosa do relaxante muscular

É muito importante para você saber que misturar os relaxantes musculares com substâncias depressoras do sistema nervoso central, como o álcool, por exemplo, pode ser bastante perigoso, pois o efeito sedativo dessa medicação se intensifica, fazendo com que a combinação tenha potencial fatal.

 

Além disso, deve-se evitar a combinação de relaxantes musculares com anti-histamínicos (antialérgicos). Um estudo de 2015, publicado na revista BMC Geriatrics, demonstrou que a associação desses medicamentos causa aumento na hospitalização e mortalidade em idosos, por isso, o melhor é evitar completamente.

Os espasmos musculares e a espasticidade

Sem dúvida, todo mundo já sofreu com espasmos musculares ao menos uma vez na vida! Como mencionado mais acima, eles nada mais são do que contrações involuntárias dos músculos, que causam dor e rigidez localizada. Funcionam como um mecanismo de proteção do músculo e ocorrem em resposta a uma lesão, inflamação ou estiramento, podendo durar de segundos a vários minutos. 

 

Já a espasticidade, por sua vez, trata-se de um distúrbio do controle muscular que deixa os músculos tensos ou rígidos, incapazes de serem controlados. Além disso, os reflexos podem permanecer por muito tempo e ser muito fortes, causando muita dor e desconforto.

Ela normalmente é consequência de um desequilíbrio de sinais a partir do sistema nervoso central para os músculos.

Condições que causam espasticidade

Algumas das circunstâncias que podem resultar na espasticidade são qualquer tipo de lesões cerebrais, AVC, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica (ELA) e outras doenças.

 

Identificando a lombalgia

A lombalgia pode ser definida como uma dor na região lombar, ou seja, na região mais baixa da coluna perto da bacia. É também popularmente chamada de “lumbago”, “dor nas costas”, “dor nos rins” ou “dor nos quartos”.

 

A dor pode se estender para a região das nádegas, face posterior das coxas mas não muito além do joelho, sem comprometer um trajeto de nervo específico. Um por cento dos pacientes com lombalgia aguda tem ciática, que é definida como dor irradiada para o território de uma raiz nervosa lombar, frequentemente acompanhada de sintomas como dificuldade para andar e formigamento.

 

É um problema muito prevalente e pode ser causa de incapacidade. Mais de 90% da população mundial sofre episódio de dor lombar em algum momento da vida e a lombalgia é a segunda causa mais frequente de procura pelos serviços médicos.

Lembramos sempre que estes remédios relaxantes musculares apenas devem ser usados em último caso e sempre sobre indicação do médico ou farmacêutico. Além disso, à sua utilização deve ser associada a prática de exercício físico regular, que diminui o surgimento de contraturas musculares e alongamentos diários que ajudam a estender e alongar o músculos do corpo, um lembrete especialmente importante para quem trabalha sentado, por exemplo.

 

Gostou do nosso artigo falando um pouco mais sobre o relaxante muscular? Ainda ficou com alguma dúvida ou tem alguma sugestão para nos fazer sobre esse assunto? Não deixe de comentar abaixo que teremos todo o prazer do mundo em interagir com você e saber sua opinião! 

 

 

 

Categorias: Medicamentos
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