Fitoterápicos: saiba para que serve e como usar.

O que são fitoterápicos
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Com certeza sua avó ou sua mãe já mandou você tomar um chá de camomila pra dormir melhor ou um chá de hortelã para melhorar aquele mal-estar que você estava sentindo. Provavelmente deve ter dado certo essa prescrição caseira. Isso porque muitas plantas, flores e frutas possuem princípios ativos que podem nos ajudar a lidar com a dor, ou nos acalmar. Essas substâncias naturais são usadas a muito tempo, por muitos povos. No Brasil principalmente, por causa da ascendência indígena que nós temos, desenvolvemos a cultura de usar substâncias naturais como remédios. A maioria de nós faz uso dessas substâncias por meio de chás ou em sua forma natural. Porém, existe uma classe de medicamentos chamada de fitoterápicos que usam principalmente a substância ativa dessas ervas para fabricar medicamentos.

Os medicamentos fitoterápicos geralmente são vendidos sem receita, mas algumas substâncias controladas são vendidas apenas com receita.

Apesar do uso de fitoterápicos ser bastante comum, muitas pessoas questionam a eficácia de medicamentos que são feitos à base de plantas e não acreditam que esses medicamentos realmente funcionam.

Já outras pessoas são fiéis no que diz respeito ao uso de medicamentos fitoterápicos, e optam por usar apenas os remédios à base de plantas.

É importante destacar que para algo ser benéfico, é necessário ter um equilíbrio! O seu médico vai decidir qual a melhor opção para o seu tratamento.

Além disso, é importante optar por fitoterápicos que sejam aprovados pela ANVISA, pois existem muitas substâncias que ainda precisam de pesquisas para comprovar a sua eficácia em determinados usos.

Diante de todas essas questões, desenvolvemos esse artigo que vai te apresentar uma explanação completa sobre os medicamentos fitoterápicos. Mas antes disso, vamos conhecer um pouco mais sobre a origem da fitoterapia, a ciência dos medicamentos fitoterápicos.

Fitoterapia: Saiba mais sobre a história dessa ciência!

A fitoterapia em suma é a ciência que estuda o efeito de cura das ervas. Talvez essa seja uma das ciências mais antigas que existem, pois por meio da observação povos pré-históricos percebiam a eficácia que as ervas tinham para tratar determinados problemas.

Há evidências arqueológicas de que os hominídeos paleolíticos comiam plantas cruas e cozidas e consumiam ervas “não comestíveis”, incluindo salgueiro, erva de São João, mil-folhas, camomila, bupleurum e muito mais.

Isso é totalmente esperado! Imagine a vida de um ser humano paleolítico: sua vida dependia literalmente de seu ambiente imediato e de um senso de consciência muito aguçado. Se você tivesse vivido nessa época também teria aprendido a reconhecer como diferentes plantas podem ser usadas para doenças específicas.

Ao considerar a história da fitoterapia, é importante lembrar que os registros escritos não representam a soma total do conhecimento ou mesmo o conhecimento mais válido, mas nos fornecem um roteiro parcial. 

O primeiro registro escrito de plantas medicinais foi criado em tabuletas de argila há mais de 5.000 anos pelos sumérios, na antiga Mesopotâmia, que descreveram uma dúzia de receitas de ervas exigindo o uso de mais de 250 plantas.

Por volta de 1500 aC, os antigos egípcios escreveram o papiro Ebers, que listava mais de 850 medicamentos fitoterápicos. Este não foi o primeiro documento escrito sobre fitoterapia e prática médica dos primeiros egípcios, mas sobreviveu intacto e contém muitas receitas e formulações diferentes, incluindo muitas ervas que conhecemos e usamos hoje, como cominho, coentro, alho, salgueiro, olíbano, cedro, aloe e henna.

O lendário imperador chinês Chi’en Nung é responsável por escrever a matéria médica fundamental da medicina clássica chinesa, Pen Ts’ao Ching, que lista mais de 365 ervas. Segundo alguns cálculos, acredita-se que registre algumas práticas tradicionais que podem remontar a cerca de 2700 AEC, quase 5.000 anos atrás, que foram transmitidas pela tradição oral.

A versão mais antiga do texto conhecida hoje como Pen Ts’ao Ching foi compilada por Tao Hongjing e publicada por volta de 500 dC. Muitas ervas incluídas na Pen Ts’ao Ching são amplamente utilizadas na prática da medicina chinesa hoje, e algumas entraram na matéria médica de herbalistas ocidentais, também. Apenas algumas das ervas bem conhecidas e apreciadas mencionadas neste livro incluem astrágalo, alcaçuz, reishi, gengibre, schisandra e dong quai.

Fitoterapia Ocidental

Quando lemos sobre as raízes da medicina moderna e da prática contemporânea de ervas no Ocidente, frequentemente ouvimos sobre Hipócrates e outros médicos gregos de sua época, por volta de 400 aC.

Em parte porque Hipócrates e seus colegas pensadores foram alguns dos primeiros a escrever um sistema que separava a medicina da prática religiosa. Hipócrates insistia que a doença se originava no corpo físico, ao invés de ser causada por uma doença espiritual ou punição dos deuses.

Naquela época, e por muitos séculos a seguir, não haveria uma separação distinta entre a prática da medicina e o uso de ervas, os remédios primários usados ​​eram dieta, medicamentos derivados de plantas e animais e cirurgia. A medicina, então, com exceção da cirurgia, era em grande parte o que hoje consideraríamos medicina fitoterápica. 

Embora o pensamento hipocrático seja notável tanto por seu registro escrito quanto por sua separação do tratamento físico e religioso das doenças, ele não surgiu do nada, Hipócrates, como outros médicos gregos, valeu-se de seus precursores na medicina, que quase certamente incluía o conhecimento e a prática herdados dos antigos sistemas de cura chineses, indianos e egípcios. 

Infelizmente, muitas vezes se presume que a história da medicina seja equivalente à história da medicina na Europa, e podemos, inconscientemente, cometer esse erro ao enquadrar a fitoterapia também.

Mas, assim como o que costumamos chamar de medicina ocidental, na verdade tem algumas raízes muito profundas nos sistemas de cura tradicionais da Ásia e da África, o mesmo ocorre com a fitoterapia ocidental.

O que é um medicamento fitoterápico

Embora na origem da fitoterapia as plantas em sua forma natural eram usadas para promover uma solução para problemas de saúde. Hoje em dia os fitoterápicos são considerados medicamentos como qualquer outro. Mas como assim?

Bem, um medicamento fitoterápico é um medicamento que passa por pesquisas rígidas de indústrias farmacêuticas, mas são usadas substâncias isoladas de plantas, vegetais ou outra coisa natural para promover a ação daquele medicamento.

Além disso, esse medicamento também passa por testes para comprovar a sua eficácia, assim como um medicamento convencional. A ANVISA também precisa aprovar a venda desse medicamento com base nas pesquisas e nos testes que foram feitos com ele.

Vamos dar um pequeno exemplo para que você possa entender melhor. O maracujá é conhecido popularmente como uma fruta calmante. Muitas pessoas costumam fazer suco de maracujá para conseguir esse efeito calmante. Mas o maracujá em sua forma natural não é considerado um medicamento fitoterápico.

Porém o maracujá pode ser transformado em um medicamento fitoterápico. A substância que causa o efeito calmante presente no maracujá é chamada de passiflora. Essa substância está presente principalmente nas folhas do maracujá.

Para transformar isso em um medicamento calmante, os cientistas isolam a passiflora das folhas do maracujá e misturam essa substância isolada com outras substâncias para estabilizar a passiflora.

Essas substâncias geralmente são usadas para conservar, estabilizar a substância de forma que ela não fique mais forte nem mais fraca com o tempo e outras substâncias para dar a forma do medicamento que conhecemos, como pílulas, xaropes, comprimidos ou pós.

Depois desse processo os cientistas fazem os testes para ver como essas substâncias em conjunto vão agir e se realmente vão ter algum efeito calmante em indivíduos que fizerem uso deste medicamento.

Se esses testes estiverem certos, a indústria farmacêutica entrará em contato com a ANVISA para que ela possa analisar as pesquisas e os testes que foram feitos, além de fazerem também os seus próprios testes. Se depois de tudo isso, o medicamento estiver dentro dos padrões da ANVISA, a sua venda é liberada.

A ANVISA também vai dizer se o medicamento pode ser vendido sem receita ou se o medicamento deve ser vendido apenas com receita médica.

Dessa mesma forma ocorre o processo de todos os medicamentos fitoterápicos e também dos medicamentos convencionais.

Para que servem os medicamentos fitoterápicos

Cada medicamento fitoterápico serve para tratar um determinado problema. Pode ser que exista mais de um medicamento também que trate um problema.

A questão é que a utilidade do medicamento fitoterápico vai depender da substância ativa que ele possui, bem como do problema que você quer tratar.

Vejamos um exemplo para que você possa compreender melhor. Se você possui uma constipação ocasional, você pode usar um laxante para resolver o seu problema. Você encontra muitos tipos de laxantes que são vendidos como medicamento convencionais. Mas existem também laxantes que são medicamentos fitoterápicos, que produz o mesmo efeito de um laxante convencional.

Sendo assim, o seu médico vai te indicar o medicamento fitoterápico de acordo com a condição que você possui, para que o efeito seja eficaz. Com certeza ele não indicaria um laxante fitoterápico se os seus sintomas correspondessem à gripe.

Cerca de 25 por cento dos medicamentos em todo o mundo são à base de substâncias naturais. Isso significa que existem diferentes medicamentos para tratar diferentes tipos de problemas.

Um fato interessante é que cerca de 70 por cento dos medicamentos usados para o tratamento do câncer são fitoterápicos.

Continue lendo o nosso artigo para conhecer algumas substâncias usadas em medicamentos fitoterápicos e ver a utilidade delas.

Qual é a matéria-prima dos medicamentos fitoterápicos

Os medicamentos fitoterápicos possuem como matéria-prima substâncias retiradas de plantas, ervas, vegetais, flores e frutas. Essa matéria-prima geralmente é chamada de ingredientes ativos.

Os medicamentos fitoterápicos contêm ingredientes ativos. Os ingredientes ativos de muitas preparações à base de plantas ainda são desconhecidos. Alguns medicamentos farmacêuticos são baseados em um único ingrediente ativo derivado de uma fonte vegetal. 

Algumas pessoas acreditam que um ingrediente ativo pode perder seu impacto ou se tornar menos seguro se usado isoladamente do resto da planta.

Por exemplo, o ácido salicílico é encontrado na planta Filipendula ulmaria e é usado para fazer aspirina. A aspirina pode causar sangramento no estômago, mas a Filipendula ulmaria contém naturalmente outros compostos que evitam a irritação com o ácido salicílico.

Quais os fitoterápicos mais usados no Brasil

Há alguns anos, o Ministério da saúde publicou um documento com mais de 50 espécies de plantas que são de interesse para pesquisas fitoterápicas.

Entre esses medicamentos estão plantas que são muito usadas de forma popular e o governo espera que mais pesquisas sejam feitas para transformar essas plantas em medicamentos fitoterápicos.

Algumas dessas plantas já são muito usadas na fabricação de medicamentos fitoterápicos, separamos as principais para que você possa conhecer.

Camomila

A camomila é uma planta da família Asteraceae, também conhecida como família das margaridas. Possui pétalas brancas com um centro amarelo brilhante. Na verdade, existem vários tipos diferentes de camomila, dependendo de onde foi cultivada.

As variedades mais populares são a camomila romana (também chamada inglesa) e a camomila alemã. Embora muito menos comuns, também existem camomilas egípcias e marroquinas.

A diferença entre cada camomila não é apenas seu país de origem. Embora ainda não esteja claro, elas também podem ter pequenas diferenças em sua composição química. Em geral, a camomila é carregada com 120 compostos exclusivos, incluindo incontáveis ​​antioxidantes e flavonóides.

A maioria dos benefícios da camomila para a saúde pode estar ligada ao antioxidante apigenina. Essa é uma das substâncias isoladas que dá origem a alguns medicamentos fitoterápicos.

A camomila como sonífero é um dos benefícios mais conhecidos dessa planta, e isso acontece graças a apigenina! A apigenina liga certos receptores no cérebro para promover o sono. Na verdade, é usado como ingrediente principal para tranquilizantes fitoterápicos. 

Sena

Sena é uma erva que vem das folhas, flores e frutos da planta Cássia. Essa erva é muito famosa pelo seu efeito laxante, ainda como chá. Além de ser usada como chá para promover o efeito laxante, a sena é usada como substância ativa em medicamentos fitoterápicos aprovados pela ANVISA.

Aroeira

O chá da aroeira é muito usado popularmente para tratar infecção urinária em mulheres. Além disso, sua eficácia para tratar problemas gastrointestinais também é muito conhecida entre os populares.

A aroeira é usada como princípio ativo de medicamentos fitoterápicos que tem como objetivo tratar problemas de gastrite. Medicamentos fitoterápicos que tem a aroeira como princípio ativo estão na lista do SUS de assistência farmacêutica.

Babosa

No Brasil a babosa é conhecida principalmente por sua propriedade e benefícios de tratamento capilar. Mas a babosa é muito mais do que isso!

Os benefícios que a babosa possui para a pele também é surpreendente, tanto que existem medicamentos fitoterápicos para uso tópico com o princípio ativo da babosa que ajudam a tratar queimaduras e psoríase.

Há muitas pesquisas para mostrar que o gel transparente que preenche as folhas grossas de uma planta de babosa pode ser usado para ajudar no processo de cicatrização de uma queimadura. Um composto do aloe chamado aloin foi considerado responsável pelos benefícios anti-inflamatórios da planta que ajuda a tratar as queimaduras.

A psoríase é uma doença de pele que causa manchas vermelhas e escamosas na pele. Essas manchas podem causar coceira e feridas, o que geralmente pode ser aliviado com cremes fitoterápicos tendo a babosa com matéria prima. Eles também podem reduzir a vermelhidão e descamação e acalmar a pele.

Guaco

Uma substância chamada de cumarina presente no guaco tem efeitos importantes e comprovados para o tratamento de bronquite e alguns problemas respiratórios. Os medicamentos fitoterápicos que tem o guaco como princípio ativo, geralmente são vendidos em forma de xaropes para tratar justamente dessas condições.

Maracujá

Você deve conhecer os efeitos calmantes do maracujá. Mas o seu poder calmante está principalmente nas suas folhas. A folha do maracujá contém uma substância calmante chamada de passiflora.

A passiflora é usada como ingrediente ativo em remédios fitoterápicos e esses medicamentos são vendidos como calmantes mais leves.

Mesmo sendo mais leves do que os calmantes convencionais, alguns dos fitoterápicos calmantes precisam de receita médica para serem vendidos.

Alcachofra

A alcachofra é usada para estimular o fluxo de bile do fígado e acredita-se que ajude a reduzir os sintomas de azia e “ressaca” do álcool. A alcachofra também é usada para colesterol alto, síndrome do intestino irritável, problemas renais, anemia, retenção de líquidos (edema), artrite, infecções da bexiga e problemas hepáticos.

Os remédios fitoterápicos que contém a alcachofra como princípio ativo, também estão na lista de medicamentos de assistência farmacêutica do SUS.

Espinheira Santa

A espinheira santa é uma erva muito conhecida na medicina popular para tratar problemas gastrointestinais. Os medicamentos fitoterápicos que possuem a espinheira santa como ingrediente ativo também são usados para tratar problemas digestivos, úlceras estomacais e gastrite.

Hortelã

A hortelã é usada como um tempero nas cozinhas de muitas pessoas. Mas o seu uso popular também se dá por meio de chás para ajudar na digestão.

A hortelã é usada em xaropes e comprimidos fitoterápicos que ajudam a aliviar os gases e auxiliam na digestão. No caso do xarope, o seu principal uso é para alívio da tosse.

Unha-de-gato

A unha de gato é usada na fitoterapia para o alívio de dores reumáticas, causada pela artrite e artrose. Medicamentos que usam a unha-de-gato como princípio ativo estão na lista de assistência farmacêutica do SUS.

Porque os chás não são considerados medicamentos fitoterápicos

Os medicamentos fitoterápicos são medicamentos que usam substâncias naturais como ingrediente ativo, mas são feitos em ambientes controlados por meio de pesquisas e testes que comprovam a sua eficácia.

Além disso, os medicamentos fitoterápicos precisam passar pela aprovação da ANVISA para serem considerados seguros para uso.

Já os chás que fazemos em casa, mesmo que contenham substâncias benéficas, não podemos saber que aquela folha em especial, contém a concentração necessária de princípio ativo para fazer o devido efeito.

Além disso, essa falta de exatidão pode ser um problema se a quantidade usada for além do que a necessária para possuir benefício, causando até mesmo a toxicidade.

Conheça os benefícios dos fitoterápicos

Desde muito tempo a medicina baseada em elementos naturais promove benefícios para quem faz uso dela. Os medicamentos fitoterápicos também possuem alguns benefícios, que você poderá conhecer a seguir.

Efeitos colaterais reduzidos

Como os fitoterápicos são naturais, o corpo costuma responder favoravelmente a eles. Infelizmente, nem sempre é o caso com medicamentos prescritos. Ao substituir um medicamento convencional por um fitoterápico com a orientação médica, os pacientes podem reduzir lentamente ou até mesmo eliminar o número de efeitos colaterais relacionados à prescrição experimentados diariamente.

Maior economia

Os medicamentos convencionais são caros. Os medicamentos fitoterápicos costumam ser mais baratos de produzir porque os medicamentos são feitos de recursos naturais abundantes e fáceis de produzir. Um custo de produção mais baixo geralmente equivale a um custo de varejo mais baixo.

Além de ajudar os pacientes a economizar dinheiro com os custos iniciais dos medicamentos, os remédios fitoterápicos também ajudam a ensinar as pessoas a administrar as doenças e desenvolver as ferramentas e o conhecimento necessários para prevenir doenças e promover a autocura.

Os indivíduos podem usar esse conhecimento para levar estilos de vida mais saudáveis ​​e, com sorte, evitar o desenvolvimento de condições crônicas muito caras – que muitas vezes vêm com contas médicas altíssimas, custos de prescrição e afastamento do trabalho – no futuro.

Autocura

Os medicamentos convencionais geralmente são projetados para mascarar os sintomas e não necessariamente curar a doença subjacente. A fitoterapia, por outro lado, pode forçar os indivíduos a ouvir o que o corpo está dizendo e a identificar a fonte de dor ou desconforto.

Com a ajuda de um profissional médico que trabalha especificamente com medicina alternativa, um paciente pode entrar no caminho de uma saúde melhor mais cedo do que o esperado.

Melhor saúde geral

Os medicamentos fitoterápicos trazem vários benefícios notáveis ​​à saúde. Para começar, as curas naturais costumam ter como objetivo identificar e erradicar a doença, em vez de suprimir os sintomas. É mais provável que essa abordagem resulte em melhoria da saúde do que o uso de produtos convencionais.

Além disso, como o medicamento fitoterápico contém vitaminas, anticorpos e outros agentes promotores da saúde, ele serve para fortalecer o corpo como um todo e não apenas para combater doenças. Como resultado, uma pessoa que escolhe remédios fitoterápicos em vez de medicamentos convencionais pode ser mais capaz de combater infecções do que aqueles que confiam apenas em medicamentos convencionais.

Quais cuidados são necessários na hora de ministrar um medicamento fitoterápico?

Os medicamentos fitoterápicos podem ser erroneamente considerados totalmente seguros porque são produtos “naturais”. Isso nem sempre é correto. 

Os medicamentos fitoterápicos podem produzir efeitos negativos que podem variar de leves a graves, incluindo: 

  • Reações alérgicas e erupções cutâneas
  • Asma
  • Dores de cabeça
  • Náusea
  • Vômito
  • Diarreia

Assim como os medicamentos convencionais, o medicamento fitoterápico deve sempre ser prescrito por um médico qualificado e registrado.

Esteja ciente também que os medicamentos fitoterápicos podem interagir com outros medicamentos que você está tomando.

Os medicamentos e suplementos fitoterápicos podem interagir de forma prejudicial com os medicamentos sem prescrição ou sem receita que você está tomando.

Tomar fitoterápico por conta própria pode aumentar ou diminuir a eficácia de outros medicamentos que você está tomando ou pode aumentar o risco de efeitos colaterais negativos. Por exemplo, a erva de São João diminui principalmente a eficácia de outros medicamentos, mas aumenta os efeitos dos antidepressivos.

Se você está pensando em tomar medicamentos fitoterápicos, é sempre uma boa ideia conversar com seu médico sobre os possíveis efeitos colaterais e interações com outros medicamentos que está tomando.

Os medicamentos fitoterápicos produzidos no Brasil estão sujeitos a regulamentações. Consulte o seu farmacêutico sobre a segurança e eficácia do medicamento fitoterápico ou suplementos que você está pensando em comprar. Se você está pensando em tomar medicamentos fitoterápicos, é recomendável que você:

  • Nunca pare de tomar os medicamentos convencionais sem consultar o seu médico.
  • Informe sempre o seu médico se estiver planejando iniciar um curso de fitoterapia para o seu problema.
  • Consulte o seu médico qualificado ou o seu farmacêutico sobre a segurança, qualidade e eficácia do medicamento à base de plantas.
  • Sempre compre produtos de uma fonte confiável. Tenha cuidado ao comprar medicamentos fitoterápicos ou suplementos fabricados no exterior.
  • Tome todos os medicamentos fitoterápicos estritamente conforme prescrito e consulte o seu médico imediatamente se sentir quaisquer efeitos colaterais.

Suplementos naturais

Alguns especialistas consideram os suplementos como sendo medicamentos fitoterápicos. Muitos desses suplementos também podem ajudar a tratar condições e aliviar sintomas. Veja a seguir uma lista com alguns produtos naturais usados em suplementos.

Cohosh preto

Esta planta semelhante a um arbusto do leste da América do Norte deriva seu nome da palavra nativa americana para “áspero” (referindo-se à estrutura de sua raiz). Geralmente é usado para condições da menopausa, menstruação dolorosa, espasmos uterinos e vaginite.

Flor de cone

Frequentemente usada para fortalecer o sistema imunológico do corpo, a flor de cone também é considerada uma prevenção contra resfriados e gripes.

Prímula

O óleo desta planta de floração amarela brilhante que floresce à noite pode ser útil na redução dos sintomas de artrite e síndrome pré-menstrual.

Camomila

As propriedades analgésicas da camomila têm sido usadas para dores de cabeça de enxaqueca, bem como para cólicas menstruais.

Alho

O alho é geralmente usado para doenças cardiovasculares, incluindo níveis elevados de colesterol e triglicerídeos associados ao risco de aterosclerose.

Gingko biloba

Esta erva é usada para muitas condições associadas ao envelhecimento, incluindo má circulação e perda de memória.

Ginseng

Usado como um tônico geral para aumentar o tônus ​​geral do corpo, o ginseng é considerado útil para elevar os níveis de energia e melhorar a resistência ao estresse.

Chá verde

Esta erva é usada para combater a fadiga, prevenir a arteriosclerose e certos tipos de câncer, diminuir o colesterol e ajudar na perda de peso.

Erva de São João

De cultivo silvestre com flores amarelas, esta erva tem sido usada há séculos no tratamento de transtornos mentais. Hoje, é uma recomendação popular para depressão leve a moderada.

Precauções ao escolher suplementos naturais

Assim como devemos ter cuidado com medicamentos convencionais e medicamentos fitoterápicos, também devemos ter precauções ao usar e escolher os suplementos naturais.

  • Os suplementos de ervas podem interagir com medicamentos convencionais ou ter efeitos fortes. Não faça o autodiagnóstico. Converse com seu médico antes de tomar suplementos naturais.
  • Eduque-se. Aprenda o máximo que puder sobre as ervas que está tomando, consultando seu médico e entrando em contato com os fabricantes de suplementos naturais para obter informações.
  • Se você usar suplementos de ervas, siga as instruções do rótulo cuidadosamente e use apenas a dosagem prescrita. Nunca exceda a dosagem recomendada e busque informações sobre quem não deve tomar o suplemento.
  • Trabalhe com um profissional. Procure os serviços de um fitoterapeuta ou médico naturopata treinado e licenciado com amplo treinamento nesta área.
  • Observe os efeitos colaterais. Se ocorrerem sintomas como náusea, tontura, dor de cabeça ou estômago embrulhado, reduza a dosagem ou pare de tomar o suplemento de ervas.
  • Esteja alerta para reações alérgicas. Uma reação alérgica grave pode causar dificuldade para respirar. Se esse problema ocorrer, procure imediatamente ajuda médica.

Onde encontrar medicamentos fitoterápicos

Vimos que os medicamentos fitoterápicos são bem parecidos com os medicamentos convencionais, a diferença é que nos medicamentos fitoterápicos são usados ingredientes ativos naturais, enquanto nos medicamentos convencionais são usados ingredientes sintéticos.

Sendo assim, é muito importante tomar os mesmos cuidados, independente do medicamento que você esteja usando. A automedicação nunca deve ser feita, mesmo quando se trata de medicamentos fitoterápicos.

Além disso, é importante lembrar que as informações contidas neste artigo não substituem o conselho de um profissional de saúde qualificado e registrado. Por isso, em caso de dúvidas procure um médico ou farmacêutico.

Medicamentos em geral podem ter uma grande variação de preços de uma farmácia para outra, por isso é muito importante fazer pesquisas se você deseja economizar.

Muitas pessoas com medo de perder tempo pesquisando, acabam comprando seus medicamentos na primeira farmácia que entregam, mas isso pode custar bem caro.

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Categorias: Medicamentos
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