Medicamento anti-inflamatório – Qual sua indicação?

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O que é um medicamento anti-inflamatório? Os anti-inflamatórios, ou antiflogísticos, são remédios que tratam inflamações dos tecidos e seus sintomas decorrentes (dor e febre). No geral, eles podem ser divididos entre não esteroidais (AINEs) e esteroidais (corticoides).

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Alguns destes medicamentos podem ser vendidos livremente nas farmácias, mas muitos exigem prescrição médica. Por isso, fique atento e nunca se automedique!

 

O controle no caso dos corticoides, é ainda mais rigoroso. Todos eles possuem tarja vermelha e por isso exigem prescrição para a venda.

 

Isso se dá porque o uso sem nenhuma cautela de anti-inflamatórios pode trazer sérios riscos à saúde, como problemas gastrointestinais, cardíacos, renais e até mesmo hepáticos. Por isso, é muito importante que se tome cuidado na hora de fazer uso desses fármacos e que sempre o faça com indicação médica.

 

Anti-inflamatórios – Para que servem?

Para conseguirmos entender o que são os anti-inflamatórios, precisamos dar uma passo para trás e entender o que é uma inflamação. De acordo com a endocrinologista e metabologista Andressa Heimbecher, a inflamação é muito mais do que um corte ou região dolorida. Na verdade, a inflamação é um processo de defesa do organismo que também pode ocorrer de forma difundida e crônica.

 

Os medicamentos anti-inflamatórios são capazes de impedir ou amenizar uma reação de inflamação. A reação de inflamação geralmente acontece como uma resposta do nosso sistema imunológico a alguma infecção ou lesão nos tecidos do organismo. Os principais sintomas de uma inflamação são calor, rubor e dor.

 

Além disso, Levi Jales, reumatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo aponta que o mecanismo de ação dos anti-inflamatórios é a inibição das prostaglandinas, reduzindo a vasodilatação e o edema (inchaço) da região inflamada.

Tipos de anti-inflamatórios

Os anti-inflamatórios são divididos em três classes: não hormonais (AINEs), hormonais (corticoides) e fármacos anti-reumatoide.

Anti-inflamatórios AINEs

 

Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) encontram-se entre os medicamentos mais prescritos em todo o mundo. Essa classe heterogênea de fármacos inclui a aspirina e vários outros agentes inibidores da ciclooxigenase (COX), seletivos ou não. 

 

Os AINEs não seletivos são os mais antigos, e denominados como tradicionais ou convencionais. Os AINEs seletivos para a COX-2 são chamados COXIBEs. Nos últimos anos, tem sido questionada a segurança do uso dos AINEs na prática clínica, particularmente dos inibidores seletivos da COX-2. As evidências sobre o aumento do risco cardiovascular com o uso de AINEs são ainda incompletos, pela ausência de ensaios randomizados e controlados com poder para avaliar desfechos cardiovasculares relevantes. 

 

Apesar de normalmente serem administrados por via oral, seu uso local tem atraído a atenção de profissionais da área médica e de pesquisadores interessados em comprovar a disponibilidade aumentada desses medicamentos em locais próximos à área lesionada. A terapia local, principalmente a via intradérmica, pode ser usada como uma alternativa altamente promissora para a administração de AINES.

 

Os AINEs pertencem a duas grandes classes:

 

  • Inibidores não seletivos da COX;
  • Inibidores seletivos da COX-2.

 

Os AINEs com ação predominante sobre a COX-1 são: ácido acetilsalicílico (aspirina e AAS), indometacina, ibuprofeno, fenoprofeno, cetoprofeno e piroxicam. Esses medicamentos são comercializados há muitos anos e são os mais utilizados em adultos e crianças.

 

Os coxibes (celecoxibe), valdecoxibe, rofecoxibe e etoricoxibe são inibidores potentes da COX-2. Até 2005, nenhum desses fármacos havia sido aprovado para uso em crianças, e os dados sobre sua toxicidade provêm de estudos realizados em adultos e experimentalmente.

Classificação dos AINEs

  1. Ácidos e ésteres salicílicos – AAS, diflunisal, benorilato.
  2. Ácidos acéticos – fenilacéticos: diclofenaco, alclofenaco, fenclofenaco.
  3. Ácidos carbo e heterocíclicos – etodolaco, indometacina, sulindac, tolmetin.
  4. Ácidos propiônicos – carprofen, flurbiprofen, cetoprofeno, oxaprozin, suprofeno, ibuprofeno, naproxeno, fenoprofeno.
  5. Ácidos fenâmicos – flufenâmico, mefenâmico, meclofenâmico.
  6. Oxicams – piroxicam, sudoxicam, isoxicam, tenoxicam, meloxicam.
  7. Compostos não acídicos – nabumetona.
  8. Coxibes – celecoxibe, rofecoxibe, etoricoxibe, valdecoxibe, parecoxibe.

 

Ressaltando que todos os AINEs possuem eficácia anti-inflamatória similar. O AAS é protótipo do grupo, por ser o mais antigo, menos oneroso e mais bem estudado, é utilizado como referência nos estudos dos demais compostos do grupo.

 

Por conta da eficácia similar, o médico irá basear a escolha do AINE a ser indicado em critérios como:

 

  • Toxicidade relativa;
  • Conveniência para o paciente;
  • Custo;
  • Experiência de emprego.

 

Embora os efeitos adversos sejam qualitativamente iguais, há diferenças quantitativas de intensidade e prevalência dos mesmos. Por exemplo, derivados da pirazolona (fenilbutazona) são demasiadamente tóxicos para serem usados como analgésicos ou em processos inflamatórios menores. Por outro lado, o Nimesulida parece ser particularmente útil em pacientes que têm intolerância ao AAS e a outros AINEs. 

 

A conveniência se refere ao número de administrações diárias que variam de 1 a 4, dependendo da meia-vida das substâncias, o que influencia a adesão do paciente ao tratamento. Nessa perspectiva, salienta-se o Piroxicam administrado a cada 24 horas.

 

O custo diário com doses médias é bastante variável, devendo ser analisado antes da prescrição. Aqui no Brasil, a diferença de preço entre os AINEs pode ser de 10 vezes, com o AAS, Piroxicam e Ibuprofeno entre os de menor custo.

Anti-inflamatórios esteroidais ou hormonais

Os corticosteroides são substâncias endógenas que estão quimicamente classificadas como esteroides, e são originalmente identificados no córtex da glândula adrenal. A glândula adrenal, na verdade consiste em duas pequenas glândulas dispostas acima dos rins. A porção externa da glândula adrenal, o córtex adrenal, é essencial para a vida. Sua origem embriológica é completamente diferente daquela da medula adrenal.

 

O córtex adrenal produz vários hormônios potentes, todos derivados esteroides possuindo o núcleo ciclopentanoperidrofenantreno característico. Estes hormônios esteroides são agrupados em 3 classes gerais, cada uma com funções características:

 

Os glicocorticoides, que atuam primariamente no metabolismo das proteínas, carboidratos e lipídeos.

 

Os mineralocorticoides, que atuam primariamente no transporte de eletrólitos e na distribuição de água nos tecidos.

 

Os androgênios ou estrogênios, que atuam primariamente sobre as características sexuais secundárias em seus órgãos alvos específicos.

 

Sabemos que no ser humano, o principal glicocorticoide é o cortisol (ou hidrocortisona), enquanto o mineralocorticoide mais importante é a aldosterona.

 

O cortisol é o glicocorticoide humano mais importante. Ele é essencial para a vida e regula ou sustenta uma grande variedade de funções cardiovasculares, metabólicas, imunológicas e homeostáticas. A sua síntese e liberação ocorrem naturalmente pelo organismo, de acordo com sua necessidade, sob influência do ACTH (hormônio adrenocorticotrófico).

 

A concentração de corticosteroides endógenos (cortisol, cortisona e corticosterona) na corrente circulatória apresenta-se elevada, pela manhã, e baixa, à noite, sendo que fatores psicológicos e certos estímulos, como excesso de calor ou frio, lesões ou infecções, podem afetar a liberação destes.

 

Os receptores de glicocorticoides são encontrados nas células de quase todos tecidos de vertebrados.

 

O córtex adrenal é de origem mesodérmica e subdividido em três zonas concêntricas conforme a disposição e aspecto de suas células. Os hormônios do córtex adrenal são sintetizados a partir do mesmo precursor, o colesterol. São compostos esteroides que têm ação sobre o metabolismo de proteínas, glicídios, lipídios e minerais.

 

Os glicocorticoides são drogas amplamente usadas em função de seus efeitos imunossupressores e anti-inflamatórios no tratamento de muitas doenças reumáticas, além de outras doenças inflamatórias. No entanto, seu uso é muitas vezes limitado por numerosas reações adversas que provoca. 

Qual o mecanismo de ação dos anti-inflamatórios no organismo?

Os anti-inflamatórios possuem também efeito anti-térmico e analgésico, contribuindo para uma melhora das dores em geral. As principais indicações são:

 

  • Dor de cabeça
  • Dor nas costas
  • Cólicas
  • Dor de dente
  • Febre
  • Artrite
  • Dor pós-operatória e pós-traumática
  • Gripe e resfriado.

 

Tanto os fármacos esteroidais quanto os não hormonais possuem apenas um ponto em comum: a inibição da síntese de um grupo de mediadores químicos inflamatórios denominados de eicosanóides. Os efeitos colaterais em comum, também, são apenas os resultantes desta via de biossíntese. No mais, são drogas totalmente distintas.

 

Como já citamos acima,  Os AINEs, basicamente, atuam sobre as enzimas prostaglandinas sintetases, mais conhecidas como ciclooxigenase-1 (COX-1), com ampla distribuição tecidual, e sobre a ciclooxigenase-2 (COX-2) cujo gene, apesar de possuir distribuição tecidual semelhante, na maioria dos casos, somente é expresso em condições patológicas. 

 

Os anti-inflamatórios esteroidais (AIEs) são drogas que mimetizam os efeitos do hormônio cortisol. Além de possuir efeitos metabólicos próprios, ele também, age amplificando o efeito de outros hormônios no organismo humano. Se em um extremo, a sobrevida humana, após adrenalectomia (remoção da glândula supra-renal produtora de cortisol), é breve, no outro, taxas elevadas de cortisol (endógeno ou exógeno), por períodos prolongados, levam ao desenvolvimento da Síndrome de Cushing. De tão severas que são as alterações metabólicas neste distúrbio, nele ocorre inclusive modificações do biótipo de seus portadores. 

Diferenças entre anti-inflamatório, antibiótico e analgésico

Anti-inflamatórios

Como estamos observando neste artigo, os anti-inflamatórios, são drogas utilizadas para reduzir o inchaço e a dor, que aparecem geralmente quando temos um órgão inflamado. Na inflamação da garganta, por exemplo, o inchaço não é visto mas pode ser percebido pela alteração da voz, que fica mais grave ou até some! Porém, a dor é o que mais incomoda.

 

Para esses casos, normalmente utilizamos os anti-inflamatórios do tipo da aspirina. A aspirina e seus parentes (diclofenaco, ibuprofeno, naproxeno, etc.), geralmente são chamados de analgésicos e anti-inflamatórios, mas não são analgésicos verdadeiros, pois elas só diminuem a dor de uma região que estava inflamada.

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Também podem tirar alguns tipos de dor de cabeça ou dor de dente, por que muitas vezes são causadas por inflamação também. Lembrando sempre que os anti-inflamatórios não combatem infecções!

Antibióticos

Os medicamentos antibióticos não são anti-inflamatórios, nem analgésicos, pelo menos não diretamente. Tratam-se de drogas com o objetivo específico de impedir o crescimento de bactérias em nosso organismo. É claro que existem muitos tipos diferentes, pois existem muitas espécies de bactérias diferentes.

 

Geralmente quando temos uma inflamação de garganta, ela é devido à infecção por bactérias. Por isso, além de tomarmos anti-inflamatórios, precisamos às vezes tomar antibióticos para conter a infecção.

 

Não se esqueça que os antibióticos não podem ser tomados sem um diagnóstico médico, pois se tomarmos o antibiótico errado, a bactéria pode criar resistência, a infecção pode ficar muito pior e, ainda, dificultar a ação do antibiótico certo.

 

Analgésicos

A palavra analgésico, que dizer “sem dor”. Os analgésicos são medicamentos com a função única de tirar a dor. Existem os analgésicos fortes como a morfina, oxicodona e o tramadol, por exemplo. São usados principalmente em ambiente hospitalar, para controlar a dor depois de uma cirurgia, ou a dor do câncer, ou também em emergências de queimados ou acidentados.

Eles tiram até mesmo a dor natural. Isto é, se dermos um beliscão em alguém que tomou morfina, ele sentirá menos dor do que se estivesse sem o medicamento. Existem também os analgésicos mais fracos como a codeína, a dipirona e o paracetamol.

 

Esses só funcionam para dores moderadas ou leves, como dores de cabeça, pedra no rim, luxações e contusões. Contudo, nenhuma dessas drogas é anti-inflamatória.

Prescrição do anti-inflamatório de acordo com o local inflamado

Anti-inflamatório para dores de dente

Na Odontologia, os anti-inflamatórios não esteroides são indicados na resolução e tratamento da dor de caráter agudo. Auxilia também no tratamento da dor orofacial de natureza crônica, servindo como coadjuvantes no tratamento da doença periodontal, no tratamento da dor de origem endodôntica e na minimização da dor e do edema decorrente de procedimentos cirúrgicos oro-dentário.

 

Alguns anti-inflamatórios que podem ser prescritos:

 

Anti-inflamatório para dor de garganta

A dor de garganta é um sintoma extremamente comum. Sua origem é, habitualmente, uma inflamação da faringe (faringite) ou uma inflamação das amígdalas (amigdalite).

 

Em mais da metade dos casos, a dor de garganta tem origem viral ou alérgica, não havendo, portanto, um tratamento específico para melhorar a inflamação. Os antibióticos só estão indicados nos casos de faringite ou amigdalite de origem bacteriana.

 

Se o paciente tem dor e dificuldade para engolir, e expressa desejo de tratar esses sintomas, há uma gama de opções de anti-inflamatórios para se prescrever:

 

  • Ibuprofeno, 
  • Diclofenaco, 
  • Nimesulida, 
  • Piroxicam, 
  • Celecoxibe e outros.

 

Dentre todos os anti-inflamatórios, o mais estudado para a dor de garganta é o Ibuprofeno.

Anti-inflamatório para dores nos músculos, joelho e coluna

Os remédios indicados para a dor nas costas, musculares e articulares, como o joelho, só devem ser usados se forem prescritos pelo médico, já que é importante saber primeiro a causa que está na sua origem, e se a dor é leve, moderada ou intensa, de forma a que o tratamento seja o mais eficaz possível.

 

As dores nas articulações podem afetar diversas áreas do corpo, incluindo os joelhos, quadris e ombros, assim como os dedos e os punhos. O médico pode prescrever os seguintes anti-inflamatórios:

 

 

Além das apresentações comuns em comprimidos e gotas, pode ser prescrito também o uso deles nas versões spray ou pomadas de aplicação tópica nos locais de inflamações.

 

Anti-inflamatório para hemorroidas

O tratamento para hemorroidas pode ser feito com remédios analgésicos e anti-inflamatórios prescritos pelo proctologista para aliviar a dor e o desconforto. Alguns deles:

 

  • Ibuprofeno
  • Proctyl
  • Proctosan
  • Ultraproct

 

Alguns desses na apresentação de pomada para uso tópico, com função analgésica, anti-inflamatória e anestésica para o alívio da dor e dos sintomas.

Anti-inflamatório para pele

Em acometimentos para a pele, normalmente os anti-inflamatórios de uso tópico serão os mais indicados e com princípios ativos como o valerato de betametasona, que trata lesões inflamatórias da pele, tais como: eczemas, psoríase, exceto para psoríase disseminada (quando as lesões estão muito espalhadas pelo corpo), líquen simples, líquen plano, dermatite seborreica, lúpus eritematoso discoide, dermatite de contato, picada de insetos, entre outras. E a hidrocortisona, que também trata essas doenças, lembrando que ambos são corticoides.

Anti-inflamatório em colírio

Os colírios anti-inflamatórios são especialmente indicados nos casos onde existe a recuperação de uma cirurgia aos olhos ou no tratamento de doenças como conjuntivite viral, crônica ou ceratite, uma inflamação que surge na córnea.

Alguns exemplos de colírios com ação anti-inflamatória, indicados para prevenção e tratamento da dor e da inflamação nos olhos são:

 

O próprio Ministério da Saúde publicou um artigo sobre os perigos de se consumir anti-inflamatórios excessivamente. Afinal, os AINEs diminuem a produção de prostaglandinas, isso interfere na ocorrência de gastrites, úlceras, problemas nos rins, fígado e coração, aumento da pressão arterial e oferece dificuldade no nascimento de uma criança. Sem contar outros efeitos devastadores que podem ocorrer a longo prazo. Por isso, todo cuidado é pouco quando se trata do uso de anti-inflamatórios!

Anti-inflamatórios que encontramos na natureza

Já está bem claro para as pessoas o quanto a alimentação pode influenciar benéfica ou negativamente na saúde. Há alimentos que atuam como anti-inflamatórios e contribuem para reduzir a produção de substâncias que estimulam a inflamação e deixam o organismo mais resistente a doenças. Levando isso em consideração, separamos uma lista de alimentos que servem como anti-inflamatórios naturais para o organismo. Acompanhe só:

Frutas vermelhas

Morango, amora, mirtilo e framboesa são bastante saborosos. Por serem frutos com alto nível de antioxidantes, elas também possuem alto poder anti-inflamatório. E ainda são fontes de vitamina C, um importante nutriente para prevenir gripes e resfriados, e de antocianinas, poderosos agentes anti-inflamatórios.

Aipo

Alguns o conhecem como salsão, trata-se de um vegetal que possui mais de vinte compostos anti-inflamatórios. Entre os principais está o flavanoide apigenina, que tem ação anti-inflamatória e grande capacidade antioxidante (protege as células e inibe a produção de radicais livres). Ainda é fonte de vitamina C, cálcio, fósforo, ferro, cobre, sódio e de óleos essenciais.

Óleo de peixe

O óleo é uma das principais fontes de ômega-3, ácido graxo que ajuda a reduzir a inflamação. Por esse motivo, é um produto que deve ser consumido por quem sofre com doenças inflamatórias como artrite, artrite reumatoide e dores nas articulações em geral.

Folhas verdes

Couve e espinafre são vegetais com folhas de cor verde-escuro que merecem entrar na dieta por conter alcalinizantes que ajudam a equilibrar o pH do corpo. Ao diminuir a acidez do organismo, o risco de inflamação cai. Por isso, pode apostar no suco verde, que além de refrescante, vai servir para fortalecer o sistema imunológico.

Linhaça

O consumo regular da linhaça ajuda na proteção contra bactérias e vírus, graças ao ômega 3, às ligninas vegetais e aos fitosteróis e bioflavonoides. Seus efeitos anti-inflamatórios ainda são importantes para aliviar os sintomas de bronquite e cistite e auxiliar em casos de inflamação dos rins e da bexiga e nas doenças respiratórias, como a asma.

Chia

Entre os diversos nutrientes que possui, a chia é rica em ômega 3, antioxidantes e vitaminas. Por isso, possui ação anti-inflamatória e é importante para a manutenção da saúde cardiovascular.

 

Gengibre

É um importante remédio natural com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Portanto, um super aliado para aliviar dores causadas pela artrite e para diminuir sintomas de infecções respiratórias, tosse, asma e bronquite.

Cúrcuma

Muito usada na medicina chinesa e indiana, a cúrcuma ajuda a neutralizar a inflamação e atua contra problemas como artrite, tendinite e machucados.

Nozes e amêndoas

Outras fontes naturais de ômega-3, o que faz dessas oleaginosas boas combatentes de dores nas articulações e de inflamações.

Abóbora

A abóbora é fonte de beta-caroteno, substância que ajuda no combate de inflamações da pele e dos pulmões. O alimento ainda possui antioxidantes que combatem os radicais livres.

Azeite extravirgem

É um óleo rico em polifenóis, fonte de gordura boa e substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias. Além disso, possui ácido alfa-linolênico (ALA), uma substância que ajuda no combate a inflamações. Vale lembrar que é importante não aquecer o azeite, pois altas temperaturas fazem com que ele perca suas propriedades nutricionais.

Chocolate amargo

Normalmente, os indicados são os que contenham pelo menos 70% de cacau na composição, ou ainda mais. É a opção mais saudável, por conter diversos nutrientes, como flavonoides, componentes que destroem os radicais livres e ajudam a reduzir inflamações crônicas.

Abacate

O abacate possui nutrientes que auxiliam na desintoxicação do fígado. O fruto é rico em beta-sitosterol, uma substância que age como um anti-inflamatório natural. Ainda possui ação antioxidante.

Repolho roxo

Esse tipo de repolho é fonte de antocianinas, um potente agente anti-inflamatório. Além disso, contém outros nutrientes com as mesmas propriedades, como glutamina e polifenóis.

Shitake

O cogumelo possui polissacarídeos que ajudam a aumentar a resposta imunológica, importante para combater infecções. O alimento também possui ação antimicrobiana.

Alho

Um dos anti-inflamatórios naturais mais poderosos, ele reduz o processo inflamatório e é um aliado no combate a doenças como gripes, resfriados, gastroenterites, aftas, bronquites e herpes. Também atua como fortalecedor do sistema imunológico.

E existem chás anti-inflamatórios?

Os chás também podem ser boas opções de anti-inflamatórios naturais na guerra contra inflamações no organismo. Confira abaixo alguns dos melhores:

 

1. Chá Preto

O chá preto é uma bebida muito consumida mundialmente. Ele vem da planta chamada Camellia Sinensis e suas folhas passam por um processo de fermentação antes da secagem, o que torna o seu sabor diferente do chá verde, por exemplo.

 

Mesmo ele contendo mais cafeína do que outros chás, o chá preto traz em sua composição altos níveis de antioxidantes e compostos que podem ajudar a reduzir a inflamação no corpo. Um dos principais antioxidantes presentes são os polifenóis, que são moléculas à base de plantas que protegem as células contra danos. Ele também é rico em polifenóis como flavonoides e catequinas, que ajudam a inibir a atividade de enzimas que causam o estresse oxidativo, e também são considerados compostos anti-inflamatórios capazes de inibir a geração de radicais livres.

 

Receita

O chá preto é muito simples de fazer. Você precisará de 2 ou 3 gramas de folhas de chá para cada 180ml de água filtrada. Para preparar, ferva a água, acrescente as folhas e deixe a mistura descansar por 5 minutos, no máximo. Se preferir um chá mais forte, use mais folhas e deixe em contato com a água mais tempo. Feito isso, está pronto para beber.

 

2. Chá verde

Ao longo dos últimos anos, o chá verde foi incansavelmente estudado, e seus resultados mostraram que ele contém muitas propriedades terapêuticas anti-inflamatórias. Justamente por isso, ele é muito conhecido e usado para combater a inflamação.

 

Assim como o preto, o chá verde é proveniente da Camellia Sinensis, mas ele não é fermentado, e sim seco e depois vaporizado. Seus níveis de flavonóides são muito parecidos ao do chá preto, mas o chá verde contém mais catequinas, um tipo de antioxidante que é reconhecido por seu efeito anti-inflamatório no corpo. 

 

Além disso, os seus polifenóis estimulam o sistema imunológico e podem diminuir os riscos de desenvolver certas doenças causadoras de inflamação. O chá verde é considerado um dos melhores chás anti-inflamatórios, e sua ingestão frequente pode ajudar a prevenir doença de Crohn, colite ulcerativa, doença inflamatória intestinal e certos tipos de câncer.

 

Receita

Leve ao fogo 180ml de água filtrada, e quando a água estiver em ponto de fervura, desligue e acrescente 2 ou 3 gramas de folhas do chá. Deixe em imersão por aproximadamente 5 minutos, coe e beba quente ou frio.

 

3. Chá branco

Assim como o chá preto e verde, o chá branco também vem da Camellia Sinensis. No entanto, este chá anti-inflamatório tem um sabor mais delicado porque os seus brotos são colhidos ainda jovens e na sequência são secos para evitar qualquer oxidação da folha, preservando assim muitos dos compostos polifenólicos ativos. 

 

O chá branco é rico em flavonoides protetores e anti-inflamatórios, como kaempferol, quercetina e catequinas. Essa combinação é capaz de proteger certos tipos de células contra danos causados pelos radicais livres, o que diminui consequentemente o processo de inflamação corporal.

 

Receita

Para preparar, você deve adicionar água quente sobre as folhas de chá branco e deixar a mistura em infusão pelo período de 5 a 8 minutos. Porém, evite usar água fervente para preparar, pois isso “quebra” o sabor delicado do chá branco. Se preferir um chá mais forte, adicione mais folhas secas e beba quente ou frio.

 

4. Chá de gengibre

O chá de gengibre é muito popular e frequentemente usado para aliviar os sintomas de desconforto gastrointestinal, porque ele ajuda a relaxar e acalmar esse órgão. No entanto, ele tem efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios capazes de reduzir a inflamação crônica.

 

O gengibre apresenta potentes efeitos anti-inflamatórios analgésicos eficazes para diminuir a inflamação, o inchaço e a dor associada à osteoartrite e ao reumatismo. Uma pesquisa publicada pela U.S. National Library of Medicine indica que o gengibre tem atividades anticancerígenas, e que esse é o resultado de sua capacidade de reduzir a vida ou a morte de uma célula.

 

Receita

Para preparar, você precisará de 6 fatias finas de gengibre cru e 1 1/2 xícara de água fervente. Junte os dois ingredientes em uma chaleira e ferva por 10 minutos. Retire os pedaços de gengibre e acrescente um pouco de limão e mel.

 

5. Chá de camomila

Ele é muito conhecido e tradicionalmente usado para diversos tratamentos pela medicina popular. Mas uma das aplicações das flores secas da planta Chamomilla Recutita é para diminuir a inflamação. A camomila é útil para esse fim porque ela contém terpenoides e flavonoides, e através de um estudo foi possível perceber que os flavonoides e óleos essenciais encontrados no chá de camomila podem penetrar em camadas profundas da pele, diminuindo a inflamação e promovendo a saúde.

 

Receita

Este chá anti-inflamatório pode ser feito com “saquinhos” que são facilmente encontrados em qualquer supermercado, ou com as flores, compradas em lojas de produtos naturais ou zonas cerealistas. Basta misturar a uma xícara de água fervente, deixar abafado por alguns minutos e beber na sequência. Muitas pessoas também usam o chá para realizar compressas, que são aplicadas diretamente nos locais que apresentam sintomas de inflamação.

 

Além de consumir aqueles alimentos que citamos anteriormente regularmente, você pode apostar no uso de qualquer um desses chás para reduzir a inflamação. Se seu objetivo é melhorar a sua saúde, saiba que os chás serão apenas uma etapa do processo, e se forem combinados com uma dieta focada, você poderá potencializar o seus resultados.

Alimentos que podem aumentar a inflamação no organismo

Os alimentos que causam inflamação do corpo e que devem ser evitados ou consumidos com moderação, são:

 

  • Produtos industrializados, ultraprocessados: devido às substâncias químicas, corantes, conservantes, aromatizantes e flavorizantes contidos em sua fabricação;
  • Alimentos ricos em ômega-6: como os óleos vegetais de soja, de algodão, de milho, canola e de girassol;
  • Cereais refinados: pães, massas, arroz branco, biscoitos em geral, trigo, maisena, fubá;
  • Carnes: suínas e bovinas com muita gordura;
  • Embutidos: salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela e conservas com sal;
  • Leites e derivados integrais: queijos amarelos, requeijão, creme de leite e manteiga em excesso;
  • Refrigerantes, bebidas alcoólicas, açúcares, doces e frituras.

 

Nesse ponto, já chegamos à conclusão que a melhor forma de reduzir a inflamação do corpo é diminuir a ingestão dos alimentos pró-inflamatórios e aumentar a ingestão dos alimentos anti-inflamatórios. Além disso, o consumo equilibrado de alimentos com ômega 6 (pró-inflamatório) e ômega 3 (anti-inflamatório) auxilia no controle da inflamação.

Reações adversas do anti-inflamatório

Os anti-inflamatórios podem causar efeitos adversos – tudo depende do medicamento – por isso é importante que o uso seja acompanhado pelo médico. Os efeitos colaterais mais frequentes são:

 

  • Alergia cutânea
  • Desconforto gástrico
  • Diarreia
  • Tontura
  • Zumbido
  • Sonolência
  • Piora da função renal
  • Aumento da pressão arterial.

Eles possuem contraindicações?

Depois de tudo que consideramos aqui, faz sentido tratar os anti-inflamatórios como uma classe de medicamentos que não deve ser tomada sem orientação médica, principalmente se você fizer parte dos seguintes grupos:

 

  • Idosos.
  • Grávidas.
  • Pacientes com insuficiência renal.
  • Pacientes com cirrose.
  • Pacientes com hipertensão descontrolada.
  • Pacientes com insuficiência cardíaca.
  • Pessoas que consomem, em média, mais de 3 doses de álcool por dia.
  • Pacientes medicados com varfarina.
  • Pacientes com risco de hemorragia.
  • História de úlcera péptica ou gastrite.

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Onde comprar?

Você pode recorrer ao nosso buscador de medicamentos Cliquefarma e pesquisar por qualquer anti-inflamatório que você precise fazer uso agora mesmo! Depois volte aqui e comente abaixo o que achou e se tem alguma dúvida sobre o assunto! 

Referências bibliográficas

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