Trayenta no controle da Diabetes

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Você conhece o medicamento Trayenta? O artigo de hoje vai falar um pouco sobre ele, para que é indicado, como ele funciona, sua posologia, se possui efeitos adversos e onde você o encontra para comprar. Acompanhe até o final para ficar por dentro de tudo!

 

Para que este medicamento é indicado?

Trayenta é o nome comercial do medicamento fabricado e disponibilizado pelo laboratório Boehringer-Ingelheim indicado para o tratamento do diabetes mellitus do tipo 2, para melhorar o controle glicêmico (nível sanguíneo de açúcar) em conjunto com dieta e exercícios. Pode ser utilizado sozinho ou associado à metformina, sulfonilureias, tiazolidinedionas, insulina (com ou sem metformina), metformina mais sulfonilureias ou metformina mais inibidores de SGLT-2. 

 

Ele também está devidamente registrado na ANVISA, na classe terapêutica de medicamentos antidiabéticos. 

 

Apresentações de Trayenta

Comprimidos revestidos de 5 mg: embalagens com 10 e 30 comprimidos. 

 

USO ORAL 

 

USO ADULTO 

 

Composição

Cada comprimido revestido de Trayenta contém 5 mg de linagliptina. 

Excipientes: manitol, amido pré-gelatinizado, amido, copovidona, estearato de magnésio, Opadry® rosa (hipromelose, dióxido de titânio, talco, macrogol, óxido de ferro vermelho). 

 

O que pode-se esperar de seu mecanismo de ação?

Trayenta atua no tratamento do diabetes mellitus do tipo 2 fazendo o pâncreas produzir maior quantidade de insulina e menor quantidade do hormônio glucagon, ajudando assim a controlar o seu nível de açúcar no sangue. 

 

Trayenta é um medicamento que inibe a enzima dipeptidil peptidase-4 (DPP-4), responsável pela inativação dos hormônios incretínicos, como o peptídeo glucagon símile 1 (GLP-1). O GLP-1 é liberado pelo intestino após ingestão de alimentos e estimula a secreção de insulina pelo pâncreas. Assim, ao inibir a DPP-4, Trayenta permite que o hormônio GLP-1 atue por mais tempo, liberando insulina conforme necessidade de seu organismo. 

 

É importante saber que seu médico prescreverá Trayenta tanto sozinho quanto em combinação a outro antidiabético, se necessário. É importante que você continue a seguir a dieta e/ou os exercícios indicados enquanto estiver em tratamento com este medicamento.

 

Após administração oral, com ou sem alimentos, Trayenta é rapidamente absorvido e chega à corrente sanguínea, atingindo o pico de maior concentração no sangue 1,5 horas após tomada da dose. 

 

Entenda a diferença entre diabetes tipo 1 e tipo 2

Diabetes é uma doença que atinge 16 milhões de brasileiros. Só na última década, o aumento foi de mais de 60%. Apesar de muitos entenderem sua principal causa o açúcar, o grande vilão da diabetes é a obesidade. A doença também tem outros sinais, como muita sede, vontade de fazer xixi, visão embaçada e fraqueza.

 

São dois os tipos de diabetes: 1 e 2. A tipo 1 é uma doença autoimune. Aparece geralmente na infância e adolescência, mas pode ser diagnosticada em adultos também. Esse tipo é tratado com reposição de insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, que ajudam a controlar o nível de glicose no sangue.

 

Já a tipo 2, tratada por Trayenta é quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de açúcar no sangue. Esse tipo é principalmente causado pela obesidade.

 

Ela se manifesta mais em adultos, mas crianças também podem apresentar a doença. Dependendo da gravidade, pode ser controlada com atividade física e planejamento alimentar. Em alguns casos, é necessário o uso de insulina e/ou outros medicamentos.

 

Trayenta possui alguma contraindicação?

Você não deve usar Trayenta se tiver alergia à linagliptina ou a qualquer um dos componentes da fórmula. 

 

Informações importantes para se saber antes de usar o medicamento

 

Trayenta não deve ser usado em pacientes com diabetes mellitus do tipo 1 (ou seja, se seu corpo não produz insulina) nem para o tratamento de uma condição chamada cetoacidose diabética. 

 

O que é cetoacidose diabética?

A cetoacidose diabética ocorre quando os níveis de açúcar (glicose) no sangue do paciente diabético encontram-se muito altos. A insulina é o hormônio responsável por fazer com que a glicose que está na corrente sanguínea entre nas células do nosso corpo e gere energia. 

 

Quando há falta de insulina, duas situações simultâneas ocorrem: o nível de açúcar no sangue vai aumentando e as células sofrem com a falta de energia. Para evitar que as células parem de funcionar, o organismo passa a usar os estoques de gordura para gerar energia. Só que nesse processo em que o corpo usa a gordura como energia, formam-se as cetonas.

 

As cetonas são ácidos que se acumulam no sangue e aparecem na urina. Níveis elevados de corpos cetônicos podem envenenar o corpo, por isso, essa condição é grave e perigosa. Quando os níveis ficam muito altos, têm-se a cetoacidose diabética. Isso é uma emergência médica e deve ser tratada imediatamente. A cetoacidose diabética ocorre mais comumente em pacientes com diabetes tipo 1, mas também pode acontecer em pacientes com diabetes tipo 2.

 

Se houver suspeita de inflamação aguda do pâncreas, deve-se descontinuar o uso de Trayenta. 

 

Pacientes que usaram linagliptina sozinha tiveram número de episódios de hipoglicemia (queda nos níveis de açúcar no sangue) similar a pacientes que usaram placebo. Em estudos clínicos nos quais os pacientes usaram linagliptina associada a agentes que têm baixo risco de causar hipoglicemia (por exemplo, metformina, tiazolidinedionas), o número de episódios de hipoglicemia relatados com linagliptina foi similar ao número de episódios nos pacientes que tomaram placebo. 

 

Insulina e sulfonilureias são conhecidas por causar hipoglicemia. Portanto, é preciso ter cuidado ao tomar linagliptina em associação à insulina ou sulfonilureia. Pode ser necessário reduzir a dose da insulina ou da sulfonilureia. 

 

Se houver suspeita de penfigoide bolhoso (bolhas grandes e muito firmes e que demoram muitos dias para se romper), deve-se descontinuar o uso de Trayenta

 

O que é penfigoide bolhoso?

  • O penfigoide bolhoso é uma doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico ataca a pele e provoca bolhas.
  • As pessoas desenvolvem bolhas grandes e pruriginosas, com áreas de pele inflamada.
  • Para diagnosticar o penfigoide bolhoso, os médicos examinam amostras da pele no microscópio e verificam se há depósitos de certos anticorpos.
  • O tratamento envolve corticosteroides e medicamentos que enfraquecem o sistema imunológico.

 

O penfigoide bolhoso ocorre com mais frequência nos homens com mais de 60 anos, mas também podem ocorrer em crianças. É uma doença menos séria que o pênfigo vulgar (que também provoca bolhas), geralmente não é fatal, e não resulta em descamação generalizada da pele. No entanto, pode envolver uma grande extensão da pele e causar muito desconforto.

 

Embora a causa seja desconhecida, os possíveis desencadeadores podem ser medicamentos (como furosemida, espironolactona, sulfassalazina, medicamentos antipsicóticos, penicilina, penicilamina e etanercepte), causas físicas (como radioterapia para câncer de mama e radiação ultravioleta), distúrbios da pele (como psoríase, líquen plano e algumas infecções) e outros distúrbios (como diabetes, artrite reumatoide, colite ulcerativa e esclerose múltipla).

 

Capacidade de dirigir veículos e operar máquinas fazendo uso de Trayenta

Não há estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas. 

 

Gravidez e Amamentação

O uso de Trayenta não é recomendado durante a gravidez, por não haver estudos suficientes com essa população. Dados farmacodinâmicos/toxicológicos disponíveis em animais têm mostrado excreção da linagliptina no leite. 

 

Não se sabe se Trayenta é excretado no leite humano. É necessário ter precaução ao administrá-lo a mulheres que estão amamentando. 

 

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. 

 

Interações medicamentosas de Trayenta

Você deve informar ao seu médico sobre todos os medicamentos que está usando. Você não deve começar a tomar nenhum medicamento sem conversar com seu médico. 

Nenhuma interação clinicamente significativa que necessite ajuste de dose foi observada em diversos estudos realizados. 

 

A administração concomitante de linagliptina com vários medicamentos comumente utilizados por diabéticos e com problemas cardíacos (metformina, glibenclamida, sinvastatina, pioglitazona, varfarina, digoxina) e também com contraceptivos orais não causou efeito relevante sobre a absorção e concentração sanguínea de nenhum dos medicamentos. 

 

O ritonavir é um medicamento antirretroviral utilizado para tratamento de infecção pelo vírus HIV e é conhecido por ser um potente inibidor da isozima CYP3A4 e da glicoproteína-P (proteínas do fígado e intestino que são responsáveis por metabolizar e transportar diversas substâncias). 

 

A administração concomitante de linagliptina e ritonavir não causou alterações farmacocinéticas clinicamente relevantes, e por isso, não são esperadas interações medicamentosas com outros medicamentos que também inibem estes sistemas, e um ajuste de dose não seria requerido. 

A rifampicina é um medicamento antibacteriano potente indutor da glicoproteína-P e da isozima CYP3A4. Estudos de administração múltipla de linagliptina com rifampicina mostraram uma diminuição na concentração sanguínea de linagliptina e redução da inibição da DPP-4 em 30% nos menores níveis de concentração de linagliptina. Assim sendo, espera-se que a linagliptina em combinação com indutores fortes da glicoproteína-P seja clinicamente eficaz, embora a eficácia plena possa não ser atingida. 

 

A biodisponibilidade absoluta da linagliptina é de aproximadamente 30%. Como a administração concomitante de uma refeição rica em gorduras com linagliptina não teve efeito clinicamente relevante sobre a sua concentração sanguínea, a linagliptina pode ser administrada com ou sem alimentos. 

 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. 

 

Como sempre deixamos claro em nossos artigos sobre medicamentos: Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. 

 

Dicas de armazenamento, data de fabricação e aspecto de Trayenta

 

Mantenha em temperatura ambiente (15 °C a 30 °C). 

 

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 

 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 

 

O comprimido revestido de Trayenta é vermelho claro, redondo, biconvexo, com bordas chanfradas e com o símbolo da empresa Boehringer Ingelheim em uma face e D5 na outra. 

 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. 

 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 

 

Qual o modo de usar, a posologia de Trayenta?

O comprimido de Trayenta deve ser ingerido por via oral. 

A dose recomendada é um comprimido de 5 mg uma vez ao dia, a qualquer hora do dia, com ou sem alimentos. Não há necessidade de ajuste de dose para pacientes com disfunção renal, disfunção hepática e idosos. 

 

A experiência com doentes com mais de 80 anos é limitada, consequentemente, estes doentes devem ser tratados com cuidado. 

 

Não é indicado para uso em pacientes pediátricos e adolescentes abaixo de 18 anos devido à falta de dados sobre segurança e eficácia nesta população. 

 

Insulina e sulfonilureias são conhecidas por causar hipoglicemia. Portanto, é preciso ter cuidado ao tomar linagliptina em associação à insulina ou sulfonilureia. Pode ser necessário reduzir a dose da insulina ou da sulfonilureia. 

 

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado. Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. 

 

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar este medicamento?

Se uma dose for esquecida, deve ser tomada assim que você se lembrar. Não se deve tomar uma dose duplicada no mesmo dia. Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista. 

 

Trayenta possui efeitos colaterais?

 A linagliptina foi estudada para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2 tanto sozinha quanto em combinação a outros antidiabéticos. As reações adversas relatadas abaixo são apresentadas de acordo com a frequência. 

 

Foram reportadas reações adversas em pacientes que receberam Trayenta 5 mg diariamente como monoterapia ou como associação terapêutica em estudos clínicos e reações adversas identificadas na experiência pós-comercialização. 

 

– Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): hipoglicemia (queda dos níveis de açúcar no sangue), quando usada em combinação com metformina e sulfonilureia. 

– Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): lipase aumentada (enzima que pode ser verificada em exame de sangue para diagnosticar alguma alteração no pâncreas), aumento de peso (quando usada em combinação com pioglitazona). 

– Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): nasofaringite (infecção de vias aéreas superiores – nariz e faringe), hipersensibilidade (alergia), tosse, pancreatite (inflamação no pâncreas), constipação (quando usada em combinação com insulina), rash (vermelhidão), amilase aumentada (enzima que pode ser verificada em exame de sangue para diagnosticar alguma alteração no pâncreas). 

– Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): angioedema (inchaço da língua, lábios e garganta), urticária (placas avermelhadas e elevadas na pele, geralmente com coceira), ulceração da boca (feridas na boca), penfigoide bolhoso (bolhas grandes e muito firmes e que demoram muitos dias para se romper). 

– Reações com frequência desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis): hipertrigliceridemia (aumento dos níveis de triglicérides no sangue), quando usada em combinação com sulfonilureia; hiperlipidemia (aumento dos níveis de gordura no sangue – colesterol e triglicérides), quando usada em combinação com pioglitazona. 

 

O evento adverso mais frequentemente relatado foi a queda dos níveis de açúcar no sangue (hipoglicemia), observada sob a combinação tripla linagliptina mais metformina mais sulfonilureia, 22,9% comparada a 14,8% de ocorrência em pacientes que usaram placebo. 

 

Os episódios de hipoglicemia nos estudos controlados por placebo foram leves, moderados ou graves. 

 

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico. 

O que fazer em caso de superdosagem deste medicamento?

Durante os estudos clínicos em indivíduos sadios, doses únicas de até 600 mg de linagliptina (equivalentes a 120 vezes a dose recomendada) foram bem toleradas. Não há experiência com doses acima de 600 mg em humanos. Na eventualidade de uma superdose, você deve procurar auxílio médico imediatamente. 

 

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Onde comprar?

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Categorias: Medicamentos
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