Dexametasona: o que é, quais as indicações de uso e mais

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Você já ouviu falar da dexametasona? Esse corticoide é amplamente utilizado no tratamento de diversas condições, desde problemas como a artrite reumatoide até alergias na pele. Seu principal objetivo é aliviar os sintomas, como coceira e dor.  

Antes de saber para que serve a dexametasona ou comprar esse medicamento, é importante ter atenção aos efeitos colaterais, que podem se intensificar conforme o tempo de tratamento e a dose. Nesse artigo você vai entender a importância da prescrição médica e do acompanhamento profissional adequados. Agora vamos às principais dúvidas. Continue lendo! 

tudo sobre dexametasona 1

Quais as apresentações de dexametasona?

É possível encontrar a dexametasona em comprimidos, elixir, creme e solução injetável, tanto para uso adulto e pediátrico. Existe também a pomada oftálmica, conhecida como suspensão oftálmica. Cada apresentação tem sua indicação, dose e posologia correta para uso, o que influencia nas embalagens e outras características do produto disponível para compra nas farmácias.  

A dexametasona é um princípio ativo utilizado por vários laboratórios, dentre eles, podemos destacar Cilodex (da Novartis), Dexalgen (da Eurofarma), Acetazona (fabricante Sobral), Bexeton (da Geolab), Cortidex (da Pharlab), Decadron (da Aché) e Dexason (da Teuto). 

Para que serve dexametasona?

A dexametasona é um corticoide potente com ação anti-inflamatória e imunossupressora, que assim como outros glicocorticoides em geral, costuma ser utilizado na manutenção do paciente transplantado ou em tratamento de câncer, por isso há necessidade de avaliar bem o custo-benefício do uso do medicamento.  

Especialmente quando se faz o uso por períodos mais longos, a retirada deve ser gradual e acompanhada por um médico, para evitar transtornos. 

Corticoides também são medicamentos que podem interferir no controle de doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Seu uso para esses grupos deve ser avaliado cuidadosamente para garantir mais segurança para esse grupo de pacientes, bem como oferecer melhor o custo-benefício. 

Em doses menores, geralmente em creme de 1mg e em tratamentos a curto prazo, a dexametasona é mais indicada para tratamentos na pele, como no caso de alergias.  

Acetato de dexametasona para que serve?

A substância ativa é a dexametasona, sendo assim é um corticoide com ação anti-inflamatória e antipruriginosa, ou seja, com efeito direto no alívio de coceiras, já que é responsável por diminuir a resposta inflamatória.  

Geralmente a sua forma em acetato está associada ao uso tópico, em cremes por exemplo. Em alguns casos o acetato de dexametasona pode se apresentar junto de outra substâncias. 

Dexametasona na veia, para que é indicado?

São diversas as indicações de glicocorticoides (ou corticoides) injetáveis por via intravenosa, mas a principal delas é controle da doença e seus sintomas. Geralmente, o uso de corticoides injetáveis é durante a fase aguda do quadro clínico do paciente, indicada por reumatologistas ou outros especialistas. Há a opção de fazer a aplicação em posto de saúde ou até mesmo em farmácias. 

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O que podemos esperar do seu mecanismo de ação?

Resultados de Eficácia

Com o objetivo de avaliar a eficácia da dexametasona oral, crianças de 5 a 18 anos com faringite moderada a grave (odinofagia ou disfagia, eritema faringeal moderado a grave ou inchaço), foram randomizadas em um estudo clínico prospectivo, duplo-cego, placebo controlado, para determinar a eficácia de uma dose única oral de dexametasona na redução da dor associada à faringite.

Concluiu-se que crianças com faringite moderada a grave tiveram início mais precoce do alívio da dor e menor tempo de dor de garganta quando administrada dexametasona oral.

Em um estudo duplo-cego, randomizado, placebo controlado envolvendo 70 crianças com menos de 24 meses, cada paciente recebeu ou 1 dose de 1 mg/kg de dexametasona por via oral ou placebo e foi avaliado a cada hora por um período de 4 horas para analisar a eficácia da dexametasona oral na bronquiolite aguda.

Os pacientes ambulatoriais com bronquiolite aguda moderada a grave em tratamento com dexametasona oral na fase inicial de 4 horas de terapia, obtiveram benefício em relação à significância clínica e a hospitalização.

Em um estudo clínico prospectivo, randomizado, com crianças (2 a 18 anos) com asma aguda, foi investigado se dois dias de tratamento com dexametasona oral seria mais eficaz que cinco dias de prednisona/prednisolona na melhora dos sintomas e prevenção de recaída. Concluiu-se que 2 doses de dexametasona proporcionam eficácia semelhante a 5 doses de prednisona/prednisolona. 

Quais as contraindicações e riscos de Dexametasona?

Este medicamento não deve ser aplicado em presença de tuberculose da pele, varicelas, infecção por fungo ou herpes simples, não usar em pacientes com história de hipersensibilidade conhecida a corticoides, não aplicar no ouvido se houver perfuração na membrana do tímpano.

O fosfato dissódico de dexametasona injetável está contraindicado em casos de infecções fúngicas sistêmicas (infecções no organismo causadas por fungos), hipersensibilidade (alergia) ao medicamento e a administração de vacina de vírus vivo.

Não há contraindicação relativa a faixas etárias.

Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis. (Pode ocorrer: irritação local ou aparecimento de infecções. Nestes casos a aplicação deve ser interrompida e o médico assistente deve ser comunicado.)

tudo sobre dexametasona 2

Quais as precauções e advertências a que devo me atentar antes de usá-lo?

A administração de corticoides se fará estritamente sob orientação médica. No caso de se desenvolverem infecções durante o uso, a aplicação deve ser interrompida até que o estado infeccioso seja controlado por medidas adequadas.

Os corticosteroides também devem ser utilizados com cautela em pacientes com colite ulcerativa inespecífica, se houver probabilidade de iminente perfuração, abscesso ou qualquer outra infecção pirogênica; insuficiência renal; hipertensão; osteoporose e miastenia grave. Deve ser usado com cautela em pacientes com herpes simples oftálmica, pela possibilidade de perfuração da córnea.

Informe ao seu médico sobre qualquer problema médico que esteja apresentando como insuficiência cardíaca, níveis elevados de açúcar no sangue (diabetes), pressão alta (hipertensão), úlceras ou outros problemas digestivos, tuberculose e sobre quaisquer tipos de alergias. Informe seu médico também se já apresentou ou não doenças infecciosas comuns como sarampo e catapora, e os vários tipos de vacinas que já tenha tomado.

Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.

Alguns efeitos adversos relatados com o uso de dexametasona podem afetar a capacidade de alguns pacientes de conduzir veículos ou operar máquinas.

Interações medicamentosas de Dexametasona

Elixir

Gravidade: Moderada

Ácido acetilsalicílico: Deve ser utilizado cautelosamente na hipoprotrombinemia (risco aumentado de hemorragia).

Fenitoína, fenobarbital, rifampicina: Diminuição de eficácia da dexametasona.

Medicamento-exame laboratorial e não laboratorial

A difenil-hidantoína (fenitoína), o fenobarbital, a efedrina e a rifampicina podem acentuar a depuração metabólica (metabolismo) dos corticosteroides, suscitando redução dos níveis sanguíneos e diminuição de sua atividade fisiológica, o que exigirá ajuste na posologia do corticosteroide. Essas interações podem interferir nos testes de inibição da dexametasona, que deverão ser interpretados com cautela durante a administração destas drogas.

Foram relatados resultados falso-negativos no teste de supressão da dexametasona em pacientes tratados com indometacina. Além disso, os corticosteroides podem afetar os testes de nitroazultetrazol (NBT) para infecção bacteriana, produzindo falsos resultados negativos.

O tempo de protrombina deve ser verificado frequentemente caso esteja recebendo simultaneamente corticosteroides e anticoagulantes cumarínicos, dadas as referências de que os corticosteroides têm alterado a resposta a estes anticoagulantes.

Quando os corticosteroides são administrados simultaneamente com diuréticos espoliadores de potássio, os pacientes devem ser observados estritamente quanto ao seu desenvolvimento de hipocalemia (redução dos níveis de cálcio no sangue).

Desconhecem-se interações medicamentosas prejudiciais com o uso de Dexametasona creme. 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Informe seu médico se estiver tomando talidomida, ácido acetilsalicílico, antiepilépticos ou medicamentos que agem no sistema nervoso, antibióticos, antifúngicos, inibidores de protease do HIV, anticoagulantes ou anti-hipertensivos (diuréticos). Pacientes sendo tratados com dexametasona não devem receber vacinas de vírus vivo.

Uso de Dexametasona na gravidez e amamentação

Pelo fato de não se terem realizado estudos de reprodução humana com os corticosteroides, o uso destas substâncias na gravidez ou em mulheres em idade fértil requer que os benefícios previstos sejam confrontados com os possíveis riscos para a mãe e o embrião ou feto. 

Crianças nascidas de mães que durante a gravidez tenham recebido doses substanciais de corticosteroides devem ser cuidadosamente observadas quanto a sinais de hipoadrenalismo. Os corticosteroides aparecem no leite materno e podem inibir o crescimento, interferir na produção endógena de corticosteroides ou causar outros efeitos indesejáveis. Mães que utilizam doses farmacológicas de corticosteroides devem ser advertidas no sentido de não amamentarem.

Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.

Instruções de armazenamento, data de fabricação, prazo de validade e aspecto físico de Dexametasona

Aspecto físico

Comprimido: Circular de cor branca.

Elixir: Solução límpida de cor vermelha.

Creme: Creme homogêneo de cor branca.

Solução Oftálmica: Solução límpida, amarela e isenta de partículas estranhas.

Solução Injetável: É uma solução clara, incolor e livre de partículas estranhas visíveis.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação (Vide Embalagem.

Não use o medicamento com prazo de validade vencido. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. 

Cuidados de conservação e uso: Durante o consumo este produto deve ser mantido no cartucho de cartolina, conservado em temperatura ambiente (15 a 30º c). Proteger da luz e umidade.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Instruções de posologia, dosagem e modo de uso de Dexametasona

Comprimido/Elixir

Modo de uso: Os comprimidos devem ser tomados com meio copo de água e não devem ser mastigados. A via de administração para os comprimidos e elixir é oral.

Posologia: As necessidades posológicas são variáveis e individualizadas segundo a gravidade da moléstia e a resposta do paciente. A dose inicial usual varia de 0,75 a 15  mg por dia, dependendo da doença que está sendo tratada (para os lactentes e demais crianças as doses recomendadas terão, usualmente, de ser reduzidas, mas a posologia deve ser ditada mais pela gravidade da afecção que pela idade ou peso corpóreo).

A terapia corticosteroide é adjuvante, e não substituta à terapia convencional adequada, que deve ser instituída segundo a indicação.

Deve-se reduzir a posologia ou cessar gradualmente o tratamento, quando a administração for mantida por mais do que alguns dias.

Em afecções agudas em que é urgente o alívio imediato, são permitidas grandes doses e podem ser imperativas por um curto período. Quando os sintomas tiverem sido suprimidos adequadamente, a posologia deve ser mantida na mínima quantidade capaz de proporcionar alívio sem excessivos efeitos hormonais.

Afecções crônicas são sujeitas a períodos de remissão espontânea. Quando ocorrerem estes períodos, deve-se suspender gradualmente o uso dos corticosteroides.

Durante tratamento prolongado deve-se proceder, em intervalos regulares, a exames clínicos de rotina tais como o exame de urina, a glicemia duas horas após refeição, a determinação da pressão arterial e do peso corpóreo, e a radiografia do tórax.

Quando se utilizam grandes doses são aconselháveis determinações periódicas do potássio sérico.

Posologia em indicações específicas: Nas doenças crônicas, usualmente não fatais, incluindo distúrbios endócrinos e afecções reumáticas crônicas, estados edematosos, doenças respiratórias e gastrintestinais, algumas doenças dermatológicas e hematológicas, inicie com dose baixa (0,5 a 1mg por dia) e aumente gradualmente a posologia até a menor dose capaz de promover o desejado grau de alívio sintomático. As doses podem ser administradas duas, três ou quatro vezes por dia.

Na hiperplasia suprarrenal congênita, a dose usual diária é de 0,5 a 1,5 mg.

Nas doenças agudas não fatais, incluindo estados alérgicos, doenças oftálmicas e afecções reumáticas agudas e subagudas, a posologia varia entre 2 e 3 mg por dia; em alguns pacientes, contudo, necessitam-se de doses mais altas. Uma vez que o decurso destas afecções é autolimitado, usualmente não é necessária terapia de manutenção prolongada.

Nas doenças crônicas, potencialmente fatais como o lúpus eritematoso sistêmico, o pênfigo e a sarcoidose sintomática, a posologia inicial recomendada é de 2 a 4,5 mg por dia; em alguns pacientes podem ser necessárias doses mais altas.

Quando se trata de doença aguda, envolvendo risco de vida (por exemplo, cardite reumática aguda, crise de lúpus eritematoso sistêmico, reações alérgicas graves, pênfigo, neoplasias), a posologia inicial varia de 4 a 10 mg por dia, administrados em, pelo menos, quatro doses fracionadas.

A epinefrina é o medicamento de imediata escolha nas reações alérgicas graves. Dexametasona é útil como terapêutica simultânea ou suplementar.

No edema cerebral, quando é requerida terapia de manutenção para controle paliativo de pacientes com tumores cerebrais recidivantes ou inoperáveis, a posologia de 2 mg, 2 ou 3 vezes ao dia, pode ser eficaz. Deve ser utilizada a menor dose necessária para controlar o edema cerebral.

Na síndrome adrenogenital, posologias diárias de 0,5 a 1,5 mg podem manter a criança em remissão e prevenir a recidiva da excreção anormal dos 17-cetosteroides.

Como terapêutica maciça em certas afecções tais como a leucemia aguda, a síndrome nefrótica e o pênfigo, a posologia recomendada é de 10 a 15 mg por dia. Os pacientes que recebem tão alta posologia devem ser observados muito atentamente, dado o possível aparecimento de reações graves.

Testes de supressão da dexametasona:

Teste para síndrome de Cushing – Dar 1,0 mg de Dexametasona por via oral, às 23 horas. Às 8 horas da manhã seguinte, coletar sangue para a determinação do cortisol plasmático. 

Para maior exatidão dar 0,5 mg de Dexametasona por via oral a cada 6 horas, durante 48 horas. A coleta de urina durante 24 horas é realizada para determinar-se a excreção dos 17-hidroxicorticosteroides.

Teste para distinguir a síndrome de Cushing causada por excesso de ACTH hipofisário da síndrome de Cushing por outras causas. Dar 2,0 mg de Dexametasona por via oral a cada 6 horas, durante 48 horas. A coleta de urina durante 24 horas é realizada para determinar a excreção dos 17- hidroxicorticosteroides.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Creme

Modo de uso: Limpe cuidadosamente a área afetada antes da aplicação.

Posologia: Aplique uma pequena quantidade do creme no local afetado, 2 ou 3 vezes por dia. Evite uma aplicação indevidamente vigorosa. Antes de aplicar no ouvido, limpe e seque o conduto auditivo externo. Com um aplicador de ponta de algodão, espalhe nas paredes do conduto auditivo externo, uma camada de creme, 2 ou 3 vezes ao dia.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Solução Oftálmica

Uso oftálmico (nos olhos) – Doses

  • doses em termos de Dexametasona.
  • após aplicar o produto procurar não fechar os olhos.
  • fazer pressão com o dedo no canto interno do olho (próximo ao nariz), após aplicação do produto.
  • aguardar pelo menos 5 minutos antes de usar outro produto nos olhos.

Adultos e crianças gotas

Pingar 1 gota do produto no saco conjuntival de cada olho. Nos casos graves, ou como terapia inicial, usar o produto de hora em hora, durante o dia e de 2 em 2 horas, durante a noite. Quando for obtida uma resposta satisfatória, reduzir a dose para 1 gota a cada 4 horas e, depois, 1 gota 3 ou 4 vezes por dia.

Pomada

Inicialmente 1 cm de pomada, 3 ou 4 vezes por dia. Depois de obtido o efeito desejado, reduzir progressivamente as doses.

Solução Injetável

Dexametasona Solução injetável é apresentado nas seguintes concentrações:

Dexametasona Solução injetável 4 mg – cada ml contém 4 mg de dexametasona ácido fosfórico (igual a 3,33 mg de dexametasona ou cerca de 100 mg de hidrocortisona);

Dexametasona Solução injetável 2 mg – cada ml contém 2 mg de dexametasona ácido fosfórico.

Esta preparação pode ser retirada diretamente da ampola para aplicação, sem necessidade de mistura ou diluição. Ou se preferir, pode ser adicionada a solução fisiológica ou glicosada, sem perda de potência, e administrado gota a gota por via intravenosa.

A segurança e eficácia de dexametasona injetável somente é garantida na administração pelas vias intravenosa, intramuscular, intra articular, intralesional ou nos tecidos moles. 

Injeção intravenosa e intramuscular

A posologia inicial de dexametasona injetável usualmente utilizada pode variar de 0,5 a 20 mg por dia, dependendo da doença específica a ser tratada.

Geralmente, a faixa posológica parenteral é um terço ou a metade da dose oral, dada a cada 12 horas. Entretanto, em certas situações agudas, desesperadoras, com risco de vida, foram administradas doses maiores do que as recomendadas. Nestas circunstâncias, deve-se ter em mente que a absorção é mais lenta pela via intramuscular.

Deve ser ressaltado que as exigências posológicas são variáveis e devem ser individualizadas com base na doença a ser tratada e na resposta do paciente. Se o uso do medicamento tiver que ser suspenso depois de administrado durante alguns dias, recomenda-se fazê-lo gradual e não-subitamente.

As injeções intravenosas e intramusculares são aconselhadas nas doenças agudas. Uma vez superada a fase aguda, e tão logo seja possível, substitui-se as injeções pela terapia esteroide por via oral. 

Choque (de origem hemorrágica, traumática ou cirúrgica)

A terapia com dexametasona injetável é auxiliar e não-substituta da terapia convencional.

A administração de terapia corticosteroide em altas doses deve ser continuada apenas até que a condição do paciente tenha se estabilizado, o que usualmente não vai além de 48 a 72 horas. 

Edema cerebral

Associado com tumor cerebral primário ou metastático, neurocirurgia, trauma craniano, pseudotumor cerebral ou no pré-operatório de pacientes com aumento da pressão intracraniana secundária a tumor cerebral. Altas doses de dexametasona injetável são recomendadas para iniciar terapia intensiva a curto prazo do edema cerebral agudo, com risco de vida. 

Após o esquema posológico “de ataque” do primeiro dia de tratamento, a posologia é reduzida gradualmente durante o período de 7-10 dias, e a seguir, reduzida a zero nos próximos 7-10 dias. Quando se requer terapia de manutenção, deve-se passar para Dexametasona oral, tão logo seja possível. 

No controle paliativo de pacientes com tumores cerebrais recidivantes ou inoperáveis:

O tratamento de manutenção deve ser individualizado com Dexametasona injetável, Dexametasona comprimidos ou Dexametasona elixir. A posologia de 2 mg, 2 a 3 vezes por dia, pode ser eficaz. 

Associado com acidente vascular cerebral agudo (excluindo hemorragia intracerebral)

Inicialmente 10 mg (2,5 ml) de Dexametasona injetável pela via intravenosa, seguidos de 4 mg pela via intramuscular a cada 6 horas, durante 10 dias. Nos 7 dias subsequentes, as doses devem ser gradualmente ajustadas até chegar a zero.

Deve-se utilizar a menor posologia necessária para o edema cerebral. 

Terapia combinada

Nos distúrbios alérgicos agudos autolimitados ou nos surtos agudos dos distúrbios alérgicos crônicos (por exemplo:

Rinites alérgicas agudas, acessos de asma brônquica alérgica sazonal, urticária medicamentosa e dermatose de contato), sugere-se o esquema posológico abaixo combinando as terapias parenteral e oral:

1º diaInjeção intramuscular de 1 ou 2 ml (4 ou 8 mg) de Dexametasona injetável. Posologia total diária 4 ou 8 mg
2º dia2 comprimidos de 0,5 mg de Dexametasona, duas vezes por dia. Posologia total diária 4 comprimidos
3º dia2 comprimidos de 0,5 mg de Dexametasona, duas vezes por dia. Posologia total diária 4 comprimidos
4º dia1 comprimido de 0,5 mg de Dexametasona, duas vezes por dia. Posologia total diária 2 comprimidos
5º dia1 comprimido de 0,5 mg de Dexametasona, duas vezes por dia. Posologia total diária 2 comprimidos
6º dia1 comprimido de 0,5 mg de Dexametasona, por dia. Posologia total diária 1 comprimido
7º dia1 comprimido de 0,5 mg de Dexametasona, por dia. Posologia total diária 1 comprimido
8º diaExame clínico de controle

 Injeções intra-articulares, intralesionais e nos tecidos moles

As injeções intra-articulares, intralesionais e nos tecidos moles geralmente são utilizadas quando as articulações ou áreas afetadas limitam-se a um ou dois locais.

Eis algumas das doses únicas usuais:

Local da injeçãoVolume da injeção (ML)Quantidade de fosfato de dexametasona (mg)
Grandes articulações (por ex. joelho)0,5 a 12 a 4
Pequenas articulações (por ex. interfalangeanas, temporomandibular)0,2 a 0,250,8 a 1
Bolsas sinoviais0,5 a 0,752 a 3
Bainhas tendinosas0,1 a 0,250,4 a 1
Infiltração nos tecidos0,5 a 1,52 a 6
Gânglios (cistos)0,25 a 0,51 a 2

A frequência da injeção varia desde uma vez, a cada 3 a 5 dias, até uma vez, a cada 2 a 3 semanas, dependendo da resposta ao tratamento. 

Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido

Profilaxia pré-natal.

A posologia recomendada de Dexametasona injetável é de 5 mg (1,25 ml), administrado por via intramuscular na mãe a cada 12 horas até o total de quatro doses. A administração deve ser iniciada de preferência entre 24 horas a sete dias antes da data estimada do parto.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando me esquecer de usar este medicamento?

Este medicamento precisa ser administrado em um esquema definido. Se você perder uma dose ou esquecer-se de usar este medicamento, peça instruções ao seu médico ou farmacêutico.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais as reações adversas de Dexametasona?

Dexametasona dá sono? 

Não! Pelo contrário, os glicocorticoides costumam causar insônia e até uma certa irritabilidade no paciente que usa especialmente por um período mais prolongado. 

Reações no sangue

Retenção de sódio, retenção de líquido, insuficiência cardíaca congestiva em pacientes suscetíveis, perda de potássio, alcalose hipocalêmica, hipertensão (aumento da pressão arterial).

Reações musculares

Fraqueza muscular, miopatia esteróide (doença muscular), perda de massa muscular, osteoporose (doença que atinge os ossos), fraturas por compressão vertebral, necrose asséptica das cabeças femorais e umerais, fratura patológica dos ossos longos, ruptura de tendão.

Reações no processo disgestivo

Úlcera péptica com eventual perfuração e hemorragia, perfuração de intestino grosso e delgado, particularmente em pacientes com doença intestinal inflamatória, pancreatite (inflamação do pâncreas), distensão abdominal, esofagite ulcerativa (inflamação do esôfago com formação de ferida).

Reações dermatológicas

Retardo na cicatrização de feridas, adelgaçamento e fragilidade da pele, petéquias e equimoses (manchas vermelhas na pele), eritema (vermelhidão), hipersudorese (aumento do suor), pode suprimir as reações aos testes cutâneos, ardor ou formigamento, mormente na área perineal (após injeção intravenosa), outras reações cutâneas, tais como dermatite alérgica (reação alérgica da pele), urticária (erupção na pele causando coceira), edema angioneurótico (inchaço súbito da pele e membranas causando coceira e vermelhidão).

Reações neurológicos

Convulsões, aumento da pressão intracraniana com papiledema (pseudotumor cerebral), geralmente após tratamento, vertigem (enjoo), cefaleia (dor de cabeça), distúrbios psíquicos.

Reações no sistema endócrino

Irregularidades menstruais, desenvolvimento de estado cushingóide (caracterizado pela face arredondada e distribuição irregular de gordura), supressão do crescimento da criança, ausência da resposta secundária adrenocortical e hipofisária, particularmente por ocasião de situação estressante, tais como traumas, cirurgias ou enfermidades, diminuição da tolerância aos carboidratos, manifestação do diabetes melito latente, aumento das necessidades de insulina ou de agentes hipoglicemiantes orais no diabete, hirsutismo (crescimento excessivo de pêlos).

Reações na visão

Catarata subcapsular posterior, aumento da pressão intraocular, glaucoma, exoftalmo (olhos saltados).

Reações no metabolismo

Balanço nitrogenado negativo devido ao catabolismo protéico.

Reações cardiovasculares

Ruptura do miocárdio após infarto recente do miocárdio, cardiomiopatia hipertrófica em crianças nascidas abaixo do peso.

Outras reações adversas

Reações anafilactoides ou de hipersensibilidade, tromboembolia, ganho de peso, aumento de apetite, náusea, mal-estar, soluços. As seguintes reações adversas adicionais são relacionadas com o tratamento corticosteróide parenteral: raros casos de cegueira associados com tratamento intralesional na região da face e da cabeça, hiperpigmentação ou hipopigmentação, atrofia subcutânea e cutânea, abscesso estéril, fogacho após injeção (em seguida ao uso intra-articular), artropatia do tipo charcot (deformação das articulações).

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Onde comprar?

As variações de dexametasona e as apresentações desse medicamento podem ser encontradas nas farmácias online. Acesse o CliqueFarma para comparar preços e economizar com a melhor oferta!  

Referências bibliográficas

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