O artigo de hoje será para falarmos de Ivermectina, um princípio ativo utilizado em vários medicamentos referência e genéricos. Dentre eles, podemos citar Ivermec da UCI Farma, Iverneo da Brainfarma, Leverctin da EMS, Plurimec da Biolab, Revectina da Abbott e Vermectil da Mabra.
Ivermectina também está devidamente registrada na ANVISA, na classe terapêutica de medicamentos anti-parasitários.
Ivermectina pode ser usada no tratamento da Covid-19?
Pesquisadores da Austrália resolveram testar a substância Ivermectina contra o novo coronavírus. O estudo foi motivado pelo conhecimento da eficácia in vitro desta substância contra outros vírus. Após a publicação dos resultados, a notícia chegou de forma equivocada às redes sociais como uma promessa de cura, e rapidamente se espalhou.
Vale ressaltar que, a conclusão da pesquisa é muito diferente do boato espalhado. Vejamos então o que exatamente a pesquisa concluiu:
A Ivermectina é uma medicação autorizada pela FDA para utilização como antiparasitário de amplo espectro. Nos últimos anos, mostrou ter atividade antiviral in vitro contra diversos vírus. Baseados nesse conhecimento, os pesquisadores resolveram testá-la contra o novo coronavírus.
Realizaram um experimento onde os pesquisadores infectaram células com o SARS-CoV-2, e depois adicionaram a substância Ivermectina. Depois, analisaram pela técnica de RT-PCR a replicação do SARS-CoV-2 nas células que a receberam e compararam com a replicação do vírus naquelas que não receberam a substância. Em 24 horas, houve uma redução em 93% da replicação viral, quando comparada com amostras de controle.
Após 48 horas, a redução foi de aproximadamente 5.000 vezes, demonstrando que o tratamento in vitro com Ivermectina conseguiu eliminar essencialmente todo material viral. Os pesquisadores também não identificaram toxicidade da substância em nenhuma das concentrações utilizadas.
Foi concluído então que, a Ivermectina possui ação antiviral contra o SARS-CoV-2 IN VITRO, com uma única dose sendo capaz de eliminar o vírus dentro de 24-48 horas. O estudo finaliza ressaltando que, apesar de ser um breve relatório de testes iniciais, uma possibilidade foi levantada de utilizar a Ivermectina como antiviral útil para limitar a replicação do SARS-CoV-2.
A pesquisa ainda carece de comprovação de benefício em ambiente clínico. Assim como outros medicamentos, a Ivermectina surge como uma promessa de sucesso, mas deve ser testada ainda em humanos. Os resultados encontrados in vitro não podem ser tomados como verdadeiros in vivo. Os testes in vitro encontram-se nos níveis mais básicos da pesquisa na área de saúde. Além disso, a Ivermectina também havia apresentado resultados semelhantes contra vírus como HIV, dengue, influenza e Zika Vírus, e nenhum destes se mostrou eficaz na prática clínica.
O desenvolvimento de um antiviral eficaz para a SARS-CoV-2, se oferecido aos pacientes no início da infecção, poderia ajudar a limitar a replicação viral, impedindo a progressão rápida da doença, e restringindo a transmissão pessoa-a-pessoa. Mas apesar das inúmeras pesquisas, ainda não se chegou a um medicamento comprovadamente benéfico e curativo no ambiente clínico. A notícia espalhada, alegando que a Ivermectina é a cura contra a COVID-19, é portanto falsa, popularmente conhecida como FAKE NEWS e deve ser combatida.
Apresentação de Ivermectina
Uso Oral
Uso Adulto e Pediátrico Crianças acima de 5 anos de idade ou com mais de 15 kg.
Comprimidos 6 mg.
Embalagens contendo 2 ou 4 comprimidos.
Composição
Cada comprimido contém:
ivermectina…………………………………………………………………………………………………………6mg
excipientes – q.s.p. -…………………………………………………………………………………1 comprimido
(butil-hidroxianisol, ácido cítrico, celulose microcristalina, lactose, laurilsulfato de sódio, dióxido de silício e estearato de magnésio).
Para que Ivermectina é indicada?
Ivermectina é indicada para o tratamento de várias condições causadas por vermes ou parasitas, como elefantíase, lombriga, sarna e piolhos, para adultos e crianças acima de 5 anos.
Estudos demonstram que a ivermectina funciona no tratamento das seguintes infecções:
Estrongiloidíase intestinal: causada por um parasita denominado Strongyloides stercoralis.
Oncocercose: causada por um parasita denominado Onchocerca volvulus.
*NOTA: a ivermectina não possui atividade contra parasitas Onchocerca volvulus adultos. Os parasitas adultos residem em nódulos subcutâneos, frequentemente não palpáveis. A retirada cirúrgica desses nódulos (nodulectomia) pode ser considerada no tratamento de pacientes com oncocercose, já que esse procedimento elimina os parasitas adultos que produzem microfilárias.
Filariose (elefantíase): causada pelo parasita Wuchereria bancrofti.
Ascaridíase (lombriga): causada pelo parasita Ascaris lumbricoides.
Escabiose (sarna): causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei.
Pediculose (piolho): causada pelo ácaro Pediculus humanus capitis.
O que esperar do mecanismo de ação de Ivermectina?
A ivermectina é um medicamento que atua contra várias espécies de parasitas e vermes. Sua ação se dá por meio da paralisação da musculatura de vermes e parasitas, ocasionando suas mortes e eliminando-os do seu corpo.
Resultados de Eficácia
Estrongiloidíase
A estrongiloidíase é uma infecção parasitária que pode desenvolver quadros clínicos graves e que, além do comprometimento intestinal, pode causar lesões cutâneas, broncopulmonares, hepáticas, biliares, miocárdicas e mesentéricas.
A eficácia da ivermectina no tratamento da estrongiloidíase tem sido demonstrada em vários estudos . Marty et al demonstraram eficácia superior da ivermectina em comparação com o albendazol no tratamento da estrongiloidíase e Torres et al demonstraram a eficácia da ivermectina no tratamento da estrongiloidíase em pacientes imunodeprimidos.
Oncocercose
A oncocercose é uma filariose que compromete a pele e o aparelho visual, causada por Onchocerca volvulus. É transmitida através de um vetor, o díptero simulídeo, conhecido popularmente como “pium” ou “borrachudo”.
A eficácia da Ivermectina no tratamento da oncocercose tem sido demonstrada em vários estudos, já tendo sido demonstrado que a Ivermectina tem maior eficácia que a dietilcarbamazina no tratamento da oncocercose.
Filariose
A filariose linfática humana, conhecida também como elefantíase no Brasil, é causada pelo helminto Wuchereria bancrofti e transmitida por mosquitos do gênero Culex, nos quais as microfilárias se desenvolvem e atingem o estágio infectante. Os vermes adultos vivem nos linfonodos e vasos linfáticos, e as microfilárias são encontradas no sangue periférico.
No tratamento e controle da disseminação da filariose, a dietilcarbamazina apresenta resultados relativamente fracos, associados ao elevado índice de reações adversas em relação à Ivermectina.
A eficácia da Ivermectina no tratamento da filariose tem sido demonstrada por vários estudos.
Ascaridíase
A ascaridíase é causada por um parasita helmíntico denominado Ascaris lumbricoides. A prevalência desta doença dá-se em regiões de ambiente quente com condições sanitárias precárias em que os parasitas encontrem-se presentes e, em casos de contaminação de alimentos e fontes de água.
A eficácia da Ivermectina no tratamento da ascaridíase tem sido demonstrada por diversos estudos.
Escabiose
A escabiose ou sarna humana é uma dermatose de alta incidência no Brasil, produzida pelo ácaro Sarcoptes scabiei. A sarna crostosa ou norueguesa tem tido um aumento de incidência, principalmente em pacientes imunodeprimidos.
A eficácia da Ivermectina via oral no tratamento da escabiose foi demonstrada em vários estudos.
Atualmente existe consenso na literatura científica sobre a importância da Ivermectina no tratamento da escabiose. Além disso, também foi demonstrada a eficácia da Ivermectina via oral no tratamento da escabiose em imunodeprimidos e durante a ocorrência de surtos em instituições.
A eficácia da Ivermectina no tratamento da sarna norueguesa ou crostosa também foi demonstrada por diversos estudos.
Pediculose
A pediculose é uma dermatose de alta incidência no Brasil, produzida pelo Pediculus humanus capitis, que pode ser tratada com dose única de Ivermectina, cuja administração por via oral apresenta vantagens em relação aos tratamentos tópicos alternativos.
A eficácia da Ivermectina via oral no tratamento da pediculose, incluindo os casos resistentes, foi demonstrada em vários estudos
Características Farmacológicas
A ivermectina é um antiparasitário de amplo espectro, derivado das avermectinas, uma classe isolada de produtos de fermentação do Streptomyces avermitilis.
A Ivermectina é uma mistura que contém no mínimo 90% de 5-O-dimetil-22,23-diidroavermectina A1a e menos de 10% de 5-O-dimetil-25-di(1-metilpropil)-22,23-diidro-25-(1-metiletil)avermectina A1a, geralmente conhecidos como 22,23 diidroavermectina B1a e B1b ou H2B1a e H2B1b, respectivamente.
Farmacodinâmica
A Ivermectina imobiliza os vermes induzindo uma paralisia tônica da musculatura. A paralisia é mediada pela potencialização e/ou ativação direta dos canais de Cl- sensíveis às avermectinas, controlados pelo glutamato.
Esses canais estão presentes somente nos nervos e células musculares dos invertebrados e uma vez potencializados, acarretam um aumento da permeabilidade da membrana celular aos íons cloreto, com hiperpolarização dos nervos ou células musculares, resultando em paralisia e morte do parasita. Os compostos desta classe podem também interagir com canais de Cl- mediados por outros neurotransmissores como o ácido gama-aminobutírico (GABA).
Os canais de Cl- controlados pelo glutamato provavelmente servem como um dos locais de ação da Ivermectina também nos insetos e crustáceos. A falta de receptores com alta afinidade para as avermectinas em cestodos e trematodos pode explicar porque estes helmintos não são sensíveis à Ivermectina.
Nos casos de infestações por Onchocerca, a Ivermectina afeta as larvas em desenvolvimento e bloqueia a saída das microfilárias do útero dos vermes fêmeas adultos.
Sua atividade contra Strongyloides stercoralis é limitada aos estágios intestinais. A atividade seletiva dos compostos desta classe pode ser atribuída ao fato de que nos mamíferos, os canais iônicos mediados pelo GABA só estão presentes no cérebro e a Ivermectina não atravessa a barreira hematoencefálica em situações normais; além disso, os nervos e as células musculares dos mamíferos não apresentam canais de Cl- controlados por glutamato.
Farmacocinética
Após a administração oral da Ivermectina, as concentrações plasmáticas são aproximadamente proporcionais à dose. A concentração plasmática máxima é atingida em aproximadamente quatro horas após a ingestão.
A meia-vida plasmática é de 22 a 28 horas nos adultos, e o volume aparente de distribuição é de aproximadamente 47 litros. A metabolização é hepática e a maior concentração tissular é encontrada no fígado e no tecido adiposo. Níveis extremamente baixos são encontrados no cérebro, apesar da lipossolubilidade da droga. Isto se deve ao fato de a Ivermectina não atravessar a barreira hematoencefálica dos mamíferos em situações normais.
A Ivermectina e/ou os seus metabólitos são excretados quase exclusivamente nas fezes em um período estimado de 12 dias, sendo que menos de 1% da dose administrada é excretada na urina na forma conjugada ou inalterada. Os efeitos da alimentação na disponibilidade sistêmica da Ivermectina não foram estudados.
Quais as contraindicações e riscos de Ivermectina?
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes alérgicos à ivermectina ou a algum dos componentes da fórmula, por pacientes com meningite ou outras afecções do Sistema Nervoso Central.
Este medicamento é contraindicado para uso por crianças com menos de 15 Kg ou menores de 5 anos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Quais as precauções e advertências a que devo me atentar antes de usá-lo?
Precauções
Após o tratamento com ivermectina, os pacientes com oncodermatite hiperreativa podem apresentar maior probabilidade que outros de sofrer reações adversas severas, especialmente edemas e agravamento da oncodermatite.
Estrongiloidíase: é necessário realizar exames de fezes para acompanhamento e certificação de cura.
Oncocercose: o tratamento com ivermectina não elimina os parasitas Onchocerca adultos podendo ser necessário um novo tratamento.
Filariose (elefantíase): o tratamento elimina apenas as microfilárias, portanto, não haverá reversão das alterações clínicas já existentes decorrentes dos parasitas adultos.
Ascaridíase (lombriga): é necessário realizar exames de fezes para acompanhamento e comprovação da cura.
Pediculose (piolho) e Escabiose (sarna): deve ser realizada reavaliação médica em 1 a 2 semanas para comprovação da cura. Nesses casos também devem ser tratados os contactantes infestados.
Estrongiloidíase em hospedeiros imunocomprometidos (com baixa imunidade): em pacientes com baixa imunidade (incluindo os portadores de HIV) em tratamento de estrongiloidíase intestinal, pode ser necessário repetir a terapia. Não foram realizados estudos para a determinação da dosagem adequada para esses pacientes.
Vários tratamentos, com intervalos de duas semanas, podem ser necessários e mesmo assim sem obtenção da cura. O controle de estrongiloidíase não intestinal nesses pacientes é difícil e pode ser útil a manutenção da terapia uma vez por mês.
Sarna crostosa em hospedeiros imunocomprometidos (com baixa imunidade): em pacientes com baixa imunidade (incluindo os portadores de HIV) em tratamento de sarna crostosa, pode ser necessário repetir a terapia.
Pediatria: como ainda não se dispõe de dados clínicos suficientes referentes ao tratamento de crianças menores de 5 anos ou com menos de 15kg, o uso deste medicamento por pacientes desta faixa etária não deve ser realizado.
Pacientes idosos: as recomendações para pacientes idosos são semelhantes às destinadas aos pacientes adultos.
Advertências
Dados de estudos demonstram que as drogas utilizadas no tratamento da oncocercose como o citrato de dietilcarbamazina (DEC), podem causar reações na pele e/ou sistêmicas de variada gravidade (reações de Mazzotti), além de reações oftálmicas.
Pacientes com oncocercose tratados com a ivermectina podem sofrer essas reações, além de possíveis reações adversas relacionadas com a própria droga.
O tratamento de severas reações de Mazzotti não foi submetido a estudos clínicos controlados. Hidratação oral, repouso, administração intravenosa de soluções salinas e/ou corticosteroides foram usados no tratamento da diminuição da pressão arterial ao levantar-se. Antialérgicos e/ou ácido acetilsalicílico foram usados na maioria dos casos leves a moderados.
Para evitar futuras infestações por parasitas, as seguintes medidas podem ser adotadas:
1) Manter limpas as instalações sanitárias e lavar as mãos após utilizá-las.
2) Evitar andar descalço.
3) Cortar e manter limpas as unhas.
4) Beber água filtrada ou fervida.
5) Lavar e cozinhar bem os alimentos.
6) Manter os alimentos e depósitos de água cobertos.
7) Combater os insetos.
8) Lavar as mãos antes das refeições.
9) Lavar os utensílios domésticos.
10) De forma cuidadosa para se evitar queimaduras, ferver roupas íntimas, de cama e banho (lençóis, fronhas e toalhas) do paciente e trocá-las diariamente. Utensílios e acessórios (escovas de cabelo, pentes, presilhas de cabelo e bonés) devem ser higienizados da mesma forma. Estas medidas se estendem a todos os membros da família.
11) Não compartilhar objetos de uso pessoal, tais como pentes e bonés.
12) Evitar contato direto com outras pessoas durante o tratamento (infectadas ou não).
13) Todas as pessoas da família devem verificar se estão infestadas. Em caso positivo, procure orientação médica para o correto tratamento simultâneo de todos os infestados para evitar-se a re-infestação cruzada entre os membros da família.
Para mais informações sobre os cuidados não medicamentosos, converse com o seu médico ou procure um serviço de saúde.
Interações medicamentosas de Ivermectina
Não há relatos sobre interações medicamentosas com a ivermectina; no entanto, deve ser administrada com cautela a pacientes em uso de medicamentos que deprimem o Sistema Nervoso Central, como medicamentos para o tratamento de insônia, ansiedade, alguns analgésicos ou mesmo bebidas alcoólicas.
Uso de Ivermectina na gravidez e amamentação
Gravidez: não existem estudos adequados sobre o uso do produto em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Amamentação: a ivermectina é excretada no leite materno em baixas concentrações. O uso deste medicamento durante a amamentação somente deve ser feito quando indicado pelo médico.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Instruções de armazenamento, data de fabricação, prazo de validade e aspecto físico de Ivermectina
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos de ivermectina são circulares, semi-abaulados de cor branca a branca -amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Instruções de posologia, dosagem e instruções de uso de Ivermectina
Os comprimidos de ivermectina devem ser ingeridos com água.
Em geral, uma dose única do medicamento é suficiente para a eliminação de vermes e parasitas. A necessidade, ou não, de repetir o tratamento dependerá de avaliação médica e/ou realização de testes laboratoriais.
Estrongiloidíase – Filariose – Ascaridíase – Escabiose – Pediculose
Qual a dosagem de ivermectina?
A dosagem recomendada de ivermectina para o tratamento destas condições causadas por vermes ou parasitas numa única dose oral visa fornecer aproximadamente 200mcg de ivermectina por kg de peso corporal.
Consulte a Tabela 1 para orientar-se em relação à dosagem. Em geral, não são necessárias outras doses. Contudo, devem ser feitos exames de fezes para acompanhamento (estrongiloidíase) e avaliações clínicas (demais afecções), para verificar a eliminação dos vermes ou parasitas
Tabela 1 – Orientação de dosagem de ivermectina para estrongiloidíase, filariose, ascaridíase, escabiose e pediculose.
PESO CORPORAL(Kg) – 15 a 24
DOSE ORAL ÚNICA – ½ comprimido
PESO CORPORAL(Kg) – 25 a 35
DOSE ORAL ÚNICA – 1 comprimido
PESO CORPORAL(Kg) – 36 a 50
DOSE ORAL ÚNICA – 1 ½ comprimidos
PESO CORPORAL(Kg) – 51 a 65
DOSE ORAL ÚNICA – 2 comprimidos
PESO CORPORAL(Kg) – 66 a 79
DOSE ORAL ÚNICA – 2 ½ comprimidos
PESO CORPORAL(Kg) – >/= 80
DOSE ORAL ÚNICA – 200mcg/Kg
Estrongiloidíase: você deve submeter-se a repetidos exames de fezes para documentar a ausência de infecção por Strongyloides stercoralis.
Ascaridíase (lombriga): você deve submeter-se a exames de fezes para acompanhamento e certificação de cura.
Filariose (elefantíase): você deve continuar com acompanhamento médico, pois a ivermectina não elimina as formas adultas da Wuchereria bancrofti.
Escabiose (sarna): você deve retornar ao médico após 1 ou 2 semanas para certificar-se da cura.
Pediculose (piolho): as lêndeas que estiverem mais aderidas deverão ser removidas manualmente, ou utilizando-se um pente fino. Isto deve ser repetido até que se tenha certeza que não haja mais lêndeas no paciente.
Oncocercose: a dosagem recomendada de ivermectina para o tratamento da oncocercose é uma dose oral única que visa fornecer aproximadamente 150 mcg de ivermectina por quilo de peso corporal. Consulte a Tabela 2 para orientar-se em relação à dosagem.
Em campanhas de distribuição em massa, inseridas em programas de tratamento internacional, o intervalo entre doses usado de forma mais comum foi de doze meses. No tratamento individual de pacientes, pode-se reconsiderar uma nova dosagem em intervalos de três meses.
Tabela 2 – Orientação de dosagem de ivermectina para a oncocercose
PESO CORPORAL (Kg) – 15 a 25
DOSE ORAL ÚNICA – ½ comprimido
PESO CORPORAL (Kg) – 26 a 44
DOSE ORAL ÚNICA – 1 comprimido
PESO CORPORAL (Kg) – 45 a 64
DOSE ORAL ÚNICA – 1 ½ comprimidos
PESO CORPORAL (Kg) – 65 a 84
DOSE ORAL ÚNICA – 2 comprimidos
PESO CORPORAL (Kg) – >/= 85
DOSE ORAL ÚNICA – 150mcg/Kg
Você deve saber que o tratamento com ivermectina não elimina os parasitas Onchocerca adultos e, portanto, normalmente é necessário o acompanhamento repetido e novo tratamento.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando esquecer de usar este medicamento?
Esse item não é aplicável a este medicamento, pois trata-se de medicamento de dose única.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais as reações adversas de Ivermectina?
Qual o efeito de ivermectina?
As reações adversas são, em geral, de natureza leve e transitória. Durante o tratamento com ivermectina podem ocorrer raramente as seguintes reações: diarreia, náusea, falta de disposição, dor abdominal, falta de apetite, constipação e vômitos.
Relacionadas ao sistema Nervoso Central podem ocorrer: tontura, sonolência, vertigem e tremor.
As reações do tipo Mazzotti e oftálmicas, associadas ao tratamento da oncocercose ou à própria doença, não devem ser esperadas em pacientes com estrongiloidíase tratados com ivermectina.
Oncocercose: as reações alérgicas após o tratamento com ivermectina provocam reação do tipo Mazzotti caracterizada por: dor nas articulações, dor abdominal, aumento no tamanho e na sensibilidade dos gânglios, principalmente os gânglios da região inguinal, do pescoço e das axilas, além de coceira, inchaço, lesões na pele até urticária e febre.
Reações oftálmicas durante o tratamento da oncocercose são raras e podem estar ligadas à doença.
Raramente podem tornar-se graves ou associadas com perda de visão, mas de forma geral, são resolvidas sem a necessidade de tratamento com corticosteroides.
Gerais: inchaço na face e periférico, diminuição da pressão arterial ao levantar-se e aumento da frequência cardíaca. Dor de cabeça e dor muscular relacionadas à droga ocorreram em menos de 1% dos pacientes.
A diminuição da pressão arterial (principalmente quando associada ao levantar-se) e a piora da asma brônquica foram relatadas desde o início da comercialização da droga, em vários países.
Alterações em testes de laboratório: foram relatadas as seguintes anormalidades em testes de laboratório durante o uso do medicamento: aumento transitório de eosinófilos, elevação das enzimas hepáticas e aumento da hemoglobina (1%). Diminuição dos leucócitos e anemia ocorreram em um paciente.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O que fazer em caso de superdosagem deste medicamento?
Na intoxicação acidental ou na exposição significativa a quantidades desconhecidas de formulações veterinárias de ivermectina em humanos, seja por ingestão, inalação, injeção ou exposição de áreas do corpo, os seguintes efeitos foram relatados com maior frequência: lesões cutâneas, até urticária, inchaço, dor de cabeça, tontura, falta de disposição, náusea, vômitos, dor abdominal, diarreia, convulsões, alteração do equilíbrio, falta de ar, alterações na sensibilidade. Em casos de intoxicação acidental, procure assistência médica imediatamente.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Onde comprar?
Você pode comprar ivermectina nas farmácias e drogarias da sua região. Para comparar o melhor preço e melhor condição de entrega, acesse nosso buscador Cliquefarma de maneira prática e rápida, sem sair de casa!
Você faz uso deste medicamento também? Conte-nos suas experiências nos comentários abaixo. Sua opinião é importante para nós.