Candidíase: 10 dicas para evitar essa infecção comum e incômoda

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Candidíase: como evitar.
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Com algumas medidas simples, é possível evitar essa infecção fúngica comum entre as mulheres e bastante incômoda.

O que é candidíase?

A candidíase consiste em uma inflamação causada pelas espécies do fungo Candida. Sua ocorrência é muito comum na região íntima feminina, sendo chamada de vulvovaginite (inflamação na vulva e na vagina). Esse tipo de fungo normalmente já vive no organismo, mas não costuma causar problemas.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico, na maioria das vezes, é realizado a partir da conversa com um profissional de saúde, associado ao exame físico ginecológico, aquele realizado com o bico de pato. Caso haja dúvida quanto ao diagnóstico, persistência dos sintomas ou recorrência, é possível lançar mão de exames para ajudar a entender melhor o caso.

Quais são os sintomas da candidíase?

Os sintomas costumam ser bastante incômodos e incluem corrimento branco espesso, fino ou com grumos (que se assemelham a “leite talhado”), coceira, ardência, dor, irritação e vermelhidão na vulva e vagina. É comum que as mulheres apresentem quadros esporádicos, mas algumas pessoas podem apresentar o que chamamos de recorrência. A candidíase torna-se recorrente quando há quatro ou mais episódios de infecção ao longo de um ano.

Confira 10 dicas para diminuir as crises de candidíase:

Embora existam questões relacionadas ao organismo de cada pessoa, alguns hábitos aumentam as crises e outros ajudam a evitá-las.

Alguns cuidados que podem ser utilizados na prevenção das crises são:

  1. Controlar a glicemia: o índice de açúcar alto no sangue ajuda a piorar o quadro;
  2. Evitar o uso frequente de protetor diário/absorvente, assim como roupas apertadas, e meias-calças, pois abafam a região;
  3. Evitar a realização de ducha higiênica: lavar dentro do canal vaginal pode ser prejudicial ao equilíbrio da flora. Deve-se lavar apenas a vulva, ou seja, a parte de fora;
  4. Evitar automedicação, principalmente com antibióticos e cremes vaginais, pois também são prejudiciais;
  5. Evitar permanecer muito tempo com roupas molhadas: o ideal é levar uma calcinha seca para trocar após um banho de mar ou de piscina e evitar ficar muito tempo com roupa suada após atividade física;
  6. Evitar alimentos ricos em açúcar e bebidas alcoólicas, principalmente em excesso;
  7. Se for diabética, avaliar se usa alguma medicação que provoque a perda de açúcar pela urina, pois isso também pode aumentar a frequência de candidíase. Não troque ou suspenda sua medicação sem a orientação de um profissional de saúde;
  8. Se possível, manejar os níveis de estresse, pois há relação entre estresse e crises de ansiedade com a candidíase;
  9. Dormir e ficar em casa sem calcinha e/ou com roupas largas;
  10. Evitar o uso de sabonetes muito agressivos para a região íntima. Se for utilizar, prefira sabonetes neutros, de glicerina.

Tratamento

Há várias formas de tratar a candidíase. O tratamento pode ser feito com comprimidos em dose única, várias doses ou pode ser estendido por meses. Pode ser realizado com cremes ou óvulos vaginais (cápsulas sólidas e ovais que contêm medicamentos e são introduzidos na vagina) que podem ser usados apenas uma vez ou por vários dias. Tudo vai depender da frequência, intensidade dos sintomas, recorrência e se a pessoa está grávida ou não.

Caso perceba os sintomas de candidíase, você deve buscar atendimento médico, pois há outras doenças que podem ser confundir com essa. Além disso, a automedicação pode piorar a situação, ocasionando uma complicação no quadro ou até mesmo gerando outros problemas.

Referências bibliográficas

Sobel JD. Epidemiology and pathogenesis of recurrent vulvovaginal candidiasis. Am J Obstet Gynecol. 1985 Aug 1;152(7 Pt 2):924-35. doi: 10.1016/s0002-9378(85)80003-x. PMID: 3895958.

Sobel JD. Recurrent vulvovaginal candidiasis. Am J Obstet Gynecol. 2016 Jan;214(1):15-21. doi: 10.1016/j.ajog.2015.06.067. Epub 2015 Jul 9. PMID: 26164695.

Blostein F, Levin-Sparenberg E, Wagner J, Foxman B. Recurrent vulvovaginal candidiasis. Ann Epidemiol. 2017 Sep;27(9):575-582.e3. doi: 10.1016/j.annepidem.2017.08.010. Epub 2017 Aug 15. PMID: 28927765.

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