Com algumas medidas simples, é possível evitar essa infecção fúngica comum entre as mulheres e bastante incômoda.
O que é candidíase?
A candidíase consiste em uma inflamação causada pelas espécies do fungo Candida. Sua ocorrência é muito comum na região íntima feminina, sendo chamada de vulvovaginite (inflamação na vulva e na vagina). Esse tipo de fungo normalmente já vive no organismo, mas não costuma causar problemas.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico, na maioria das vezes, é realizado a partir da conversa com um profissional de saúde, associado ao exame físico ginecológico, aquele realizado com o bico de pato. Caso haja dúvida quanto ao diagnóstico, persistência dos sintomas ou recorrência, é possível lançar mão de exames para ajudar a entender melhor o caso.
Quais são os sintomas da candidíase?
Os sintomas costumam ser bastante incômodos e incluem corrimento branco espesso, fino ou com grumos (que se assemelham a “leite talhado”), coceira, ardência, dor, irritação e vermelhidão na vulva e vagina. É comum que as mulheres apresentem quadros esporádicos, mas algumas pessoas podem apresentar o que chamamos de recorrência. A candidíase torna-se recorrente quando há quatro ou mais episódios de infecção ao longo de um ano.
Confira 10 dicas para diminuir as crises de candidíase:
Embora existam questões relacionadas ao organismo de cada pessoa, alguns hábitos aumentam as crises e outros ajudam a evitá-las.
Alguns cuidados que podem ser utilizados na prevenção das crises são:
- Controlar a glicemia: o índice de açúcar alto no sangue ajuda a piorar o quadro;
- Evitar o uso frequente de protetor diário/absorvente, assim como roupas apertadas, e meias-calças, pois abafam a região;
- Evitar a realização de ducha higiênica: lavar dentro do canal vaginal pode ser prejudicial ao equilíbrio da flora. Deve-se lavar apenas a vulva, ou seja, a parte de fora;
- Evitar automedicação, principalmente com antibióticos e cremes vaginais, pois também são prejudiciais;
- Evitar permanecer muito tempo com roupas molhadas: o ideal é levar uma calcinha seca para trocar após um banho de mar ou de piscina e evitar ficar muito tempo com roupa suada após atividade física;
- Evitar alimentos ricos em açúcar e bebidas alcoólicas, principalmente em excesso;
- Se for diabética, avaliar se usa alguma medicação que provoque a perda de açúcar pela urina, pois isso também pode aumentar a frequência de candidíase. Não troque ou suspenda sua medicação sem a orientação de um profissional de saúde;
- Se possível, manejar os níveis de estresse, pois há relação entre estresse e crises de ansiedade com a candidíase;
- Dormir e ficar em casa sem calcinha e/ou com roupas largas;
- Evitar o uso de sabonetes muito agressivos para a região íntima. Se for utilizar, prefira sabonetes neutros, de glicerina.
Tratamento
Há várias formas de tratar a candidíase. O tratamento pode ser feito com comprimidos em dose única, várias doses ou pode ser estendido por meses. Pode ser realizado com cremes ou óvulos vaginais (cápsulas sólidas e ovais que contêm medicamentos e são introduzidos na vagina) que podem ser usados apenas uma vez ou por vários dias. Tudo vai depender da frequência, intensidade dos sintomas, recorrência e se a pessoa está grávida ou não.
Caso perceba os sintomas de candidíase, você deve buscar atendimento médico, pois há outras doenças que podem ser confundir com essa. Além disso, a automedicação pode piorar a situação, ocasionando uma complicação no quadro ou até mesmo gerando outros problemas.