Primeiros sintomas de gravidez: como identificar e os sinais pouco comuns

A gestação é um momento emocionante e repleto de mudanças no corpo da mulher. Reconhecer os primeiros sintomas de gravidez é essencial para ir atrás de testes que ajudem a confirmar a condição, além de evitar danos à saúde do bebê e buscar o acompanhamento adequado.

Neste artigo, discutiremos os sinais precoces mais comuns da gravidez e como eles podem ser identificados.

Quais os sinais a que devo me atentar?

É possível perceber alguns sinais do corpo que podem indicar uma gravidez, além do atraso na menstruação. Alguns podem passar despercebidos e outros são similares aos da tensão pré-menstrual (TPM).

Para se ter certeza da gestação, a única maneira 100% confiável é o exame de sangue que detecta o hormônio HCG a partir de 10 dias da fecundação. Os testes de farmácia também funcionam relativamente bem – mas, se o resultado for negativo e ainda assim a mulher estiver com a menstruação atrasada e sentindo os sinais do corpo, é melhor repetir o exame.

Os primeiros sinais e sintomas de gravidez podem ser tão sutis que somente algumas mulheres conseguem percebê-los, acabando por passar despercebidos na maior parte dos casos.

No entanto, saber quais são esses primeiros sinais é uma ótima forma de a mulher ficar mais atenta e conseguir identificar rapidamente uma possível gravidez.

Primeiros sintomas de gravidez

Ao suspeitar de uma gravidez, é importante conhecer os sintomas mais comuns que podem ocorrer nos estágios iniciais. Embora cada mulher possa ter experiências diferentes, há sinais frequentemente relatados.

1. Mudanças no Ciclo Menstrual

Uma das pistas mais óbvias é a alteração no ciclo menstrual. A ausência de menstruação é um sinal claro de que a concepção pode ter ocorrido. No entanto, também pode haver casos de menstruação mais curta ou leve.

Fique atenta, caso:

• Você tiver tido relações sexuais sem proteção e sua menstruação está atrasada, faça um teste de gravidez para descobrir se está grávida ou não.
• Você também pode estar com a menstruação atrasada ou não menstruou devido a estresse, perda de peso repentina, excesso de atividade física, excesso de peso, amamentação, proximidade da menopausa ou uso de alguns contraceptivos.
• Algumas condições médicas de longo prazo, como hipertireoidismo, síndrome do ovário policístico, diabetes e doença cardíaca, também podem fazer com que a menstruação cesse ou se torne irregular.
• Muitas mulheres têm ciclos irregulares devido à variação natural.

Algumas mulheres podem experimentar um pequeno sangramento conhecido como “sangramento de nidação” quando o embrião se fixa no útero.

2. Corrimento vaginal cor-de-rosa: o sangramento de nidação

Esse corrimento é chamado de sangramento de nidação, mas ele é a exceção e não a regra. Nem todas as mulheres que engravidam o veem. Podemos dizer que apenas 20% das mulheres apresentam esse sangramento após a implantação. A grande maioria não consegue constatar a gravidez por meio desse sangramento. O sangramento de nidação é de baixíssimo fluxo, aliás, não deve acontecer fluxo neste sangramento.

Na verdade ele acontece pela fixação do embrião e pela descamação que a implantação favorece no endométrio. Para entender melhor, digamos que o útero é um campo acolchoado onde o bebê irá se acomodar e quando isso acontece, será necessário que o colchão seja aberto para acomodar o bebê em um pequeno buraco na camada de sangue.

Esse ato de afundar tiraria uma pequena quantidade de sangue do endométrio e se houver passagem, o sangue irá sair pela vagina da mulher. A grande maioria das vezes em que o sangramento de nidação aparece é sem fluxo e durante um curto espaço de tempo.

Quantos dias dura a Nidação?

Podemos dizer que o sangramento de nidação não deve ultrapassar 3 dias e não deve ter fluxo. Se tiver, alguma coisa pode estar errada. Nestes casos há a possibilidade de baixa hormonal (progesterona) o que causaria um risco eminente à recente gestação e nesse caso é preciso ajuda de um médico ginecologista.

Corrimento branco pastoso pode ser gravidez?

O corrimento branco pastoso ou leitoso quando acompanhado de coceira intensa ou forte odor pode ser sinal de infecções vaginais como a candidíase ou demais doenças ginecológicas. Mas quando branco, transparente ou aparência leitosa e sem odor é considerado normal.

Perguntas e relatos recorrentes, o corrimento branco é uma das dúvidas que não querem calar! Afinal, aquele muco que parece uma pomadinha pode ser sinal de gravidez? Primeiro vamos esclarecer, corrimento com odor ou coceira e muco são coisas diferentes. O corrimento com odor normalmente é proveniente de um problema, inflamação ou doença passageira como candidíase ou monilíase. Já o muco é normal do organismo da mulher e varia de acordo com a etapa do ciclo menstrual.

Se você teve esse muco ou corrimento branco pastoso parecendo pomada, em grande quantidade, mas ainda sim menstruou, isso é um sinal de que houve ovulação apenas. Lembre-se que o causador desse muco é hormônio, e ele está presente no seu organismo o tempo todo.

3. Náuseas e enjoos matinais

Outro sintoma comum é a sensação de náuseas e enjoos matinais. Embora sejam chamados de “enjoos matinais“, esses desconfortos podem ocorrer a qualquer hora do dia. Acredita-se que as mudanças hormonais sejam responsáveis por essa sensação. É importante ressaltar que nem todas as mulheres experimentam náuseas intensas, mas esse sintoma pode ser um indício de gravidez.

4. Cólica e inchaço abdominal

As cólicas bem parecidas com as do período menstrual ou dores no pé da barriga. Isso explica porque muitas mulheres se sentem inchadas e com calças mais apertadas.

Nos primeiros dias de gravidez é difícil definir que é uma gestação acontecendo. É comum a barriga ficar levemente inchada parecida com o inchaço pré-menstrual, porém nada que evidencie que a mulher está grávida. Esse inchaço ocorre devido ao aumento da progesterona que provoca o inchaço e a expansão ainda muito discreta do útero.

Sim, dores no pé da barriga pode ser gravidez. Porém, as famosas dores no “pé” da barriga ou baixo ventre, podem ter outros motivos além de ser um dos indícios de que uma gestação está em andamento. As dores ou mesmo as cólicas podem aparecer após a ovulação e também em outras situações como a TPM, por exemplo.

5. Sensibilidade mamária e alterações nos seios

As alterações hormonais deste período estimulam as glândulas mamárias preparando a mulher para a amamentação, o que pode provocar dores e inchaço nos seios. Também é possível observar a aréola ficar mais escura que o normal pelo aumento de fluxo sanguíneo na região.

Começa geralmente na primeira ou segunda semanas depois da concepção. As mulheres percebem mudanças em suas mamas, como maior sensibilidade ou dor à palpação, sensação de peso ou mamas latejantes.

Para muitas mulheres a sensibilidade e dor nos seios é o primeiro sinal de gravidez.  O aumento do tamanho dos seios devido à ação de hormônios é um sinal positivo de que está havendo uma preparação para a amamentação. Poderá ser notado o escurecimento dos mamilos e o aumento do seu diâmetro.

Outras possibilidades podem ser desequilíbrios hormonais, uso de pílulas anticoncepcionais, sintoma de tensão pré-menstrual (TPM).

6. Fadiga e cansaço

Sentir-se mais cansada e fatigada do que o normal é comum nas primeiras semanas de gravidez. As mudanças hormonais e o aumento do metabolismo podem causar esse cansaço excessivo. É importante descansar adequadamente e ouvir as necessidades do seu corpo durante essa fase.

O cansaço e o sono têm origem nas alterações hormonais e fisiológicas que o corpo da mulher começa a sofrer já nas primeiras semanas de gestação. Entre os vários hormônios que se alteram na gravidez, a progesterona é o que se destaca mais. Ao longo da gestação, os níveis deste hormônio chegam a aumentar em mais de 500%.

A progesterona é essencial para a manutenção da gravidez e para o desenvolvimento do feto, porém, ela provoca diversos efeitos colaterais, sendo a sensação de cansaço extremo e o sono excessivo um dos seus principais.

A grávida nas primeiras semanas, além de desenvolver o feto, precisa gerar a placenta que irá nutrir o bebê ao longo da gravidez. Esse processo demanda muito gasto de energia, fazendo com que o organismo da mulher priorize o desenvolvimento da gravidez em detrimento às suas atividades do dia-a-dia.

O feto e a placenta também demandam sangue, e parte da circulação sanguínea é desviada para o novo ser em desenvolvimento. Além do desvio de sangue, os hormônios da gravidez também estimulam uma redução da pressão arterial, provocada por vasodilatação das artérias. Logo, na gestante, há uma pressão arterial mais baixa para irrigar uma área tecidual maior que a habitual.

Além de tudo isso, a retenção de líquidos dilui o sangue, fazendo com que a grávida tenha uma anemia relativa, o que colabora ainda mais para o cansaço a para a intolerância aos esforços.

7. Mudanças de humor e alterações emocionais

As flutuações hormonais também podem afetar o humor e as emoções. Algumas mulheres podem experimentar mudanças de humor, irritabilidade, choro fácil ou até mesmo sentimentos de felicidade intensa. Essas alterações são normais e podem variar de pessoa para pessoa.

8. Aumento da frequência urinária

Se você notar que está indo ao banheiro com mais frequência do que o habitual, isso pode ser um sinal de gravidez. O aumento da frequência urinária ocorre devido ao crescimento do útero, que exerce pressão sobre a bexiga.

9. Sensação de falta de ar

A falta de ar no início da gravidez não é muito comum, mas pode ocorrer especialmente se a mulher tiver asma, bronquite ou se estiver resfriada.

Caso além da falta de ar, outros sintomas aparecerem, como tosse, palpitação, coração acelerado e lábios e unhas arroxeados, deve-se ir ao médico rapidamente, porque pode ser alguma doença cardíaca ou respiratória, que precisa ser tratada rapidamente.

A sensação de falta de ar na gravidez pode durar até às 36 semanas de gestação, que é geralmente quando o bebê encaixa na pelve, fazendo com que a barriga fique um pouco mais baixa, dando mais espaço para o diafragma e para os pulmões.

10. Aversão a cheiros fortes

Sabe aquela comidinha ou bebida que você tanto gostava? Ou aquele seu perfume preferido? Se o cheiro deles começarem a te provocar enjoo repentino é outro indicativo do início da gestação. A aversão a cheiros fortes no início da gravidez é muito comum, inclusive com vômitos após cheiros acentuados, como de cigarro, café, produtos de limpeza ou gasolina.

Na gestação, paladar e olfato ficam aguçados e no início da gravidez é possível sentir cheiros nunca percebidos. Já o aumento da salivação perdura por toda a gravidez e é absolutamente normal.

11. Espinhas e pele oleosa

Mais uma vez, as alterações hormonais podem levar ao surgimento ou piora de cravos e espinhas, chamados cientificamente de acne, e, por isso, já nas primeiras semanas de gravidez, a mulher pode notar um aumento da oleosidade da pele, que pode ser controlada com o uso de produtos de limpeza de pele e de higiene pessoal adequados.

Outros possíveis sinais precoces de gravidez

Além dos sintomas mencionados acima, algumas mulheres podem experimentar outros sinais menos comuns, como tontura, alterações no paladar ou olfato, aumento da salivação e até mesmo prisão de ventre. É importante lembrar que esses sintomas podem variar de uma mulher para outra.

Sintomas pouco comuns de gravidez

Embora sejam menos frequentes, é importante estar ciente dos sintomas menos comuns de gravidez para uma compreensão abrangente da gravidez.

Mudanças na visão

Embora seja raro, algumas mulheres podem perceber alterações na visão durante a gravidez. Essas mudanças podem incluir visão borrada, dificuldade em focar objetos ou sensibilidade à luz. Geralmente, esses sintomas são temporários e tendem a desaparecer após o parto.

Coceira ou erupções cutâneas

Algumas gestantes podem experimentar coceira intensa ou desenvolver erupções cutâneas incomuns na pele. Isso pode ser atribuído a alterações hormonais e ao estiramento da pele à medida que o útero se expande. É importante consultar um profissional de saúde para avaliar esses sintomas e receber tratamento adequado, se necessário.

Congestão nasal

Embora seja mais comum associar a congestão nasal a resfriados ou alergias, algumas mulheres grávidas podem experimentar nariz entupido ou coriza excessiva durante a gestação. Essa condição é conhecida como rinite gestacional e é causada por mudanças hormonais que afetam as membranas nasais.

Tonturas e desmaios

Em casos raros, algumas mulheres grávidas podem sentir tonturas ou até mesmo desmaiar. Isso pode ser atribuído a quedas repentinas na pressão arterial ou à dilatação dos vasos sanguíneos. É importante evitar ficar em pé por longos períodos, manter-se hidratada e, se necessário, consultar um médico.

Dor lombar intensa

Enquanto a dor lombar é comum durante a gravidez, em alguns casos, ela pode ser mais intensa do que o esperado. Isso pode ocorrer devido ao peso adicional da barriga, ao aumento da curvatura lombar e ao relaxamento dos ligamentos pélvicos. Alongamentos suaves, exercícios adequados e terapias de alívio da dor podem ser recomendados para amenizar o desconforto.

Variações no apetite

Ainda que as alterações no apetite sejam esperadas durante a gravidez, algumas mulheres podem experimentar desejos ou aversões alimentares incomuns. Essas preferências alimentares podem variar de uma vontade súbita de comer alimentos específicos a uma repulsa intensa por certos alimentos que antes eram apreciados.

Alterações na textura do cabelo

Algumas gestantes podem notar mudanças na textura do cabelo durante a gravidez. Isso pode envolver o cabelo ficando mais espesso, mais fino, mais oleoso ou mais seco. Essas alterações são causadas por flutuações hormonais e geralmente são temporárias.

Aumento da sede

Sentir sede excessiva pode ser um sintoma menos comum de gravidez. À medida que o corpo se adapta às mudanças hormonais e ao aumento do volume sanguíneo, algumas mulheres podem experimentar uma sensação constante de sede e necessidade de hidratação frequente.

Em quanto tempo aparecem os sintomas de gravidez?

Os sintomas de gravidez podem variar de mulher para mulher e até mesmo de gestação para gestação. Geralmente, os primeiros sintomas podem começar a surgir cerca de duas a três semanas após a concepção. No entanto, é importante destacar que nem todas as mulheres apresentam sintomas tão precocemente. Algumas podem começar a notar os sinais logo no início, enquanto outras podem levar semanas para perceber qualquer alteração. Além disso, é comum que os sintomas se intensifiquem ao longo do primeiro trimestre. Se você suspeitar de uma possível gravidez, é recomendado fazer um teste de gravidez e consultar um profissional de saúde para um diagnóstico preciso.

Como saber se estou grávida? Veja os principais exames

Existem três principais exames utilizados para confirmar a gravidez:

Teste de Gravidez de Urina (teste de farmácia)

Este é o tipo mais comum de teste de gravidez e pode ser realizado em casa. Ele detecta a presença do hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG) na urina. O hCG é produzido pelo corpo da mulher após a implantação do embrião no útero. Esses testes são acessíveis, fáceis de usar e geralmente fornecem resultados rápidos. Eles estão disponíveis em forma de tiras reagentes, canetas ou kits digitais.

Exame de Sangue (Beta hCG)

O exame de sangue para detecção da gravidez é conhecido como teste de nível de hCG. Existem dois tipos de exames de sangue que podem ser realizados: o qualitativo e o quantitativo. O exame qualitativo confirma se o hormônio hCG está presente no sangue, indicando uma gravidez. Já o exame quantitativo mede a quantidade de hCG presente no sangue, fornecendo uma estimativa da idade gestacional e ajudando a monitorar a progressão da gravidez.

Ultrassonografia do útero (ultrassom obstétrico)

O ultrassom obstétrico pode confirmar a presença do saco gestacional e do embrião/feto em desenvolvimento. Ele é frequentemente usado nos estágios iniciais da gravidez para determinar a idade gestacional e verificar se a gestação está ocorrendo dentro do útero. À medida que a gravidez avança, o ultrassom obstétrico pode mostrar o crescimento e desenvolvimento do feto. Ele permite que os profissionais de saúde observem a formação de órgãos, verifiquem o batimento cardíaco e determinem o tamanho e posição do feto.

Cada mulher pode ter uma experiência única durante a gravidez, por isso é importante lembrar que nem todos os sintomas estão presentes em todas as gestações e que consultar um profissional de saúde é fundamental para receber orientação adequada e tranquilidade durante essa fase especial da vida.

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