Quais são os sintomas da pressão alta?

Médico aferindo pressão de paciente.

Imagem de freepik.

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O problema é justamente a falta de sintomas: a hipertensão é uma doença silenciosa. 

O que é hipertensão arterial?

A hipertensão arterial é popularmente conhecida como “pressão alta”. Este é um problema de saúde muito frequente e, por isso, muitas pessoas tendem a achar que é normal, mas pode ser extremamente perigoso.  

Como descobrir se eu tenho hipertensão?

Normalmente a pressão alta só causa sintomas quando já está muito elevada, até mesmo levando a um infarto ou derrame. A melhor forma de descobrir se você tem hipertensão quando não sente nada é realizando a medição em uma consulta de rotina. Pessoas que não têm risco aumentado de pressão alta devem fazer a medição anualmente, enquanto pessoas que têm devem fazer semestralmente. 

Quando medimos a pressão arterial o resultado tem dois números, um maior e outro menor, por exemplo 120 por 80. Comumente, se diz 12 por 8.  

A depender da idade e de outras condições de saúde, valores diferentes podem ser aceitos como meta, mas para adultos, em geral, é considerada hipertensão uma pressão igual ou maior do que 140 (a maior) ou 90 (a menor). Para ter o diagnóstico de hipertensão arterial é necessário ter duas medidas alteradas em momentos diferentes. 

A pressão partir de 130 por 85 já é classificada como pré-hipertensão e requer medidas preventivas. 

O que aumenta o risco de hipertensão?

Existem fatores de risco que aumentam as chances de hipertensão. Caso você apresente esses fatores, o ideal é tentar eliminá-los quando for possível e monitorar a pressão com mais frequência. São eles: 

  • Idade acima de 60 anos
  • Obesidade e sobrepeso
  • Sedentarismo
  • Tabagismo
  • Diabetes
  • Colesterol ou triglicerídeos alto
  • Familiares com hipertensão
  • Doença renal crônica
  • Alimentação rica em sal
  • Estresse

E quando a hipertensão provoca sintomas?

Como dito anteriormente, a pressão alta não costuma provocar sintomas. Quando eles aparecem é provável que a pressão já esteja muito elevada, afetando outros órgãos. 

Os sintomas apresentados dependem do órgão afetado. Alguns exemplos são visão turva ou alterada, dor no peito, dor de cabeça, náuseas e vômitos, confusão, desmaio ou convulsão, fraqueza ou dormência em um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou respirar. 

Nestes casos, é imprescindível buscar atendimento médico imediatamente. 

O que acontece se eu não tratar a hipertensão?

A pressão alta normalmente não causa nada no início, mas se trata de uma doença crônica, ou seja, que se mantém ao longo dos anos. O fato de ficar com a pressão frequentemente alta pode provocar, a longo prazo, alterações nas veias e artérias de todo o corpo, gerando graves complicações. Essas alterações, que atingem vários órgãos, podem levar a infarto, AVC (derrame), insuficiência renal (que pode levar à hemodiálise), cegueira. 

Como evitar todas essas complicações?

A partir do momento em que a hipertensão arterial ou a pré-hipertensão são diagnosticadas por parte de um profissional de saúde é importante tomar as medidas necessárias para evitar complicações.  

A pessoa que tem o poder para diminuir seus riscos é você mesmo. O profissional pode dar todas as orientações, mas quem precisa agir diariamente é você.  

Algumas medidas que farão toda a diferença são: 

  • Adotar uma rotina de exercícios físicos por 150 minutos por semana, na intensidade recomendada por seu médico
  • Parar de fumar
  • Reduzir o consumo de álcool
  • Ter uma alimentação mais rica em legumes e verduras
  • Evitar o consumo de sal em excesso

Alguns alimentos já têm sal na composição e nem notamos como presunto, mortadela linguiça, salsicha, alguns queijos salgados, biscoitos, refrigerantes, sucos prontos de caixinha ou em pó e temperos prontos, por exemplo, e devem ser evitados. Nesse caso, vale a máxima: “descascar mais e desembalar menos”. 

Se for prescrita uma medicação antihipertensiva, faça uso todos os dias, como recomendado. Caso tenha qualquer dificuldade em se adaptar à medicação, seja por achar que está tendo um efeito colateral, dificuldade quanto aos horários ou até mesmo se a medicação for muito cara, converse com o profissional que faz o seu acompanhamento para os ajustes necessários. 

Lembre-se: o que está em jogo é a sua saúde! 

Carolina Caldas: Médica formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Médica de Família e Comunidade pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).  CRM 520107347-8