Quais são os sintomas de TDAH?

Menina estudando de frente para notebook, aparentando preocupação.

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Os sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) podem ser variados e apresentar intensidades diferentes.

O que é o TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é mais comum entre os homens e costuma se iniciar na infância, podendo continuar até a vida adulta. Hiperatividade, impulsividade e desatenção são as manifestações possíveis e isso pode afetar o funcionamento cognitivo, acadêmico, comportamental, emocional e/ou social das pessoas.

 

Quais são os sintomas do TDAH?

Os sinais e sintomas do TDAH são categorizados em dois principais grupos: hiperatividade-impulsividade e desatenção. Em geral, podem ser sinalizados na infância pelos pais, professores ou outros cuidadores.

Hiperatividade-impulsividade

Os sintomas hiperativos e impulsivos costumam aparecer em conjunto em crianças pequenas e as características envolvem dificuldade de ficar parado ou de inibir comportamentos. Esses sintomas incluem:

– Inquietação excessiva, sem conseguir se manter parado;

– Dificuldade de ficar sentado por longos períodos (como em sala de aula);

– Sensação de inquietação (em adolescentes e adultos);

– Dificuldade em manter-se brincando em silêncio;

– Difícil de acompanhar, parece estar sempre em movimento;

– Falar demais;

– Dificuldade de esperar sua vez;

– Responder rápido demais ou interromper constantemente em conversas;

– Desregulação emocional (mudanças repentinas de humor, reações exageradas a frustrações).

Os sintomas hiperativos costumam se manifestar mais ou menos aos quatro anos de idade e vão se agravando ao longo dos próximos três ou quatro anos, chegando à maior intensidade entre os sete e oito anos de idade. Depois disso, começam a amenizar, até que, na adolescência, podem ser menos notados pelos outros, mas a pessoa pode continuar se sentindo inquieta.

Por outro lado, os sintomas impulsivos persistem ao longo da vida e podem incluir propensão a se colocar em situações de risco, como uso de drogas e direção perigosa.  Neste caso, o risco está mais relacionado ao ambiente, ou seja, adolescentes com TDAH sem o tratamento adequado estariam em maior risco de uso abusivo do que aqueles que não têm o transtorno, quando se encontram em ambientes em que álcool e drogas estão disponíveis.

Desatenção

As pessoas com mais sintomas de desatenção normalmente apresentam maior dificuldade em focar a atenção e podem aparentar estar “sonhando acordadas”, isso pode ser um obstáculo para o desenvolvimento escolar.

Os comportamentos relacionados à desatenção são:

– Dificuldade em prestar atenção aos detalhes, cometendo erros por descuido;

– Dificuldade em manter a atenção em brincadeiras, atividades escolares ou domésticas;

– Parecer não escutar quando chamado;

– Dificuldade em concluir ou esquecer deveres de casa, compromissos, tarefas domésticas;

– Dificuldade em organizar tarefas, atividades e pertences;

– Evitar tarefas que exigem um maior esforço mental;

– Perder frequentemente objetos como livros escolares, equipamentos esportivos;

– Distração frequente com estímulos irrelevantes.

Os sintomas de desatenção costumam surgir depois dos oito ou nove anos de idade e persistem ao longo da vida.

Diagnóstico

Você talvez esteja pensando que muitas pessoas apresentam alguns destes sintomas, certo? É por isso que, para se dizer que alguém tem TDAH, é preciso que estas manifestações estejam de fato prejudicando atividades escolares, sociais ou profissionais com duração de, no mínimo, seis meses.

Além disso, já existem outros critérios bem consolidados para o diagnóstico, um pouco diferentes para adultos e para crianças. Nenhum dos critérios envolve realização de exames de imagem ou de sangue, apenas a entrevista.

A avaliação quanto a este diagnóstico é indicada para pessoas a partir dos quatro anos de idade que apresentem os sintomas citados e deve envolver tanto profissionais da saúde quanto da educação que acompanhem a criança.

Nada de se autodiagnosticar!

Caso você ou algum conhecido se identifique com os sintomas relatados é fundamental buscar um profissional de saúde qualificado para realizar o seu acompanhamento, pois existem outras condições de saúde que podem se confundir com essa.

Carolina Caldas: Médica formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Médica de Família e Comunidade pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).  CRM 520107347-8