Qual a relação entre diabetes e doença de Parkinson? Entenda

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Mãos de homem idoso segurando bengala. Imagem de Freepik.
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O diabetes e a doença de Parkinson são condições diferentes, mas estudos indicam que pessoas com diabetes tipo 2 têm maior risco de desenvolver Parkinson. Isso acontece porque o diabetes pode causar inflamações e danos ao cérebro, afetando os neurônios responsáveis pelos movimentos e pela coordenação.

Como o diabetes afeta o cérebro?

O diabetes tipo 2 está ligado à resistência à insulina, ou seja, o corpo não consegue usar esse hormônio corretamente para processar a glicose (açúcar no sangue). Como resultado, os níveis de glicose aumentam e podem causar danos aos vasos sanguíneos e nervos.

Esses danos também atingem o cérebro, aumentando o risco de condições como o Parkinson, o Alzheimer, a demência e as dificuldades cognitivas. Além disso, a insulina tem um papel importante na proteção dos neurônios, ajudando na comunicação entre eles. Quando há resistência à insulina, essa proteção é reduzida, favorecendo a degeneração cerebral.

Manter a glicose controlada pode ajudar na prevenção?

Sim! Controlar os níveis de açúcar no sangue pode proteger o cérebro e ajudar a reduzir o risco de desenvolver Parkinson, mesmo em quem já tem diabetes. Algumas medidas importantes incluem:

  • Alimentação saudável: consumir frutas, verduras, fibras, proteínas e antioxidantes.
  • Exercícios físicos regulares para melhorar a resistência à insulina.
  • Monitoração dos níveis de glicose e pressão arterial para evitar complicações.
  • Acompanhamento médico regular, com exames e orientações adequadas.

Se a pessoa já tem diabetes e Parkinson, o controle da glicose se torna ainda mais essencial. Níveis elevados de açúcar no sangue podem piorar os sintomas da doença e aumentar o risco de problemas cardiovasculares. Por isso, um acompanhamento conjunto com neurologista e endocrinologista é fundamental.

Como o diabetes pode agravar o Parkinson?

Quando o diabetes não está controlado, ele pode impactar o Parkinson de diversas formas:

  • Piora dos sintomas motores, como tremores e rigidez muscular.
  • Declínio cognitivo acelerado, afetando memória e concentração.
  • Menor resposta ao tratamento medicamentoso, dificultando o controle da doença.
  • Maior risco de quedas e problemas musculares devido à neuropatia diabética.

Por fim, a relação entre diabetes e Parkinson ainda está sendo estudada, mas as evidências mostram que controlar o açúcar no sangue e adotar hábitos saudáveis pode reduzir os riscos de doenças neurodegenerativas. Cuidar da saúde metabólica não só previne problemas cardíacos, como também protege o cérebro e melhora a qualidade de vida.

Referências bibliográficas

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA AO DIABÉTICO (ANAD). “Evidências convincentes” sugerem que há uma ligação entre o diabetes tipo 2 e o Mal de Parkinson. Disponível em: https://www.anad.org.br/evidencias-convincentes-sugerem-que-ha-uma-ligacao-entre-o-diabetes-tipo-2-e-o-mal-de-parkinson/. Acesso em: 5 mar. 2025.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA AO DIABÉTICO (ANAD). Diabetes tipo 2 piora doença de Parkinson. Disponível em: https://www.anad.org.br/diabetes-tipo-2-piora-doenca-de-parkinson/. Acesso em: 5 mar. 2025.

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Parkinson. Brasília, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/d/doenca-de-parkinson/view. Acesso em: 5 mar. 2025.

MANUAL MSD. Doença de Parkinson – Distúrbios neurológicos. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/transtornos-de-movimento-e-cerebelares/doen%C3%A7a-de-parkinson. Acesso em: 5 mar. 2025.

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