O artigo de hoje é para falarmos sobre a menopausa. Vamos abordar sobre o que ela é, quais os sintomas e como tratá-la da melhor maneira para que a mulher consiga passar por este período de forma mais tranquila.
O que é a menopausa?
Trata-se de uma fase da vida da mulher em que ocorre a interrupção natural da menstruação, pois os hormônios femininos (estrogênio e progesterona) já não são mais produzidos pelos ovários. Costuma ocorrer, em média, entre os 48 e 51 anos de idade.
A menopausa marca o fim da fase reprodutiva da vida da mulher. Isso significa que ela esgotou seu estoque de óvulos, que foram liberados desde a puberdade, mês a mês, ao longo de 30, 35 anos. O período que se segue após a cessação da menstruação é chamado de climatério. Segundo o médico cancerologista Drauzio Varella, pelo menos 18 milhões de brasileiras estão atualmente no climatério.
Falando sobre climatério
O climatério é o nome científico dado ao período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva (ciclo menstrual) para a fase de não-reprodutiva (pós-menopausa).
Dessa forma, a menopausa é um fato que ocorre durante o climatério, em que há uma diminuição das funções ovarianas, fazendo com que os ciclos menstruais se tornem irregulares, até cessarem por completo.
Segundo o próprio Ministério da Saúde, estatisticamente, a menopausa ocorre, em média, aos 50 anos. O climatério tem início por volta dos 40 anos e se estende até os 65 anos.
Dados do climatério no Brasil
De acordo com estimativas publicadas pelo IBGE, calcula-se que o Brasil tem, hoje, aproximadamente 29 milhões de mulheres entre climatério e menopausa, o que totaliza 27,9% da população feminina brasileira (Gráfico 1). Um dado que chama a atenção é o aumento da expectativa de vida da mulher na pós-menopausa.
Levando em conta que em 1940, a expectativa de vida da mulher brasileira era de 44,9 anos, concluímos que nessa época ela nem chegava à menopausa! Já atualmente, a expectativa de vida da mulher no Brasil é de 78,6 anos, isso significa que ela viverá aproximadamente 28 anos após entrar na menopausa. Essa estatística serve para alertar as mulheres a cuidarem cada vez mais da saúde, para que possam desfrutar dos muitos anos que precedem o climatério e a menopausa com qualidade de vida e disposição.
A partir de quantos anos a menstruação começa a falhar?
A menstruação pode começar a falhar cerca de cinco vezes até parar totalmente. Essas falhas costumam se iniciar por volta dos 40 anos. Já a menopausa em si é mais comum a partir dos 45 anos.
Do que se trata a menopausa precoce?
É quando a interrupção da menstruação ocorre antes dos 40 anos. A causa é, na maioria das vezes, desconhecida. Alguns cientistas acreditam que pode ser genética, autoimune, infecciosa ou iatrogênica (após radioterapia, quimioterapia, cirurgia).
Estágios da menopausa
De acordo com a ginecologista Maria Celeste Osório Wender, a menopausa possui três estágios:
Pré-menopausa
A pré-menopausa é o período no qual o corpo da mulher se prepara para não ser mais fértil, caracterizando-se pela redução da produção de hormônios.
É a fase do climatério, que começa próximo aos 40 anos de idade, quando a mulher ainda menstrua, e dura, em média, de 6 a 8 anos. A pré-menopausa é assintomática e, quando os sintomas começam, inicia-se a fase da perimenopausa.
Perimenopausa
A perimenopausa é o período que engloba a pré-menopausa e o primeiro ano de pós-menopausa. Em geral, é durante essa fase que se iniciam os primeiros sintomas do climatério – irregularidade menstrual, seguida de calores e alterações no sono e humor – e termina quando se completa um ano sem menstruação.
Pós-menopausa
A pós-menopausa tem início um ano após a última menstruação e dura até o final da vida. Durante o período inicial (que dura até cinco anos) – e mais frequentemente na fase tardia – podem ocorrer osteoporose e um maior risco de doenças cardiovasculares.
Na pós-menopausa como um todo, é bastante comum ocorrer a atrofia vaginal (ou vaginite atrófica), que causa secura no órgão e dores durante as relações sexuais. Por isso, é importante que as mulheres busquem ajuda médica para contornar os problemas e manter uma boa qualidade de vida.
Por que ocorre a menopausa?
Podemos destacar as principais causas da menopausa como:
Hormônios em baixa
A principal causa da menopausa é o declínio natural dos hormônios reprodutivos. Com a proximidade do final dos 30 anos, os ovários começam a produzir menos estrogênio e progesterona, que são hormônios que regulam a menstruação, e a fertilidade diminui.
Com a chegada dos 40, os períodos menstruais podem se tornar mais longos ou curtos, mais ou menos frequentes, até que eventualmente os ovários deixam de produzir os hormônios e não há mais períodos (o que acontece por volta dos 50 anos).
Histerectomia
A remoção do útero é a cirurgia chamada de histerectomia, podendo haver ou não a retirada dos ovários também. Quando a operação ocorre e não há a retirada dos ovários, não costuma provocar a menopausa imediata.
Embora não haja mais períodos menstruais, os ovários ainda liberam óvulos e produzem estrogênio e progesterona.
A cirurgia que remove o útero e os ovários (histerectomia total e ooforectomia bilateral), dessa forma, causa menopausa imediata. Nesse caso, a menstruação é interrompida permanentemente.
Assim, é provável que a mulher tenha ondas de calor e outros sintomas, que podem ser graves, já que essas mudanças hormonais ocorrem abruptamente em vez de progressivamente, durante vários anos.
Quimioterapia e radioterapia
A quimioterapia e radioterapia são tratamentos contra o câncer. Podem induzir à menopausa, causando sintomas como ondas de calor durante ou logo após o tratamento.
A interrupção da menstruação (e da fertilidade) nem sempre é permanente após a quimioterapia, portanto, medidas de controle da natalidade ainda são cabíveis.
Insuficiência ovariana primária
Cerca de 1% das mulheres experimentam a menopausa antes dos 40 anos (menopausa precoce). Principalmente nestes casos, a menopausa pode resultar de insuficiência ovariana primária.
Essa condição acontece quando os ovários deixam de produzir níveis normais de hormônios reprodutivos, decorrentes de fatores genéticos ou doenças autoimunes.
Causa indefinida
É verdade também que, às vezes nenhuma causa pode ser encontrada para a menopausa, especialmente em situações de menopausa precoce. Para essas mulheres, a terapia hormonal é tipicamente recomendada, pelo menos, até a idade natural da menopausa, para que se proteja o cérebro, o coração e os ossos.
Quais os principais sintomas de menopausa?
Para saber se você está entrando nessa fase comum da vida da mulher, é importante estar atenta aos sintomas, confira só:
- Alterações menstruais (antes do término completo)
- Calor (fogacho)
- Coceira e secura vaginal, que podem levar à dor na relação sexual
- Redução da libido
- Diminuição do tamanho dos seios e perda de firmeza
- Sudorese noturna
- Problemas para dormir
- Mudanças de humor
- Períodos de ansiedade, irritabilidade e depressão
- Diminuição da autoestima
- Ganho de peso
- Desaceleração do metabolismo
- Pele seca e cabelos mais finos
- Diminuição da elasticidade da pele
- Dores de cabeça
- Aumento da porosidade dos ossos
Nem toda mulher apresenta todos esses sintomas. O aparecimento dos sinais varia caso a caso e conforme a fase do climatério.
Sintomas menos frequentes
Além disso, entre os sintomas menos frequentes encontramos:
- Calafrios
- Diminuição da memória
- Fadiga
- Incontinência urinária
- Aparecimento de espinhas.
Quando consultar o médico?
Independente das dúvidas a respeito do climatério e menopausa, o médico deve ser consultado pelo menos uma vez ao ano, como parte dos cuidados de manutenção da saúde.
Agora especificamente pensando na menopausa, quando a manifestação de um ou mais dos sintomas do climatério se tornar desconfortável ou interferir na qualidade de vida, pode ser que seja o momento de ir em busca de ajuda médica. Para muitas mulheres, os sintomas do climatério não se manifestam ou são tão leves que as mulheres não os associam ao climatério, e passam despercebidos.
Como saber se a mulher entrou oficialmente no climatério?
Considerando que é uma transição natural e gradual, é preciso fazer uma avaliação geral do histórico da mulher para determinar se ela entrou “oficialmente” no climatério. Incluem-se nessa avaliação a idade, o histórico menstrual e quais são os sintomas ou mudanças no corpo que a mulher está apresentando.
Você pode estar preparada para que o médico faça uma série de perguntas, entre elas:
- Você ainda está com períodos menstruais?
- Sua menstruação está irregular? Se sim, desde quando?
- Quando foi seu último período?
- Com qual frequência você tem sintomas incômodos?
- Quão desconfortável são os sintomas?
- Quais são esses sintomas?
- Alguma coisa parece melhorar ou piorar seus sintomas?
Para a menopausa, algumas perguntas básicas que você pode fazer ao médico são:
- Quais tipo de testes são feitos para confirmar o diagnóstico?
- Quais tratamentos estão disponíveis para minimizar os sintomas?
- Existe alguma coisa que eu possa fazer para aliviar os sintomas?
- Existem terapias alternativas que eu possa tentar?
Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.
Diagnóstico oficial
O diagnóstico da menopausa é clínico e constatado quando a mulher, que se encontra na faixa etária compatível, relata que não menstrua há mais de um ano. Exceto quando fizer uso de dosagens hormonais, é necessário fazer exames para confirmação do diagnóstico.
Os testes normalmente não são necessários para diagnosticar a menopausa. Todavia, em determinadas circunstâncias, o médico pode recomendar exames de sangue para verificar seu nível de:
- Hormônio folículo-estimulante (FSH) e estrogênio (estradiol)
- Hormônio estimulante da tireoide (TSH)
Como funciona o tratamento?
É verdade que a menopausa não é uma doença e sim um processo natural do organismo feminino e pode não precisar de intervenções terapêuticas. Contudo, caso os sintomas sejam muito incômodos, o tratamento da menopausa pode ser feito para melhorar a qualidade de vida da mulher.
Dentre as opções, podemos destacar:
Reposição hormonal
Como funciona
A terapia hormonal (popularmente conhecida como reposição hormonal) é o tratamento mais efetivo para as ondas de calor.
Este tipo de tratamento traz uma redução de até 75% na frequência de fogachos e de 87% em sua severidade. A reposição pode ser feita com estrógeno ou a combinação de estrógeno e progesterona.
Quando fazer
O ideal é que a reposição seja feita na chamada “janela de oportunidade”, que normalmente é entre as idades de 50 a 59 anos e no máximo até 7 anos após o início dos sintomas da menopausa. Essas condições tornam o tratamento mais seguro.
Vale salientar que a reposição só deve ser feita após a paciente fazer todos os exames de rotina e o médico verificar seu histórico de saúde. Pode ser que haja alguma contraindicação que os exames vão indicar e o médico também poderá saber qual a melhor dose hormonal a ser aplicada.
O ideal é que mulher continue fazendo o acompanhamento médico durante a reposição hormonal, até para acompanhar melhor como está sua saúde. E assim que seus benefícios não forem mais necessários, o tratamento deve ser parado.
Existem riscos?
Alguns tipos de terapia hormonal estão ligados a diferentes complicações, como aumento do risco de ter câncer de mama, câncer de cólon, doença cardiovascular e fraturas.
Por isso mesmo, todos esses fatores devem ser avaliados junto ao médico antes de se
optar em seguir com esse tratamento. A cada mil mulheres que fazem reposição hormonal, 17 terão câncer de mama. Já as outras 983 restantes continuam tendo o mesmo risco que tinham anteriormente.
Contraindicações
A reposição hormonal é contraindicada em mulheres que:
- Já sofreram infarto
- Tenham grave comprometimento das artérias coronárias
- Possuam doença no fígado que impeça seu funcionamento
- Tenham apresentado ou ainda apresentem câncer de mama ou no endométrio
- Possuam histórico de doença vascular cerebral (AVC)
- Estejam com um quadro de hipertensão não-controlado
Medicamentos não-hormonais
Como funciona
Para mulheres que não podem recorrer à terapia hormonal, existem outras opções de medicamentos conforme o sintoma apresentado. Para sintomas como os fogachos, existem medicamentos antidepressivos, hipno-sedativos, antidopaminérgicos, vasoativos ou os que agem no eixo hipotalâmico hipofisário.
Quando fazer
Esse método é indicado principalmente nos casos em que a mulher:
- Não quer fazer terapia hormonal
- Pode apresentar efeitos colaterais à terapia hormonal
- Tem resposta insatisfatória à terapia hormonal
- É contraindicada a fazer a reposição de hormônios
Fitoterapia
Como funciona
A fitoterapia é uma terapia alternativa voltada ao uso de plantas medicinais e seus extratos. Durante o climatério, os fitoestrogênios são os mais indicados (substâncias naturais que agem como os hormônios femininos). Os mais usados hoje são: a soja, o trevo vermelho e a cimicifuga. Além deles, a valeriana e a melissa podem ser utilizadas para os sintomas de sono e ansiedade.
Quando fazer
O ideal é aderir à fitoterapia com orientação de um especialista. Também é importante não ingerir os extratos das plantas próximo ao horário das refeições, para que eles sejam absorvidos corretamente.
Homeopatia
Como funciona
A homeopatia trata-se de um tipo de medicina alternativa realizada com substâncias voltadas aos problemas e o tratamento é individualizado para cada mulher. O especialista busca quais são os principais sintomas que incomodam a mulher nessa fase e seleciona remédios homeopáticos que podem ajudá-la.
Quando fazer
Existem medicamentos de ação importante neste período, como a Sepia Succus, a Lachesis e o Natrum muriaticum. Além deles, há extratos hormonais como o Oophorinum e o Folliculinum, que fazem substituição parcial dos hormônios que não mais são produzidos pelo corpo feminino.
Acupuntura
Como funciona
A acupuntura é uma técnica milenar chinesa que pode ajudar a menopausa ao estimular diferentes pontos do corpo.
Através da inserção de agulhas metálicas em locais definidos conforme os sintomas da mulher, há a promoção, manutenção e recuperação da saúde. Além disso, a acupuntura também trabalha a prevenção e evita o agravamento de doenças.
Quando fazer
Os pontos a serem estimulados e a frequência do tratamento também variam conforme os sintomas que cada mulher apresenta.
Alimentos e bebidas
Como funciona
Algumas substâncias dão uma força e tanto ao corpo nessa etapa da vida da mulher. As bebidas e alimentos mais recomendados durante a menopausa são os ricos em cálcio e vitamina D. Confira alguns deles:
1. Chocolate
O cacau é um alimento rico em polifenóis, um composto que demonstrou ser capaz de reduzir o estresse tanto em indivíduos altamente irritados quanto em pessoas saudáveis. Zinco e cálcio são outros minerais úteis e presentes em uma barra de chocolate que ajudam a fortalecer os ossos durante a menopausa. Mas atenção: para se beneficiar desses efeitos, o ideal é optar por um chocolate com alta porcentagem de cacau (acima de 70%) e pouco açúcar, como o amargo.
2. Iogurte
Cálcio e vitamina D são essenciais para quem sofre com os sintomas da menopausa. Mas nem todos os derivados do leite são bons o bastante para a saúde feminina, já que o leite e a manteiga são ricas em gorduras que podem prejudicar a mulher ao invés de ajudá-la. Por isso, o melhor derivado nesse caso é o iogurte natural, que conta com baixo teor de gordura e mantém os nutrientes benéficos. Outra opção inclui os probióticos naturais como o kefir.
3. Leguminosas
Um estudo feito na Universidade de Leeds, no Reino Unido, com 14.150 mulheres investigou a eficácia de alimentos como proteína de soja, ervilha e feijão para combater os efeitos da menopausa. E concluiu que todas essas leguminosas possuem um nutriente que atua positivamente e pode atrasar em até um ano os efeitos prolongados da menopausa.
4. Mel
É usado há anos para acalmar as pessoas e, por trás de sua doçura, contém verdadeiros poderes relaxantes. Também é rico em antioxidantes e flavonoides que, juntos, amenizam os sintomas de menopausa.
5. Mirtilo
Assim como o cacau, essas pequenas frutas são ricas em antioxidantes e polifenóis, substâncias que, entre outros aspectos positivos, podem ajudar a controlar o estresse. O estresse, por sua vez, pode aumentar a ansiedade relacionada à menopausa e às mudanças de humor. No Brasil, a maneira mais fácil de encontrar mirtilo é comprando a fruta congelada. Mas, se preferir, outra frutinha com os mesmos poderes é a amora. Com menos de 100 calorias por xícara, as amoras fornecem fibras e vitamina C.
6. Ovo
Rico em proteína, o ovo foi classificado como um dos alimentos essenciais para uma dieta que visa amenizar os efeitos da menopausa. Mas, atenção: os autores do estudo priorizaram o consumo das claras, já que a gema possui gorduras que poderiam atrapalhar o efeito benéfico.
7. Peixe
É rico em proteína, vitamina D e ômega 3, três ótimos nutrientes para agir no corpo das mulheres em menopausa. O mesmo estudo de Leeds calculou que, quanto maior o consumo de peixes oleosos dentro de uma dieta diária, menores as chances de se sentir os efeitos da menopausa, podendo retardar até três anos o início dos sintomas.
Alguns alimentos que podem amenizar os sintomas incômodos:
- Diminuir a sensação de calor: soja.
- Evitar osteoporose: leite e derivados, nabo, brócolis, folhas de mostarda e sardinha.
- Reduzir a irritação e mudanças de humor: nozes, castanhas, amêndoas e peixes.
- Amenizar a fadiga (cansaço): sardinha e aveia.
- Combater o ganho de peso: chá branco, chá de hibisco, chá de amora, maca peruana.
Medicamentos para Menopausa
Os medicamentos mais usados para o tratamento da menopausa são:
- Acetoflux
- Depo-Provera
- Estriol
- Tibolona
Atenção: somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique.
Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Como conviver com a menopausa?
Ondas de calor
Uma das principais queixas de mulheres na menopausa é a sensação de calor intenso. Isso ocorre devido ao hipoestrogenismo: a diminuição dos níveis de estrógeno no corpo, o principal hormônio feminino.
Portanto, para reduzir a sensação de calor e possíveis doenças relacionadas à sudorese intensa, é recomendado:
- Praticar exercícios físicos regularmente
- Evitar o tabagismo
- Evitar usar roupas apertadas, que não possibilitam a transpiração do corpo e podem até mesmo levar ao aparecimento de micose
Queda de colágeno
Na menopausa, é comum a redução da produção de colágeno. Isso pode favorecer o aparecimento de rugas, queda de cabelo e enfraquecimento das unhas.
Se consulte com especialistas , como nutrólogos e dermatologistas, e considere a necessidade de tomar suplementos de colágeno (nunca se automedique).
Evite banhos muito quentes, que podem enfraquecer os fios de cabelo; deixar as unhas muito compridas, que podem se quebrar; e não esqueça de passar cremes à base de filtro solar e colágeno, principalmente no rosto.
Vida sexual
Durante a menopausa, há uma queda no desejo sexual feminino, aliada à perda da elasticidade do canal vaginal (por conta da queda de colágeno), afinamento da pele na região genital e redução da lubrificação.
Esses fatores podem fazer com que o sexo entre o casal seja mais raro, além de trazer desconforto à mulher durante as relações (com infecções, corrimentos, coceiras, ardências e sangramentos).
Lembre-se de que não há limite de idade para viver a sexualidade. Por isso, mantenha o afeto, a intimidade e a criatividade durante as relações sexuais.
Para que não haja desconforto durante a relação, consulte regularmente o ginecologista e mantenha uma vida saudável, evitando o sedentarismo, tabagismo, obesidade, alcoolismo e doenças crônicas. Caso necessário, converse com seu médico sobre a necessidade de reposição hormonal.
Ganho de peso
Diferentemente do que muitos acreditam, o ganho de peso durante a menopausa não está diretamente ligado à alteração hormonal e pode ser prevenido, ainda mais neste período.
O que ocorre é que, durante a menopausa, há uma queda no gasto energético em decorrência da idade. Ou seja, nesta fase, as mulheres também tendem a se exercitar menos.
No entanto, a queda de estrogênio no organismo pode influenciar na redistribuição de gordura corporal que, após a menopausa, acaba se depositando na região do abdômen.
Por isso, ainda mais neste período, o ideal é manter uma dieta balanceada e não abrir mão dos exercícios físicos regulares.
Aumento do risco de diabetes
Durante a menopausa é comum as mulheres apresentarem uma piora na sensibilidade da insulina, aumentando o risco de diabetes. Assim, o uso da terapia hormonal pode ajudar a combater esses efeitos metabólicos, além da prática de atividade física.
Fertilidade e gravidez
É verdade que a fertilidade feminina é reduzida conforme o passar dos anos, o que significa que há a diminuição da produção de hormônios responsáveis pela ovulação.
A cada menstruação, a mulher perde uma quantidade de óvulos, até que na menopausa é cessada tal liberação. Em vista disso, naturalmente não há chances de gravidez na menopausa.
Contudo, a mulher pode engravidar quando ainda estiver entrando na menopausa, no período do climatério.
Mal-estar na menopausa
Por conta dos fogachos, é comum que mulheres reclamem de algumas situações que lhes causam mal-estar na menopausa, como: sudorese noturna, fadiga, irritabilidade, tonturas e sensação de desmaio.
Ao apresentar esses sinais, visite o mais breve possível seu(a) ginecologista e relate o que está sentindo.
Dificuldade para dormir
Durante a transição do período menstrual normal para a menopausa, há mulheres que têm dificuldade para dormir ou manter o sono. Felizmente, hoje há diversas opções de tratamentos para distúrbios do sono disponíveis.
Secura vaginal
Os níveis de estrogênio no sangue caem durante a menopausa, o que deixa os tecidos da vagina e da uretra mais secos e finos. Isso pode levar à secura vaginal ou irritação na região.
Para isso, consulte seu(a) ginecologista e opte por utilizar lubrificantes específicos e confiáveis para que as relações sexuais continuem a ser prazerosas.
Ansiedade e depressão
Como a menopausa é uma fase que altera os hormônios femininos, algumas mulheres podem apresentar problemas como mudanças de humor, instabilidade emocional, desinteresse, depressão, ansiedade e dificuldade de concentração.
Caso identificar algum desses sinais, procure seu(a) ginecologista e verifique a necessidade de fazer psicoterapia. Não há nada de errado ou constrangedor em fazer terapia: essa é uma forma de manter e melhorar sua autoestima e qualidade de vida.
Qualidade de vida
Confira as seguintes dicas para que você consiga manter uma boa qualidade de vida durante o climatério e a menopausa:
- Beba bastante água
- Use roupas leves
- Pratique exercícios regularmente (caminhada, natação e dança ajudam a fortalecer os músculos)
- Evite o tabagismo, sedentarismo e alcoolismo
- Opte por refeições mais leves e mais frequentes
- Tome sol
- Use filtro solar, principalmente no rosto
- Vá regularmente ao ginecologista
Ao seguir estas dicas, você estará contribuindo para a melhoria do bem-estar e prevenção de doenças como câncer de mama, osteoporose, entre outras.
Vale ressaltar: o climatério e a menopausa não são doenças! São ocorrências naturais do ciclo de vida das mulheres e nem todas apresentarão sintomas no decorrer desse período.
Existem complicações?
É verdade também que com a chegada da menopausa, o risco de certas condições médicas aumenta, principalmente se não houver acompanhamento ginecológico e clínico. Algumas doenças que podem se intensificar ou surgir nesta fase são:
Doença cardíaca e vascular (arritmia, infarto, hipertensão)
Elas acontecem porque quando os níveis de estrogênio diminuem, o risco de doença cardiovascular aumenta. A doença cardíaca é a principal causa de morte em mulheres, assim como em homens.
Por isso, a importância de se fazer exercício físico regularmente e seguir uma dieta saudável. Peça ao médico conselhos sobre como proteger o coração, reduzir o colesterol ou a pressão arterial, se estiverem altos.
Osteoporose
Durante os primeiros anos após a menopausa, a densidade óssea pode ser perdida rapidamente, aumentando o risco de osteoporose, que torna os ossos frágeis, com maior perigo de fraturas.
Mulheres na pós-menopausa com osteoporose são especialmente suscetíveis a fraturas de coluna, quadris e punhos.
Incontinência urinária
À medida em que os tecidos da vagina e da uretra perdem elasticidade, podem ocorrer fortes e súbitas urinações, seguidas pela perda involuntária de urina (incontinência urinária) ou perda de urina com tosse, riso ou elevação (incontinência de esforço).
A incidência de infecções do trato urinário também aumenta. Fortalecer os músculos do assoalho pélvico com exercícios de Kegel e usar um estrogênio vaginal tópico pode ajudar a aliviar os sintomas, assim como a terapia hormonal.
Disfunção sexual
O ressecamento vaginal, que ocorre por conta da diminuição da produção de umidade e perda de elasticidade, pode causar desconforto e leve sangramento durante a relação sexual. Além disso, a diminuição da sensibilidade pode reduzir o desejo por atividade sexual (libido).
Hidratantes e lubrificantes vaginais à base de água podem ajudar. Se um lubrificante vaginal não for suficiente, muitas mulheres se beneficiam do uso do tratamento local com estrogênio vaginal, disponível em forma de creme, comprimido ou anel.
Obesidade
Muitas mulheres ganham peso durante a transição da menopausa e após a menopausa, porque o metabolismo diminui e as mulheres tendem a praticar menos exercícios nessa fase. Para manter o peso ideal, é preciso seguir uma dieta balanceada e manter o corpo ativo.
Se você tiver qualquer dúvida sobre menopausa, climatério e outros assuntos relacionados a essas condições ou então quer compartilhar suas experiências conosco, comente abaixo que teremos o maior prazer em interagir com você!