Se você já se perguntou o que exatamente é a febre e se é algo bom ou ruim, continue neste artigo. Vamos explorar em detalhes o que causa a febre e como ela afeta nosso corpo. Além disso, separamos as principais informações sobre medicamentos para reduzir a febre, as temperaturas de referência e os sintomas que ajudam a identificar o estágio de febre em diferentes faixas etárias e, ainda, e as melhores técnicas para medir a temperatura. Confira!
O que é febre?
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a febre é o aumento da temperatura corporal a partir de 37,3ºC, acompanhada de sintomas que representam alteração no estado geral do paciente. É um fenômeno de defesa a uma doença, infecção ou outros agentes externos, indicando que algo não vai bem.
É importante ressaltar que a febre é um sinal de alerta do corpo. Antes de mais nada, vale saber que a nossa temperatura interna corporal está em torno de 37ºC. Possuímos um termostato que está localizado no hipotálamo, ele é o centro que regula nossa temperatura corporal, perdendo calor ou retendo calor. Esse processo é responsável pelo equilíbrio da temperatura no corpo humano.
Quando estamos com febre, nosso termostato eleva o limite de temperatura ideal, ou seja, passa a ser maior que 37ºC em resposta, especialmente, à vírus e bactérias.
Então a febre é boa?
Podemos dizer que ela é o melhor sinal para algo que não está bom, e as vezes o único! Especialmente em pacientes pediátricos. Mas mesmo não sendo tão vilã, a febre, do ponto de vista dos valores de referência de temperatura, é um fator que precisa ser levado em consideração, assim como avaliar o estado geral e clínico, bem como sua recorrência e prevalência.
Quando podemos considerar que é febre?
Há diversos fatores que devem ser avaliados para diagnosticar a febre. Os valores de referência de temperatura são relativos e interpretados de maneiras diferentes. Por esse motivo, considerar a temperatura e o estado geral do paciente são as principais características que vão indicar a resposta do organismo, e a partir daí, acompanhar se a febre começou e parou ou se a febre é prevalente e persistente.
Para isso, vale observar a presença de sintomas de mal-estar como corpo dolorido, sonolência, sensação de frio, estado de humor afetado, demonstrando que a pessoa está abatida ou até com dificuldades para se alimentar e se movimentar normalmente. Essas condições se aplicam a adultos, crianças e bebês.
Dependendo do que está causando a febre, sintomas adicionais podem incluir:
- Suor
- Dor de cabeça
- Perda de apetite
- Desidratação
- Fraqueza geral
Por exemplo, quando a temperatura do corpo está aumentando, mas não há sintomas físicos ou alterações emocionais exageradas, ou ao usar o medicamento quando necessário, o paciente melhora o estado geral, não é preciso encarar como uma urgência.
Em crianças, principalmente, em que é mais difícil ter clareza dos sintomas, é muito importante observar se a criança está ativa, se está se movimentando e se alimentando normalmente ou se há mudanças de comportamento, indicando falta de energia, sonolência constante ou ainda, tremores. Essas características vão ajudar a diferenciar o estado de febre de uma febre alta e que requer mais atenção.
Febres altas, entre 39,4°C e 41,1°C, podem causar:
- Pouca interação e fraqueza (prostração)
- Sonolência (letargia)
- Tremores
- Irritabilidade
- Desidratação
- Convulsão, em casos raros
Um sinal comum de febre em bebês é uma testa quente – mas isso não suficiente para diagnosticar febre. Bebês e crianças também podem sentir mais preguiça do que o normal. Outros sintomas associados à febre em bebês e crianças incluem:
- Falta de sono
- Má alimentação
- Falta de interesse em brincadeiras
- Sonolência
- Convulsão, em casos raros
Quantos graus é febre em adultos, crianças e bebês?
O valor de referência para a febre é a temperatura acima de 37,3ºC, considerando medição axilar, ou seja, entre os braços. Porém, esse valor de referência é muito sensível e variável, podendo ser considerado normal até 37,7ºC. Acompanhe a tabela:
Normal: entre 36ºC e 37,2ºC.
Estado febril: entre 37ºC e 37,6ºC, sem sintomas que indicam alteração no estado geral do paciente.
Febre: entre 37ºC e 39ºC e com sintomas que afetam o estado geral do paciente.
Febre alta: acima de 39,4ºC e com sintomas como estado de prostração, sonolência constante, tremores ou taquipneia (respiração curtinha e rápida), e pouca resposta à medicação.
Para casos de febre alta, recomendamos atenção especial, especialmente para crianças. Bebês menores de 1 ano até 3 anos devem ser encaminhados imediatamente ao atendimento médico.
Os quadros abaixo de 39ºC podem ser tratados em casa, com as devidas observações, e a necessidade de buscar tratamento médico deve ser avaliada, mas não é urgente.
Lembrando que a febre deve ser distinguida de hipertermia, que é a alta temperatura corporal. Na condição de hipertermia, o hipotálamo não elevou o limite de temperatura ideal e o aumento da temperatura acontece por motivos de calor extremo, excesso de agasalho, exercício físico intenso, entre outras causas externas.
Por que medicar a febre?
Ao medicar a febre estamos tratando apenas o sintoma e não a causa em si do processo infeccioso do paciente.
Em pediatria, principalmente, a febre pode ser o único sinal e da mesma forma que surgiu desaparece sem grandes explicações. Por isso, observar e conhecer a criança ou as mudanças no próprio organismo é tão importante.
Usar medicamentos para baixar a febre é uma escolha. Geralmente, o clínico geral ou pediatra vai receitar o uso de remédios se houver necessidade, pois o tratamento medicamentoso da febre está muito mais relacionado ao conforto do paciente do que ao agente causador da febre.
Quais medicamentos para abaixar a febre?
A prática médica adota quase sempre os medicamentos classificados como antitérmicos ou antipiréticos, por atuarem diretamente no complexo emaranhado de “mensageiros” do nosso termostato que fica alterado quando estamos com febre. Esses remédios atuam diminuindo essa “resposta” ao hipotálamo e assim a febre baixa.
Os antitérmicos mais comuns são:
- Dipirona
- Paracetamol
- Ácido acetilsalicílico
Antes de comprar medicamento para a febre, procure um médico para ter em mãos a receita com a prescrição da medicação ideal, bem como a dosagem e a duração do tratamento. Nunca use medicamentos sem avaliação médica, especialmente em crianças.
Como baixar a febre com cuidados em casa?
A sensação de corpo febril é extremamente ruim, e em alguns casos, pode deixar o paciente prostrado a ponto de pouco interagir e com muito desconforto para seguir com as atividades do dia a dia. Nesses casos é interessante buscar tratamento com medicamentos.
Banho gelado ajuda a baixar a febre?
Além da melhora do estado geral, há algumas ações para se fazer em casa e sem uso de medicamentos que se tornaram muito populares e que são voltadas para trazer mais bem-estar, e não necessariamente, para atuar no agente causador da febre. A maioria dessas dicas para baixar febre são passadas de geração em geração, como, por exemplo, banhos com água morna e uso de álcool no banho de imersão.
Porém, os banhos não são a melhor escolha, tanto os que são conhecidos por serem feitos no pico de febre ou quando a febre volta. Pelo contrário, o paciente irá reter ainda mais calor para compensar a perda durante o banho. Como a febre depende de regulação pelo hipotálamo, a temperatura do ambiente influencia no corpo.
Se já houver sendo feito uso de medicamentos e com resposta positiva, os banhos podem ser bem-vindos após o pico da febre. Dessa forma, os “mensageiros” estão diminuídos pela medicação e o paciente pode se resfriar sem estimular a necessidade de reter calor.
Os banhos com álcool são contraindicados em qualquer caso, devido aos riscos de intoxicação e até queimaduras.
Leia também:
➜ Garganta inflamada – Causas e o que fazer
➜ Sinusite: saiba os sintomas e como tratar
Como medir a temperatura?
Atualmente os termômetros de mercúrio e vidro estão em desuso, os termômetros digitais possuem confiabilidade para medir a temperatura do paciente.
No Brasil é considerada a temperatura axilar. Já nos Estados Unidos, por exemplo, a temperatura é medida pela temperatura retal, e esse padrão se modifica em outros países.
Os termômetros por infravermelho ficaram bem conhecidos na pandemia de covid-19, entretanto é preciso cautela e o equipamento deve ser de boa qualidade e usado com as devidas revisões periódicas. O termômetro digital é o mais indicado, tanto para adultos quanto na pediatria. Aproveite para comparar preços de termômetros nas farmácias online, basta acessar o CliqueFarma!
Como é o diagnóstico de febre?
Agende uma consulta com médicos das especialidades:
- Clínico Geral
- Pediatra
É essencial estar preparado para a conversa com o médico, para facilitar você já pode chegar à consulta com algumas informações. O diagnóstico da febre é baseado na analise clinica, como:
- Aferição de temperatura e entendimento dos sintomas e há quanto tempo eles apareceram;
- Histórico médico, incluindo outras condições e medicamentos que o paciente utilize com regularidade;
- Remédios utilizados recentemente.
Pode ser necessário a realização de alguns exames, como hemograma (exames de sangue) e raio X (exame de imagem).
Se você ainda tem alguma dúvida sobre o que fazer em caso de febre, procure um médico clínico geral ou pediatra. Para seguir com o tratamento, acesse o site, pesquise, compare e economize remédios para febre ou medicamentos genéricos. Acesse o site, pesquise e compare!
Pergunte ao especialista
Além de monitorar a febre e a partir de quantos graus os sintomas se tornam mais frequentes, é importante entendermos o que é mito e o que é mais relevante saber para tratar, principalmente na situação da febre infantil. Separamos respostas para as principais dúvidas relacionadas:
Estado febril e febre: como diferenciar?
Na literatura médica não existe um estado febril com valores de referência. O termo se tornou popularmente conhecido para representar que paciente ainda não atendeu aos 37,3ºC* para febre, mas seus sinais clínicos são característicos e podem vir a anteceder a uma febre propriamente dita.
*Lembrando que a referência de temperatura para febre é muito variável, inclusive para entre os médicos e nos estudos científicos da área.
Febre alta pode convulsionar?
As convulsões febris podem acontecer quando a febre se instala de forma súbita, porém, na literatura médica, não há grandes índices de convulsões por febre alta isolada. Os relatos observados ainda não indicam lesão cerebral.
No caso de bebês até 3 anos, pode haver uma predisposição genética. As crianças com mais de 1 ano de idade e que já passaram por febres acima de 38,7 ºC e não tiveram convulsão, dificilmente extarão expostas.
A mãe sabe identificar a febre sem termômetro?
É publicado em literatura médica que as mães são capazes sim de identificar febres em seus filhos, especialmente quando a febre se aproxima de 38°C. Mães, pais e demais cuidadores também são capazes de identificar a ausência da febre mesmo que poucos graus abaixo da temperatura de referência febril. Sendo assim, o relato das mães, ou de quem está nesse papel, são sempre levados em consideração em consultas pediátricas, principalmente como registro de sintomas e acontecimentos relacionados ao quadro de saúde avaliado, processo que é conhecido na medicina como anamnese.