Hoje o Cliquefarma vai falar sobre Fimose. O que é? A fimose em bebês. Existe em mulheres? Quais as causas? Como é feito o diagnóstico e muito mais! Confira tudo até o final para não perder nada!
O que é fimose?
Fimose é a dificuldade de expor a glande do pênis devido a um excesso de pele no membro. A condição causa empecilhos a higiene íntima, e também pode facilitar o surgimento do câncer em casos mais graves.
O excesso de pele é mais comum em bebês do sexo masculino, e normalmente desaparece com o passar dos anos. Caso o problema persista, é recomendável a remoção cirúrgica, já que a fimose em adultos pode gerar dores, inflamação e diminuição da qualidade da vida sexual.
A parafimose, por sua vez, manifesta-se quando o prepúcio consegue ser retraído, mas ele está tão apertado que não retorna ao ponto de origem, provocando estrangulamento da glande (cabeça do pênis).
Fimose em bebês
É extremamente comum que os bebês nasçam com excesso de pele na glande. Todavia, de acordo com dados do Ministério da Saúde, 20% das crianças já consegue expor a cabeça do pênis. Já aos três anos, metade dos meninos já consegue retrair o excesso de pele. Aos 17 anos, 99% dos indivíduos não são mais afetados pelo problema.
Fimose feminina existe?
Apesar de ser raro, a fimose também pode atingir as mulheres. Ela acontece quando os pequenos lábios da vagina ficam “grudados”, e acabam cobrindo a abertura vaginal.
O que é o prepúcio?
O prepúcio é aquela camada de pele retrátil que fica na ponta do pênis. Ele é uma espécie de capa de proteção da glande, conhecida popularmente como cabeça do pênis.
O prepúcio começa a ser formado já nas primeiras semanas de desenvolvimento do feto. Desde o nascimento até os primeiros anos de vida do homem, o prepúcio encontra-se aderido à glande, um processo chamado de fimose fisiológica.
Com o crescimento do pênis, a região interna do prepúcio vai se desprendendo gradualmente da glande, até ela se tornar totalmente retrátil.
Não é necessário forçar o descolamento do prepúcio nas crianças, pois o mesmo ocorre naturalmente com o passar dos anos. A fimose fisiológica desaparece espontaneamente em 90% dos casos até os 3 anos de idade e em 99% até a adolescência. Portanto, nas crianças mais velhas e nos adultos, o esperado é que o prepúcio encubra todo o pênis quando ele está flácido, mas se retraia, expondo a glande quando o mesmo está ereto.
Quais os tipos de fimose?
A fimose pode surgir de três formas:
Fimose fisiológica
Como já referido, é normal nascer com o prepúcio aderido à glande. Como o passar dos anos, porém, essas aderências vão se rompendo e a retração do prepúcio torna-se fácil e indolor.
Nos primeiros anos de vida, a fimose infantil não é um problema, exceto nos casos em que a pouca retração do prepúcio condiciona uma má higiene da glande e repetidas infecções locais, chamadas de balanopostites (infecção da glande + prepúcio).
Cerca de 1% dos homens chega à adolescência sem nunca ter conseguido retrair completamente o prepúcio, mantendo sua fimose infantil. Esses casos normalmente tem origem nas fimoses patológicas.
Fimose patológica
A perpetuação da fimose infantil costuma ocorrer por dois motivos:
- Infecções ou inflamações da glande e do prepúcio durante a infância que provocaram cicatrizes e novas aderências no prepúcio.
- Pais que tentaram retrair à força a pele do pênis e acabaram por provocar pequenas roturas e esgarçamentos no prepúcio, gerando novas cicatrizes e aderências.
Para se evitar a fimose patológica é importante manter o pênis sempre bem limpo – principalmente na região que fica escondida pela capa de pele – e evitar a retração forçada do prepúcio. Lembre-se, a fimose infantil resolve-se naturalmente em 99% dos casos.
Fimose do idoso
Idosos também podem desenvolver fimose devido à perda de elasticidade da pele que recobre o pênis e pela ausência ou baixa frequência de ereções.
Quais as causas da fimose?
Há duas principais causas da fimose. A causa primária do problema está na formação do prepúcio durante o período fetal. Quando o prepúcio é anelado e não se consegue expor a glande com facilidade, é diagnosticada a fimose. Contudo, a fimose pode ocorrer por episódios repetidos de infecção prepucial durante os primeiros anos de vida (ou mesmo na adolescência e nos adultos), desencadeando uma piora do anel prepucial pelos processos cicatriciais, impossibilitando a exposição natural da glande.
No final do primeiro ano de vida, a retração do prepúcio para trás do sulco glandular é possível em apenas cerca de 50% dos meninos e esse percentual sobe para 89% aos três anos. A incidência de fimose é de 8% em crianças entre os seis e sete anos de idade e apenas 1% no adolescente entre 16-18 anos.
Adultos que sofrem inflamações prepuciais de repetição podem piorar o grau de fibrose do anel a ponto de impedirem sua exposição natural. Estes pacientes devem ser operados para sua resolução.
Quais os sintomas?
A fimose é por definição um prepúcio que não se retrai adequadamente. Existem graus variados de fimose, que vão desde aquelas com retração parcial até obstruções completas, nas quais nem sequer é possível ver o meato uretral, orifício na ponta do pênis por onde sai a urina.
A dificuldade de retrair o prepúcio pode ser classificada em 5 graus:
- Retração total do prepúcio, porém com compressão abaixo da glande (situação de risco para parafimose).
- Exposição apenas parcial de glande por aderência patológica do prepúcio.
- Recuo pequeno do prepúcio, permitindo exposição apenas do meato uretral.
- Retração mínima, sem que haja exposição da glande ou do meato.
- Absolutamente nenhuma retração do prepúcio.
Quanto mais intenso for o grau da fimose, maiores são os riscos de complicações. Entre as mais comuns podemos citar:
- Ereções dolorosas.
- Balanopostites.
- Infecção urinária.
- Disúria (dor para urinar).
- Hematúria (sangue na urina).
- Jato urinário fraco.
- Expansão do prepúcio em forma de balão durante a micção.
- Parafimose
A parafimose ocorre quando o prepúcio consegue ser retraído até depois da glande, mas não consegue retornar ao seu ponto de origem, causando estrangulamento e obstrução do fluxo sanguíneo.
Ao contrário da fimose, a parafimose é uma emergência médica que, se não for tratada a tempo, pode causar necrose da pele ou gangrena do próprio pênis nos casos mais graves.
Entre os fatores de risco para a parafimose os principais são:
- Fimose, principalmente de grau 1.
- Balanopostite.
- Traumas do pênis.
- Implantação de piercings que atrapalhem a movimentação do prepúcio.
Ocasionalmente, a parafimose pode surgir após uma relação sexual, principalmente quando o homem não limpa o pênis e não retorna o prepúcio ao local correto após o mesmo ficar flácido. Há casos em que o paciente dorme imediatamente após uma relação sexual e acorda com uma parafimose.
A parafimose também pode surgir em crianças com fimose fisiológica nas quais os pais impacientes tentaram reduzir a fimose de modo equivocado, causando uma retração permanente do prepúcio e compressão dos vasos sanguíneos e linfáticos do pênis.
Sintomas da parafimose
Edema da glande e intensa dor peniana são os dois sintomas mais comuns da parafimose.
Um intenso inchaço no sulco coronal, região logo abaixo da glande, é outro sinal bastante comum.
Se o atendimento não for rápido, a glande pode começar a ficar arroxeada devido à isquemia do tecido peniano. Obstrução urinária também é comum nos casos mais graves.
Quais as diferenças entre Fimose e Balanopostite?
Não existe excesso de pele no pênis. Na verdade, o prepúcio, a pele que recobre a cabeça do pênis, precisa ser redundante para permitir a variação de tamanho do pênis. Como já vimos, fimose é o termo que significa impossibilidade ou dificuldade para exposição da glande (cabeça do pênis) decorrente de um anel fibrótico no prepúcio. Ou seja, quem consegue expor sem dificuldades a glande, não tem fimose.
Balanopostite ou balanite, por sua vez, significa que a região da ponta do pênis está inflamada. Geralmente isso acontece como uma tentativa do organismo de combater o excesso de germes na região. Nesse caso, o aspecto da pele muda e fica mais vermelha, mais sensível, descamando e com rachaduras que provocam ardência no banho.
A causa mais comum de balanopostite é o excesso de fungos. Os fungos são habitantes normais dessa região, todavia quando se multiplicam em excesso podem causar a irritação no local. Os fungos são germes oportunistas, então situações em que as defesas do organismo ficam enfraquecidas são aproveitadas para multiplicarem: taxas de açúcar alto, estresse, gripe, doenças crônicas, excesso de umidade, higiene precária, etc.
No caso da fimose, basicamente existem duas situações:
- Na criança, quando o prepúcio não acompanha o desenvolvimento do pênis e permanece com um diâmetro que acaba restringindo a exposição da glande
- No adulto, a fimose pode ocorrer como conseqüência da balanopostite de repetição. Ou seja, as inflamações e cicatrizações sucessivas acabam por comprometer a elasticidade da pele e surge um anel fibrótico que impede a exposição da glande.
A retirada do excesso de pele não é obrigatória quando o homem está com alguma das condições. As indicações formais de retirar o anel fibrótico na criança seriam nos seguintes casos:
- Infecção urinária na infância
- Episódios recorrentes de inflamação (balanopostite) no local.
No adulto, cabe ao médico avaliar a qualidade da pele e decidir se ela pode ser recuperada com medicação ou se é necessária a cirurgia.
Diagnóstico de Fimose
Como saber se tenho fimose?
O diagnóstico é feito apenas pelo exame físico, evidenciado pela não exposição da glande pela retração do prepúcio.
Tratamento de Fimose
O tratamento inicial pode ser realizado durante o banho para expor e higienizar a glande. Desde que o anel não esteja estreitado, é possível que ocorra liberação. Mas quando ocorrer fissuras dolorosas durante este processo de exposição digital é preferível indicar cirurgia para remoção do anel precocemente, independente da idade da criança.
Muitas crianças poderão ter sucesso neste processo para expor a glande, que poderá demorar meses para sua completa liberação.
Todos os casos de fimose após os 3 anos de idade devem ser avaliado por um médico urologista. Se não houver complicações, geralmente o médico sugere aguardar até os 7 anos de idade.
A redução manual do prepúcio é suficiente para corrigir a fimose na imensa maioria dos casos, mas ela deve ser feita preferencialmente após a orientação de um profissional para minimizar o risco de lacerações e transformação da fimose fisiológica em patológica.
A forma mais habitual de redução manual é feita através de exercícios específicos de retração do prepúcio e aplicação local de pomadas à base de corticoides. Betametasona (0,05%), triancinolona (0,01 a 0,5%) ou fluticasona (0,05%) são as pomadas mais utilizadas.
Cirurgia de fimose
Entre os judeus e alguns muçulmanos a retirada do prepúcio é feita nos primeiros meses de vida. Como resultado estas crianças têm uma chance menor de ter câncer peniano e suas parceiras menor chance de câncer de colo uterino. Desta maneira acreditamos que a cirurgia realizada na infância traz melhores condições de higiene durante a vida, reduzindo então os riscos do câncer peniano (que tem como principal fator de risco a higiene precária), as infecções por HPV e a incidência de outras doenças venéreas. Diante destas informações, tem se tornado cada vez maior a realização da postectomia (cirurgia para retirar o excesso de prepúcio) em crianças.
A postectomia, também chamada de circuncisão, é uma cirurgia de pequeno porte, não necessita de internação e tem rápida recuperação. Nessa cirurgia é realizada a retirada do excesso de prepúcio onde está presente o estreitamento da pele. Pode ser feita em qualquer idade, desde bebês até adultos ou idosos. E fazer o procedimento quando adulto ou idoso não traz nenhum problema ou risco maior ao paciente.
Tanto em adultos como em crianças é sempre indicada a avaliação de um médico urologista ou cirurgião pediátrico. Existem casos onde o tratamento conservador, sem cirurgia, pode resolver a fimose. O acompanhamento com médico especializado pode também trazer orientações para que os adultos não desenvolvam a fimose.
A principal recomendação para se evitar a formação da fimose é o cuidado com a higiene. A limpeza frequente da região da glande coberta pelo prepúcio, deixando a região bem seca é a melhor maneira de evitar infecções e inflamações repetidas que levam a formação de fibrose e estreitamento do prepúcio. Muitas vezes a consulta com profissional urologista é necessária para o tratamento destas infecções recorrentes através do uso de pomadas ou comprimidos.
A cirurgia engloba a remoção da pele e mucosa onde se localiza o anel prepucial. O procedimento deve preservar parcialmente o prepúcio, propiciando a exposição livre da glande pela retração do prepúcio.
A remoção completa, com exposição permanente da glande, deve ser evitada, pois é necessário proteger a região. Quando isso ocorre, há uma mudança na glande, modificando a pigmentação da glande.
O aspecto cosmético ficará para sempre modificado, podendo causar também, perda da sensibilidade táctil da glande e a umidade natural destas mucosas na porção interna do prepúcio que recobre a glande.
Atualmente a segurança da anestesia e da cirurgia é muito alta, mas como qualquer ato médico, eventos indesejados podem ocorrer, mas podem ser contornados com sucesso – desde que se realize o procedimento em ambiente cirúrgico adequado e com segurança para que seja atingido o sucesso pretendido para o procedimento.
Cirurgia de fimose pelo SUS
Atualmente, a cirurgia de remoção de fimose é fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Pomada para fimose
Comumente, as pomadas à base de corticoide são utilizadas para o tratamento da fimose. O motivo disso são por que elas agem como anti-inflamatórios na área do prepúcio, diminuindo a dor e eliminando bactérias. Tudo isso faz com que a pele do pênis possa deslizar com facilidade na glande.
Possíveis complicações
A complicação mais comum da fimose é a infecção local do prepúcio e glande, que propicia aderência entre estas estruturas (balanopostite), como mencionamos mais acima. Os neonatos são mais suscetíveis a apresentarem infecção do trato urinário superior (pielonefrite) proveniente de colonização bacteriana no prepúcio obstruído.
Podem ocorrer aderências prévias a exposição da glande do prepúcio, e em decorrência destas aderências, o procedimento pode exigir cuidado médico mais próximo no pós-operatório da cirurgia durante os curativos iniciais. As aderências podem ser frouxas; mais densas, com pontes aderenciais entre o prepúcio e a glande; e formação de cicatrizes firmes.
Outras complicações mais raras podem ocorrer como estreitamento do meato uretral, deformidades severas da glande causadas pelas infecções locais repetidas e dor durante a ereção.
Qual o prognóstico de fimose?
Uma cirurgia bem feita e sem complicações proporciona, normalmente, que a pessoa não apresente mais problemas locais. A postectomia evita ou pelo menos reduz algumas lesões virais e bacterianas, como o HPV, o próprio HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Este conhecimento é milenar para proteção das IST. A recente epidemia de HIV foi reduzida nas populações endêmicas africanas por programas de saúde da ONU, indicando a realização de postectomia indiscriminada aos homens.
E como funciona a prevenção?
Não é possível prevenir a fimose pois a formação prepucial ocorre durante a vida fetal. No entanto, é importante saber que a aderência prepucial a glande é inerente e ocorre na maioria dos meninos recém-natos. Progressivamente e naturalmente vai ocorrendo o rompimento destas aderências frouxas.
Perguntas e respostas frequentes sobre fimose
A revista Bebe, da editora Abril entrevistou alguns especialistas e preparou algumas perguntas frequentes com respostas esclarecedoras sobre o assunto, confira agora mesmo!
A fimose tem origem genética?
Não há nenhum estudo que comprove que ela tenha alguma relação com o que está escrito nos genes.
Existe uma idade limite para o prepúcio se descolar naturalmente?
Geralmente, antes dos 3 anos, o prepúcio se solta naturalmente. “Nessa idade, só 10% dos meninos ainda têm a pele do pênis grudada”, revela o urologista pediátrico Antonio Macedo Junior, chefe do Setor de Urologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo.
Fazer massagens no banho ou com cremes e pomadas ajuda o prepúcio a se descolar? Há algum tipo de risco?
As massagens servem exclusivamente para os casos de acolamento, isto é, quando o prepúcio fica grudado à glande. Elas devem ser orientadas por um cirurgião ou pediatra. “Exercícios exagerados esgarçam a pele, que, ao cicatrizar, tende a se tornar menos elástica, estreitando mais o anel. Ou seja, o que não era fimose vira fimose”, alerta o pediatra Carlos Patara, de São Paulo.
A cirurgia de circuncisão deve ou não ser realizada logo que o bebê nasce?
Em geral, ela só é feita logo após o nascimento da criança por motivos étnicos, religiosos ou tradições familiares. O pediatra Paulo Pacchi, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, acredita que não é preciso recorrer de cara ao procedimento cirúrgico.
“Apenas uma pequena parcela dos meninos é que terá a necessidade de se submeter à operação. Além disso, o prepúcio mantém a sensibilidade da glande, o que, convenhamos, para essa geração, que deve passar dos 100 anos, pode fazer falta”, diz Pacchi.
O pediatra Carlos Patara, de São Paulo, compartilha a opinião de seu colega: “É basicamente uma escolha mais de fundo religioso ou de costume, para a qual não há um consenso”.
Quando a cirurgia de circuncisão é indicada? E até que idade ela deve ser realizada?
“Ela é indicada quando o estreitamento da glande leva a infecções urinárias, por exemplo”, informa o pediatra Paulo Pacchi. O também pediatra Nivaldo de Souza acrescenta: “Para os casos mais leves, o ideal é que a cirurgia seja realizada entre os 7 e 10 anos de idade”.
Em outras palavras, antes da puberdade. “A fimose não impede o desenvolvimento do pênis nem diminui o fluxo de urina e até permite o ato sexual, porém com uma baixa qualidade de prazer”, conta Carlos Patara. “Isso porque a pele sobre o pênis não permite o maior contato com a mucosa vaginal”.
Quais são os casos que necessitam de uma cirurgia precoce?
A cirurgia precoce é recomendada quando há o que os especialistas chamam de postites frequentes, que são infecções da pele que cobre o pênis. Ela também é indicada para as parafimoses, quando, após muito esforço, a glande é exteriorizada e não consegue voltar mais à posição normal, causando inchaço e dor.
Por fim, os médicos apelam para a operação nos casos em que a pele do orifício por onde sai o xixi é muito estreita, o que gera uma baita dor durante a micção. Porém isso é mais raro.
Qual é o tempo de cicatrização?
Em cerca de dez dias, geralmente todos os pontos já caíram e o inchaço desapareceu. A partir desse período, o menino pode voltar às atividades normais. No entanto, é aconselhável evitar por mais algumas semanas atividades que ofereçam risco de contusões, como andar de bicicleta.
Quais os cuidados com a higiene após a cirurgia?
Após o procedimento, é necessário passar uma pomada cicatrizante e não aderente para tentar conter o inchaço. “O cirurgião deverá dizer por quanto tempo será necessário usá-la e se ela precisará ficar coberta com curativo ou não”, diz Carlos Patara.
Em alguns casos, recomenda-se o uso de analgésicos via oral. O importante é que os pais sigam todos os cuidados, conforme a orientação do médico.
Depois da operação, a criança pode sentir dor ao urinar?
Não, não dói para urinar. “Na verdade, o que ocorre é um desconforto devido a uma sensação estranha e uma imensa dificuldade de acertar o vaso na primeira vez”, explica Carlos Patara. Além disso, todos os meninos sentem algum incômodo após a cirurgia.
Isso acontece porque a ponta do pênis, sem a pele sobre ela, fica mais exposta e, assim, mais sensível. “Trata-se de algo normal e adaptativo, que varia de acordo com a sensibilidade de cada garoto”, completa Patara.
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