Impingem – O que é, causas, sintomas e tratamentos

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Já ouviu falar em impingem? O artigo de hoje vai falar sobre essa doença que acomete a pele, o que causa, seus sintomas e como tratar. Acompanhe conosco para você saber tudo sobre isso.

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O Ministério da Saúde tem um mini guia sobre as micoses mais comuns e em como preveni-las e tratá-las.

O que é impingem?

A impingem, popularmente conhecida como impinge ou simplesmente Tinha ou Tinea, é uma infecção por fungos que acometem a pele e levam a formação de lesões avermelhadas na pele que podem descamar e coçar ao longo do tempo. No entanto, dependendo do fungo responsável pela impingem, pode haver também alterações no couro cabeludo, podendo haver perda de cabelo e descamação no local.

 

Os fungos relacionados com a impingem são denominados dermatófitos, que são aqueles que apresentam maior afinidade pela queratina, que é uma proteína presente na pele, cabelos e pelos e, por isso, os sintomas são notados nessas regiões.

 

Existem mais de 50 espécies de fungos dermatófitos, distribuídos entre 9 gêneros. Nos humanos, os principais gêneros que causam infecção são Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton.

 

Entre as espécies mais comuns nos homens podemos citar:

 

 

  • Trichophytons rubrum.
  • Trichophytons tonsurans.
  • Trichophytons interdigitale.
  • Trichophytons mentagrophytes.
  • Microsporum canis.
  • Epidermophyton floccosum.

 

 

A característica central dos dermatófitos é colonizar a camada mais superficial da pele, onde eles encontram sua principal fonte de alimento: a queratina, uma proteína abundante em unhas, pelos e pele.

 

Os dermatófitos obtêm os nutrientes que precisam a partir da queratina existente nos extratos mortos da epiderme. Por isso, eles não necessitam invadir a pele, embora isso possa ocorrer em algumas situações.

 

A reação inflamatória que a tínea provoca, caracterizada por vermelhidão e intensa coceira, resulta da reação das células da pele às enzimas libertadas pelo fungo durante o processo de metabolização da queratina.

 

A impingem é mais frequente em crianças e idosos, porém pode acontecer em qualquer idade devido a falta de higiene ou a transpiração excessiva, por exemplo, principalmente na virilha, tronco, axilas e pescoço. 

Causas de impingem

A impingem acontece devido ao crescimento excessivo de fungos que encontram-se naturalmente na pele, que são os denominados dermatófitos, como mencionamos mais acima. O crescimento desses fungos é favorecido quando o local é muito quente e úmido, como no caso das dobras, principalmente virilha e pescoço.

Como se dá a transmissão?

A transmissão dos fungos é feita por contato direto com a pele. Esse contato pode ser ao andar descalço em locais úmidos e quentes, como o chão de vestiários, ao usar toalhas ou roupas de pessoas contaminadas, por contato de pele com pele, como nos casos de esportes de luta, ou por contato direto com o pelo de animais infectados.

 

As espécies de dermatófitos são divididas de acordo com o seu habitat primário. Os dermatófitos zoofílicos vivem em animais mamíferos, os dermatófitos antropofílicos vivem no ser humano e os dermatófitos geofílicos vivem livremente no solo.

 

As espécies zoofílicas, transmitidas de animais para humanos, são responsáveis por cerca de 30% das dermatofitoses humanas e geralmente provocam um quadro mais intenso, com muita inflamação. Já as espécies antropofílicas, transmitidas de humano para humano, representam a maior parte das infecções e por já estarem mais adaptados aos seres humanos provocam um quadro mais crônico, com menos inflamação, mas de longa duração.

Tipos de dermatofitose

A impinge pode surgir em qualquer área da pele ou onde haja pelos ou unhas. Os principais tipos de dermatofitoses são:

 

  • Tinea corporis:e infecção por dermatófitos em superfícies da pele que não sejam os pés, virilha, rosto, couro cabeludo ou barba.
  • Tinea pedis: infecção por dermatófitos no pé, também chamado de frieira ou pé-de-atleta.
  • Tinea cruris: infecção por tínea na virilha.
  • Tinea capitis: infecção dos cabelos do couro cabeludo por tínea.
  • Tinea unguium: infecção fúngica da unha, também chamada de onicomicose.
  • Tinea barbae: infecção dos pelos da barba.

Termos adicionais que também podem ser usados ​​para descrever apresentações menos comuns são Tinea faciei (infecção da face) e Tinea manuum (infecção da mão).

 

As impinges são tipicamente micoses superficiais. Ocasionalmente, infecções por dermatófitos penetram no folículo piloso e na derme, causando uma infecção mais profunda chamada granuloma de Majocchi.

 

Assim, o fungo consegue proliferar-se facilmente e levar à formação das manchas características de impingem. Assim, essa alteração fúngica pode ser causada pelo fato de se ficar com a pele molhada por muito tempo e devido à higienização inadequada, por exemplo.

Quais os sintomas de impingem?

Os sintomas específicos dependem da região da pele em que o fungo está provocando inflamação, seja unha, pele ou pelo. 

 

Em geral, o local acometido costuma apresentar lesões avermelhadas, descamativas, com coceira. Muito comuns são as lesões em forma de anel, que vão expandindo do centro para a periferia. As bordas costumam ser avermelhadas e o centro mais claro. No couro cabeludo, essas lesões pode ocasionar áreas de perda dos cabelos.

 

Os sintomas de impingem estão relacionados com o crescimento do fungo na pele ou no couro cabeludo, podendo ser percebido:

 

  • Aparecimento de manchas vermelhas na pele que crescem ao longo do tempo;
  • Manchas que não doem, mas coçam e/ou descamam;
  • Manchas redondas ou ovais e que possuem bordas bem definidas;
  • Perda de cabelo.

 

Como os fungos associados à impingem podem ser facilmente transmitidos de uma pessoa para outra, é importante que sejam tomados alguns cuidados para evitar o contágio além de ser necessária a consulta com um dermatologista para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento mais adequado, que normalmente envolve o uso de pomadas ou cremes que contém antifúngicos.

 

Como mencionamos, locais do corpo onde há mais umidade e calor, como as dobras e regiões com pelos, costumam ser as mais afetadas, pois esse ambiente é mais propício para a proliferação dos fungos.

Como funciona o tratamento?

O tratamento da tínea é habitualmente feito com antifúngico tópico. Algumas opções eficazes de pomadas ou cremes incluem:

 

 

Na tinea capitis, o shampoo de cetoconazol costuma ser uma boa opção.

Nos pacientes que não melhoram com tratamento tópico, os antifúngicos podem ser administrados em comprimidos por via oral. Os mais utilizados são:

 

 

A onicomicose não costuma responder ao tratamento tópico, sendo a terbinafina por via oral o tratamento mais indicado.

Pomada para impingem

Além das medicações via oral, é possível que médicos receitem pomadas para impingem (impinge) a fim de amenizar as lesões na pele.

 

Segundo a dermatologista Tatiana Gabbi, a aplicação de pomadas é indicada em alguns casos. Em outros, o tratamento precisa ser feito com o auxílio do medicamento oral, isolado ou em uso combinado com cremes, loções ou pomadas.

Curar impinge com vinagre ou limão é possível?

Não. Nenhum remédio caseiro para impinge é recomendado por especialistas. Em 2018, uma mulher sofreu uma queimadura grave após usar alho na tentativa de curar uma impinge no pé.

 

O caso foi divulgado por médicos do Hospital Universitário de Oxford, no Reino Unido, no periódico BMJ Case Reports no início de julho.

 

Na esperança de se livrar de um fungo insistente no dedão do pé esquerdo, ele aplicou alho cru no local todos os dias durante quatro semanas.

 

De acordo com os médicos, o alho afetou a unha da mulher e provocou uma queimadura de segundo grau na pele. Além disso, o tratamento que foi feito para acabar com o fungo não teve efeito nenhum e apesar de toda dor enfrentada a condição permaneceu.

 

“Os efeitos adversos do alho cru na pele são duplos. Pode causar diretamente uma queimadura química e, em indivíduos sensibilizados, provocar uma reação alérgica, resultando em dermatite de contato”, disseram os autores da publicação.

Os médicos revelaram também que a dermatite de contato provocado pelo alho tem sido relatada por cozinheiros e manipuladores de alimentos, além de uma série de casos de queimaduras provocada pelo alimento.

“Fatores que afetam a gravidade da queimadura da pele incluem quantidade e frescor do alho, duração da exposição, a presença de condições pré-existentes na pele e sensibilidade da pele”, completaram.

 

Após uma limpeza imediata para remover as substâncias químicas remanescentes do alho, a pele morta sobre as bolhas foi removida e a paciente foi instruída a evitar qualquer outro tipo de “fitoterápicos tópico”.

 

“As pessoas têm que estar realmente cientes do fato de que só porque um produto é botânico, isso não significa que não seja um irritante ou um alérgeno. Há uma espécie de falsa sensação de pensamento de segurança: ‘Ah, é botânico, não vai me machucar’. Pode não ser cancerígeno, mas isso não significa que não vá irritar a pele”, disse Mona Gohara, professora clínica associada do departamento da Universidade de Yale.

 

Membro da American Academy of Dermatology (Academia Americana de Dermatologia), a médica Adriana de Cerqueira Leite diz que a automedicação pode levar à hepatite, complicações graves, extensão da lesão, internação e outras infecções por bactérias.

 

A orientação vale tanto para medicamentos farmacêuticos sem prescrição médica quanto para tratamentos considerados naturais.

Como se prevenir a impingem?

O verão é a época mais quente e úmida do ano, fornecendo condições perfeitas para a proliferação de fungos na pele. Mas isso não impede que a impinge também apareça no resto do ano. Portanto, confira algumas dicas de dermatologistas para se prevenir da doença.

1. Use antitranspirantes

O suor excessivo é um grande aliado dos fungos. Por isso, o melhor a se fazer é controlar a sudorese, que tende a ser mais recorrente em dias quentes.

 

Desta forma, procure sempre usar antitranspirantes. Uma toalha de rosto e papel toalha para as mãos também pode ser útil para secar bem as axilas e outras partes do corpo.

2. Evite ambientes quentes e úmidos

Você trabalha em um local bastante quente e úmido? Pois saiba que, nesses casos, seu escritório pode colocar sua saúde em risco, sendo um grande facilitador das micoses.

 

Abra as janelas para que o ambiente fique mais arejado e menos abafado. Caso as paredes estejam úmidas, verifique com sua equipe se há vazamentos ou infiltrações e veja como impedir bolores.

3. Não ande descalço em locais úmidos

Tem gente que adora andar descalço no calor, não é mesmo? Porém, caminhar sem calçados em locais úmidos pode facilitar o surgimento de impinge. A recomendação é evitar ao máximo ficar descalço em ginásios, vestiários, boxes de banheiros e áreas de piscinas.

4. Seque bem o corpo

Após o banho, seja de chuveiro, mar ou piscina, seque bem seu corpo. De preferência, com uma toalha macia e limpa.

 

Não esqueça das “dobrinhas”, como atrás dos joelhos, axilas, entre os dedos dos pés, cotovelos. Essas partes, muitas vezes, não estão bem secas e se tornam ideais para fungos que causam micose.

5. Não fique com roupas molhadas

Pegou aquela chuva? Ou saiu da piscina e decidiu tomar sol? Troque suas roupas molhadas imediatamente. Permanecer com peças úmidas aumenta o risco de contrair impingem.

 

Se possível, tenha sempre consigo uma troca de roupa extra. No caso de praias e piscinas, leve na bolsa outra roupa de banho seca.

6. Troque meias e sapatos

Se você costuma usar a mesma meia por dias seguidos, saiba que essa prática propicia o aparecimento de micoses de pele.

 

A dica é trocar meias e sapatos com frequência para evitar a impingem, especialmente se eles molharem (de água ou suor). Quando possível, deixe seus calçados em locais arejados para que não criem bolor.

7. Atente-se ao contato com produtos químicos

Se você trabalha diretamente com água e produtos químicos (como lavadores de carros e empregadas domésticas), lembre-se de sempre lavar bem as partes do corpo que tiveram contato com as substâncias e, principalmente, de secá-las bem.

 

Com essas dicas é possível aproveitar não só o verão, mas o ano todo – com saúde e sem micoses de pele.

Você sabe identificar outras micoses além da impingem?

Alguns tipos de fungos vivem naturalmente em nosso corpo sem causar qualquer tipo de sintoma. No entanto, se eles começam a se reproduzir rapidamente, podem levar ao surgimento de várias doenças, como é o caso da micose.

 

Nesse quadro, os fungos se alimentam da queratina presente na pele, nas unhas e nos cabelos. Quando encontram condições favoráveis, como calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de antibióticos sistêmicos por longo prazo, estes fungos podem se proliferar, o que exige tratamento.

Principais tipos

Impingem

Como estamos vendo até agora, a impingem é uma micose de pele que pode se desenvolver em qualquer região do corpo, sendo identificada por causar feridas geralmente avermelhadas e com uma leve descamação na borda da lesão.

 

É também conhecida como tinea corporis, tinha corporis e dermatofitose. Além disso, a impinge é comumente confundida com alergias e outras patologias, como psoríase e seborreia.

Pitiríase versicolor (micose de praia)

Popularmente conhecida como “pano branco” ou “micose de praia”, a pitiríase versicolor é a micose que causa pequenas manchas esbranquiçadas que descamam. Elas podem estar agrupadas ou isoladas e normalmente surgem na parte superior dos braços, tronco, pescoço e rosto.

 

Sua superfície tem uma descamação fina, com a tonalidade variando entre o branco, rosado ou castanho. Além disso, as manchas desse tipo de micose raramente coçam.

A pitiríase versicolor é mais comum em adolescentes e jovens, sendo que pessoas de pele oleosa estão mais suscetíveis a apresentar a doença, que pode voltar ao corpo por várias vezes.

Onicomicose (micose na unha)

Onicomicose é a micose na unha, tanto nas dos pés quanto das mãos. Com a doença, a unha fica mais grossa e descolada da pele, além de poder apresentar mudanças na forma e coloração.

 

Normalmente, a onicomicose surge com manchas pequenas e claras, que vão se espalhando e deixando as unhas frágeis, doloridas e espessas.

Fatores de risco para os tipos de micoses

Algumas situações podem favorecer o surgimento das micoses:

 

  • Ter doença autoimune
  • Estar na menopausa
  • Suar excessivamente
  • Trabalhar em um ambiente quente e úmido
  • Andar descalço em lugares úmidos, como ginásios, vestiários e chuveiros
  • Ter uma má circulação sanguínea
  • Apresentar lesões ou infecções nas unhas
  • Tomar antibióticos por tempo prolongado

 

Em pacientes imunossuprimidos, por exemplo, o sistema imunológico é incapaz de combater infecções por fungos de forma adequada. Além disso, o uso prolongado de remédios antibióticos destrói as bactérias úteis, permitindo que os fungos colonizem a pele e mucosa.

 

Em mulheres na menopausa, as mudanças hormonais reduzem a acidez da vagina, tornando-as mais vulneráveis a infecções fúngicas.

 

Já pacientes com doenças autoimunes (como a diabetes, hepatite, psoríase e esclerose múltipla) têm uma menor defesa da pele por conta do sistema imunológico enfraquecido, possibilitando a reprodução de fungos com maior facilidade.

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