O que é hipertermia?

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Cliquefarma te explica no artigo de hoje do blog tudo sobre hipertermia. O que é, qual a causa, os sintomas, a diferença entre hipotermia e hipertermia, a diferença de hipertermia e febre e o tratamento adequado também. Por isso, se você não quiser perder nada, fique atento ao artigo completo até o final! Confira já!

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O que é hipertermia?

Hipertermia é uma situação em que apresenta-se um aumento acentuado de temperatura central do corpo como consequência da incapacidade do organismo de dissipar o calor ou reduzir sua produção. O problema é grave e leva várias pessoas à morte todos os anos.

 

Trata-se de uma condição que afeta os mecanismos que promovem a dissipação de calor, fazendo com que o indivíduo apresente um aumento da temperatura do corpo. Na hipertermia, temos um aumento drástico da temperatura corporal central, que fica acima dos 40 ºC. 

 

Podemos definir a temperatura central como sendo a temperatura do coração, pulmão, encéfalo e órgãos esplâncnicos. A temperatura central, em condições normais, apresenta-se entre 36,6 ºC e 37,6 ºC. A temperatura da pele e dos músculos é denominada periférica.

 

A manutenção da temperatura central do nosso organismo dentro da faixa de normalidade é essencial para o funcionamento adequado do corpo. Alterações nessa temperatura, tanto em valores inferiores quanto acima dos valores normais, podem desencadear disfunções em vários órgãos, provocando, por exemplo, insuficiência renal e respiratória.

Quais os tipos de hipertermia?

Costuma-se dividir a hipertermia em três formas básicas: a clássica, a induzida por esforço físico, e a maligna.

 

A hipertermia clássica é desencadeada pela exposição prolongada ao calor excessivo e acomete, principalmente, crianças e pessoas idosas. Se uma pessoa ficar muito tempo exposta ao Sol, sem que se hidrate adequadamente, perderá muita água por suor e ficará desidratada. O suor não será mais produzido, e seu corpo não será resfriado.

 

Na hipertermia induzida por esforço físico, temos o aumento da temperatura interna devido à atividade prolongada da musculatura, a qual produz calor, somada a fatores como temperatura do ambiente e umidade elevadas. A incapacidade de dissipar o calor adequadamente leva ao aumento da temperatura do organismo.

 

Por fim temos a hipertermia maligna, considerada uma síndrome de origem farmacogenética potencialmente letal, a qual se manifesta em indivíduos predispostos quando submetidos a anestésicos inalatórios halogenados e/ou bloqueadores neuromusculares despolarizantes. A manifestação da hipertermia maligna pode ocorrer, de forma mais rara, após exposição solar prolongada e realização de atividades físicas intensas.

Quais as principais causas da hipertermia?

Uma de suas principais causas é a exposição ao calor excessivo. Em dias muito quentes, devemos estar atentos à exposição ao calor, pois ele pode ser responsável por esse problema.

 

A hipertermia pode ter diferentes causas, sendo a mais comum a exposição a calor excessivo. Esse calor excessivo pode ser proveniente de condições climáticas ou ainda de outros fatores que não se relacionam com o tempo e clima, como permanência dentro de veículos, sala de caldeiras, locais com fumaça, entre outros.

 

Essa condição também pode ser induzida por esforço físico. No caso de realização de atividades físicas intensas, a hipertermia ocorre devido a uma incapacidade do corpo de dissipar de maneira adequada o calor que foi produzido pelos músculos durante a atividade. 

 

O problema está relacionado com a intensidade, duração do exercício e também com as condições ambientais no momento da realização da atividade. A hipertermia induzida por atividades físicas pode ser observada, por exemplo, em praticantes de corrida de rua e ciclismo.

 

Não podemos deixar de citar a chamada hipertermia maligna. Trata-se de uma herança autossômica dominante que se manifesta quando o indivíduo é submetido a alguns tipos de anestésicos e/ou bloqueadores neuromusculares despolarizantes. De forma mais rara, ela pode se manifestar quando o indivíduo realiza exercício vigoroso e/ou exposição solar prolongada.

 

No caso de alguns anestésicos, o indivíduo predisposto, ao ser submetido ao uso do medicamento, apresenta um aumento de cálcio, o que desencadeia uma contração muscular sustentada que não apresenta sua energia dissipada, levando a um aumento da temperatura de maneira muito rápida. A hipertermia maligna é grave e potencialmente fatal.

Hipertermia maligna

Hipertermia maligna é uma elevação da temperatura do corpo potencialmente fatal que normalmente resulta da resposta hipermetabólica ao uso concomitante de relaxante muscular despolarizante e anestésico geral inalante e volátil. As manifestações podem incluir rigidez muscular, hipertermia, taquicardia, taquipneia, rabdomiólise e acidose metabólica e respiratória. 

 

O diagnóstico é clínico; pacientes em risco podem ser avaliados para verificar sua suscetibilidade. Os tratamentos mais prioritários são resfriamento rápido e medidas de suporte agressivas.

 

A hipertermia maligna surge geralmente depois que a pessoa recebe um relaxante muscular (mais frequentemente succinilcolina) juntamente com um gás anestésico (mais frequentemente halotano) para cirurgia. Embora a hipertermia maligna possa surgir depois da primeira utilização desses medicamentos, as pessoas geralmente desenvolvem o problema somente depois de aproximadamente três exposições. A suscetibilidade à hipertermia maligna é um traço genético herdado que percorre famílias.

 

A hipertermia maligna pode causar desequilíbrios nos sais (eletrólitos) do corpo e na coagulação sanguínea. A coagulação sanguínea excessiva (coagulação intravascular disseminada) causa lesão nos órgãos, seguida de hemorragia excessiva quando o corpo fica sem fatores de coagulação.

 

A hipertermia maligna também pode causar lesão muscular significativa. Os músculos lesionados liberam a proteína mioglobina que torna a urina castanha ou sanguinolenta. Esse problema (mioglobinúria) pode resultar em lesão renal aguda ou mesmo em insuficiência renal. Pode ocorrer até mesmo a morte.

Sintomas de Hipertermia maligna

A hipertermia maligna pode surgir durante a anestesia ou logo depois de uma cirurgia. Muitas vezes, os primeiros sinais são respiração rápida, frequência cardíaca acelerada e rigidez muscular, principalmente da mandíbula. 

 

Geralmente, a temperatura fica extremamente alta (habitualmente acima de 40 °C [104 °F] e às vezes mais que 43 °C [109 °F]). Podem ocorrer ritmos cardíacos anormais, náusea e vômito. A urina pode adquirir aspecto castanho ou sanguinolento.

Como se dá o diagnóstico?

  • Sintomas típicos que surgem após aplicação da anestesia

 

Os médicos suspeitam de hipertermia maligna quando ocorrem sinais e sintomas típicos em poucos minutos a algumas horas após a aplicação da anestesia.

 

O sangue é testado para detectar danos em órgãos e excluir outras possíveis causas. A urina é testada para detectar mioglobinúria.

 

Pessoas com histórico familiar do distúrbio ou um efeito colateral sério anterior durante a anestesia podem ser testadas para verificar se são suscetíveis a hipertermia maligna. Uma amostra de tecido muscular é testada para verificar se ela se contrai em resposta a cafeína e halotano (teste de contratura à cafeína/halotano).

 

Também podem ser feitos exames genéticos. Contudo, como muitas anormalidades nos genes podem estar envolvidas, os exames genéticos não detectam todas (ou nem mesmo a maioria) as pessoas suscetíveis e nem sempre eles estão disponíveis.

E a prevenção?

Os médicos procuram prevenir hipertermia maligna em pessoas que têm alto risco, o que inclui pessoas com:

 

  • Episódios anteriores de hipertermia maligna
  • Marcadores genéticos positivos
  • Familiares que tiveram problemas com anestesia

 

Nesses casos, quando possível, os médicos usam anestesia local ou regional. Quando for necessário usar anestesia geral, os médicos selecionam os anestésicos que tenham menos probabilidade de provocar uma reação.

Tratamento

  • Esfriamento rápido do corpo
  • Administrar dantroleno

 

As pessoas são resfriadas o mais rapidamente possível, geralmente retirando-se o vestuário e cobrindo-se a pele com água ou eventualmente gelo. Para acelerar a evaporação e o resfriamento corporal, pode-se utilizar um ventilador para ventilar o corpo. A temperatura corporal é medida frequentemente, às vezes continuamente, em uma unidade de terapia intensiva. Geralmente se administra dantroleno, um relaxante muscular. Ao relaxar os músculos, a febre e a lesão muscular também são reduzidas.

 

A coagulação sanguínea anormal e os sintomas relacionados a mau funcionamento orgânico também podem necessitar de tratamento. Como ocorre com a síndrome neuroléptica maligna, os médicos podem tentar prevenir danos renais decorrentes de mioglobinúria administrando grandes quantidades de fluido intravenoso contendo bicarbonato de sódio adicionado.

Muitas pessoas com hipertermia maligna morrem mesmo quando recebem tratamento precoce e intensivo.

Sintomas da hipertermia

A hipertermia é uma situação grave que pode até mesmo levar o indivíduo à morte caso o resfriamento do corpo não seja feito rapidamente. Dentre os sinais e sintomas da hipertermia, podemos citar:

 

  • Ansiedade
  • Dor de cabeça
  • Tontura
  • Fraqueza
  • Produção excessiva ou falta de suor
  • Queda de pressão
  • Confusão  mental
  • Agitação
  • Vômitos
  • Câimbras
  • Alucinação
  • Convulsões
  • Coma

 

Diferença entre febre e hipertermia

Muitas pessoas pensam que febre e hipertermia são o mesmo fenômeno. Isso se deve ao fato de que a hipertermia e a febre apresentam como característica marcante o aumento da temperatura corporal. O que se difere, no entanto, é o mecanismo que leva ao desenvolvimento dos aumentos de temperatura.

 

Simplificando, a temperatura corporal pode subir para níveis anormais, de 2 modos: hipertermia ou febre. Na hipertermia, os mecanismos de controle térmico falham. Na febre, em contraste, o ponto de ajuste térmico hipotalâmico aumenta.

 

No caso da hipertermia, o aumento ocorre devido à falência dos mecanismos de dissipação de calor, enquanto, na febre, observa-se a modificação do ponto de termorregulação de temperatura para níveis mais elevados. No hipotálamo está localizado o centro termorregulador, que atua como um termostato, mantendo a nossa temperatura dentro dos padrões normais. 

 

Quando temos febre, o que ocorre é uma espécie de reajuste desse termostato, com a modificação do ponto de termorregulação, que é um ponto preestabelecido de regulação do calor.

 

A distinção entre febre e hipertermia é mais do que acadêmica: a hipertermia é mais bem tratada com a adoção de métodos de resfriamento físico promotores da dissipação de calor, enquanto a febre é tratada de forma mais efetiva com fármacos que abaixam o ponto de ajuste térmico, como aspirina, outros inibidores de ciclo-oxigenase ou paracetamol (utilizamos também a dipirona com segurança e sucesso).

Tratamento da Hipertermia

O tratamento da hipertermia consiste, na maioria dos casos, no resfriamento mecânico, que inclui técnicas como ventilação de ar, uso de tecidos molhados, imersão em água fria e uso de pacotes de gelo. Medicamentos são também utilizados em determinados casos. Vale salientar que medicamentos usados no tratamento da febre não são eficientes na hipertermia, pois, como já vimos, os mecanismos que levam ao aumento da temperatura são diferentes em cada caso.

 

O paciente deve permanecer ao abrigo da luz solar, ser levado para um ambiente fresco e transportado o quanto antes para uma enfermaria de emergência. Colchões hipotérmicos ou, em circunstâncias urgentes, imersão em água gelada podem ser usados. Estes tratamentos são bastante desconfortáveis e devem ser usados apenas quando a hipertermia for realmente deletéria. A administração intravenosa (IV) de líquidos resfriados deve ser feita assim que a terapia parenteral estiver disponível, porém a hidratação oral não é recomendável, devido ao risco de aspiração.

 

Outra técnica tradicional é a aplicação de compressas de gelo na superfície do corpo. Embora o álcool seja mais volátil do que a água, não deve ser usado para resfriamento por evaporação, devido ao risco de intoxicação alcoólica, sobretudo em crianças. Muitas técnicas de resfriamento distintas, que variam dos enemas com água gelada e lavagem gástrica ao uso de lâminas de helicóptero para produção de correntes de ar, são usadas para tratar a termoplegia, embora sejam de importância secundária. 

 

Em geral, aqui no Brasil, os hospitais devem escolher uma técnica de resfriamento com base em suas próprias experiências e instalações. A temperatura corporal deve ser monitorada continuamente durante o resfriamento. Na maioria dos casos, a temperatura corporal declina de maneira significativa em 10 a 40 minutos, quando o resfriamento, então, deve ser amenizado para evitar um excesso hipotérmico associado a tremores e rigidez.

 

Mesmo com uma terapia agressiva, a termoplegia está associada a uma taxa de mortalidade significativa. A maioria dos pacientes que se recuperam conta com mecanismos termorregulatórios e tolerância ao calor normais, mas todos devem ser esclarecidos quanto às formas de diminuir o risco de recorrência.

Hipotermia x Hipertemia: Qual a diferença?

Como vimos até agora, a hipertermia, é quando a temperatura do organismo ultrapassa os 40ºC devido ao calor excessivo – muitas vezes acentuado em razão de uma atividade física intensa. Apesar dos sintomas serem parecidos, a hipotermia e a hipertermia são situações bem diferentes –assim como o tratamento.

O que é hipotermia?

A hipotermia se apresenta quando a pessoa fica exposta em lugares frios sem proteção. Ela perde calor rapidamente para o ambiente, a temperatura corporal baixa mais do que 35ºC (quando normalmente é de 36,5ºC) e o sangue passa a circular com dificuldade. O resultado são espasmos musculares, tremores constantes, cansaço e, em uma hipotermia avançada, confusão mental e arritmia cardíaca. 

 

Esse processo é agravado pela exposição ao vento ou à chuva. Primeiramente, para reverter o frio, é necessário trocar as roupas molhadas por secas; se isolar do vento e ingerir bebidas e comidas quentes. Isto vai fazer com que aos poucos o organismo consiga se autorregular.

Quais as diferenças entre as duas condições?

Como na hipertermia as reações se assemelham à febre, é comum sentir calafrios e ter a respiração e os batimentos cardíacos acelerados. Ações visando minimizar os efeitos da alta temperatura têm que ser no sentido de resfriar o corpo. A indicação é cobrir o corpo com toalhas molhadas e colocar gelo nas virilhas, axilas e pescoço, as áreas mais vascularizadas que temos. 

 

Muita gente confunde hipertermia com hipotermia. Bem como já houve casos de morte por hipertermia em competições internacionais por erro de tratamento. Ao ver uma pessoa com o queixo tremendo, é comum pensar que ela está com frio, mas essa agitação, na verdade, acontece em razão de os mecanismos termorreguladores do corpo estarem desajustados – para mais ou para menos. Por isso é essencial detectar qual o real motivo dos tremores antes de aplicar qualquer tratamento.

Como podemos prevenir a hipertermia?

Visto que a hipertermia está, na maioria dos casos, relacionada com a exposição ao calor, torna-se portanto, fundamental evitar situações em que o corpo estará submetido a altas temperaturas. Em dias quentes, algumas formas de prevenir-se é: evitar a prática de exercícios físicos por tempo prolongado em horários em que a temperatura é mais elevada (entre às 10h e às 17h); usar roupas leves; beber sempre muita água; não consumir bebidas alcoólicas; e manter-se em ambientes frescos e arejados.

Evitar exposição solar por períodos prolongados

Sabemos que o sol é importante para a saúde, especialmente por causa da vitamina D, no entanto, a recomendação diária de exposição é de apenas 15 minutos em horários específicos do dia.

 

Os horários mais recomendados para exposição ao sol é de manhã antes das 10 horas e a  tarde após as 16 horas.

 

Ficar horas debaixo do sol na praia, na piscina ou na rua pode representar um grande risco para a saúde, principalmente nos horários próximos ao meio dia. Caso seja inevitável, é fundamental se proteger com o uso de protetor solar, chapéus e roupas compridas que impeçam o contato dos raios solares com a pele.

 

Já existem roupas que possuem fator de proteção, e são uma excelente alternativa para aquelas pessoas que precisar trabalhar nessas condições.

Ingerir bastante água

Em qualquer idade é necessário manter o consumo de água ao longo do dia para evitar que o corpo desidrate, especialmente na terceira idade, onde a ingestão é muito reduzida, pois em geral os idosos não sentem muita sede.

 

A ingestão de 2 litros de água diários já é suficiente, a menos que você faça mais atividade física ou perca muito líquido, então, é importante aumentar a dose.

 

A água é um elemento indispensável no plasma sanguíneo, ela ajuda a transportar os nutrientes, oxigênio e sais minerais pelas células do corpo. Além disso, ela protege algumas estruturas do corpo.

Usar roupas leves no verão

Para prevenir a hipertermia é essencial amenizar o calor sentido pelo corpo, seja repondo os líquidos perdidos, fugir do sol ou também, usar vestimentas adequadas, especialmente quando estiver no sol.

 

É importante deixar de lado aqueles tecidos que retém o calor, bem como as cores escuras.

Roupas feitas em tecidos leves e claros que não contenham muitas golas é o ideal para se sentir confortável.

Cuidado com horários da atividade física

Todo verão os especialistas alertam para que as pessoas não façam atividade física em determinados horários onde o sol está mais forte.

 

Geralmente no período do meio dia e a tarde, os raios solares podem queimar quando a exposição for prolongada, além disso, o calor excessivo pode causar hipertermia.

Mantenha os ambientes sempre arejados e frescos

Lugares pouco ventilados não são recomendados, por isso, é ideal manter a casa sempre arejada com entrada de ar, caso não tiver vento, use ventiladores ou ar condicionado. O importante é manter a temperatura corporal regular.

 

O ar condicionado muitas vezes é tido como inimigo, pois muitas pessoas acreditam que ele causa problemas respiratórios, especialmente em idosos. Entretanto, essas questões podem ser amenizadas com o uso concomitante do umidificador de ar.

Entendeu tudo sobre o assunto hipertermia? Restou ainda alguma dúvida a esse respeito? Deixe seu comentário no box abaixo que teremos o maior prazer em lhe ajudar com seu questionamento!

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