O artigo de hoje é sobre uma doença relativamente comum para esta época do ano, a pneumonia. Você já ouviu falar? Já teve a doença ou conhece alguém que adquiriu essa condição? Então acompanhe nosso artigo até o final para ficar por dentro de tudo que a envolve e ainda como se prevenir.
Do que se trata a pneumonia?
Pneumonia é uma infecção que se instala nos pulmões, podendo acometer a região dos alvéolos pulmonares. Alguns sintomas da doença são: febre alta (acima de 37,5° C), tosse seca ou com catarro de cor amarelada ou esverdeada, falta de ar e dificuldade de respirar.
Basicamente, pneumonias são provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa.
Esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue.
Diferente do vírus da gripe, que é uma doença altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente.
Pneumonia é contagiosa?
De modo geral a pneumonia não é contagiosa e nem transmissível.
Mesmo se alguém tossir na nossa frente, só é possível pegar a pneumonia caso os mecanismos de defesa do corpo falhe, como em casos de câncer, desnutrição, doença pulmonar prévia ou de outro órgão, alteração do sono, e até estresse.
Quais os principais tipos de pneumonia?
Existem diversos tipos de pneumonia. Entre eles, podemos citar:
Pneumonia viral
Pneumonia viral é uma infecção que se instala nos pulmões causada por um vírus.
Pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro).
Basicamente, pneumonias virais são provocadas pela penetração de um vírus no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Como citamos anteriormente, esse local deve estar sempre muito limpo, livre de substâncias que possam impedir o contato do ar com o sangue.
Pneumonia bacteriana
A pneumonia bacteriana é a mais comum, adquirida na comunidade (por isso também chamada de comunitária), pela população geral. Algumas bactérias estão presentes em nosso nariz, boca, garganta, pele e sistema digestivo, podendo causar a pneumonia quando nossa imunidade cai.
Pneumonia química
Diferente das pneumonias mais conhecidas, a pneumonia química, chamada de pneumonite química, não é causada por vírus ou bactérias, mas sim pela inalação de substâncias agressivas ao pulmão, como a fumaça, agrotóxicos ou outros produtos químicos.
Quando aspiradas, essas substâncias vão para os pulmões e inflamam a via aérea os alvéolos – estruturas que fazem o transporte do oxigênio para o sangue.
Essa inflamação pulmonar facilita o aparecimento de bactérias, podendo evoluir para uma pneumonia bacteriana.
Pneumonia por fungos
A pneumonia causada por fungos é o tipo mais raro e também o mais agressivo.
É comum ver esse tipo de pneumonia em pessoas com doenças crônicas e imunodeprimidas, como pacientes soropositivos ou paciente oncológicos.
Quais as semelhanças e diferenças entre a pneumonia comum e a causada por Covid-19?
A pneumonia é uma das complicações mais frequentes nos casos mais graves de Covid-19. Mas, apesar de apresentar semelhanças com a pneumonia clássica, ela apresenta características diferentes e que demandam mais cuidado.
Quais as semelhanças entre essas doenças?
O agente da Covid-19 é coronavírus 2 (SARS-CoV-2) e a pneumonia pode ocorrer quando se é contaminado por ele, o que nem sempre ocorre. Já a pneumonia clássica, que podemos chamar de pneumonia adquirida na comunidade, tem como causa mais comum a bactéria pneumococo, além de outros vírus e outras bactérias.
Em ambos os casos, o quadro de pneumonia pode ser precedido por sintomas na vias aéreas superiores, como congestão e secreção nasal, dor de cabeça e tosse (seca ou produtiva), com características diferentes a depender da doença. A febre também é comum e tem cursos, evolução e complicações distintas, conforme cada uma.
E as diferenças entre elas?
As diferenças estão na evolução dos sintomas, nas complicações e nas características dos exames complementares solicitados (laboratoriais e de imagem).
Cerca de 20% dos casos de Covid-19 complicam para Síndrome Respiratória Aguda Grave e/ou complicações de coagulação. Há possibilidade também de complicações neurológicas e cardíacas.
A pneumonia clássica, especialmente a provocada por pneumococo, evolui muito raramente para insuficiência respiratória, pois tem tratamento específico com antibióticos e vacinação. Já a pneumonia por influenza tem tratamento antiviral e, igualmente, vacina, que deve ser administrada anualmente.
A pneumonia causada pelo Covid-19 é diferente de outros tipos de pneumonia? Como? Por quê?
Sim. Além de ter alta transmissibilidade, o curso clínico da Covid-19 é mais arrastado e com sintomas diferentes: a tosse seca (pouco produtiva) e a febre persistente e associada à falta de ar são sinais de alerta.
Enquanto a Covid-19, nos exames de imagem, acomete mais a periferia e os terços inferiores dos pulmões, dando uma imagem semelhante a vidro despolido, a pneumonia bacteriana clássica promove consolidação com o desenho dos brônquios, acometendo um lobo ou mais. O quadro laboratorial também tem algumas características diferentes, como marcadores não específicos de inflamação chamados PCR , D-dímero e a diminuição de leucócitos e/ou linfócitos no sangue.
As complicações hematológicas podem incluir tendência à trombose e demandar o uso de anticoagulantes com dose para tratamento. Alguns pacientes têm complicações neurológicas, como a diminuição do olfato, e cardiológicas, como a miocardite.
Que sintomas devem provocar a ida do paciente ao hospital? Quando procurar ajuda?
O paciente deve ter auxílio de serviço médico até mesmo à distância quando houver sintomas de mal-estar, prostração, dor muscular, perda do apetite, do olfato, tosse e febre.
Na persistência da febre associada à tosse e falta de ar, é preciso procurar a Emergência hospitalar para atendimento clínico e realização de exames laboratoriais e de imagem do tórax. Aqueles que conseguem ser monitorados em casa com oxímetro de pulso também devem procurar o hospital caso a oxigenação se mantenha menor que 94%.
Como se dá o diagnóstico para diferenciar os quadros e ter certeza da doença que o paciente apresenta?
Com avaliação clínica, laboratorial (com pesquisa do PCR-RT viral para Covid-19) e exames de sangue. Pode-se realizar também o painel viral simplificado ou estendido para outros vírus.
Exames de imagem do tórax, principalmente a tomografia, podem mostrar características típicas da pneumonia por Covid-19 ou de outros agentes, ajudando no diagnóstico diferencial e na identificação da evolução e gravidade da doença.
Os tratamentos para essas duas doenças são similares?
Não, são muito distintos. Para a pneumonia adquirida na comunidade, mais comumente bacteriana, existe antibiótico específico. Temos também vacina dada em 3 doses, com intervalos de 6 a 12 meses e 5 anos, respectivamente.
Por ora, ainda não está definido tratamento específico para Covid-19, apesar de vários medicamentos em estudo e testados nas diferentes formas de apresentação da doença: leve, moderada ou grave. Esperamos, em breve, uma definição do tratamento específico.
Por ora, o tratamento na doença mais leve é a quarentena por pelo menos 14 dias ou até 72 horas do término dos sintomas e da febre com medicação sintomática, analgésicos e antitérmicos, boa hidratação e alimentação. O ideal seria ter 2 testes de PCR-RT viral negativos para saída da quarentena.
Se o paciente necessita de internação e apresenta complicações como insuficiência respiratória, o tratamento inclui oxigenoterapia e suporte ventilatório invasivo ou não invasivo em terapia intensiva, além de anticoagulação plena em casos graves específicos.
Foram testadas drogas antivirais usadas em outras viroses, como o HIV; cloroquina; antibióticos como a azitromicina; medicação biológica; e anti-interleucina-6 (como tocilizumabe), usada em pacientes com doença reumatológica, porém todos sem evidência científica confirmada. Ainda está em teste o tratamento com soro convalescente.
Como os hospitais estão normalmente preparados para atender a pacientes com Covid-19 e/ou pneumonia?
Normalmente, existe uma área do hospital destinada ao tratamento exclusivo da Covid-19, com profissionais capacitados no manejo da doença, trabalhando com equipamento de proteção individual, com o apoio dos exames de laboratório e de imagem complementares.
A UTI deve ter capacidade de receber os pacientes com a forma mais grave da doença, também com área específica distinta dos outros pacientes internados que necessitam cuidados intensivos.
A DPOC e a pneumonia
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma “coleção” de doenças pulmonares que causa obstrução das vias aéreas e dificulta a respiração. Isso pode resultar em complicações sérias.
Pessoas com DPOC têm maior probabilidade de desenvolver pneumonia. A pneumonia é particularmente perigosa para pessoas com DPOC porque causa um risco aumentado de insuficiência respiratória. É quando o seu corpo não está recebendo oxigênio suficiente ou não está removendo com sucesso o dióxido de carbono.
Algumas pessoas não têm certeza se seus sintomas são de pneumonia ou de piora da DPOC. Isso pode fazer com que esperem para procurar tratamento, o que é perigoso.
Se você tem DPOC e acha que pode estar mostrando sinais de pneumonia, ligue para seu médico imediatamente.
Como saber se você tem pneumonia
Crises de sintomas da DPOC, conhecidos como uma exacerbação, podem ser confundidos com sintomas de pneumonia. Isso é porque eles são muito parecidos.
Estes podem incluir falta de ar e aperto do peito. Muitas vezes, as semelhanças nos sintomas podem levar a sub-diagnósticos de pneumonia em pacientes com DPOC.
Pessoas com DPOC devem observar cuidadosamente os sintomas mais característicos da pneumonia. Esses incluem:
- arrepios
- tremedeira
- aumento da dor no peito
- febre alta
- dores de cabeça e dores no corpo
As pessoas que sofrem tanto de DPOC quanto de pneumonia geralmente têm problemas para falar devido à falta de oxigênio.
Elas também podem ter expectoração de cor mais espessa e mais escura. O escarro normal é branco. O escarro em pessoas com DPOC e pneumonia pode ser verde, amarelo ou tingido de sangue.
Prescrição de medicamentos que normalmente ajudam os sintomas da DPOC não serão eficazes para os sintomas da pneumonia.
Procure atendimento médico imediato se sentir os sintomas acima associados à pneumonia. Você também deve consultar um médico se os sintomas da DPOC piorarem. É importante estar ciente de:
- dificuldade para respirar, falta de ar ou chiado
- inquietação, confusão, fala arrastada ou irritabilidade
- fraqueza inexplicável ou fadiga que dura mais de um dia
- alterações no escarro, incluindo cor, espessura ou quantidade
Complicações de pneumonia e DPOC
Ter pneumonia e DPOC pode resultar em complicações sérias, causando danos permanentes aos pulmões e outros órgãos importantes.
A inflamação da pneumonia pode limitar o fluxo de ar, o que pode danificar ainda mais os pulmões. Isso pode evoluir para insuficiência respiratória aguda, uma condição que pode ser fatal.
A pneumonia pode causar privação de oxigênio, ou hipóxia, em pessoas com DPOC. Isso pode levar a outras complicações, incluindo:
- dano a rins
- problemas cardiovasculares, incluindo acidente vascular cerebral e ataque cardíaco
- dano cerebral irreversível
Pessoas com um caso mais avançado de DPOC correm maior risco de complicações graves de pneumonia. O tratamento precoce pode ajudar a diminuir esses riscos.
Tratamentos respiratórios
Seu médico também irá prescrever medicamentos em nebulizadores ou inaladores para ajudar ainda mais a sua respiração e gerenciar os sintomas da DPOC.
Suplementação de oxigênio e até mesmo ventiladores podem ser usados para aumentar a quantidade de oxigênio que você está recebendo.
Cuide-se bem! Nesta época de inverno, crises de DPOC e de pneumonia podem aumentar.
Quais são as causas da pneumonia?
Muitos germes podem causar pneumonia, as mais comuns são bactérias e vírus presentes no ar que respiramos.
O corpo geralmente evita que esses germes infectem seus pulmões, porém às vezes esses germes podem dominar seu sistema imunológico, mesmo que sua saúde seja geralmente boa.
A pneumonia é classificada de acordo com os tipos de germes que a causam e onde você obteve a infecção.
Pneumonia adquirida na comunidade
A pneumonia adquirida na comunidade é o tipo mais comum de pneumonia. Ela ocorre fora dos hospitais ou outros estabelecimentos de saúde. Pode ser causada por:
- Bactérias: A causa mais comum de pneumonia bacteriana é pela bactéria streptococcus pneumoniae. Este tipo de pneumonia pode ocorrer por conta própria ou depois de ter resfriado ou gripe. Pode afetar uma parte do pulmão, sendo assim chamada pneumonia lobar.
- Organismos semelhantes a bactérias: A Mycoplasma pneumoniae, por exemplo, também pode causar pneumonia. Geralmente produz sintomas mais leves do que outros tipos. A pneumonia ambulante é um nome informal dado a este tipo de pneumonia, que tipicamente não é suficientemente grave para requerer descanso em cama e hospitalização.
- Fungos: Este tipo de pneumonia é mais comum em pessoas com problemas de saúde crônicos ou sistema imunológico enfraquecido, e em pessoas que inalaram grandes doses dos organismos. Os fungos que o causam podem ser encontrados em excrementos de solo ou pássaros e variam dependendo da localização geográfica.
- Vírus: Alguns dos vírus que causam resfriados e gripe podem causar pneumonia. Os vírus são a causa mais comum de pneumonia em crianças menores de 5 anos. A pneumonia viral geralmente é leve. Mas, em alguns casos, pode tornar-se muito grave.
Pneumonia adquirida no hospital
Algumas pessoas pegam pneumonia durante uma internação hospitalar para outra doença.
A pneumonia adquirida no hospital pode ser séria porque as bactérias que a causam podem ser mais resistentes aos antibióticos e porque as pessoas que a adquirem já estão doentes.
As pessoas que estão em máquinas de respiração (ventiladores), muitas vezes usadas em unidades de terapia intensiva, estão em maior risco de contrair este tipo de pneumonia.
Pneumonia por aspiração
A pneumonia de aspiração ocorre quando você inala comida, bebida, vômito ou saliva nos pulmões.
A aspiração é mais provável se algo perturbe seu reflexo normal de mordaça, como uma lesão cerebral ou problema de deglutição, ou uso excessivo de álcool ou drogas.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco da pneumonia são:
- Fumo: provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos
- Álcool: interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório
- Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias
- Resfriados mal cuidados
- Mudanças bruscas de temperatura
- Baixa imunidade
Quais os sintomas de pneumonia?
Entre os principais sintomas de pneumonia estão:
- Febre alta (Acima de 37,5° C)
- Tosse seca ou com catarro de cor amarelada ou esverdeada
- Falta de ar e dificuldade de respirar
- Dor no peito ou tórax
- Mal-estar generalizado
- Prostração (fraqueza)
- Suores intensos, principalmente a noite
- Náuseas e vômito
No entanto, esses sintomas, apesar de clássicos em adultos, podem mudar em crianças e idosos.
Veja mais abaixo:
Sintomas de pneumonia em crianças
Crianças com pneumonia bacteriana podem também apresentar sintomas, como:
- Respiração acelerada
- Respiração ruidosa
- Perda de apetite e recusa alimentar
- Dor abdominal
Vale ressaltar que, muitas vezes, no entanto, a criança pode apresentar os sintomas isoladamente, como apenas febre e tosse; ou somente dificuldade e aceleração da respiração.
Já a pneumonia viral normalmente surge após uma gripe comum, com sintomas como:
- Dor de garganta
- Coriza
- Dor de ouvido
- Espirros
- Dores no corpo
- Dor de cabeça
A criança com pneumonia viral pode apresentar sintomas de pneumonia bacteriana também. O quadro costuma durar poucos dias (entre 3 e 5) e se resolver sozinho.
Sintomas de pneumonia em idosos
Idosos saudáveis costumam apresentar os mesmos sintomas clássicos da pneumonia em adultos. No entanto, a associação com outros problemas de saúde pode fazer com que os sintomas variem um pouco.
Em idosos, é comum o desenvolvimento de sintomas comportamentais como:
- Confusão mental
- Perda de memória
- Desorientação em relação a tempo e espaço
A tosse nesta população costuma também ser mais seca. Por tudo isso, a pneumonia pode demorar a ser diagnosticada nesta população.
Quando devo procurar o médico?
Caso a febre persista por mais 48 a 72 horas e o paciente tenha desconforto respiratório com tosse é essencial procurar um médico.
Ficar atento aos diferentes sintomas é essencial também.
Quando for se consultar
Especialistas que podem diagnosticar são:
- Clínico geral
- Pneumologista
Diagnóstico de Pneumonia
O médico começará perguntando sobre seu histórico médico e fazendo um exame físico, como ouvir seus pulmões com um estetoscópio para verificar se há sons que sugerem pneumonia.
Se suspeitar de pneumonia, o seu médico pode recomendar os seguintes testes:
- Exames de sangue: Os exames de sangue são usados para confirmar uma infecção e para tentar identificar o tipo de organismo que causa a infecção. No entanto, a identificação precisa nem sempre é possível
- Raio x do tórax: Isso ajuda seu médico a diagnosticar pneumonia e determinar a extensão e localização da infecção. No entanto, não pode informar o seu médico sobre o tipo de germe que causa a pneumonia
- Oximetria de pulso: Isso mede o nível de oxigênio em seu sangue. A pneumonia pode evitar que seus pulmões movam oxigênio suficiente para a corrente sanguínea
- Teste de escarro: Uma amostra de fluido de seus pulmões (escarro) é tomada após tosse profunda e analisada para ajudar a identificar a causa da infecção.
O seu médico pode solicitar testes adicionais se tiver mais de 65 anos, estiver no hospital ou apresentar sintomas graves ou condições de saúde. Estes podem incluir:
- Tomografia computadorizada: Se a sua pneumonia não estiver limpando o mais rápido possível, seu médico pode recomendar uma tomografia computadorizada de tórax para obter uma imagem mais detalhada dos pulmões
- Cultura de fluido pleural: Uma amostra de fluido é tomada colocando uma agulha entre as costelas da área pleural e analisada para ajudar a determinar o tipo de infecção.
Tratamento de Pneumonia
Como é o tratamento da pneumonia?
O tratamento da pneumonia requer o uso de antibióticos, e a melhora costuma ocorrer em três ou quatro dias.
A internação hospitalar para pneumonia pode fazer-se necessária quando a pessoa é idosa, tem febre alta ou apresenta alterações clínicas decorrentes da própria pneumonia.
Algumas das alterações são: comprometimento da função dos rins e da pressão arterial, dificuldade respiratória caracterizada pela baixa oxigenação do sangue porque o alvéolo está cheio de secreção e não funciona para a troca de gases.
Hospitalização
Talvez seja necessária a internação se:
- O paciente tem mais de 65 anos
- Está confuso sobre o tempo, pessoas ou lugares
- Sua função renal diminui
- Sua pressão arterial sistólica é inferior a 90 milímetros de mercúrio (mm Hg) ou sua pressão arterial diastólica é de 60 mm Hg ou abaixo
- Sua respiração é rápida (30 respirações ou mais por minuto)
- O paciente precisa de assistência respiratória
- Sua temperatura está abaixo do normal
- Sua freqüência cardíaca é inferior a 50 ou superior a 100
As crianças podem ser hospitalizadas se:
- São menores de 2 meses
- Estão letárgicas ou têm excesso de sono
- Têm dificuldade para respirar
- Têm baixos níveis de oxigênio no sangue
- Parecem desidratadas
Principais medicamentos para pneumonia
Os remédios mais usados para o tratamento de pneumonia são:
- Acetilcisteína
- Aires
- Amoxicilina + Clavulanato de Potássio
- Ampicilina Sódica
- Astro
- Avalox
- Azitromicina
- Bactrim
- Bacteracin e Bacteracin-F
- Bepeben
- Bisolvon
- Bromexina
- Brondilat
- Ceclor
- Cefaclor
- Ceftriaxona Dissódica
- Ceftriaxona Sódica
- Ciprofloxacino
- Clavulin
- Clindamicina
- Cilodex
- Claritromicina
- Clindamin-C
- Clocef
- Clordox
- Doxiciclina
- Eritromicina
- Fluimucil
- Fluimucil (xarope)
- Fluitoss
- Hincomox
- Leucogen
- Levofloxacino
- Mucosolvan
- Novamox 2x
Lembrando sempre aos leitores que, somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento.
Sigam sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automediquem!
Não interrompam o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, sigam as instruções na bula.
Pneumonia tem cura?
A pneumonia tem cura e quando o tratamento é feito da forma correta algumas complicações podem ser evitadas.
Como funcionam o repouso e a recuperação?
O tempo de recuperação para pneumonia varia conforme o estado de saúde da pessoa antes de ser diagnosticada. Uma pessoa jovem e saudável geralmente responde melhor ao tratamento, voltando às atividades normais em uma semana.
Pessoas na meia idade ou mais velhas e que tem doenças concomitantes podem levar muitas semanas para se recuperar, podendo ser necessária inclusive a hospitalização.
Possíveis complicações
Mesmo com o tratamento, algumas pessoas com pneumonia, especialmente aquelas em grupos de alto risco, podem sofrer complicações, incluindo:
Bactérias na corrente sanguínea (bacteremia)
As bactérias que entram na corrente sanguínea de seus pulmões podem espalhar a infecção para outros órgãos, potencialmente causando insuficiência orgânica.
Dificuldade ao respirar
Se sua pneumonia é grave ou você tem doenças pulmonares subjacentes crônicas, você pode ter problemas para respirar com oxigênio suficiente.
Talvez seja necessário hospitalizar e usar uma máquina respiratória (ventilador) enquanto o pulmão se cura.
Acúmulo de líquidos em torno dos pulmões (derrame pleural)
A pneumonia pode fazer com que o líquido se acumule no espaço fino entre as camadas de tecido que alinham os pulmões e a cavidade torácica (pleura).
Se o fluído se infectar, você precisará drená-lo através de um tubo de tórax ou removido com cirurgia.
Abscesso pulmonar
Um abscesso ocorre se pus se forma em uma cavidade no pulmão. Um abscesso geralmente é tratado com antibióticos. Às vezes, a cirurgia ou drenagem com uma agulha longa ou tubo colocado no abscesso é necessária para remover o pus.
Qual é o prognóstico da pneumonia?
Se você tem pneumonia, é preciso tomar algumas medidas para se recuperar da infecção e prevenir complicações:
- Descanse bastante
- Siga o seu plano de tratamento conforme o seu médico aconselha
- Faça uso de todos os medicamentos que o seu médico prescreve. Se você estiver usando antibióticos, continue a tomar o medicamento até que tudo desapareça. Você pode começar a se sentir melhor antes de terminar o medicamento, mas você deve continuar a tomá-lo. Se você parar muito cedo, a infecção bacteriana e sua pneumonia podem voltar
- Pergunte ao seu médico quando deve agendar cuidados de acompanhamento. Seu médico pode recomendar uma radiografia de tórax para se certificar de que a infecção desapareceu.
Pode levar tempo para se recuperar da pneumonia. Algumas pessoas se sentem melhor e podem retornar às suas rotinas normais dentro de uma semana.
Para outras pessoas, pode levar um mês ou mais. A maioria das pessoas continua a sentir-se cansada por cerca de um mês.
Converse com seu médico sobre quando você pode voltar à sua rotina normal.
Como funciona a prevenção?
Lave as mãos com frequência, principalmente após:
- Assoar o nariz
- Ir ao banheiro
- Trocar fraldas
- Usar transporte público
- Também lave suas mãos antes de comer ou preparar alimentos.
Não fume. O fumo prejudica a capacidade dos pulmões de evitar a infecção.
As vacinas podem ajudar a prevenir a pneumonia em crianças, idosos ou pessoas com diabetes, asma, enfisema, HIV, câncer ou outras condições com efeitos a longo prazo:
- Uma droga chamada Synagis (palivizumabe) é ministrada a algumas crianças com menos de 24 meses para prevenir a pneumonia causada por vírus sincicial respiratório
- A vacina contra gripe previne pneumonia e outros problemas causados pelo vírus influenza. Ela deve ser aplicada anualmente para proteger contra novos ataques de vírus
- A vacina HIB previne a pneumonia em crianças de Haemophilus influenzae tipo B.
- A vacina pneumocócica (Pneumovax, Prevnar) reduz suas chances de contrair pneumonia de Streptococcus pneumoniae.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação contra a gripe reduz bastante as hospitalizações por pneumonias e a mortalidade global pela doença. Por isso, devem ser vacinados os grupos considerados mais sujeitos às formas graves da doença: gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto, crianças de 6 meses a 2 anos, profissionais de saúde, doentes crônicos, pessoas privadas de liberdade ou com 60 anos de idade ou mais.
Se você tiver câncer ou HIV, fale com seu médico sobre as maneiras de prevenir a pneumonia e outras infecções.
Benefícios do chá verde contra a pneumonia em mulheres
No ano de 2009, um estudo japonês publicado no American Journal of Clinical Nutrition sugeriu que o consumo de chá verde reduzia o risco de pneumonia em mulheres. O estudo da Universidade de Tohoku, em Sendai, no Japão, aconteceu com mais de 19 mil homens e 21,5 mulheres, com idade entre 40 e 79 anos.
De acordo com os pesquisadores, beber cinco ou mais xícaras da bebida por dia, reduziria em 47% as chances da doença em mulheres. Mas, os cientistas também afirmam que mesmo em quantidade menor o consumo do chá pode ter efeitos significativos, principalmente nos casos mais graves que podem levar à morte.
O estudo não conseguiu identificar por que o mesmo efeito não foi conquistado com o público masculino, mas os cientistas afirmam que alguma substância encontrada no chá pode ser a responsável pela proteção das mulheres contra a pneumonia.
Ainda tem alguma dúvida sobre pneumonia? Deixe seu comentário no box que o Cliquefarma terá prazer em lhe ajudar!