Pneumonia: entenda os sintomas e como tratar

Mulher no sofá se recuperando de sintomas de doenças respiratórias
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Sintomas de pneumonia deixam muitas pessoas preocupadas. Quando a tosse é preocupante, é importante ter atenção aos sinais e saber o que fazer. Muita gente pensa que tosse com catarro pode ser covid, gripe, asma ou outras doenças respiratórias, como a pneumonia.

Por este motivo, é essencial buscar mais conhecimento sobre a doença e entender o que é necessário para se recuperar dos sintomas e qual o tratamento correto para pneumonia, já que a doença ainda carrega alguns estigmas sociais.

Neste artigo, você encontrará as respostas para suas dúvidas, receberá informações da especialista do CliqueFarma e terminará a leitura com muito mais informações úteis para o seu dia a dia. Continue no artigo e entenda mais sobre esta inflamação pulmonar.

O que é pneumonia?

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) define pneumonia como uma infecção nos pulmões provocada por bactérias, vírus ou fungos. Em 60% dos casos o streptococcus pneumoniae é o agente causador da doença. Esta bactéria também pode ser responsável por outras doenças como meningite e otite, por exemplo.

Muitas doenças respiratórias como gripes, resfriados e sinusites ficam em evidência quando agravadas e geram preocupação. Mas a pneumonia precisa de acompanhamento médico e tratamento específico que difere dos exemplos citados. Por isso, é importante procurar um profissional para saber qual o diagnóstico exato e como não ser displicente com a saúde.

Quais os sintomas da pneumonia?

Tosse, febre e dor torácica são os principais sintomas da pneumonia. Em casos mais graves pode haver falta de ar. Outros sintomas como fadiga frequente, dor no tórax intensificada com respiração profunda e aumentada com a tosse, dores de cabeça, falta de apetite, náuseas e vômitos, desconforto generalizado, inquietude, mal-estar, e rigidez articular e muscular também podem ser sintomas.

A tosse é um sintoma muito frequente e indica características que ajudam a fechar o diagnóstico. Além disso, a tosse da pneumonia bacteriana costuma ter catarro espesso, enquanto a pneumonia viral costuma causar tosse seca.

Já a febre costuma ser mais baixa no caso das pneumonias virais. Nos idosos, pode haver pneumonia sem febre. Em crianças alguns sinais de agravo são: batimento de asa de nariz, movimentação com a cabeça para cima durante a respiração e respiração irregular.

Há diferentes tipos de pneumonia?

Existem quatro tipos diferentes de pneumonia. Confira quais são:

Pneumonia adquirida na comunidade (PAC)

A pneumonia adquirida em comunidade (PAC) é a que circula entre as pessoas, fora do ambiente hospitalar ou que se manifesta em até 48h após a internação. Este tipo ainda é uma das principais causas de morte em crianças com menos de cinco anos por todo o mundo.

Pneumonia associada a cuidados de saúde (PACS)

Este tipo pode ocorrer em qualquer doente que esteve internado por, pelo menos, dois dias. As subcategorias da PACS são a pneumonia no indivíduo imunocomprometido e a pneumonia por aspiração.

Pneumonia adquirida no hospital (PAH)

Pode ocorrer após 48h da admissão hospitalar e geralmente é tratada na unidade de internação (apartamento ou enfermaria). Nesse caso, o paciente já está hospitalizado e pode haver necessidade de tratamento em UTI.

Pneumonia associada aventilação mecânica (PAV)

Este tipo de pneumonia desenvolve-se pelo menos 48 horas após a entubação endotraqueal, quando se introduz o tubo respiratório na traqueia.

Em 2009, a Organização Mundial de Saúde (OMS) propôs o dia 12 de novembro como o Dia Mundial da Pneumonia. A data serve para lembrar da importância da luta pela prevenção da doença e conscientizar a população a respeito do tema.

Neste texto detalhamos mais sobre a pneumonia adquirida na comunidade. Pessoas saudáveis, que praticam exercício físico e têm boa alimentação correm menos risco de pneumonia. Manter uma vida saudável é de grande importância para a prevenção de doenças.

Como saber se está com início de pneumonia?

Aqui vamos focar na pneumonia adquirida na comunidade que normalmente tem como agente causador a bactéria streptococcus pneumoniae (pneumococo).

Esta bactéria está presente em nossa flora natural de microrganismos de via aéreas superiores, porém causa a doença quando invade os pulmões. Esta invasão acontece quando ocorrem fatores que diminuem a imunidade como um forte resfriado ou em pacientes com o sistema imune fragilizado, por exemplo. A expressão “princípio de pneumonia” não é correta, já que a doença se manifesta ou não.

Em alguns casos, a pneumonia adquirida na comunidade pode ser facilmente confundida com um resfriado forte, especialmente em pacientes sem problemas de saúde e condições respiratórias. O diagnóstico é fechado apenas pelo médico, considerando o histórico, relato do paciente e exame clínico.

Quando há necessidade, podem ser solicitador exames de imagem (raio x) ou exames de sangue. Ao desconfiar de um resfriado intenso, especialmente com dificuldade respiratória, associada a chiado, febre e tosse, procure um médico o mais rápido possível para avaliação clínica e tratamento específico.

Tosse com catarro pode ser pneumonia?

A tosse é um dos sintomas para fechar o diagnóstico de pneumonia adquirida na comunidade, mas não é o único. De forma isolada, a tosse não é indicativo de pneumonia e precisa estar associada a outros sintomas, especialmente dificuldade respiratória, chiado e febre.

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Como saber se a pneumonia está melhorando?

Para identificar se o caso de pneumonia está em fase de melhora é importante reparar alguns sinais. Confira quais são:

  • Melhora dos sintomas a partir do terceiro ao quinto dia do início do tratamento;
  • Redução da tosse;
  • Redução da temperatura corporal;
  • Sensação de melhor disposição física.

Durante a recuperação o paciente deve repousar, dormir bem e descansar quando sentir necessidade. Antibióticos e outros medicamentos devem ser usados de forma recomendada pelos médicos, com assistência e cuidado.

Qual o tratamento e tipos de remédio para pneumonia?

O tratamento para pneumonia pode variar de acordo com seu diagnóstico e tipo. Na maioria das vezes o tratamento requer utilização de antibióticos, mas também pode ser associado a outros tipos de medicamentos. Confira:

  • Anti-histamínicos;
  • Antipiréticos;
  • Descongestionantes nasais;
  • Antitussígenos.

Existem mais de 90 variações do pneumococo, principal agente causador da pneumonia. Sendo assim, as vacinas são direcionadas aos tipos com mais probabilidade de causar doença grave. Há dois tipos de vacinas pneumocócicas disponíveis: conjugada e de polissacáridos. As mais comuns são conhecidas como pneumocócica ou pneumo 13 e pneumo 23. É possível encontrar as vacinas na rede pública e privada.

O tratamento para pneumonia pode durar de 5 a 14 dias. Em casos mais leves, 3 dias podem ser suficientes para a recuperação. Já os casos mais graves podem precisar de mais dias para que se perceba uma melhora significante da doença. O importante é manter a medicação recomendada pelos médicos e continuar o tratamento indicado pelos profissionais.

Pergunte ao especialista

Se você chegou até aqui e ainda tem questões sobre pneumonia, separamos algumas perguntas comuns para que você tire todas as suas dúvidas. Veja as respostas da nossa especialista:

Como saber se é gripe ou pneumonia?

Apenas com o diagnóstico médico é possível definir esta diferença. Para isso, são exigidos exames físicos e até laboratoriais ou de imagem. É importante observar alguns sintomas: dificuldade respiratória, dores ao respirar, abertura das asas nasais e levantamento de cabeça ao respirar são alertas de agravamento do quadro da pneumonia. Ao perceber algum deles, procure um médico imediatamente.

Tosse com catarro pode ser covid?

Uma complicação clássica da covid19 é a pneumonia, podendo ser moderada a grave. Porém, ter covid não é sinônimo de complicação e pneumonia. Muitas vezes a covid19 não tem sintomas graves. A tosse na covid pode ou não estar presente e, mesmo presente, não é sinônimo de pneumonia. Para receber o diagnóstico de covid 19 é importante fazer o teste e, em alguns casos, ter auxílio médico.

É possível estar com pneumonia e não ter febre?

Especialmente os pacientes pediátricos e idosos podem desenvolver uma pneumonia e não apresentar febre. Porém, apresentam outros sintomas com maior intensidade. Na pediatria, a dificuldade respiratória e o esforço respiratório são fortes evidências e ao identificá-las deve-se procurar atendimento médico especializado imediatamente.

É possível pegar pneumonia de outra pessoa?

Boa parte dos casos de pneumonias é ocasionada pela bactéria já citada anteriormente. O pneumococo que é uma bactéria que vive em harmonia em nosso organismo nas vias aéreas superiores, portanto, não são contagiosas. São raras as chances de contágio direto. O contagio só se dá de pessoas doentes para pessoas em estado vulnerável, mesmo que sem saber. Já as pneumonias de origem viral ou causadas por fungos podem ser contagiosas, entretanto são mais difíceis de acontecer e comumente são vistas em ambientes hospitalares.

Importante: a pneumonia se manifesta por uma baixa no sistema imunológico por um agente infeccioso que pode ser um vírus de um resfriado como da influenza (gripe) ou da covid que são altamente transmissíveis.

Quantos dias de repouso para quem está com pneumonia?

Recomenda-se de 5 a 10 dias de repouso durante o tratamento.

O que é bom para pneumonia de modo caseiro?

O tratamento requer uso de medicamentos caracterizados como antibióticos. O tempo de tratamento e a classe do antibiótico é determinada pelo médico. Anti-histamínicos, antipiréticos, descongestionantes nasais e antitussígenos podem ser associados.

Quando a pneumonia está em curso e diagnosticada não é recomendado realizar tratamentos caseiros, já que é uma condição que requer atenção por ser de rápida complicação clínica se não tratada.

A melhor dica é tratar de forma correta com acompanhamento médico ou de profissional da saúde. Não só condições físicas, mas também condições emocionais são capazes de influenciar em nosso sistema imunológico.

Júlia Corrêa: Graduada em Farmácia pela Universidade Vale do Rio Doce (Univale), de Minas Gerais, em 2010. Júlia Correa atuou em farmácias, hospitais, gestão de benefício de saúde e na indústria farmacêutica. Possui experiência como propagandista médico nas áreas de pediatria, dermatologia, infectologia e ginecologia. CRF/SP 59683