Triglicérides – O que é, causas, sintomas e tratamento

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Os triglicérides, ou triglicerídeos, tratam-se da reserva de energia do corpo humano. Sua função é fornecer “combustível” para os músculos. Quando os triglicérides não são usados como forma de energia, passam a ser armazenados no tecido adiposo, como gordura.

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Essas gorduras entram no organismo de duas formas, pela alimentação e pela produção do próprio corpo. Assim como o colesterol, todos temos triglicérides e não há problema com isso, pelo contrário, mas em quantidades muito altas, os triglicerídeos estão relacionados a um maior risco cardiovascular, obesidade, esteatose hepática (gordura no fígado) e pancreatite, dentre outros.

Quais as principais causas?

Como vimos ali acima, adquirimos os triglicérides de duas formas, pela alimentação e pela produção do próprio organismo. Na alimentação, ele está disponível nos alimentos ricos em carboidratos simples e refinados, como açúcar, farinha branca, etc.) e nos gordurosos – principalmente de origem animal, como carnes, leite integral e queijos amarelos.

 

Quando a pessoa consome grandes quantidades destes alimentos e não pratica atividade física, ela pode ter os seus triglicerídeos aumentados. Isso porque durante os exercícios o corpo busca energia para continuar os movimentos, que são encontradas nestas fontes de gordura, o que diminuiu a circulação dele no sangue.

 

Além destes casos, também é possível que o paciente tenha uma alteração genética que faz com que os seus níveis de triglicérides permaneçam altos, mesmo com uma alimentação correta e rotina de exercícios, conhecida como hipertrigliceridermia familiar.

 

Há também alguns fatores que financiam a subida dos triglicérides – e podem passar despercebidos, por exemplo:

 

  • Remédios: diuréticos, corticoides, antipsicóticos, estrogênio oral… Todos podem favorecer a síndrome metabólica, que é um conjunto de disfunções marcado pelo ganho de barriga e o aumento dos triglicérides.
  • Hipotireoidismo: a tireoide é uma glândula responsável pelo ritmo de funcionamento do corpo inteiro. Portanto, se a sua produção de hormônios é deficiente, há uma lentificação na atividade da enzima que quebra os triglicérides no fígado.
  • Insuficiência renal: quando os rins não funcionam corretamente, fica faltando uma proteína que também participa do processo de desintegração das moléculas gordurosas. A partir daí, elas passam a aparecer em larga escala nos vasos sanguíneos.
  • Diabetes tipo 2: a doença está bastante ligada à obesidade. E a dupla, junta, intensifica a chamada resistência à ação da insulina. Essa condição, por sua vez, desregula as taxas de triglicérides e colesterol. Desequilíbrio nocivo para o coração.

 

Entendendo a hipertrigliceridemia

Casos leves a moderados estão relacionados à dislipidemia poligênica e a hábitos de vida. Casos graves e muito graves podem dever-se a causa secundária ou dislipidemia primária de padrão familiar.

 

Podemos ainda considerar:

  • Hiperglicemia (DM mal controlado);
  • Hipotireoidismo;
  • Medicamentos;
  • Consumo de álcool;
  • HIV e drogas antirretrovirais;
  • Insuficiência renal crônica, em especial síndrome nefrótica;
  • Patologias hepáticas, em especial as que cursam com colestase;
  • Síndrome de Cushing.

 

Para pacientes sem uma causa clara pela história clínica (diabetes descompensado ou etilismo) é recomendada uma avaliação laboratorial básica: glicemia, transaminases, fosfatase alcalina, bilirrubinas, TSH, creatinina e EQU. Demais investigações e exames devem ser guiados pela história clínica.

E os fatores de risco?

Toda pessoa que tenha uma alimentação rica em carboidratos e gorduras e/ou que não pratique exercícios está sujeita a sofrer de triglicérides alto. Podemos enumerar os principais agentes desencadeantes, tais como:

 

  • Excesso de peso ou obesidade
  • Acúmulo de gordura abdominal (visceral)
  • Síndrome metabólica
  • Alcoolismo
  • Resistência à insulina
  • Diabetes não controlado
  • Hipotireoidismo não tratado adequadamente.

Triglicerídeos alto traz sintomas?

Pessoas com hipertrigliceridermia, ou triglicérides alto, não possuem sintomas. A única forma de descobrir se há algo errado com os seus níveis de triglicerídeos é fazendo um exame de sangue.

 

Pacientes com taxas de triglicérides muito altas, normalmente nos casos genéticos, assim como no caso do colesterol alto, podem apresentar xantomas – que são placas de gordura (quase verrugas) amareladas que ficam posicionadas em áreas de dobras, como pálpebras e cotovelos.

Quando chega a hora de procurar o médico

Já que não apresenta sintomas, é provável que uma pessoa apenas descubra que tem triglicérides elevados em um exame de sangue de rotina. Depois de descoberto através dos exames, seu médico pode recomendar o acompanhamento com um profissional nutrólogo, nutricionista ou ainda um endocrinologista.

 

Também, no caso de uma pessoa com risco cardiovascular aumentado (como as que têm obesidade), pode ser indicada uma consulta com um cardiologista. Da mesma forma, caso seja identificado algum outro risco no paciente por conta dos triglicérides altos.

Como é feito o diagnóstico?

Como dito, o diagnóstico de triglicerídeos alto (hipertrigliceridermia) é feito através de exames de sangue.

Qual é o nível normal de triglicérides?

No Brasil, os médicos consideram que a pessoa não tem o problema caso as suas taxas estejam abaixo de 150 mg de triglicérides por 100 ml de sangue. Até 200 é considerado limítrofe e acima disso são níveis altos. Quando o resultado indica mais de 500, normalmente ele está relacionado ao tipo genético do problema, a hipertrigliceridermia familiar.

Como funciona o exame de triglicérides

Por que fazer este exame?

Para avaliar o risco de doença cardíaca.

Quando devo fazer este exame?

Como parte do perfil lipídico durante um exame de saúde de rotina. No entanto, deve ser repetido com uma frequência maior em pessoas com fatores de risco de doença cardiovascular ou que estão sendo tratadas por causa de níveis altos de triglicerídeos.

 

Amostra: Uma amostra de sangue de uma veia ou de uma picada em um dedo.

É necessária alguma preparação?

Alguns laboratórios ainda recomendam que a colheita seja feita com a pessoa em jejum de 9 a 12 horas. Só é permitida a ingestão de água. Além disso, não deve ser ingerido álcool durante 24 horas antes da colheita.

Algumas adaptações

Os laboratórios não precisarão mais exigir que pacientes fiquem 12 horas em jejum para realizar exames do perfil lipídico, que medem os níveis de gordura no sangue, como o de colesterol total, HDL-C, não HDL-C, LDL-C e triglicerídeos.

 

A recomendação deverá beneficiar crianças, idosos e diabéticos, mais sujeitos a se sentirem mal ao ficar sem comida. O jejum de 12 horas será indicado apenas para quem fizer o exame de triglicerídeos e tiver um resultado igual ou superior a 440 mg/dL. Neste caso, o exame deverá ser refeito.

 

A flexibilização do jejum vinha sendo discutida no país desde que um estudo sobre o tema foi publicado em 2017 na Dinamarca.

 

As novas recomendações, que contam com o aval de Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), SBAC (Sociedade Brasileira de Análises Clínicas), SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), DA/SBC (Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia), SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) e SBPC/ML (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial), já foram repassadas para os laboratórios do país e entrou  nas rotinas da maioria em 2018.

 

Como o exame é usado?

A medida dos triglicérides no sangue em geral é feita como parte de um perfil lipídico usado para avaliar o risco de doença cardíaca. Por isso, ela pode ser usada para monitorar pessoas com fatores de risco de doença cardíaca e aquelas que tiveram infarto do miocárdio ou que estão sendo tratadas por causa de níveis altos de triglicerídeos.

 

Alguns fatores de risco para doença cardíaca incluem:

 

  • Fumo.
  • Idade (homens com 45 anos de idade ou mais e mulheres com 55 anos de idade ou mais).
  • Hipertensão arterial (pressão arterial de 140/90 ou mais ou pessoas em tratamento com medicamentos anti-hipertensivos).
  • História familiar de doença cardíaca prematura (em parentes próximos – homens com menos de 55 anos de idade e mulheres com menos de 65 anos de idade).
  • Diabetes melito.

 

Em diabéticos, é importante medir os triglicerídeos como parte de exame dos lipídios porque eles aumentam quando os níveis de glicemia não estão bem controlados.

Quando o médico pede esse exame?

O perfil lipídico, incluindo triglicerídeos, é recomendado a cada 5 anos em adultos saudáveis para avaliar o risco de doença cardíaca. O exame em geral não é pedido isolado porque o risco de doença cardíaca se baseia também nos níveis de colesterol (colesterol total, colesterol HDL, colesterol LDL). 

 

Pode ser pedido com maior frequência para quem têm fatores de risco de doença cardíaca identificados ou para monitorar pessoas que têm níveis altos de triglicerídeos e estão sendo tratadas.

 

Os triglicerídeos e o perfil lipídico em geral não são pedidos para crianças e adolescentes sem fatores de risco. No entanto, é recomendada uma triagem com perfil lipídico de crianças e jovens com risco aumentado de desenvolvimento de doença cardíaca na vida adulta. 

 

Alguns desses fatores de risco são semelhantes aos de adultos e incluem uma história familiar de doença cardíaca ou problemas de saúde, como diabetes, hipertensão arterial ou excesso de peso. Crianças com fatores de risco devem fazer seu primeiro perfil lipídico com 2 a 10 anos de idade, de acordo com a American Academy of Pediatrics, dos EUA. 

 

Crianças com menos de dois anos de idade não têm necessidade de serem testadas.

 

O que significa o resultado do exame?

Os triglicerídeos serão medidos como parte do perfil lipídico e o médico levará em consideração o resultado de cada componente do perfil.

 

Em adultos, os resultados de triglicerídeos são mensurados da seguinte maneira:

 

  • Desejável: menos de 150 mg/dL.
  • Limítrofe: 150-199 mg/dL.
  • Alto: 200-499 mg/dL
  • Muito alto: acima de 500 mg/dL

 

Lembrando que: Esses valores se baseiam nos níveis de triglicerídeos em jejum.

Níveis altos de triglicerídeos estão associados a um aumento do risco de doença cardíaca. Esses resultados podem ser devido a diversas causas, incluindo:

 

  • Inatividade física, excesso de peso ou obesidade.
  • Fumo.
  • Consumo excessivo de álcool.
  • Problemas como diabetes do tipo 2 e/ou doença renal.
  • Hipotireoidismo.
  • Fatores genéticos.

 

Quando os triglicerídeos estão muito altos (mais de 1.000 mg/dL) há risco de desenvolver pancreatite. O tratamento para diminuí-los deve ser iniciado o mais cedo possível.

 

A classificação dos resultados de triglicérides em crianças e adolescentes é diferente da de adultos. Converse com o pediatra sobre os resultados de seus filhos.

 

É possível monitorar os níveis de triglicerídeos em casa?

Existem alguns meios para avaliar em casa os níveis de lipídios, incluindo triglicerídeos. 

 

Há dois tipos de exames que se pode fazer: um em que você colhe o sangue em casa e o envia para o laboratório e outro em que você mesmo faz o exame (automonitoração).

 

A American Heart Association, dos EUA, não se posicionou em relação ao uso de aparelhos para medir lipídios em casa. 

 

O que é o VLDL e como ele se relaciona com os triglicerídeos?

Lipoproteínas de densidade muito baixa (em inglês, VLDL – very low density lipoproteins) são um dos três tipos de proteínas transportadoras de lipídios no sangue. Os outros são HDL (lipoproteínas de alta densidade) e LDL (lipoproteínas de baixa densidade). Todas formam partículas contendo proteínas, colesterol e triglicerídios, em quantidades variáveis para cada tipo de partícula.

 

As LDL contêm a maior quantidade de colesterol, as HDL têm mais proteínas e as VLDL maior quantidade de triglicerídeos. Como as VLDL possuem a maior parte dos triglicérides circulantes, e a composição das diferentes partículas é relativamente constante, é possível avaliar a quantidade de colesterol VLDL dividindo o resultado dos triglicerídeos (em mg/dL) por 5.

 

Como no momento não há uma forma simples e direta de medir o colesterol VLDL, essa fórmula é usada na maioria dos laboratórios. O cálculo não é válido quando os triglicerídeos estão acima de 400 mg/dL. Mostrou-se que níveis altos de colesterol VLDL estão associados a um risco aumentado de doença cardíaca e de acidente vascular cerebral.

O que é o perfil lipídico?

Trata-se de um grupo de exames pedidos frequentemente em conjunto para avaliar o risco de doença cardíaca coronariana. São bons indicadores do risco de infarto do miocárdio ou de acidente vascular cerebral causados por bloqueio de vasos sanguíneos ou endurecimentos das artérias (aterosclerose). O perfil lipídico em geral inclui:

 

  • Colesterol total
  • Colesterol HDL — com frequência chamado colesterol “bom”
  • Colesterol LDL —com frequência chamado colesterol “mau”
  • Triglicerídeos

 

Um perfil estendido pode incluir:

 

  • Colesterol VLDL
  • Colesterol não-HDL

 

Algumas vezes, o relatório inclui valores adicionais, como a relação colesterol total/colesterol HDL ou um escore de risco baseado nos resultados e em idade, sexo e outros fatores de risco. Pergunte a seu médico o que significam esses dados para você.

O que é avaliação de risco cardíaco?

É a utilização desse grupo de exames para indicar a probabilidade de um evento cardiovascular, como um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral. A probabilidade é expressa em termos de grau de risco: pequeno, moderado e alto.

 

O que é incluído na avaliação de risco cardíaco?

Não é incomum os indicadores mais importantes de risco cardíaco serem os dados pessoais de saúde. Idade, fatores hereditários, peso, fumo, pressão arterial, exercícios e diabetes são importantes para determiná-lo. O perfil lipídico inclui os exames mais importantes para avaliação de risco.

 

Há exames de imagem, não invasivos e invasivos, que podem ser usados na avaliação de risco cardíaco. Os não invasivos incluem eletrocardiograma, prova de esforço, cintilografia com prova de esforço, tomografia computadorizada, ecocardiograma e angiografia por ressonância magnética. Exames invasivos incluem angiografia ou arteriografia e cateterismo cardíaco. 

 

Como o perfil lipídico é usado?

Uma dieta saudável e exercícios são importantes para reduzir a pressão arterial, o colesterol e os triglicerídeos. Porém, algumas vezes, essas mudanças de estilo de vida não são suficientes para atingir os níveis desejados. Há também alguns medicamentos, como as estatinas, que são eficazes para o controle dos lipídios. 

 

Alguns estados clínicos envolvendo níveis elevados de lipídios são hereditários. Nesses casos, os níveis de lipídios nem sempre podem ser diminuídos com dieta e exercícios, e há necessidade de tratar com medicamentos.

 

Informações adicionais

Os triglicerídeos podem ficar muito altos se a pessoa for diabética e sua glicemia estiver fora de controle.

 

Eles também aumentam muito após as refeições, chegando a valores 5 a 10 vezes maiores que os de jejum algumas horas após a pessoa se alimentar. Mesmo os níveis em jejum variam bastante de um dia para o outro. Assim, variações modestas entre exames feitos em dias diferentes não são consideradas anormais.

 

Vale frisar, como já mencionado anteriormente, alguns medicamentos, como corticoesteroides, inibidores de proteases usados no tratamento de HIV, beta bloqueadores e estrogênios podem aumentar os níveis de triglicerídeos.

 

Há um interesse crescente na medida dos triglicerídeos em pessoas que não estão em jejum. A razão para isso é que a amostra sem jejum pode ser mais representativa dos níveis circulantes “usuais” de triglicerídeos porque, na maior parte do dia, os níveis de lipídios são pós-prandiais, e não em jejum. Entretanto, não se sabe ainda como interpretar esses resultados em termos de avaliação de risco, e permanecem as recomendações atuais de jejum antes da coleta dos exames de lipídios.

 

Em 2013, o Ministério da Saúde aprovou o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Dislipidemia para a prevenção de eventos cardiovasculares e pancreatite.

 

Tratamento de Triglicérides

Medidas para diminuir os triglicérides

Quando a pessoa tem a taxa de triglicérides de até 200 mg por 100 ml de sangue, normalmente se consegue tratar a hipertrigliceridermia apenas ajustando os hábitos de vida, ou seja, com uma dieta melhor, reduzindo o consumo de álcool e praticando atividade física.

 

Entre 250 e 300, alguns médicos podem tentar abaixar a quantidade de triglicérides circulantes no sangue apenas com o estilo de vida, dependendo da situação clínica de cada paciente. Acima disso são utilizados remédios, alguns exemplos são os fibratos, também podem ser prescritas a ezetimiba em associação com estatinas para controle do colesterol.

 

Quando o quadro de triglicérides alto está relacionado a outras condições de saúde, como o hipotireoidismo e o diabetes descontrolado, tratando a doença se resolve o problema com este segundo.

 

No caso de hipertrigliceridermia familiar, ou seja, quando o nível de triglicérides alto é genético, a pessoa precisará fazer uso de remédios para o resto da vida para conter os seus níveis no sangue.

 

Ressaltando que em todos os casos a mudança de estilo de vida, ou seja, adequação da dieta e prática constante de atividades físicas, fazem parte do tratamento e não devem ser excluídas.

Existem alimentos que pioram o quadro?

Não existem alimentos que ajudem a diminuir a absorção de triglicérides no organismo, como acontece no caso do colesterol, por exemplo. No caso de hipertrigliceridermia (triglicérides elevados), a pessoa precisará deixar de ingerir ou diminuir o consumo de certos alimentos a fim de controlar o quadro.

 

Alimentos fonte de gordura animal, por exemplo, devem ser evitados. Dentre eles temos:

 

  • Carne vermelha ou gordurosa
  • Peixes ricos em gorduras, como o salmão
  • Leite integral
  • Queijos amarelos
  • Outros ricos em gorduras saturadas.

 

Porém vale lembrar que, a principal fonte de triglicérides para o corpo são os carboidratos em excesso, principalmente os simples. Alguns exemplos são:

 

  • Açúcar
  • Refrigerantes
  • Massas brancas
  • Alimentos com farinha branca, como pães e tapioca
  • Arroz branco
  • Batata
  • Mandioca.

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Nestes casos, sempre deve se dar preferência para alimentos em versões integrais, mas também não se pode exagerar na quantidade ingerida, uma vez que estes também são carboidratos e tem o seu papel no aumento dos triglicérides.

 

Versões fritas de qualquer alimento também devem ser evitadas, dando preferência aos cozidos, grelhados ou assados.

Algumas mudanças alimentares e no estilo de vida 

Receber o diagnóstico de colesterol alto vira alvo de grande preocupação para muitas pessoas. O mesmo nem sempre acontece com aquelas que descobrem ter alto nível de triglicérides – ou triglicerídeos – no sangue. Menos agressivos, os triglicérides costumam ser ignorados por muitos, mas eles também são perigosos se não controlados: aumentam os riscos de doenças coronarianas e até de desenvolver diabetes.

 

Ainda assim, as melhores formas de baixar o nível de triglicérides não se restringem apenas à alimentação. Confira sete dicas que ajudam a controlar a taxa dessa gordura.

Diminuindo Carboidratos

Os triglicerídeos são originados de duas maneiras: pela ingestão de alimentos ricos em gordura ou pela sintetização de carboidratos no fígado. Por isso, uma das primeiras recomendações médicas para baixar o nível de triglicérides é criando uma dieta balanceada e, claro, com baixo teor de carboidratos. Isso inclui massas, frutas e tubérculos, como a batata.

Aumentando o consumo de verduras e legumes

Verduras e legumes também não podem faltar no cardápio. “Alguns deles até apresentam uma porcentagem considerável de carboidratos, mas, ainda assim, serão sempre mais bem-vindos do que alimentos processados, como pães e massas”, explica o endocrinologista Amélio Godoy Matos, que já foi presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Cuidado com o álcool

“Bebidas alcoólicas são altamente calóricas, estimulando a produção de triglicerídeos e por isso, devem ser evitadas”, aconselha o profissional. Uma latinha de cerveja, por exemplo, tem 147 calorias; uma taça de vinho tinto seco, 107 e uma única dose de uísque, 240 calorias.

Invista no consumo de Ômega 3

Peixes, como salmão e atum, são alimentos ricos em ácidos graxos ômega 3, uma gordura insaturada, que reduz o nível de triglicérides do sangue. Assim, seu consumo sempre deve ser priorizado quando a outra opção for uma carne vermelha. Lembre-se, apenas, de preparar o peixe de forma que ele fique com baixo teor de gordura, sendo a melhor alternativa grelhá-lo.

Açúcar é um vilão

Controle o consumo de doces, já que o açúcar é um tipo de carboidrato. No organismo, ele é quebrado e transformado em partículas menores que serão absorvidas. O problema é que essa absorção estimula a produção de triglicerídeos pelo fígado. Além disso, há um depósito dessa gordura no pâncreas que atrapalha o funcionamento das células de insulina, fazendo com que a taxa de glicose no sangue também aumente.

Abandone o tabagismo

O tabagismo aumenta os riscos de doenças cardiovasculares e diabetes, sendo um hábito prejudicial que potencializa os prejuízos causados pela alta taxa de triglicerídeos no sangue. Assim como o açúcar, ele causa resistência de insulina devido ao acúmulo de gordura no abdômen.

Aposte nos exercícios

“Excesso de peso é a principal causa de aumento de triglicerídeos no sangue”, explica Amélio Godoy. Por isso, aliar uma dieta equilibrada à prática de exercícios físicos, de preferência aeróbicos, é a melhor maneira de combater o alto nível de triglicérides, uma vez que ele aumenta a queima de gordura corporal.

 

Algumas indicações de tratamento:

 

  • Hipertrigliceridemia leve (entre 150 e 199 mg/dL) a moderada (entre 200 e 999 mg/dL):

 

Se o objetivo for redução de eventos cardiovasculares, não há recomendação do uso de fibratos ou outras medicações para redução de triglicerídeos. Nessa situação é mais benéfico utilizar estatinas.

 

  • Hipertrigliceridemia grave (entre 1000 e 1999 mg/dL):

 

A recomendação não é clara, mas de uma forma geral se recomenda o uso de medicamento para evitar a progressão a valores muito elevados de triglicerídeos;

 

  • Hipertrigliceridemia muito grave (acima de 2000 mg/dL):

 

Está recomendado o tratamento com remédio para redução dos triglicerídeos e prevenção de pancreatite.

O tratamento não farmacológico se baseia em:

 

  • Dieta pobre em carboidratos simples (amidos, em especial os refinados);
  • Redução do consumo de gordura, em especial as saturadas;
  • Realização de exercícios combinados, tanto aeróbicos como de resistência.

 

No tratamento farmacológico, deve-se dar preferência aos fibratos, pois são os medicamentos mais estudados. Além disso, algumas referências relacionam seu uso com redução de eventos cardíacos não fatais. Pode-se utilizar:

 

  • Ciprofibrato 100 mg 1 vez ao dia;
  • Fenofibrato 200 mg 1 vez ao dia;
  • Gemfibrozil 600 mg 2 vezes ao dia antes do café e do jantar.

 

As opções de segunda linha são o Ácido nicotínico de liberação prolongada, iniciar com 500 mg após a refeição da noite, dose máxima de 2 g à noite; e Ômega 3 em cápsulas de 1g, utilizar 2 a 4 cápsulas ao dia.

A importância de se priorizar a alimentação

O colesterol (que nem gordura é; quimicamente falamos de um álcool complexo) ganhou os holofotes por ser reconhecidamente um fator de risco direto para problemas no sistema circulatório. Pesquisas comprovam que o uso de remédios para baixá-lo reduz em até 40% os desfechos cardiovasculares e também aplaca a mortalidade. 

 

Então percebemos que os triglicérides entraram numa certa penumbra, porque alguns estudos insinuaram que as drogas voltadas ao seu controle não evitam óbitos, embora diminuam em 13% o risco de infarto, AVC e afins.

 

O fato é que, quando se encontra numa quantidade elevada, os triglicérides instigam o surgimento de radicais livres e processos inflamatórios, dois perigos aos vasos. Fora isso, estimulam a fabricação exagerada de VLDL no fígado e de quilomícrons no intestino. “Essas duas lipoproteínas são quebradas, então, nas chamadas partículas remanescentes, que contribuem diretamente para o entupimento das artérias”, ensina Michael Miller, epidemiologista da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

 

Miller atualizou um artigo de 2011 que avalia a influência dos hábitos no equilíbrio dos triglicérides. O novo texto diz: “Mudanças no estilo de vida podem reduzir as taxas em 50% ou mais”. Fernando Flexa Ribeiro Filho, presidente do Departamento de Dislipidemia e Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, compara: “Quando se fala em colesterol, esse número não supera 30%”. 

 

Uma das principais medidas para conter os triglicérides é moderar no pão branco, no macarrão, no açúcar…

Segundo a revisão de Michael Miller, se você trocar 10% das calorias provenientes do carboidrato – nutriente que sobra em macarrão e outras massas – pelas originárias de gorduras poli ou monoinsaturadas, diminui de 10 a 20% a quantidade de triglicérides.

 

Recorrendo à matemática: um pão francês possui aproximadamente 112 calorias vindas de carboidratos, o que, em uma dieta tradicional de 2 mil calorias, representa 5,6% do total. Logo, ao riscar um pãozinho da conta diária, há uma potencial subtração de 11,2% na taxa que será exibida pelos exames. 

 

É óbvio que, para fechar esse cálculo do bem, é importante adicionar gorduras insaturadas ao menu. Entre as opções, vale destacar o ômega-3, encontrado principalmente nos peixes marinhos. “Descobertas recentes apontam que ele inibe a síntese de triglicérides no fígado”, conta Cintra. “Tanto que suplementos com essa substância já são prescritos para alguns pacientes com triglicérides descontrolados”, arremata. 

 

Incrementar sua ingestão em 1 grama por dia acarreta uma queda de 5 a 10% na concentração desse inimigo.

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Referências bibliográficas

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