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Você deve ler atentamente esta bula antes de começar o tratamento com Hemax Eritron. Estas informações não substituem as orientações do seu médico. Você e seu médico devem conversar a respeito das suas condições médicas antes do início e durante o tratamento com Hemax Eritron. Se houver alguma informação que você não entenda ou se você necessitar de esclarecimentos adicionais, consulte o seu médico, que poderá orientá-lo.
O Hemax Eritron é um medicamento antianêmico, que estimula a eritropoiese, ou seja, a formação e liberação das hemácias (células vermelhas do sangue) a partir da medula óssea.
A eficácia de Hemax Eritron é medida pelo aumento do hematócrito (quantidade de células vermelhas no sangue) resultante do tratamento. O aumento do hematócrito não é imediato. Geralmente, leva algumas semanas para que o hematócrito comece a aumentar.
O tempo e a dose de Hemax Eritron necessários para promover o aumento variam de acordo com cada paciente.
Hemax Eritron não deve ser usado em pacientes com alergia à alfaepoetina, à albumina humana, a produtos derivados de linhagens celulares de mamíferos e/ou a qualquer outro componente da fórmula.
Não use Hemax Eritron se você tiver pressão alta não controlada ou de difícil controle ou aplasia pura da série vermelha (ausência total de produção das células vermelhas) após tratamento prévio com epoetina.
Hemax Eritron é contraindicado em pacientes com comprometimento grave das artérias coronarianas, das artérias periféricas, da carótida ou doença vascular cerebral grave, em pacientes que tenham sofrido infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral recentes, e em pacientes que serão submetidos a cirurgia ortopédica eletiva de grande porte e que participam de um programa de pré-depósito de sangue autólogo.
Esse medicamento é contraindicado em pacientes que, por qualquer razão, não possam receber profilaxia adequada com antitrombóticos (medicamentos que evitam trombose e/ou oclusão de vasos sanguíneos).
Seu médico irá prescrever a dose exata e irá lhe dizer com que frequência você deve tomá-la.
Hemax Eritron pode ser administrado por injeção intravenosa ou subcutânea. Uma enfermeira, você ou outra pessoa treinada pode ser responsável pela aplicação da injeção.
Se você for fazer a aplicação, certifique-se que entendeu corretamente as instruções de como Hemax Eritron deve ser aplicado:
A injeção deve ser aplicada durante 1 a 5 minutos, dependendo da dose total. Em pacientes em hemodiálise, a injeção deve ser aplicada após a sessão de diálise. Injeções mais lentas, durante 5 minutos, podem ser benéficas em pacientes que apresentem efeitos colaterais do tipo gripal. Hemax Eritron não deve ser administrado em infusão ou combinado a outras soluções parenterais.
A injeção subcutânea é dada por meio de aplicação sob a pele, normalmente atrás do braço, na parte superior da coxa ou no abdômen. O volume máximo por local de injeção é de 1 mL. Portanto, para volumes maiores, deve-se utilizar mais de um local de aplicação.
Se utilizada por via oral, a alfaepoetina não apresenta o efeito desejado.
Antes do início do tratamento com Hemax Eritron devem ser descartadas outras causas de anemias (por exemplo: déficit de ácido fólico ou vitamina B12) e corrigidos fatores concomitantes que podem agravar a anemia, em especial o déficit de ferro. Portanto, devem ser realizados estudos do metabolismo do ferro que incluem dosagem de ferro sérico, capacidade total de saturação e porcentagem de saturação da transferrina e ferritina sérica. Recomenda-se que os pacientes tenham uma saturação de transferrina maior que 20% e mais de 100 ng/dL de ferritina antes de iniciar o tratamento com Hemax Eritron. Os níveis de ferro devem ser monitorados e mantidos em valores adequados durante o tratamento com alfaepoetina.
A pressão arterial deve ser controlada antes do tratamento e monitorada cuidadosamente durante o mesmo
A dose inicial recomendada em pacientes adultos em hemodiálise é de 50 UI/Kg/dose por via intravenosa ou de 40 UI/Kg/dose via subcutânea, três vezes por semana. Após quatro semanas de tratamento, deve-se ajustar a dose de acordo com o aumento alcançado nos níveis de hemoglobina (alvo entre 10 e 12 g/dL):
A dose máxima sugerida é de 300 UI/Kg, três vezes por semana.
Uma vez atingido o valor desejado, pode-se reduzir a dose em 30% e passar a utilizar a via subcutânea se o paciente iniciou o tratamento pela via intravenosa. A dose de manutenção deve ser individualizada para cada paciente, variando de 25 a 200 UI/Kg/dose por via intravenosa ou subcutânea. Os ajustes de dose devem ser realizados entre intervalos não menores que 4 semanas, uma vez que a resposta à alteração da dose se evidencia após 2 a 6 semanas. Se não houver resposta terapêutica em 12 semanas de uso de Hemax Eritron, deve-se investigar o perfil férrico do paciente para possível suplementação se os níveis de transferrina se encontrarem abaixo de 20%. Se transfusões sanguíneas forem necessárias, o uso de Hemax Eritron deve ser descontinuado.
Em pacientes pediátricos, a dose inicial recomendada é igual a dos adultos: 50 UI/Kg/dose por via endovenosa 3 vezes por semana, para pacientes dialíticos; e 40 a 50 UI/Kg, por via subcutânea, 3 vezes por semana, para pacientes não-dialíticos. A dose de manutenção depende do tamanho corpóreo. A dose utilizada habitualmente, administrada três vezes por semana é:
Deve-se reduzir gradualmente a dose até o valor mais baixo que permita manter o hematócrito e a hemoglobina nos níveis desejados (hemoglobina entre 10 e 12 g/dL).
Existem dois regimes de administração de Hemax Eritron que podem ser empregados:
Administração três vezes por semana: a dose inicial recomendada é de 150 UI/Kg/dose, três vezes por semana por via subcutânea. No caso de não se obter resposta após 8 semanas, pode-se aumentar a dose em 50 UI/Kg/dose até o máximo de 300 UI/Kg/dose, três vezes por semana. Se a hemoglobina atingir 12 g/dL ou aumentar mais de 1 g/dL no período de 2 semanas, reduzir a dose em 25%.
Se os valores do hematócrito excederem 40%, interromper a administração até que o valor chegue a 36%. Reduzir a dose em 25% quando reiniciar o tratamento e avaliar se o hematócrito se manteve dentro dos valores desejados.
No caso de pacientes pediátricos com idades entre 6 meses e 18 anos, as doses reportadas foram de 25 a 300 UI/Kg por via intravenosa ou subcutânea, três a sete vezes por semana.
Administração em dose única semanal: a dose inicial em adultos é de 40.000 UI, via subcutânea, uma vez por semana. Se após 4 semanas a hemoglobina não aumentou 1 g/dL, na ausência de transfusão, deve-se aumentar a dose de Hemax Eritron para 60.000 UI. Se o tratamento com Hemax Eritron produzir uma resposta rápida, por exemplo, um aumento de hemoglobina maior que 1 g/dL em um período de 2 semanas, deve-se reduzir a dose em 25%.
Não se deve iniciar a terapia com Hemax Eritron nesses pacientes se a hemoglobina inicial estiver acima de 10 g/dL. Os ajustes das doses devem ser realizados para manter o menor nível de hemoglobina possível necessário para evitar transfusões sanguíneas. O tratamento deve ser descontinuado se não houver resposta terapêutica após 8 semanas de uso, se apesar do uso da alfaepoetina ainda forem necessárias transfusões sanguíneas e após o fim do ciclo de quimioterapia.
Deve-se interromper a administração de Hemax Eritron se o valor de hemoglobina exceder 13 g/dL e reiniciar o tratamento com uma dose reduzida em 25% quando a hemoglobina atingir um nível inferior a 12 g/dL. Descontinuar o tratamento aproximadamente 4 semanas após o término da quimioterapia.
Se os pacientes não responderem satisfatoriamente à dose semanal de 60.000 UI após 4 semanas, é pouco provável que respondam a doses maiores de Hemax Eritron.
Em pacientes pediátricos foram utilizadas doses de 600 UI/Kg (máximo de 40.000 UI), via intravenosa, uma vez por semana, com ajuste de doses até o máximo de 60.000 UI.
Hemax Eritron reduz a necessidade de transfusão e aumenta o hematócrito nos pacientes HIV positivos, resultando no aumento significativo da qualidade de vida. Os pacientes com níveis de eritropoietina endógena inferiores a 500 mUI/mL respondem melhor ao tratamento, portanto, recomenda-se realizar a dosagem de eritropoietina antes do início do tratamento.
A dose inicial recomendada é de 150 UI/Kg/dose (50 a 400 UI/Kg) em crianças (maiores que 6 meses de idade), duas a três vezes por semana, por via intravenosa ou subcutânea, durante 8 semanas. Pode-se avaliar a resposta após 4 semanas de tratamento. No caso de não se obter uma resposta satisfatória, pode-se aumentar esta dose em 50 UI/Kg até o máximo de 300 UI/Kg, três vezes por semana. Os ajustes necessários devem ser feitos de forma a manter os níveis mais baixos de hemoglobina necessária para evitar transfusões e não exceder o limite superior de segurança de 12 g/dL.
A resposta ao tratamento com alfaepoetina pode diminuir na presença de infecções ou episódios inflamatórios.
Se os valores do hematócrito excederem 40% ou a hemoglobina exceder 12 g/dL, interromper a administração até que o valor chegue a 36%. Reduzir a dose em 25% quando reiniciar o tratamento e avaliar se o hematócrito se manteve dentro dos valores desejados.
O uso de Hemax Eritron na anemia do prematuro reduz as necessidades de transfusão, medidas tanto pelo número de pacientes transfundidos, quanto pelo volume de sangue transfundido.
A dose recomendada é de 250 UI/Kg, três a cinco vezes por semana, por via intravenosa ou subcutânea, a partir da segunda semana de vida e durante oito semanas.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se você se esqueceu de administrar uma dose, consulte seu médico para obter informações sobre como, quando e em que dose deve administrar a próxima dose. Não aplique duas doses de uma só vez.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Avise seu médico se você souber que apresenta ou já apresentou alguma das seguintes condições:
Informe seu médico se você não puder utilizar medicamentos para afinar o sangue.
Se você for atendido em um hospital ou por outro médico ou realizar um exame de sangue, lembre-se de informar ao médico que você está usando Hemax Eritron, pois este produto pode afetar os resultados dos exames.
Informe seu médico se você apresenta quaisquer outros problemas médicos, uma vez que eles podem afetar o uso de Hemax Eritron.
Em muitas mulheres com insuficiência renal grave a menstruação pode ser interrompida. Nestas mulheres, a correção da anemia com Hemax Eritron pode reiniciar o ciclo menstrual. Antes de iniciar o uso de Hemax Eritron você deve conversar com seu médico sobre a necessidade de usar métodos para prevenir a gravidez. Lembre-se de informar seu médico se você usou Hemax Eritron ou outro medicamento a base de alfaepoetina no passado e se sua anemia piorou.
Faça uso do medicamento durante todo o tempo indicado pelo seu médico. Não pare o tratamento sem antes consultar seu médico, mesmo que você se sinta melhor.
Informe seu médico imediatamente se você começar a sentir cansaço, tontura ou falta de ar.
Como todo produto de administração por via não oral, eventuais reações alérgicas podem manifestar-se após a administração de Hemax Eritron. Essas reações têm sido menores e transitórias. Não foram observadas reações anafiláticas (forma de alergia mais grave).
Pode ocorrer piora do quadro de porfiria em pacientes que apresentam a doença, estão em diálise e fazem uso de Hemax Eritron. Avise seu médico se você tiver porfiria antes de iniciar o tratamento com Hemax Eritron.
Durante o tratamento com Hemax Eritron pode ser necessário iniciar tratamento anti-hipertensivo ou aumentar a dose do anti-hipertensivo em uso. Caso a pressão não seja controlada, deve-se interromper o uso de Hemax Eritron.
Em pacientes com câncer, orienta-se o uso da mais baixa dose necessária para evitar transfusões de sangue. Nesses casos, o tratamento deve ser restrito aos casos de anemia devido à quimioterapia mielossupressiva (que diminui a função da medula óssea em produzir as células vermelhas) e deve ser descontinuado após o término da quimioterapia.
Profilaxia de trombose venosa profunda (coágulos obstruindo vasos) deveria ser considerada quando o Hemax Eritron for utilizado antes de procedimentos cirúrgicos.
A segurança e a eficácia do tratamento com Hemax Eritron não foram estabelecidas em pacientes com doenças hematológicas subjacentes (como, por exemplo, anemia hemolítica, anemia de células falciformes, talassemia e porfiria).
Evento cardiovascular maior (18%), edema (6-17%), hipertensão arterial (5-25%), diaforese (40%), sensação de frio (40%), reação no local da aplicação (10-29%), dor cutânea (4-18%), prurido (18-22%), rash cutâneo (16%), constipação (42-53%), diarreia (6-21%), indigestão (7-11%), náusea (11-58%), vômitos (8-20%), anemia grave, trombose venosa profunda (4,7-11%), trombose no local da injeção (5- 20%), deficiência de ferro (72%), trombose (1,1-23%), artralgia (11%), infecção do trato urinário (3- 12%), tontura (5-21%) cefaleia (10-19%), insônia (13-21%), parestesia (11%), conjuntivite (36% com administração intravenosa), ansiedade (2-11%), tosse (18%), dispneia (13-14%), congestão pulmonar (15%), infecção das vias aéreas superiores (11%), febre (29-51%), sintomas semelhantes aos da gripe (21%), progressão tumoral (12-21%).
Dor torácica (7% em pacientes com insuficiência renal crônica), insuficiência cardíaca congestiva (6,6-9%), infarto do miocárdio (0,4-3,1%), acidente vascular cerebral (1,7%), taquicardia (31%), tromboembolismo venoso (7,5%), isquemia cerebral (6%), acidente vascular cerebral (0,4-3,2%), convulsão (1,1-3,2%).
Exacerbação de porfiria, reação de hipersensibilidade imune, trombose da artéria retiniana.
Aplasia pura de células vermelhas.
Anafilaxia, desenvolvimento de anticorpos, nefrotoxicidade, trombose da veia renal, afasia, confusão, encefalopatia hipertensiva, ataque isquêmico transitório, embolismo pulmonar, infecções, óbito.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Embora tenham sido realizados vários estudos em recém-nascidos, lactantes e crianças demonstrando que o produto é eficaz e seguro para a prevenção e o tratamento da anemia, ainda não foi estabelecida a segurança deste produto em longo prazo em crianças.
Ainda não foi estabelecida a segurança deste produto em longo prazo em pacientes pediátricos com menos de 1 mês de idade com insuficiência renal crônica em diálise, em pacientes com menos de 3 meses de idade com insuficiência renal crônica não-dialíticos e em pacientes com menos de 6 meses de idade com HIV.
Não existem dados sobre a necessidade de ajuste de dose nessa faixa etária.
A segurança de Hemax Eritron não foi estabelecida em pacientes com disfunção hepática, pois, devido ao reduzido metabolismo, esses pacientes podem apresentar aumento da eritropoiese.
Em pacientes com insuficiência renal crônica e doença cardíaca isquêmica clinicamente evidente ou insuficiência cardíaca congestiva, a porcentagem de manutenção da hemoglobina não deve exceder o limite superior da concentração alvo.
Devido ao maior risco de ocorrência de hipertensão durante a fase inicial do tratamento com Hemax Eritron, os pacientes que apresentam insuficiência renal crônica devem ser cuidadosos ao realizar tarefas, tais como dirigir veículos ou operar máquinas, até que a dose de manutenção adequada seja estabelecida.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não se sabe se a alfaepoetina atravessa a placenta. Não há estudos suficientes sobre o uso de Hemax Eritron durante a gravidez e, por tal motivo, este produto somente deve ser utilizado se o benefício obtido justificar o risco potencial para o feto.
A eritropoietina humana é um componente normal do leite, embora seu papel no mesmo não esteja claro. Não se sabe se Hemax Eritron é excretado no leite materno, nem se é capaz de alterar a composição e quantidade de leite produzido. Desde que várias drogas são excretadas no leite materno, deve-se ter cautela em mulheres que estão amamentando e recebem Hemax Eritron.
São descritas interações medicamentosas de pouca gravidade com o uso da alfaepoetina juntamente com outros medicamentos.
O uso concomitante de anti-hipertensivos a base de inibidores da enzima conversora de angiotensina (captopril, maleato de enalapril, lisinopril, etc), pode levar a uma necessidade de maiores doses de manutenção de alfaepoetina para alcançar o efeito desejado no aumento dos níveis de hematócrito.
Poderá haver um aumento do efeito da alfaepoetina se estiver usando medicamentos à base de sais de ferro.
Uma redução do efeito do anticoagulante heparina pode acontecer no uso concomitante com alfaepoetina.
Se você estiver tomando ciclosporina, poderá haver uma alteração dos níveis sanguíneos desse medicamento juntamente com uso de alfaepoetina.
Poderá haver alteração de exames laboratoriais quando estiver usando alfaepoetina, como aumento da quantidade de plaquetas. Em pacientes com insuficiência renal em diálise ou não, pode ocorrer alteração nos exames laboratoriais dos níveis de creatinina, ureia, potássio, fósforo e ácido úrico.
Este medicamento pode causar doping.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Hemax Eritron
Alfaepoetina
USO INTRAVENOSO E SUBCUTÂNEO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
Ainda não foi definida a dose máxima indicada de Hemax Eritron. Foram utilizadas doses de 1.500 UI/Kg, três vezes por semana, a doses de até 60.000 UI/semana em adultos sem serem encontrados efeitos tóxicos diretos. O tratamento com Hemax Eritron pode provocar poliglobulia (aumento muito grande dos glóbulos vermelhos) e os pacientes podem apresentar sintomas relacionados a esta condição, como cefaleia, sonolência, zumbidos, tontura, etc. Na ocorrência desta situação sugere-se a realização de uma flebotomia (retirada de sangue) com a finalidade de reduzir o hematócrito. Além disso, em caso de superdose pode ocorrer hipertensão arterial. Em caso de superdose, interrompa imediatamente o uso do medicamento.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Menor.
Necessidade de maiores doses de manutenção da eritropoietina para manter o alvo de hematócrito.
Inibidores da enzima de conversão de angiotensina (alacepril, benazepril, captopril, cilazapril, delapril, enalaprilato, espirapril, fosinopril, imidapril, lisinopril, maleato de enalapril, moexipril, pentopril, perindopril, quinapril, ramipril, temocapril, trandolapril, zofenopril).
Potencialização do efeito da eritropoietina.
Sais de ferro.
Redução de efeito do medicamento.
Heparina.
Alteração dos níveis do medicamento.
Ciclosporina.
Aumento quantitativo do elemento sanguíneo.
Plaquetas.
Aumento dos níveis séricos bioquímicos em pacientes com insuficiência renal dialítica ou não-dialítica.
Ureia, creatinina, potássio, fósforo, ácido úrico.
Estudos iniciais de fase I e II foram realizados com 24 pacientes apresentando anemia secundária à insuficiência renal crônica sob tratamento dialítico, que utilizaram Eritropoetina Humana (substância ativa) por via intravenosa três vezes por semana imediatamente após a sessão de diálise. Os pacientes foram divididos em três grupos, o primeiro recebeu dose de 25 UI/kg e foi suplementado com sulfato ferroso na dose de 160 mg/dia. O segundo grupo recebeu 50 UI/kg e o terceiro recebeu 25 UI/kg de Eritropoetina Humana (substância ativa).
Os três grupos apresentaram resultados favoráveis, com aumentos significativos do hematócrito, hemoglobina e número de hemácias. Nenhum paciente precisou interromper o tratamento pela ocorrência de efeitos colaterais. Ocorreram dois casos de trombose venosa entre os grupos de tratamento. Embora 52% da população incluída no estudo fosse já hipertensa, somente 15,3% apresentou aumento da pressão arterial que exigiu ajuste do tratamento anti-hipertensivo.
Com o objetivo de estudar a segurança e eficácia de Eritropoetina Humana (substância ativa) em pacientes submetidos a hemodiálise crônica ao longo de 1 ano, foi realizado estudo de coorte que incluiu 1.641 pacientes que faziam uso contínuo de Eritropoetina Humana (substância ativa) por 6 anos, no qual se avaliou o Índice de Resistência à Eritropoietina (IRE, ou dose de eritropoietina por Kg de peso necessária para aumentar a hemoglobina sanguínea em 1 g/dL).
Nenhuma diferença significativa foi encontrada nas variáveis de segurança entre os pacientes que participaram do coorte, e apenas 11 casos de hipertensão foram considerados relacionados ao uso de eritropoietina. A média do IRE observada permaneceu constante durante todo o ano de análise e as variáveis de segurança (pressão arterial, porcentagem de pacientes em tratamento anti-hipertensivo, IMC, peso corpóreo pós-diálise e albumina) não apresentaram diferenças, sendo similares aos parâmetros de outros produtos à base de eritopoietina humana recombinante.
A eficácia e segurança do Eritropoetina Humana (substância ativa) em pacientes pediátricos foram inicialmente avaliadas através de estudo realizado com pacientes pediátricos (idade entre 1 e 17 anos) portadores de insuficiência renal crônica, sendo 16 pacientes em hemodiálise, 8 em diálise peritoneal, e 6 pacientes pré-dialíticos. Foi utilizado o Eritropoetina Humana (substância ativa) na dose de 25 UI/kg três vezes por semana por via intravenosa, e realizado o seguimento durante 12 meses.
Houve redução significativa nos grupos da necessidade de transfusão após tratamento com Eritropoetina Humana (substância ativa), com consequente melhora da qualidade de vida, atividade física e nível cognitivo das crianças tratadas. Os eventos adversos mais frequentes foram: sintomas gripais, exacerbação da hipertensão arterial, mialgias e convulsões.
Outro estudo realizado com 19 crianças entre 0 e 15 anos com insuficiência renal crônica e anemia, tratadas com eritropoietina na dose de 25 UI/kg duas vezes por semana nas duas primeiras semanas, seguida da dose de 50 UI/kg também duas vezes por semana subsequentemente, evidenciou que não houve diferença dos resultados hematopoiéticos, comparando-se as vias subcutânea e intravenosa de administração do Eritropoetina Humana (substância ativa). Não houve significativo aumento da incidência de hipertensão arterial.
Em outro estudo incluindo 18 crianças com insuficiência renal crônica em hemodiálise, foi avaliada a eficácia e segurança do uso da eritropoietina recombinante humana para tratamento da anemia. Os pacientes receberam dose de 25 UI/kg/dose três vezes por semana por via intravenosa, durante os primeiros meses. Após alcançados os níveis de Hb desejados (10 Gr%), passaram a receber doses crescentes de 25 UI/kg a cada 4 semanas até resposta adequada. O esquema de manutenção utilizado a seguir foi de 40 UI/kg/dose por via subcutânea uma vez por semana, adequando-se a dose até a resposta adequada.
Após seguimento médio de 21,2 meses, observou-se que 94,2% dos pacientes atingiram as taxas de hemoglobina desejadas. Os eventos adversos foram similares aos vistos na população adulta, sendo o mais frequente a hipertensão arterial. Houve melhora do rendimento físico das crianças adequadamente tratadas com a eritropoietina.
A utilização da eritropoietina em pacientes com câncer que fazem ou não tratamento quimioterápico foi avaliada em diversos estudos.
Em estudo prospectivo e multicêntrico, as seguintes variáveis foram preditivas de sucesso do tratamento da anemia com a eritropoietina em pacientes oncológicos: quimioterapia com platina,medula não infiltrada por metástases e aumento > que 0,5g/dl na Hb na segunda semana de tratamento. Este estudo nos mostrou taxa alta (64,7%) de pacientes oncológicos com resposta completa à eritropoietina recombinante (normalização de Hb), com melhora na qualidade de vida, menor necessidade de transfusões sanguíneas e baixas taxas de toxicidade
A eficácia da eritropoietina humana recombinante no tratamento da anemia em pacientes pediátricos HIV-positivos tratados com zidovudina foi avaliada em 21 crianças com idades entre 6 meses e 15 anos, com dose de 150 UI/kg, via subcutânea, três vezes por semana, com aumento de dose de 50 UI/kg por mês até 250 UI/kg, de acordo com a resposta ao tratamento. O estudo foi controlado com placebo. Os resultados demonstraram melhora significativa da hemoglobina e hematócrito no grupo tratado, com resposta global de 71,4%. Não foram observados efeitos adversos significativos em nenhum dos grupos.
Estudo avaliou o uso de diferentes doses de eritropoietina humana recombinante no tratamento da anemia da prematuridade, em 32 crianças prematuras (idade gestacional < 34 semanas) com peso médio de 1.068 g. Foram utilizadas doses de 50, 100 ou 250 UI/kg/dose, três vezes por semana, por quatro semanas, obtendo-se maior resposta no grupo tratado com maior dose, ou seja, 750 UI/kg/semana, mensurada através de aumento da eritropoiese e redução da necessidade de transfusões. Não foram encontrados benefícios com o uso precoce (em até 72 horas do nascimento) de eritropoietina nos prematuros com peso <1250. Já nos prematuros com peso <800g e com necessidade de flebotomias com perdas >30ml/Kg de peso, o uso da eritropoietina precoce diminuiu a necessidade de transfusões sanguíneas.
A eritropoietina induz a eritropoiese ao estimular a divisão e diferenciação de progenitores eritropoiéticos na medula óssea, o que resulta no aumento da massa globular e, consequentemente, do hematócrito. A eritropoietina também induz a liberação de reticulócitos da medula óssea até a corrente sanguínea, onde se amadurecem a eritrócitos.
A concentração normal de eritropoietina endógena é de 10-30 mUI/ml e é influenciada pelos níveis de oxigênio tissular. Quando os níveis de oxigênio tissular diminuem, a concentração de eritropoietina aumenta entre 100 e 1.000 vezes. Esta situação também é observava nos pacientes anêmicos.
A eritropoietina recombinante humana (alfaepoetina) é um polipeptídeo que contém 165 aminoácidos. A produção desse hormônio foi possível graças a técnicas de DNA recombinante. Após o isolamento do gene da eritropoietina, ele foi inserido e expresso por células de mamíferos em cultura, capazes de sintetizar quantidades ilimitadas do hormônio. A eritropoietina isolada do meio de cultura é purificada a mais de 98% e formulada em solução salina tamponada. A análise da sequência completa da eritropoietina urinária humana purificada e da eritropoietina recombinante (alfaepoetina) demonstrou que os hormônios são idênticos na sequência de aminoácidos e possuem a cadeia de oligossacarídeos muito similar na estrutura de carboidratos. A atividade da eritropoietina recombinante (alfaepoetina) é de 129.000 U/mg de hormônio.
A eritropoietina é um hormônio envolvido na produção de células vermelhas pelo tecido eritróide da medula óssea. A maior parte desse hormônio é produzida pelos rins em resposta à hipóxia, com um adicional de 10% a 15% da síntese ocorrendo no fígado. A eritropoietina funciona como um fator de crescimento, estimulando a atividade mitótica das células progenitoras eritróides (unidades formadoras de e de colônias de eritrócitos) e de células precursoras jovens (proeritroblastos).
O hormônio também é ativo como um fator de diferenciação que estimula a transformação das unidades formadoras de eritrócitos a proeritroblastos. Apesar da localização exata da produção de eritropoietina no túbulo renal não ser totalmente conhecida, sugere-se que células tubulares ou intersticiais sejam o principal sítio de localização do hormônio e de seu RNA mensageiro.
Estudo preliminar identificou o fígado como sendo o principal sítio de produção de eritropoietina no feto.
A alfaepoetina alfa, princípio ativo do Eritropoetina Humana (substância ativa), é administrada por via subcutânea ou intravenosa.
O aumento inicial na contagem de reticulócitos é alcançado 7 a 10 dias após a administração do produto.
Foram observados aumentos clinicamente significativos na contagem de glóbulos vermelhos, hematócrito e hemoglobina geralmente 2 a 6 semanas após a administração da alfaepoetina. A faixa e extensão da resposta dependem da dose e da duração da terapia, e da disponibilidade das reservas de ferro.
A concentração plasmática máxima é atingida 15 minutos após dose única intravenosa, e 5 a 24 horas após dose única subcutânea. Neste último caso, o pico de concentração pode manter-se por 12 a 16 horas e apresentar quantidades detectáveis durante pelo menos 24 horas após sua administração.
A absorção e biodisponibilidade da alfaepoetina após injeção subcutânea é de 22% a 31%. O volume de distribuição é de 0,021 a 0,063 l/kg, com baixa concentração no fluido cefalorraquidiano (0,06% após administração intravenosa).
A meia-vida da alfaepoetina é de 4 a 13 horas após administração intravenosa, e de 27 horas após administração subcutânea. A alfaepoetina é eliminada em taxas consistentes a farmacocinética de primeira ordem. A meia-vida de eliminação é geralmente maior após as primeiras doses do que após duas ou mais semanas de tratamento. Em geral, a meia vida de eliminação é de 40 horas (entre 16 e 67 horas) em pacientes com câncer.
O clearance renal da medicação é de 0,047 ml/min/kg (0,032 a 0,55 ml/min/kg). Para doses de 150 UI/kg, 3 vezes por semana, por via SC, o clearance renal foi de 20,2 ml/min/kg, quando em uso de quimioterapia, e de 23,6 ml/min/kg, nos casos em que não haviam recebido quimioterapia. Para doses de 40.000 UI/kg, 1 vez por semana, por via SC, o clearance renal foi de 9,2 ml/min/kg, quando em uso de quimioterapia, e de 13,9 ml/min/kg, nos casos em que não haviam recebido quimioterapia.
Em estudos realizados em voluntários adultos sadios, observou-se que a meia-vida após administração intravenosa é 20% menor que nos pacientes com insuficiência renal. Em um estudo realizado em voluntários sadios, observou-se que a meia-vida de Eritropoetina Humana (substância ativa) administrado por via subcutânea foi de 20,8 ± 6,3 horas.
Uma vez interrompido o tratamento, o hematócrito pode começar a diminuir após 2 semanas.
Estudo realizado em crianças prematuras avaliou a curva farmacocinética da eritropoietina humana recombinante após aplicação de dose de 400 UI/kg por via subcutânea, observando-se concentração máxima da droga atingida em média de 7,7 horas (4 a 12 horas), meia-vida de absorção de 2,9 horas (0,8 a 4,8 horas), meia-vida de eliminação de 14,9 horas (8,7 a 36,1 horas) e volume de distribuição de 0,705 l/kg (0,23 a 1,73 l/kg) nessa população específica estudada.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Após preparo, utilizar imediatamente.
Não reutilizar o frasco-ampola após retirar a dose a ser administrada. Desprezar o resto do produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Este medicamento apresenta-se na forma de pó branco, homogêneo e compacto, que após reconstituição torna-se uma solução para aplicação injetável.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS - 1.1213.0049
Farmacêutico Responsável: Alberto Jorge Garcia Guimarães - CRF-SP nº 12.449
Fabricado por:
Bio Sidus S.A.
Buenos Aires – Argentina
Importado e embalado por:
Biosintética Farmacêutica Ltda.
Avenida das Nações Unidas, 22.428
São Paulo - SP
CNPJ 53.162.095/0001-06
Indústria Brasileira
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