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- CATEGORIA: Medicamentos de A-Z
- PRINCÍPIO ATIVO: Enoxaparina Sódica
- FABRICANTE: SANOFI
PARA QUE SERVE?
Para que serve - Coagulação intravascular disseminada. - Tromboembolismo pulmonar e profilatico. - Trombose venosa. - Coagulação intravascular disseminada. - Tromboembolismo pulmonar e profilatico. - Trombose venosa. - Coagulação intravascular disseminada. - Tromboembolismo pulmonar e profilatico. - Trombose venosa.
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Para que serve
- Coagulação intravascular disseminada.
- Tromboembolismo pulmonar e profilatico.
- Trombose venosa.
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Contraindicação
- Durante a Gravidez e Amamentação
- Não utilizar este produto para pacientes com alterações no sangue, coagulopatia grave, problemas hepático ou renais grave, endocardite bacteriana, hipertensão arterial grave.
- Durante a Gravidez e Amamentação
- Não utilizar este produto para pacientes com alterações no sangue, coagulopatia grave, problemas hepático ou renais grave, endocardite bacteriana, hipertensão arterial grave.
Como usar
Uso Injetável
Atenção: As doses e os intervalos entre elas são estabelecidos pelas provas de coagulação.
Adultos
- Profilaxia do embolismo: 5000 UI, via subcutânea 2 hs antes da cirurgia e a seguir a cada 12 hs, por aproximadamente 7 dias.
- Coagulação intravascular: 50 a 100 UI por Kg de peso corporal, via Intravenosa, a cada 4 hs.
Crianças
- Coagulação intravascular disseminada: 25 a 50 UI por Kg de peso corporal, VI, a cada 4 hs.
Precauções
Não administrar enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) por via intramuscular.
Hemorragia
Assim como com outros anticoagulantes, pode ocorrer sangramento em qualquer local. Se ocorrer sangramento, a origem da hemorragia deve ser investigada e tratamento apropriado deve ser instituído.
Enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento), assim como qualquer outra terapia anticoagulante, deve ser utilizado com cautela em condições com alto risco de hemorragia, tais como:
- Alterações na hemostasia;
- Histórico de úlcera péptica;
- Acidente vascular cerebral isquêmico recente;
- Hipertensão arterial severa não controlada;
- Retinopatia diabética;
- Neurocirurgia ou cirurgia oftálmica recente;
- Uso concomitante de medicamentos que afetem a hemostasia.
Monitoramento da contagem plaquetária
O risco de trombocitopenia induzida por heparina (reação mediada por anticorpos) também existe com heparinas de baixo peso molecular. Pode ocorrer trombocitopenia, geralmente entre o 5º e 21º dia após o início do tratamento com Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento). Portanto, recomenda-se a realização de contagem plaquetária antes do início e regularmente durante o tratamento. Na prática, em caso de confirmação de diminuição significativa da contagem plaquetária (30 a 50% do valor inicial), o tratamento com Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) deve ser imediatamente interrompido e substituído por outra terapia.
Advertências Gerais
As heparinas de baixo peso molecular (HBPM) não devem ser intercambiáveis, pois existem diferenças entre elas quanto ao processo de fabricação, peso molecular, atividade anti-Xa específica, unidade e dosagem. Isto ocasiona diferenças em suas atividades farmacocinéticas e biológicas associadas (por exemplo, a atividade antitrombina e a interação plaquetária). Portanto, é necessário obedecer às instruções de uso de cada medicamento.
Anestesia espinhal/peridural
Foram relatados casos de hematoma neuroaxial com o uso concomitante de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) e anestesia espinhal/peridural, resultando em paralisia prolongada ou permanente. Estes eventos são raros com a administração de doses iguais ou inferiores a 40 mg/dia de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento). O risco destes eventos pode ser aumentado com administração de doses maiores de Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento), uso de cateter epidural no pós-operatório ou em caso de administração concomitante de medicamentos que alteram a hemostasia, tais como anti-inflamatórios não esteroidais. O risco parece também ser aumentado por traumatismo ou punções espinhais repetidas ou em pacientes com histórico de cirurgia ou deformidade espinhal.
Para reduzir o risco potencial de sangramento associado ao uso concomitante de Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) e anestesia/analgesia peridural ou espinhal, deve-se considerar o perfil farmacocinético do fármaco. A introdução e remoção do cateter devem ser realizadas quando o efeito anticoagulante de Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) estiver baixo, no entanto, o momento exato para chegar a um efeito anticoagulante suficientemente baixo em cada paciente não é conhecido.
A introdução ou remoção do cateter deve ser postergada por pelo menos 12 horas após a administração de doses baixas de Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) (20 mg uma vez ao dia, 30 mg uma ou duas vezes ao dia, ou 40 mg uma vez ao dia) e, pelo menos, 24 horas após a administração de doses mais elevadas de Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) (0,75 mg/kg, duas vezes ao dia, 1 mg/kg duas vezes ao dia, ou 1,5 mg/kg uma vez ao dia). Níveis de anti-Xa ainda são detectáveis neste momento, e estes atrasos não são garantia de que um hematoma neuroaxial (espinhal) será evitado. Pacientes recebendo a dose de 0,75 mg/kg duas vezes ao dia, ou a dose de 1 mg/kg duas vezes ao dia não devem receber a segunda dose de enoxaparina no regime de duas vezes ao dia para permitir um atraso maior antes da colocação ou remoção do cateter. Da mesma forma, apesar de uma recomendação específica para o intervalo da dose subsequente de enoxaparina após a remoção do cateter não poder ser feita, considerar adiar esta dose seguinte por pelo menos quatro horas, com base numa avaliação do risco-benefício considerando tanto o risco de trombose como o risco de sangramento no contexto do procedimento e fatores de risco do paciente. Para pacientes com clearance de creatinina < 30mL/minuto, são necessárias considerações adicionais porque a eliminação de enoxaparina é mais prolongada; considerar a duplicação do tempo de remoção de um cateter, pelo menos, 24 horas para a menor dose prescrita de enoxaparina (30 mg uma vez ao dia) e, pelo menos, 48 horas para a dose mais elevada (1mg/kg/dia).
Caso o médico decida administrar anticoagulantes durante o uso de anestesia peridural/espinhal ou punção lombar, deve-se empregar o monitoramento frequente para detectar qualquer sinal ou sintoma de lesão neurológica, tais como, dor na linha média da região dorsal, deficiências sensoriais e motoras (entorpecimento ou fraqueza dos membros inferiores), alterações intestinais e/ou urinárias. Os pacientes devem ser instruídos a informar imediatamente a seu médico caso apresentem qualquer sintoma ou sinal descrito acima. Em caso de suspeita de sinais ou sintomas de hematoma neuroaxial, devem ser efetuados o diagnóstico e tratamento, incluindo descompressão da medula espinhal, com urgência.
Trombocitopenia induzida pela heparina
A utilização de enoxaparina sódica em pacientes com história de HIT mediada por imunidade nos últimos 100 dias ou na presença de anticorpos circulantes está contraindicada. Os anticorpos circulantes podem persistir vários anos.
A enoxaparina sódica deve ser usada com extrema cautela em pacientes com história (mais de 100 dias) de trombocitopenia induzida por heparina sem anticorpos circulantes. A decisão de utilizar enoxaparina sódica neste caso, deve ser feita apenas após uma cuidadosa avaliação do risco benefício e após terem sido considerados tratamentos alternativos sem heparina.
Procedimentos de revascularização coronariana percutânea
Para minimizar o risco de sangramento após a instrumentação vascular durante o tratamento da angina instável, infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST e infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST, devem-se respeitar precisamente os intervalos entre as doses recomendadas de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento). É importante estabelecer a hemostasia no local da punção após a intervenção coronariana percutânea. Caso tenha sido utilizado um dispositivo de fechamento, a bainha de acesso vascular pode ser removida imediatamente. Caso tenha sido utilizado um método de compressão manual, a bainha deve ser removida 6 horas após a última administração intravenosa ou subcutânea de Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento). Se o tratamento com Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) continuar, a próxima dose programada não deve ser administrada antes de 6 a 8 horas após a remoção da bainha. Deve-se ter atenção especial ao local do procedimento para detecção de sinais de sangramento ou formação de hematoma.
Gravidez e lactação
Estudos em animais não demonstraram qualquer evidência de fetotoxicidade ou teratogenicidade. Em ratas prenhes, a passagem de 35 S-enoxaparina sódica através da placenta para o feto é mínima.
Em humanos, não existe evidência da passagem da enoxaparina sódica através da placenta durante o segundo trimestre da gravidez. Ainda não existem informações disponíveis a este respeito durante o primeiro e terceiro trimestres da gravidez.
Como não foram realizados estudos adequados e bem controlados em gestantes, e uma vez que os estudos realizados em animais nem sempre são bons indicativos da resposta humana, deve-se utilizar Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) durante a gravidez somente se o médico considerar como estritamente necessário.
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Em ratas lactantes, a concentração de 35 S-enoxaparina sódica ou de seus metabólitos marcados no leite é muito baixa. Não se sabe se a enoxaparina sódica inalterada é excretada no leite humano. A absorção oral da enoxaparina sódica é improvável, porém, como precaução, não se deve amamentar durante o tratamento com Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento).
Gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas
Não foram realizados estudos adequados para avaliar a utilização de Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) na tromboprofilaxia em gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas. Em um estudo clínico em gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas, administrou-se enoxaparina (1 mg/kg duas vezes ao dia) para redução do risco de tromboembolismo, 2 de 8 gestantes desenvolveram coágulos resultando em bloqueio da válvula, levando a óbitos materno e fetal. Houve relatos isolados pós-comercialização de trombose da valva em gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas enquanto eram medicadas com enoxaparina para tromboprofilaxia.
Gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas podem apresentar maior risco de tromboembolismo.
Populações especiais
Pacientes idosos
Não foi observado aumento na tendência de hemorragia em idosos com doses profiláticas.
Porém, pacientes idosos (especialmente pacientes com idade igual ou maior a 80 anos) podem ter um aumento no risco de complicações hemorrágicas com doses terapêuticas. Portanto, aconselha-se um monitoramento clínico cuidadoso.
Pacientes idosos podem apresentar retardo na eliminação da enoxaparina sódica.
Crianças
A segurança e eficácia de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) em crianças ainda não foram estabelecidas.
Próteses mecânicas valvulares cardíacas
O uso de Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) não foi adequadamente estudado para casos de tromboprofilaxia em pacientes com próteses mecânicas valvulares cardíacas. Foram relatados casos isolados de trombose com próteses valvulares cardíacas em pacientes com próteses mecânicas valvulares cardíacas que receberam enoxaparina para tromboprofilaxia. A avaliação destes casos é limitada devido aos fatores causais serem confusos, incluindo doenças anteriores e dados clínicos insuficientes. Alguns destes casos ocorreram em gestantes nas quais a trombose resultou em óbitos materno e fetal. Gestantes com próteses mecânicas valvulares cardíacas podem apresentar maior risco para tromboembolismo.
Insuficiência renal
Em pacientes com insuficiência renal, existe aumento da exposição ao Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento), aumentando também o risco de hemorragia. Como a exposição ao Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) aumenta significativamente em pacientes com insuficiência renal severa (clearance de creatinina < 30 mL/min), o ajuste posológico é recomendado para dosagens terapêuticas e profiláticas. Embora não seja recomendado ajuste posológico empacientes com insuficiência renal moderada (clearance de creatinina 30-50 mL/min) e leve (clearance de creatinina 50-80 mL/min), é aconselhável realizar um monitoramento clínico cuidadoso.
Peso baixo
Um aumento na exposição ao Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) em doses profiláticas (não ajustadas ao peso) tem sido observado em mulheres e homens com baixo peso (< 45 kg e < 57 kg, respectivamente), que pode resultar em maior risco de hemorragia. Portanto, é aconselhável realizar um monitoramento clínico cuidadoso nestes pacientes.
Pacientes obesos
Pacientes obesos apresentam risco aumentado de tromboembolismo. A segurança e a eficácia de doses profiláticas em pacientes obesos (IMC > 30 kg/m2) não foram totalmente determinadas e não há consenso para ajuste de dose. Estes pacientes devem ser observados cuidadosamente quanto aos sinais e sintomas de tromboembolismo.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
A utilização de Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) não afeta a habilidade de dirigir ou operar máquinas.
Reações Adversas
A enoxaparina foi avaliada em mais de 15000 pacientes que receberam enoxaparina em estudos clínicos. Estes estudos incluíram 1776 pacientes para profilaxia de trombose venosa profunda (TVP) seguida de cirurgia ortopédica ou abdominal em pacientes com risco de complicações tromboembólicas, 1169 para profilaxia de TVP em pacientes intensamente doentes com mobilidade severamente restrita, 559 para tratamento de TVP com ou sem embolismo pulmonar, 1578 para tratamento de angina instável e infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST e 10176 para tratamento de infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST.
O regime de enoxaparina sódica administrada durante estes estudos clínicos varia dependendo da indicação. A dose de enoxaparina sódica foi de 40 mg por via subcutânea uma vez ao dia para profilaxia de TVP seguida de cirurgia ou em pacientes intensamente doentes com mobilidade severamente restrita. No tratamento da TVP com ou sem embolismo pulmonar, pacientes recebendo enoxaparina foram tratados também com uma dose de 1 mg/kg por via subcutânea a cada 12 horas ou uma dose de 1,5 mg/kg por via subcutânea uma vez ao dia. Nos estudos clínicos para o tratamento de angina instável e infarto do miocárdio semelevação do segmento ST, as doses foram de 1 mg/kg por via subcutânea a cada 12 horas e no estudo clinico para tratamento de infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST, o regime de enoxaparina sódica foi de 30 mg por via intravenosa em bolus seguida de 1 mg/kg por via subcutânea a cada 12 horas.
As reações adversas observadas nestes estudos clínicos e reportadas na experiência pós-comercialização estão detalhadas abaixo:
As frequências estão definidas como: muito comum (? 1/10); comum (? 1/100 a < 1/10); incomum (? 1/1.000 a < 1/100); rara (? 1/10.000 a < 1/1.000), muito raro (< 1/10.000) ou desconhecido (que não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis). As reações adversas observadas após comercialização são classificadas como de “frequência desconhecida”.
Hemorragias
Em estudos clínicos, hemorragias foram as reações mais comumente relatadas. Estas incluem hemorragias de grande porte, reportadas no máximo em 4,2% dos pacientes (pacientes cirúrgicos**). Alguns destes casos foram fatais.
Assim como com outros anticoagulantes, pode ocorrer hemorragia na presença de fatores de risco associados, tais como: lesões orgânicas suscetíveis a sangramento, procedimentos invasivos ou uso concomitante de medicamentos que afetam a hemostasia.
Distúrbios vasculares:
Profilaxia em pacientes cirúrgicos
Muito comum:
Hemorragia*.
Rara:
Hemorragia retroperitoneal.
Profilaxia em pacientes sob tratamento médico
Comum:
Hemorragia*.
Tratamento em pacientes com trombose venosa profunda com ou sem embolismo pulmonar
Muito comum:
Hemorragia*.
Incomum:
Hemorragia intracraniana, hemorragia retroperitoneal.
Tratamento em pacientes com angina instável e infarto do miocárdio semelevação do segmento ST
Comum:
Hemorragia*.
Rara:
Hemorragia retroperitoneal.
Tratamento em pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST
Comum:
Hemorragia*.
Incomum:
Hemorragia intracraniana, hemorragia retroperitoneal.
* Como hematoma, outras equimoses além do local da injeção, ferimento com hematoma, hematúria, epistaxe e hemorragia gastrintestinal.
** Em pacientes cirúrgicos as complicações hemorrágicas foram consideradas de grande porte: (1) se a hemorragia causou um evento clínico significativo, ou (2) se acompanhado por uma diminuição da hemoglobina ? 2 g/dL ou transfusão de 2 ou mais unidades de produto sanguíneo. As hemorragias retroperitoneal e intracraniana foram sempre consideradas de grande porte.
Trombocitopenia e trombocitose
Distúrbios do sangue e sistema linfático:
Profilaxia em pacientes cirúrgicos
Muito comum:
Trombocitose (aumento de plaquetas > 400.000/ mm3).
Comum:
Trombocitopenia.
Profilaxia em pacientes sob tratamento médico
Incomum:
Trombocitopenia.
Tratamento em pacientes com trombose venosa profunda com ou sem embolismo pulmonar
Muito comum:
Trombocitose.
Comum:
Trombocitopenia.
Tratamento em pacientes com angina instável e infarto do miocárdio sem elevação do segmento ST
Incomum:
Trombocitopenia.
Tratamento em pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST
Comum:
Trombocitose, trombocitopenia.
Muito rara:
Trombocitopenia imunoalérgica.
Outras reações adversas clinicamente relevantes
Estas reações estão apresentadas abaixo, qualquer que sejam as indicações, por sistema órgão classe, frequência e ordem decrescente de gravidade.
Distúrbios do sistema imune:
Comum:
Reação alérgica.
Rara:
Reação anafilática/anafilactoide (ver também experiência pós-comercialização).
Distúrbios hepatobiliares:
Muito comum:
Aumento das enzimas hepáticas, principalmente transaminases (níveis de transaminases > 3 vezes o limite superior de normalidade).
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo:
Comum:
Urticária, prurido, eritema.
Incomum:
Dermatite bolhosa.
Distúrbios gerais e condições no local da administração:
Comum:
Hematoma, dor e outras reações no local da injeção (como edema, hemorragia, hipersensibilidade, inflamação, tumoração, dor ou reação não especificada).
Incomum:
Irritação no local, necrose na pele do local de injeção.
Investigação:
Rara:
Hiperpotassemia.
Experiência pós-comercialização
As reações adversas a seguir foram identificadas durante o período após a aprovação do uso de Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento). As reações adversas são derivadas de relatos espontâneos e, portanto, a frequência é desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados).
Distúrbios do sistema imunológico
Reação anafilática/anafilactoide incluindo choque.
Distúrbios do sistema nervoso
Dor de cabeça.
Distúrbios vasculares
Foram relatados casos de hematoma espinhal (ou hematoma neuroaxial) com o uso concomitante de enoxaparina sódica e anestesia espinhal/peridural ou punção espinhal. Estas reações resultaram em graus variados de lesão neurológica, incluindo paralisia por tempo prolongado ou permanente.
Distúrbios do sangue e linfáticos
- Anemia hemorrágica.
- Casos de trombocitopenia imunoalérgica com trombose: em alguns casos, a trombose foi complicada por infarto orgânico ou isquemia de extremidade.
- Eosinofilia.
Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos
- Vasculite cutânea, necrose cutânea geralmente ocorrendo no local da administração (estes fenômenos são geralmente precedidos por púrpura ou placas eritematosas, infiltradas e dolorosas), devendo-se interromper o tratamento com Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento).
- Nódulos no local de injeção (nódulos inflamatórios que não são inclusões císticas de enoxaparina) que desaparecem após alguns dias e não devem ser motivo para interrupção do tratamento.
- Alopecia.
Distúrbios hepatobiliares
- Lesão hepatocelular.
- Lesão colestática.
Distúrbios musculoesqueléticos e de tecido conjuntivo
Osteoporose na terapia prolongada (acima de 3 meses).
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Interação Medicamentosa
Medicamento-medicamento
Recomenda-se a interrupção do uso de medicamentos que afetam a hemostasia antes do início do tratamento com enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento), a menos que seu uso seja estritamente indicado. Tais medicamentos incluem:
- Salicilatos sistêmicos, ácido acetilsalicílico e outros AINEs, incluindo o cetorolaco;
- Dextrana 40, ticlopidina e clopidogrel;
- Glicocorticoides sistêmicos;
- Agentes trombolíticos e anticoagulantes;
- Outros agentes antiplaquetários, incluindo os antagonistas de glicoproteína IIb/IIIa.
Em caso de indicação do uso de qualquer uma destas associações, deve-se utilizar enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) sob cuidadoso monitoramento clínico e laboratorial quando apropriado.
Medicamento-exame laboratorial
Nas doses utilizadas na profilaxia do tromboembolismo venoso, enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) não influencia significativamente o tempo de sangramento e os testes de coagulação sanguínea global, nem afeta a agregação plaquetária ou a ligação do fibrinogênio às plaquetas.
Pode ocorrer aumento do tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) e do tempo de coagulação ativada (TCA) com a administração de doses mais altas. Aumentos no TTPa e TCA não estão linearmente correlacionados ao aumento da atividade antitrombótica de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento), sendo, portanto, inadequados e inseguros para monitoramento da atividade de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento).
Interação Alimentícia
Não há relatos até o momento.
Ação da Substância
Resultados de eficácia
Cirurgia abdominal
Em um estudo duplo-cego em pacientes submetidos à cirurgia eletiva de tumores gastrointestinais, urológicos, ou do trato ginecológico, um total de 1116 pacientes foram incluídos e 1115 receberam profilaxia de TEV.
Enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 40 mg SC, uma vez ao dia, começando 2h antes da cirurgia e continuado por um período de no máximo 12 dias após a cirurgia, teve sua eficácia comparada a da heparina não fracionada (HNF) 5000 U SC a cada 8h na redução do risco de trombose venosa profunda (TVP). Os dados de eficácia são apresentados abaixo [ver tabela 1] (Bergqvist et al, 1997).
Tabela 1 - Eficácia de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) na profilaxia de TVP após cirurgia abdominal
Indicação | Regime | |
Enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) |
Heparina 5000 U SC cada 8h n (%) |
|
Todos os pacientes submetidos à cirurgia abdominal que receberam profilaxia | 555 (100) | 560 (100) |
TEV total1 (%) | 56 (10,1) (95% IC2: 8 a 13) |
63 (11,3) (95% IC: 9 a 14) |
Somente TVP (%) | 54 (9,7) (95% IC: 7 a 12) |
61 (10,9) (95% IC: 8 a 13) |
1 TEV: tromboembolismo venoso incluíram TVP, EP e óbitos considerados de causa tromboembólica.
2 IC: Intervalo de Confiança.
Em outro estudo duplo-cego, enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 40 mg SC uma vez ao dia foi comparado com HNF 5000 U SC a cada 8h, em pacientes submetidos à cirurgia colorretal (um terço deles com câncer).
Um total de 1347 pacientes foi incluído no estudo e todos receberam tratamento. A profilaxia foi iniciada aproximadamente 2h antes da cirurgia e continuada por aproximadamente 7 a 10 dias após a cirurgia. Os dados de eficácia são apresentados abaixo [ver tabela 2] (MacLeod RS et al, 2001).
Tabela 2 - Eficácia de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) na profilaxia de TVP após cirurgia de câncer colorretal
Indicação | Regime | |
Enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 40 mg SC cada 24h n (%) |
Heparina 5000 U SC cada 8h n (%) |
|
Todos os pacientes submetidos à cirurgia abdominal que receberam profilaxia | 555 (100) | 674 (100) |
TEV total1 (%) | 48 (7,1) (95% IC2: 5 a 9) |
45 (6,7) (95% IC: 5 a 9) |
Somente TVP (%) | 47 (7,0) (95% IC: 5 a 9) |
44 (6,5) (95% IC: 5 a 8) |
1 TEV: tromboembolismo venoso incluíram TVP, EP e óbitos considerados de causa tromboembólica.
2 IC: Intervalo de Confiança.
Artroplastia de quadril
Em um estudo duplo-cego, randomizado, enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 40 mg SC uma vez ao dia foi comparado com HNF 5000 U SC a cada 8h, após artroplastia total de quadril. A profilaxia foi iniciada 12h antes da cirurgia, no caso da enoxaparina, e 2h antes da cirurgia, no caso da heparina. Um total de 237 pacientes foram randomizados no estudo e receberam profilaxia. Os resultados de eficácia são mostrados na tabela abaixo [ver tabela 3] (Planes et al 1988).
Tabela 3 - Eficácia de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) na profilaxia de TVP após artroplastia total de quadril
Indicação | Regime | |
Enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 40 mg SC cada 24h |
Heparina 5000 U SC cada 8h |
|
TVP total | 12,5%1 | 25% |
TVP proximal (%) | 7,5%2 | 18,5% |
1 Valor de p versus heparina: 0,03; redução de risco relativo de 50%.
2 Valor de p versus heparina: 0,014; redução de risco relativo de 59%.
Um estudo duplo-cego, multicêntrico, comparou três regimes de dose de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) em pacientes submetidos à artroplastia de quadril. Um total de 572 pacientes foram randomizados e 568 receberam a profilaxia proposta.
Profilaxia com enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) foi iniciada 2 dias após a cirurgia e continuou por 7 a 11 dias após a cirurgia. Os dados de eficácia são fornecidos abaixo [ver tabela 4] (Spiro et al, 1994).
Tabela 4 - Eficácia de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) na profilaxia de TVP após cirurgia de artroplastia de quadril
1 Valor de p versus enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 10 mg cada 24h: 0,0008.
2 Valor de p versus enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 10 mg cada 24h: 0,0168.
Não houve diferença significativa entre os regimes de 30 mg cada 12h e 40 mg cada 24h.
Em um estudo de profilaxia estendida para pacientes submetidos à artroplastia de quadril, os pacientes receberam durante a internação, enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 40 mg SC iniciado 12h antes da cirurgia para prevenir TVP pósoperatória.
Ao final do período perioperatório, todos os pacientes foram submetidos à venografia bilateral.
Seguindo um desenho duplo-cego, todos os pacientes sem evidência de doença tromboembólica foram randomizados para um regime pós-alta de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 40 mg (n = 90) por via SC, uma vez ao dia ou de placebo (n = 89) por 3 semanas. Nessa população de pacientes, a incidência de TVP durante a fase de profilaxia estendida foi significativamente mais baixa no grupo que recebeu enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) comparado ao placebo. Os dados de eficácia são apresentados na tabela abaixo [ver tabela 5] (Planes et al 1996).
Tabela 5 - Eficácia de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) na profilaxia estendida de TVP após artroplastia de quadril
Indicação (Pós-alta) |
Regime pós-alta | |
Enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 40 mg SC cada 24h n (%) |
Placebo SC cada 24h n (%) |
|
Todos os pacientes com profilaxia estendida | 90 (100) | 89 (100) |
TVP total (%) | 6 (7)1 (95% IC2: 3 a 14) |
18 (20) (95% IC: 12 a 30) |
TVP proximal (%) | 5 (6)3 (95% IC: 2 a 13) |
7 (8) (95% IC: 3 a 16) |
1 Valor de p versus placebo: 0,008.
2 IC: Intervalo de confiança.
3 Valor de p versus placebo: 0,537.
Em um segundo estudo, pacientes submetidos à artroplastia de quadril receberam durante a hospitalização enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 40 mg SC, iniciado 12h antes da cirurgia. Todos os pacientes foram examinados em busca de sinais e sintomas de doença tromboembólica. Pacientes sem qualquer sinal de TEV foram randomizados para um regime pós-alta com enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 40 mg SC uma vez ao dia (n = 131) ou placebo (n = 131) por 3 semanas. Um total de 262 pacientes foram randomizados nessa fase duplo-cega. De modo semelhante ao primeiro estudo, a incidência de TVP durante a profilaxia estendida foi significativamente menor com enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) quando comparado ao placebo, com diferença estatisticamente significativa tanto na incidência TVP total (enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) [16%] versus placebo 45 [34%]; p = 0,001) quanto na de TVP proximal (enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 8 [6%] versus placebo 28 [21%]; p = <0,001) (Bergqvist et al, 1996).
Artroplastia de joelho
Um total de 132 pacientes foram randomizados no estudo e 131 receberam profilaxia. Após hemostasia, profilaxia foi iniciada 12 a 24h após a cirurgia e continuada por até 15 dias. A incidência de TVP total e proximal após cirurgia foi significativamente mais baixa no grupo que recebeu enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) comparado ao placebo. Os dados de eficácia são mostrados abaixo [ver tabela 6] (Leclerc et al, 1992).
Tabela 6 - Eficácia de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) na profilaxia de trombose venosa profunda após artroplastia total de joelho
Indicação | Regime | |
Enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 30 mg n (%) |
Placebo q12h SC n (%) |
|
Todos os pacientes submetidos a artroplastia de joelho | 47 (100) | 52 (100) |
TVP Total (%) | 5 (11)1 (95% IC2: 1 a 21) |
32 (62) (95% IC: 47 a 76) |
TVP proximal (%) | 0 (0)3 (95% LC superior4: 5) |
7 (13) (95% IC: 3 a 24) |
1 Valor de p versus placebo: 0,0001.
2 IC: Intervalo de Confiança.
3 Valor de p versus placebo: 0,013.
4 LC: Limite de Confiança.
Ainda em artroplastia eletiva de joelho, outro estudo clínico aberto, de grupos paralelos, randomizado, comparou enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 30 mg SC a cada 12h com heparina 5000 U SC a cada 8h. Um total de 453 pacientes foram randomizados e todos receberam profilaxia conforme o grupo designado. A profilaxia iniciou-se após a cirurgia e continuou até 14 dias. A incidência de trombose venosa profunda foi significativamente menor com enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento), comparada com heparina (Cowell et al, 1995).
Profilaxia de tromboembolismo em pacientes clínicos com mobilidade reduzida durante doença aguda
Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, de grupos paralelos, enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 20 mg ou 40 mg SC uma vez ao dia foi comparado com placebo na profilaxia de TVP em pacientes clínicos com mobilidade restrita durante uma doença aguda (definida como distância percorrida <10 metros em tempo ? 3 dias).
Esse estudo incluiu pacientes com insuficiência cardíaca (NYHA Classe funcional III ou IV); insuficiência respiratória aguda ou insuficiência respiratória crônica complicada (sem necessidade de suporte ventilatório): infecção aguda (exceto choque séptico) ou doença reumatológica aguda. Um total de 1102 pacientes foi incluído no estudo, e 1073 pacientes receberam profilaxia. A terapia foi continuada por até 14 dias (media de duração de 7 dias). Quando administrado numa dose de 40 mg SC 1x/dia, enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) reduziu significativamente a incidência de TVP comparado ao placebo. Dados de eficácia são mostrados abaixo [ver tabela 7] (Samama et al, 1999).
Tabela 7 - Eficácia do enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) em pacientes clínicos com mobilidade reduzida durante doença aguda
1 Falha terapêutica durante os dias 1 e 14.
2 TEV: Eventos tromboembólicos, os quais incluem TVP, EP e óbito considerado de origem embólica.
3 IC: Intervalo de Confiança
O tratamento profilático com enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 40 mg SC ao dia reduziu em 63% o risco de TEV. Em aproximadamente 3 meses após a inclusão, a incidência de tromboembolismo permaneceu significativamente mais baixa no grupo que recebeu enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 40 mg versus o grupo placebo.
Tratamento de trombose venosa profunda (TVP) com ou sem embolia pulmonar (EP)
Em um estudo multicêntrico, de grupos paralelos, 900 pacientes com TVP aguda de membro inferior associada ou não à embolia pulmonar foram randomizados para tratamento hospitalar com enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 1,5 mg/kg SC 1x/dia, enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) 1 mg/kg SC cada 12h ou heparina em bolus (5000 UI) seguido de infusão contínua (administrada até atingir um TTPa de 55 a 85 segundos). Todos os pacientes receberam tratamento. Todos os pacientes também receberam varfarina sódica (dose ajustada de acordo com o TP para atingir um RNI (relação normatizada internacional) entre 2 e 3), a partir de 72h do início da terapia com enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) ou HNF. Enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) ou HNF foram administrados por no mínimo 5 dias e até que o RNI desejado fosse atingido.
Ambos os regimes de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) foram equivalentes à terapia com HNF em reduzir o risco de TEV recorrente. Os dados de eficácia são mostrados abaixo [ver tabela 8] (Merli et al, 2001).
Tabela 8 - Eficácia de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) no tratamento da trombose venosa profunda com ou sem embolia pulmonar
1 Todos os pacientes também foram tratados com varfarina sódica a partir de 72h do início do tratamento com enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) ou heparina padrão.
2 TEV: evento tromboembólico (trombose venosa profunda [TVP] e/ou embolia pulmonar [EP]).
Os intervalos de confiança de 95% para a diferença de tratamento no TEV total foram: Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) 1x/dia versus heparina (-3,0 a 3,5).
Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) cada 12h versus heparina (-4,2 a 1,7).
Hemodiálise
Em um estudo, pacientes com insuficiência renal terminal (n=36) fazendo hemodiálise 3 vezes por semana, receberam Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) ou HNF e depois foram trocados para o outro tratamento, a cada 12 semanas.
Enoxaparina 1 mg/kg foi administrada na forma de bolus dentro da linha arterial antes da diálise. Doses subsequentes de enoxaparina eram reduzidas para 0,2 mg/kg caso ocorresse sangramento. HNF 50 UI/kg foi administrada na forma de bolus dentro da linha arterial, seguida por uma dose de manutenção de 1000 UI/hora.
As linhas e filtros de diálise ficaram significativamente mais limpas (sem coágulos) com Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento) em comparação com HNF (p<0,001) (Saltissi et al, 1999).
Tratamento de angina instável e infarto do miocárdio (IM) sem elevação do segmento ST (Cohen et al, 1997)
Em um grande estudo multicêntrico, 3171 pacientes incluídos na fase aguda de angina instável ou IM sem elevação do segmento ST foram randomizados para receber, em associação com ácido acetilsalicílico (100 a 325 mg, uma vez ao dia), 1 mg/kg de enoxaparina sódica em injeção subcutânea a cada 12 horas, ou HNF por administração IV, ajustada com base no tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa). Os pacientes foram tratados em ambiente hospitalar por um período mínimo de 2 e máximo de 8 dias, até estabilização clínica, procedimentos de revascularização ou alta hospitalar. Os pacientes foram acompanhados por 30 dias. A enoxaparina sódica, em comparação à HNF, diminuiu significativamente a incidência de angina recorrente, IM e óbito, com redução do risco relativo de 16,2% no 14º dia, sustentado durante o período de 30 dias. Além disto, um número menor de pacientes do grupo tratado com enoxaparina sódica foi submetido à revascularização por angioplastia coronariana transluminal percutânea (ACTP) ou por enxerto de ponte arterial coronariana (15,8% de redução do risco relativo no 30º dia).
Tratamento do IM com elevação do segmento ST (Antman et al, 2006)
Em um grande estudo multicêntrico, 20479 pacientes diagnosticados com IM com elevação do segmento ST, elegíveis para receber terapia fibrinolítica, foram randomizados para receber: 1) enoxaparina sódica em bolus IV único de 30 mg acompanhado de 1 mg/kg por via SC, seguido de doses SC de 1 mg/kg a cada 12 horas; ou, 2) HNF por administração IV, ajustada com base no tempo de TTPa por 48 horas. Todos os pacientes também foram tratados com ácido acetilsalicílico por um período mínimo de 30 dias. A estratégia posológica de enoxaparina foi ajustada para pacientes acometidos por insuficiência renal severa e para pacientes idosos com idade maior ou igual a 75 anos. As injeções SC de enoxaparina foram administradas por um período máximo de 8 dias ou até que o paciente recebesse alta do hospital (considerando o que ocorresse primeiro).
Em um subgrupo deste mesmo estudo, 4716 pacientes foram submetidos à intervenção coronariana percutânea (ICP) recebendo suporte antitrombótico com fármaco do estudo de modo cego. Portanto, para pacientes que utilizaram a enoxaparina, a ICP foi realizada com enoxaparina (sem troca) utilizando-se o regime estabelecido em estudos prévios, ou seja, caso a última dose SC tenha sido administrada há menos de 8 horas antes de o balão ser inflado, não se administra dose adicional e caso a última dose subcutânea tenha sido administrada há mais de 8 horas antes de o balão ser inflado, administra-se uma dose adicional de 0,3 mg/kg através de bolus intravenoso.
A enoxaparina sódica quando comparada com a HNF reduziu significativamente a incidência do desfecho primário, uma combinação de morte por qualquer causa ou reinfarto do miocárdio nos primeiros 30 dias após a randomização [9,9% no grupo tratado com enoxaparina, comparado a 12,0% no grupo tratado com heparina nãofracionada] com uma redução relativa do risco igual a 17% (P<0,001).
Os benefícios do tratamento com enoxaparina, evidenciados por uma série de resultados de eficácia, surgiram em 48 horas, tempo no qual houve uma redução de 35% do risco relativo de reinfarto do miocárdio, quando comparado com o tratamento com HNF (P<0,001).
O efeito benéfico da enoxaparina no desfecho primário foi consistente entre os subgrupos principais do estudo, incluindo idade, sexo, local do infarto, histórico de diabetes, histórico de infarto do miocárdio anterior, tipo do fibrinolítico administrado e tempo para tratamento com o fármaco em estudo.
Houve um benefício significativo do tratamento com enoxaparina, quando comparado com o tratamento com HNF, em pacientes submetidos à ICP dentro de 30 dias após a randomização (23% de redução do risco relativo) ou em pacientes tratados com terapia medicamentosa (15% de redução do risco relativo, P = 0,27 para interação).
A incidência do desfecho composto de morte, reinfarto do miocárdio ou hemorragia intracraniana (uma medida do benefício clínico líquido), considerando-se os 30 primeiros dias, foi significativamente menor (p<0,0001) no grupo tratado com enoxaparina (10,1%) quando comparado com o grupo tratado com HNF (12,2%), representando uma redução de 17% do risco relativo em favor do tratamento com Enoxaparina Sódica (substância ativa deste medicamento).
O efeito benéfico da enoxaparina no desfecho primário, observado durante os primeiros 30 dias, foi mantido por um período de acompanhamento de 12 meses.
Características farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
O princípio ativo de enoxaparina sódica (substância ativa deste medicamento) é a enoxaparina sódica. Trata-se de uma heparina de baixo peso molecular com peso médio de 4.500 dáltons. A enoxaparina sódica é um sal de sódio. A distribuição do peso molecular é:
< 2000 dáltons | ? 20% |
2000 a 8000 dáltons | ? 68% |
> 8000 dáltons | ? 18% |
A enoxaparina sódica é obtida pela despolimerização alcalina do éster benzil heparina derivado da mucosa intestinal suína. Sua estrutura é caracterizada por um grupo ácido 2-O-sulfo-4 enepiranosurônico no final não redutor da cadeia e um 2-N, 6-O-dissulfo-D-glicosamina no final redutor da cadeia. Aproximadamente 20% (variando entre 15% e 25%) da estrutura da enoxaparina contêm um derivado 1,6 anidro no final redutor da cadeia polissacarídica.
Em um sistema purificado in vitro, a enoxaparina sódica apresenta alta atividade anti-Xa (aproximadamente 100 UI/mg) e baixa atividade anti-IIa ou antitrombina (aproximadamente 28 UI/mg).
Estas atividades anticoagulantes são mediadas por antitrombina III (ATIII) resultando em atividade antitrombótica em humanos.
Além da sua atividade anti-Xa/IIa, as propriedades antitrombótica e anti-inflamatória da enoxaparina foram identificadas em indivíduos saudáveis e em pacientes, bem como em modelos não clínicos.
Estes incluem inibição ATIII-dependente de outros fatores de coagulação, como fator VIIa, indução da liberação do inibidor da Via do Fator Tecidual endógeno, assim como uma liberação reduzida de fator de von Willebrand do endotélio vascular para a circulação sanguínea. Estes fatores são conhecidos por contribuir para o efeito antitrombótico global da enoxaparina.
Propriedades farmacocinéticas:
Características gerais
Os parâmetros farmacocinéticos da enoxaparina sódica foram estudados principalmente com relação ao tempo da atividade plasmática anti-Xa e também com relação à atividade anti-IIa, nos intervalos de dose recomendados após administrações subcutâneas únicas e repetidas e após administração intravenosa única.
A determinação quantitativa das atividades farmacocinéticas anti-Xa e anti-IIa foi realizada por métodos amidolíticos validados com substratos específicos e com a enoxaparina padrão calibrada contra o padrão internacional para heparinas de baixo peso molecular (NIBSC).
Biodisponibilidade e absorção
A biodisponibilidade absoluta da enoxaparina sódica após administração subcutânea, baseada na atividade anti-Xa, é próxima de 100%. Os volumes de injeção e concentração de doses no intervalo de 100–200 mg/mL não afetam os parâmetros farmacocinéticos em voluntários saudáveis.
A máxima atividade anti-Xa plasmática média é observada 3 a 5 horas após administração subcutânea alcançando, aproximadamente, 0,2; 0,4; 1,0 e 1,3 UI anti-Xa/mL após administração subcutânea de doses únicas de 20 mg, 40 mg, 1 mg e 1,5 mg/kg, respectivamente.
Um bolus intravenoso de 30 mg seguido imediatamente por uma dose subcutânea de 1 mg/kg a cada 12 horas forneceu um pico inicial de níveis de fator anti-Xa igual a 1,16 UI/mL (n = 16) e uma exposição média correspondente a 88% dos níveis do estado de equilíbrio. O estado de equilíbrio é alcançado no segundo dia de tratamento.
A farmacocinética da enoxaparina parece ser linear nos intervalos de dose recomendados. A variabilidade intra e interpacientes é baixa. Após repetidas administrações subcutâneas de 40 mg, uma vez ao dia, e de 1,5 mg/kg uma vez ao dia, em voluntários saudáveis, o estado de equilíbrio é alcançado no 2° dia, com uma taxa de exposição média aproximadamente 15% maior do que após a administração de dose única. O nível de atividade da enoxaparina no estado de equilíbrio é bem previsível pela farmacocinética de dose única. Após administrações subcutâneas repetidas de 1 mg/kg, num regime de 2 vezes ao dia, o estado de equilíbrio é alcançado entre o 3° e o 4° dia, com uma exposição média aproximadamente 65% maior do que após administração de dose única, e as concentrações máxima e mínima médias de aproximadamente 1,2 e 0,52 UI/mL, respectivamente. Baseada na farmacocinética da enoxaparina sódica, esta diferença no estado de equilíbrio é esperada e está dentro do intervalo terapêutico.
A atividade plasmática anti-IIa após a administração subcutânea é aproximadamente 10 vezes menor do que a atividade anti-Xa. A máxima atividade anti-IIa média é observada aproximadamente 3-4 horas após administração subcutânea e alcança 0,13 UI/mL e 0,19 UI/mL após administração repetida de 1 mg/kg, duas vezes ao dia e de 1,5 mg/kg, uma vez ao dia, respectivamente.
Distribuição
O volume de distribuição da atividade anti-Xa da enoxaparina sódica é de aproximadamente 5 L e é próximo do volume sanguíneo.
Metabolismo
A enoxaparina é metabolizada principalmente no fígado por dessulfatação e/ou despolimerização formando moléculas de peso menor, que apresentam potência biológica muito reduzida.
Eliminação
A enoxaparina sódica é um fármaco de baixa depuração, com média de clearance plasmático anti-Xa de 0,74 L/h após infusão intravenosa de 1,5 mg/kg em 6 horas.
A eliminação parece ser monofásica, com meia-vida de aproximadamente 4 horas após uma dose subcutânea única, e até aproximadamente 7 horas após doses repetidas.
O clearance renal dos fragmentos ativos representa aproximadamente 10% da dose administrada e a excreção renal total dos fragmentos ativos e não-ativos é de 40% da dose.
Características em Populações Especiais:
Idosos
Com base nos resultados da análise farmacocinética populacional, o perfil cinético da enoxaparina sódica não é diferente em voluntários idosos comparados a voluntários jovens quando a função renal é normal.
Entretanto, como é conhecido que a função renal diminui com o aumento da idade, pacientes idosos podem apresentar retardo na eliminação da enoxaparina sódica.
Insuficiência renal
Observou-se uma relação linear entre o clearance plasmático de anti-Xa e o clearance de creatinina no estado de equilíbrio, o que indica um decréscimo do clearance da enoxaparina sódica em pacientes com função renal reduzida. A exposição anti-Xa representada pela AUC (área sob a curva), no estado de equilíbrio, é levemente aumentada na insuficiência renal leve (clearance decreatinina 50 – 80 mL/min) e moderada (clearance de creatinina 30 – 50 mL/min) após repetidas doses subcutâneas de 40 mg, uma vez ao dia.
Em pacientes com insuficiência renal severa (clearance de creatinina < 30 mL/min), a AUC no estado de equilíbrio é significativamente aumentada em média em 65% após repetidas doses únicas diárias subcutâneas de 40 mg.
Peso
Após repetidas doses subcutâneas de 1,5 mg/kg, uma vez ao dia, a AUC média de atividade anti-Xa é levemente maior no estado de equilíbrio em voluntários saudáveis obesos (IMC 30 – 48 kg/m2) em comparação aos voluntários controle não-obesos, embora a atividade máxima observada não tenha aumentado. Há menor clearance ajustado ao peso em voluntários obesos tratados com doses subcutâneas.
Quando se administram doses não ajustadas ao peso, a exposição da atividade anti-Xa é 52% maior em mulheres de peso baixo (< 45 kg) e 27% maior em homens de peso baixo (< 57 kg), após uma dose subcutânea única de 40 mg, quando comparada aos voluntários controle com peso normal.
Hemodiálise
Em um único estudo, a taxa de eliminação apresentou-se semelhante, porém a AUC foi duas vezes maior que na população controle, após uma dose intravenosa única de 0,25 ou 0,50 mg/kg.
Interações farmacocinéticas
Não foram observadas interações farmacocinéticas entre a enoxaparina e trombolíticos quando administrados concomitantemente.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Não foram realizados estudos de longa duração em animais para avaliar o potencial carcinogênico da enoxaparina.
A enoxaparina não se mostrou mutagênica em testes in vitro, incluindo o teste Ames, o teste de mutação de células de linfoma em camundongos, o teste de aberração cromossômica linfocítica em humanos e os testes in vivo de aberração cromossômica na medula óssea de ratos.
Demonstrou-se que a enoxaparina não tem nenhum efeito na fertilidade ou no desempenho reprodutivo de ratos machos e fêmeas em doses subcutâneas de até 20 mg/kg/dia. Estudos teratológicos foram conduzidos em ratas e coelhas prenhes em doses subcutâneas de enoxaparina de até 30 mg/kg/dia. Não houve nenhuma evidência de efeitos teratogênicos ou fetotoxicidade devido à enoxaparina.
Além dos efeitos anticoagulantes da enoxaparina, não houve evidência de efeitos adversos em doses de 15 mg/kg/dia em 13 semanas de estudos de toxicidade subcutânea, ambos em ratos e cães e em doses de 10 mg/kg/dia em 26 semanas de estudos de toxicidade subcutânea e intravenosa ambos em ratos e macacos.
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