Para que serve Hydrea é indicado para o tratamento de leucemia (câncer de origem na medula óssea) mielocítica crônica resistente e melanoma (tumor maligno que deriva do melanócito – célula que produz a melanina).Continue lendo...
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Hydrea é indicado para o tratamento de leucemia (câncer de origem na medula óssea) mielocítica crônica resistente e melanoma (tumor maligno que deriva do melanócito – célula que produz a melanina).
Hydrea, combinado com radioterapia, é também indicado para o tratamento de câncer de células escamosas primárias de cabeça e pescoço (com exceção dos lábios) e câncer de colo uterino.
Hydrea atua sobre determinados tipos de tumores, quer isoladamente, quer em conjunto com radioterapia ou outros medicamentos contra o câncer. Seu mecanismo de ação ainda não é completamente conhecido.
Hydrea é contraindicado em pacientes que apresentam hipersensibilidade à hidroxiureia ou a qualquer componente da formulação.
A posologia deve ser baseada no seu peso real ou ideal, levando-se em conta o menor valor Hydrea deve ser administrado por via oral.
Se você preferir ou for incapaz de engolir cápsulas, o conteúdo da cápsula pode ser colocado em um copo com água e ingerido imediatamente. Algum componente inerte, sem ação contra a doença, pode flutuar na superfície da água.
Você deve ter cuidado ao retirar o conteúdo da cápsula para que este não entre em contato com pele e mucosas e para que você não inale o pó ao abrir a cápsula. Pessoas que não estejam utilizando Hydrea não devem ser expostas a este medicamento. É recomendável utilizar luvas descartáveis ao manusear Hydrea ou frascos contendo Hydrea e lavar as mãos antes e depois do manuseio.
Se o pó se esparramar, deve ser imediatamente limpo com uma toalha úmida descartável e descartado em um recipiente fechado, como um saco plástico, assim como as cápsulas vazias. Hydrea deve ser mantido longe do alcance das crianças e de animais de estimação.
Para segurança e eficácia desta apresentação, Hydrea não deve ser administrado por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via oral.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Como a excreção renal é uma via de eliminação de fármacos, deve-se considerar a redução da dose de Hydrea para indivíduos com problemas nos rins. Seu médico pode recomendar um monitoramento intenso dos parâmetros hematológicos (componentes do sangue).
Não há orientação específica para ajuste de dose em pacientes com disfunção hepática. Seu médico pode recomendar um monitoramento intenso dos parâmetros hematológicos.
Pacientes idosos podem precisar de tratamento com doses menores.
O uso de Hydrea combinado com outros medicamentos mielossupressores pode necessitar de ajuste de dose.
Como Hydrea pode aumentar o nível de ácido úrico no sangue, pode ser necessário o ajuste da dose de medicamentos uricosúricos (como por exemplo a probenicida).
Hydrea deve ser utilizado cuidadosamente em pacientes que tenham recebido recentemente radioterapia extensa ou quimioterapia com outros medicamentos citotóxicos.
Alterações graves no estômago, como náusea, vômitos e anorexia (diminuição ou perda de apetite), resultantes do tratamento combinado, podem ser habitualmente controladas pela interrupção do tratamento com Hydrea.
Dor ou desconforto causados pela inflamação das mucosas no local irradiado (área onde foi aplicada a radioterapia) são usualmente controlados pelo uso de anestésicos tópicos (como por exemplo lidocaína, butambeno) e analgésicos administrados por via oral (como por exemplo paracetamol, dipirona). Se a reação for grave, o tratamento com Hydrea pode ser temporariamente interrompido; se for extremamente grave, deve-se, além disso, adiar temporariamente a dosagem de irradiação.
Se você esqueceu de tomar Hydrea no horário pré-estabelecido, por favor procure seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Durante o tratamento você deve manter uma ingestão adequada de líquidos.
O tratamento com Hydrea não deve ser iniciado se a função da medula óssea estiver deprimida, ou seja, se você estiver com baixo número de células sanguíneas [leucopenia (contagem de leucócitos – glóbulos brancos – menor que 2500 células/mm3) ou trombocitopenia (contagem de plaquetas menor que 100.000/mm3), ou anemia grave (diminuição das hemácias - glóbulos vermelhos - circulantes no sangue)].
Hydrea pode atrapalhar o funcionamento da medula óssea; a leucopenia é, em geral, a primeira e mais comum manifestação da mielodepressão (depressão da medula óssea).
Trombocitopenia e anemia ocorrem menos frequentemente e são raramente observadas sem uma leucopenia anterior. A diminuição da função da medula óssea ocorre mais em indivíduos que tenham anteriormente realizado radioterapia ou tratamento com medicamentos quimioterápicos citotóxicos (como a mitoxantrona). Nestes casos, Hydrea deve ser usado com cautela. A recuperação da mielodepressão é rápida quando o tratamento é interrompido.
A anemia grave deve ser corrigida antes do início do tratamento com Hydrea.
Eritropoiese megaloblástica (formação de eritrócitos de grande tamanho), que é autolimitante, é frequentemente observada no início do tratamento com Hydrea. A alteração no formato destas células assemelha-se à encontrada na anemia perniciosa (anemia grave devido à má absorção digestiva da vitamina B12), porém não está relacionada à falta de vitamina B12 ou ácido fólico. A macrocitose (presença de células de grande tamanho no sangue) pode mascarar o desenvolvimento acidental da falta de ácido fólico; determinações regulares do ácido fólico sérico são recomendadas. A hidroxiureia também pode retardar a excreção de ferro e reduzir a proporção de ferro utilizada pelos eritrócitos no sangue, porém não parece alterar o tempo de sobrevida dos glóbulos vermelhos.
Pacientes que tenham recebido radioterapia anterior podem sofrer agravamento de eritema (vermelhidão na pele) pós-irradiação quando tratados com Hydrea.
Hepatotoxicidade e falência hepática (problemas relacionados ao fígado que podem ser fatais) foram relatadas mais frequentemente em indivíduos HIV-positivos, recebendo tratamento combinado com hidroxiureia, didanosina e estavudina. Essa combinação deve ser evitada. Pancreatite (inflamação do pâncreas) não-fatal e fatal e deficiência dos nervos que transportam a informação (neuropatia periférica), grave em alguns casos, também ocorreram nesses pacientes, durante terapia com hidroxiureia e didanosina, com ou sem estavudina.
Vasculite cutânea (inflamação na parede dos vasos sanguíneos da pele), incluindo ulcerações (feridas tipo úlceras) e gangrena (morte do tecido), ocorreram em pacientes com desordens da medula óssea durante a terapia com hidroxiureia, sendo mais comum naqueles com um histórico de, ou recebendo terapia concomitantemente com interferon. Se você desenvolver feridas causadas pela inflamação dos vasos sanguíneos, deve descontinuar o uso de Hydreae procurar o médico, para que ele possa indicar medicamentos citorredutores alternativos.
Em pacientes recebendo terapia com hidroxiureia por longo período para desordens da medula óssea, como policitemia vera (distúrbio na medula óssea, no qual ocorre superprodução de glóbulos vermelhos) e trombocitemia (excesso de plaquetas), foi relatado o desenvolvimento de leucemia secundária. Câncer de pele também foi relatado em pacientes recebendo hidroxiureia por longo período. Você deve proteger a sua pele da exposição ao sol, realizar autoinspeção da pele e informar ao médico qualquer alteração que você perceba.
Se você apresentar problemas nos rins, informe seu médico, pois Hydrea deve ser usado com precaução.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez uma vez que Hydrea pode causar dano no feto. A hidroxiureia é secretada no leite humano. Devido ao potencial de reações adversas graves no bebê, informe o seu médico se você estiver amamentando, para que ele decida entre suspender a amamentação ou o tratamento com Hydrea, levando em consideração a importância do medicamento para a mãe.
Foram observados azoospermia (ausência de espermatozóides) ou oligospermia (número reduzido de espermatozóides) nos homens. Pacientes do sexo masculino devem ser informados sobre a possibilidade de conservação de esperma antes do início da terapia. Hydrea pode ser tóxica ao material genético. Homens sob terapia são aconselhados a usar contraceptivos seguros durante e pelo menos um ano após a terapia.
A segurança e a eficácia de Hydrea em crianças não foram estabelecidas.
Idosos podem ser mais sensíveis aos efeitos de Hydrea e podem necessitar de tratamento com dosagens mais baixas.
O efeito de Hydrea sobre dirigir ou operar máquinas não foi estudado. Como Hydrea pode provocar sonolência e outros efeitos neurológicos, a vigília (estado normal de consciência) pode estar prejudicada.
O uso concomitante de Hydrea com uma vacina feita a partir de micro-organismo vivo pode aumentar a reação adversa do mesmo pois os mecanismos normais de defesa podem ser suprimidos por Hydrea. A vacinação com uma vacina viva em um paciente tomando Hydrea pode resultar em infecção grave. A resposta de anticorpos (defesa contra a agressão) do paciente às vacinas pode ser diminuída. A utilização de vacinas vivas deve ser evitada e um parecer individual de um especialista deve ser solicitado.
Depressão da medula óssea (leucopenia, anemia e trombocitopenia).
Estomatite (inflamação da mucosa oral), anorexia, náusea, vômitos, diarreia e constipação (prisão de ventre).
Erupção maculopapular (erupção na pele caracterizada pelo aparecimento de manchas avermelhadas), eritema facial, eritema periférico, ulceração da pele (ferida de cicatrização difícil) e alterações da pele como dermatomiosite (inchaço e inflamação dos músculos).
Observou-se hiperpigmentação (escurecimento da pele), pigmentação das unhas, eritema, atrofia da pele e unhas, descamação, pápulas violáceas (lesão cutânea saliente de cor violeta) e alopecia (queda de cabelo) em alguns pacientes após vários anos de tratamento de manutenção diária (longa duração) com Hydrea. Alopecia ocorre raramente. Câncer de pele também foi raramente observado.
Vasculite cutânea, incluindo ulcerações decorrentes da vasculite cutânea e gangrena, ocorreram em pacientes com doenças mieloproliferativas durante o tratamento com hidroxiureia. A vasculite cutânea foi relatada mais frequentemente em pacientes com um histórico de uso de, ou recebendo tratamento combinado com interferon.
Sonolência; raros casos de cefaleia (dor de cabeça), tontura, desorientação, alucinações e convulsões.
Níveis elevados no sangue de ácido úrico, ureia e creatinina; raros casos de disúria (dificuldade e dor ao urinar).
Febre induzida por medicamentos.
Febre alta (> 39 °C) que requer hospitalização foi relatada em alguns casos concomitantemente com manifestações gastrointestinais, pulmonares, musculoesqueléticas, hepatobiliares, dermatológicas ou cardiovasculares. O quadro tipicamente ocorre dentro de 6 semanas do início com hidroxiureia, mas é prontamente resolvido após a sua descontinuação. Na readministração de hidorxiureia, a febre reapareceu dentro de 24 horas.
Febre, calafrios, mal-estar, astenia (fraqueza muscular), azoospermia (ausência de espermatozóides) ou oligospermia (número reduzido de espermatozóides), aumento de enzimas do fígado, colestase (redução do fluxo do líquido biliar) hepatite e síndrome da lise tumoral. Retenção anormal de bromossulfaleína foi também relatada. Casos raros de reações pulmonares agudas [infiltrados pulmonares difusos/fibrose e dispneia (falta de ar)].
Em pacientes HIV-positivos recebendo tratamento combinado de hidroxiureia e outros medicamentos antirretrovirais, em particular a didanosina + estavudina, relatou-se pancreatite fatal e não-fatal, hepatotoxicidade e falência do fígado resultando em morte e neuropatia periférica grave.
As reações adversas observadas com o tratamento combinado de Hydrea e radioterapia foram semelhantes àquelas relatadas com o uso de Hydrea isoladamente, principalmente diminuição da função da medula óssea (leucopenia e anemia) e irritação gástrica. Quase todos os pacientes recebendo um ciclo adequado de tratamento com a associação de Hydrea e radioterapia irão desenvolver leucopenia. Trombocitopenia (<100.000/mm3) tem ocorrido raramente e usualmente na presença de leucopenia acentuada. Hydrea pode potencializar algumas reações adversas normalmente relatadas com a radioterapia isolada, tais como desconforto gástrico e mucosite (inflamação das mucosas).
Eventos adversos reportados durante a fase clínica ou no período de pós comercialização | ||
Classificação Órgão-Sistema | Frequência |
Eventos adversos |
Desordens do sistema reprodutivo e mama | Muito comum |
Azoospermia, oligospermia |
Infecções e Infestações | Raro |
Gangrena |
Neoplasias benignas e malignas (incluindo cistos e pólipos) | Comum | Câncer de pele |
Desordens do sangue e Sistema Linfático | Muito comum |
Falência da medula óssea, diminuição de linfócitos CD4, leucopenia, trombocitopenia, anemia |
Desordens do Metabolismo e Nutrição | Muito comum | Anorexia |
Raro | Síndrome da lise tumoral | |
Desordens Psiquiátricas | Comum |
Alucinação, desorientação |
Desordens do Sistema Nervoso | Comum |
Convulsão, tontura, neuropatia periférica, sonolência, dor de cabeça |
Desordens Respiratórias, Torácicas e do Mediastino | Comum |
Fibrose pulmonar, infiltração nos pulmões, dispneia |
Desordens Gastrintestinais | Muito comum |
Pancreatite1, náusea,vômito, diarreia, estomatite, constipação, mucosite, desconforto estomacal, dispepsia (dificuldade de digestão) |
Desordens Hepatobiliares | Comum |
Hepatotoxicidade1, aumento das enzimas hepáticas, colestase, hepatite |
Desordens do tecido subcutâneo e pele | Muito comum |
Vasculites cutâneas, dermatomiosites, alopecia, erupção maculopapular, erupção papular, esfoliação cutânea, atrofia cutânea, úlcera cutânea, eritema, hiperpigmentação cutânea, desordens nas unhas |
Não conhecida |
Pigmentação das unhas | |
Desordens Renais e Urinárias | Muito comum |
Disúria, aumento de creatinina no sangue, aumento de ureia no sangue, aumento de ácido úrico no sangue |
Desordens Gerais e Condições de Administração Local | Muito comum |
Pirexia (febre), astenia, calafrios, mal-estar |
1Pancreatite fatal e não-fatal e hepatotoxicidade foram relatadas em pacientes HIV-positivos que receberam hidroxiureia em combinação com agentes antirretrovirais, em particular didanosina + estavudina.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
500 mg de hidroxiureia.
Excipientes:Fosfato de sódio dibásico, ácido cítrico, estearato de magnésio e lactose.
Relatou-se toxicidade mucocutânea aguda em pacientes recebendo hidroxiureia em doses várias vezes superiores à dose terapêutica. Irritação da pele acompanhada por quadro doloroso, eritema violáceo (manchas com tons violeta), edema (inchaço) das palmas das mãos e sola dos pés seguida de descamação dos mesmos, hiperpigmentação (escurecimento) grave generalizada da pele e estomatite também foram observadas.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Estudos prospectivos sobre o potencial da Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) em interagir com outros medicamentos não foram realizados.
O uso simultâneo de Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) e outros agentes mielossupressores ou radioterapia pode aumentar a probabilidade de ocorrência de depressão da medula óssea ou outras reações adversas.
Estudos in vitro mostraram um aumento significativo na atividade citotóxica da citarabina em células tratadas com a Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento). Não se sabe se esta interação pode levar a uma toxicidade sinergística ou se há necessidade de modificar as doses de citarabina.
Estudos têm mostrado que a Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) tem interferência analítica em enzimas (urease, uricase e desidrogenase láctica) usadas na determinação de ureia, ácido úrico e ácido lático, provocando resultados elevados falsos nos pacientes tratados com Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento).
Há um risco aumentado de doença sistêmica fatal induzida pela vacina com o uso concomitante de vacinas vivas. As vacinas vivas não são recomendadas em pacientes imunossuprimidos.
Não há dados sobre o efeito dos alimentos na absorção da Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento).
Um estudo randomizado controlado comparou Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) e bussulfano para o tratamento da LMC. A sobrevida média foi de 45 meses para bissulfano e de 58 meses para Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) (p=0.008). As taxas de sobrevida em 5 anos foram de 32% e 44%, respectivamente.
Uma meta-análise com dados individuais do Chronic Myeloid Leukemia Trialists' Collaborative Group (2000) incluiu 3 estudos randomizados e comparou 812 pacientes tratados com Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) ou bussulfano. A análise foi feita por intenção de tratamento. No grupo que apresentava cromossomo Philadelphia positivo (690 pacientes), foi observada sobrevida em 4 anos de 45,1% para o grupo tratado com bussulfano versus 53,6% para o grupo que recebeu Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento), com benefício absoluto de 8,5% (IC 95%, 0,1-16,9; p=0,01).
Piver (1989) realizou um estudo randomizado duplo-cego com 25 pacientes portadoras de carcinoma de colo de útero em estágio IIIB (FIGO) para comparar Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) e placebo, concomitantes a radioterapia pélvica. Foi realizada avaliação de toxicidade e sobrevida. A sobrevida livre de doença em 5 anos foi de 54% para o grupo tratado com Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) e de 18% para o grupo que recebeu placebo.
O Gynecologic Oncology Group (Stehman, 1993) realizou um estudo randomizado que comparou Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) e o misonidazol (radiossensibilizante) concomitantes à radioterapia em pacientes com carcinoma de colo uterino nos estágios IIB a IVA. Foram randomizados 157 pacientes para o grupo do misonidazol e 137 para o grupo do Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento). Foi realizada análise de sobrevida livre de progressão e sobrevida global. A sobrevida livre de progressão em 5 anos foi de 52,8% no grupo que recebeu Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) e 42,4% no grupo tratado com misonidazol (p=0,05). A sobrevida global foi de 52,9% para Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) versus 43,9% para o misonidazol (p=0,066).
Outra meta-análise da Cochrane Database realizada em 2005 avaliou o benefício da radioterapia concomitante à radioterapia comparada àquela isoladamente. Foram incluídos estudos randomizados que comparavam radioterapia exclusiva em câncer de colo uterino localmente avançado versus radioterapia e esquemas diferentes de quimioterapia concomitantes. Foram incluídos estudos com Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) e estudos onde também foi realizada quimioterapia adjuvante. Estudos que utilizaram radiossensibilizantes e radioprotetores no braço experimental não foram incluídos. Nessa meta-análise, foram incluídos 4580 pacientes de 19 trabalhos originais. Como resultado principal, observou-se que a quimioterapia concomitante à radioterapia foi superior à radioterapia exclusiva, independente da quimioterapia incluir ou não platina, com benefício absoluto de 10% para sobrevida global e 13% para sobrevida livre de progressão.
Richards (1969) realizou um estudo randomizado duplo-cego para avaliar a eficácia de Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) concomitante à radioterapia em carcinoma de cabeça e pescoço sem tratamento prévio. Foram randomizados 40 pacientes, 20 no grupo 1 (placebo e radioterapia) e 20 no grupo 2 (Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) e radioterapia). Em relação aos pacientes avaliáveis, observou-se 100% de regressão tumoral em 7 dos 9 pacientes que receberam Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) comparado com 1 dos 7 pacientes que receberam placebo. A regressão tumoral mais significativa foi observada nos linfonodos.
Diversos artigos avaliaram a administração concomitante de fluoruracila e Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) com a radioterapia em pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Uma vez que esses medicamentos são seletivamente tóxicos para as células durante a fase S, que é uma fase relativamente radiorresistente do ciclo celular, estas podem superar a resistência à radioterapia. Essa mesma combinação também foi avaliada associada ao paclitaxel e à cisplatina, em relação à sobrevida e toxicidade. A sobrevida livre de progressão em 3 anos variou entre 62% e 72% e a sobrevida global em 3 anos, entre 55% e 60%.
Garden (2004) realizou um estudo randomizado fase II avaliando 3 esquemas de quimioterapia combinados à radioterapia pelo Radiation Therapy Oncology Group (RTOG) em pacientes com carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço nos estágios III ou IV (cavidade oral, hipofaringe e orofaringe). Os grupos foram divididos em: braço 1 (cisplatina e fluoruracila infusional), braço 2 (Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) e fluoruracila infusional) e braço 3 (paclitaxel e cisplatina semanais). Os 3 grupos receberam radioterapia na dose de 70cGy em 35 frações. Foi realizada avaliação de resposta, sobrevida livre de doença, sobrevida global e toxicidade em 231 pacientes. A taxa de reposta completa foi de 76% no grupo 1, 75% no grupo 2 e 82% no grupo 3. A sobrevida livre de doença em 2 anos foi de 38,2% para o braço 1, 48,6% para o braço 2 e de 51,3% para o braço 3. A sobrevida global em 2 anos foi de 57,4% no braço 1, 69,4% no braço 2 e 66,6% no braço 3.
O RTOG (Spencer, 2008) realizou um estudo prospectivo fase II multi-institucional para avaliar o tratamento com re-irradiação concomitante à quimioterapia com Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) e fluoruracila em bolus em pacientes com carcinoma escamoso de cabeça e pescoço recidivado ou com segundo tumor primário em área previamente irradiada. Foram avaliados 79 pacientes dos 86 incluídos em relação à toxicidade e sobrevida. Foi observada sobrevida em 2 anos de 15,2% e de 3,8% em 5 anos. Os pacientes que terminaram a radioterapia inicial há mais de 1 ano apresentaram maior sobrevida quando comparados aos que foram tratados há menos de 1 ano (sobrevida média 8,8 meses versus 5,8 meses; p=0,036).
Hellmann (1974) realizou uma revisão do tratamento do melanoma com quimioterápicos, entre eles o Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento). A taxa de resposta com Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) isolado em 232 pacientes portadores de melanoma metastático foi de 24%.
Cassileth (1967) avaliou o tratamento com Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) em 14 pacientes portadores de melanoma avançado, mas não foi observada resposta objetiva com esse agente isolado. No entanto, 3 pacientes que realizaram o tratamento concomitante à radioterapia em sistema nervoso central para metástases cerebrais tiveram redução das lesões, sugerindo potencial efeito radiossensibilizador.
Carter (1976) randomizou 270 pacientes portadores de melanoma metastático e comparou os seguintes esquemas de quimioterapia: dacarbazina isolada; dacarbazina, lomustina e vincristina; dacarbazina, carmustina e vincristina; e dacarbazina, carmustina e Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento). Foram avaliados 243 pacientes em relação à taxa de resposta, toxicidade e sobrevida. Não foram observadas diferenças entre os quatro braços de tratamento. A taxa de resposta foi 17,3% para pacientes avaliáveis e 15,5% para todos os pacientes que entraram no estudo.
Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) cápsulas contém Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento).
Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) é um pó essencialmente insípido, branco a quase branco e cristalino. É higroscópico e livremente solúvel em água mas praticamente insolúvel em álcool. Sua fórmula empírica é CH4N2O2 e o peso molecular é 76,05 g/mol. Sua estrutura quimica é:
O mecanismo de ação exato pelo qual a Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) produz seus efeitos antineoplásicos não é conhecido. Vários estudos em culturas de tecidos, ratos e humanos embasam a hipótese de que a Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) provoca uma inibição imediata da síntese do ácido desoxirribonucleico (DNA), agindo como um inibidor da ribonucleotídeo redutase, sem interferir na síntese do ácido ribonucleico ou da proteína.
Três mecanismos de ação foram postulados para a potencialização da eficácia da radioterapia combinada com a Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) no tratamento do carcinoma de células escamosas (epidermóide) de cabeça e pescoço. Estudos in vitro utilizando células de hamster chinês sugerem que a Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) (1) é letal para as células na fase-S normalmente radiorresistentes, e, (2) mantém outras células do ciclo celular na fase G1 ou fase de pré-síntese de ácido desoxirribonucleico (DNA) quando elas são mais suscetíveis aos efeitos da irradiação.
O terceiro mecanismo de ação baseia-se, teoricamente, em estudos in vitro de células HeLa; ao que parece, a Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento), pela inibição da síntese do ácido desoxirribonucleico (DNA), impede o processo normal de reparo das células atingidas, porém, não destruídas pela irradiação, diminuindo, desse modo, seus índices de sobrevivência. As sínteses de ácido ribonucleico (RNA) e de proteína não apresentam alterações.
Nenhuma informação é disponível considerando diferenças farmacocinéticas devido à idade, sexo ou raça.
Como a excreção renal é uma via de eliminação, deve-se considerar a redução da dose nesta população.
Foi conduzido um estudo aberto, multicêntrico, não randomizado, de dose única em pacientes adultos com anemia falciforme para avaliar a influência da função renal sobre a farmacocinética da Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento). Neste estudo, pacientes com a função renal normal (depuração da creatinina > 80 mL/min), com insuficiência renal leve (depuração da creatinina entre 50-80 mL/min) ou com insuficiência renal grave (depuração da creatinina < 30mL/min), receberam Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) em uma dose única de 15 mg/kg, alcançada empregando-se combinações de cápsulas de 200 mg, 300 mg ou 400 mg.
Pacientes com doença renal no último estágio receberam 2 doses de 15 mg/kg, separadas por 7 dias; a primeira administrada 4 horas após a sessão de hemodiálise; a segunda antes da hemodiálise. Neste estudo, a média de exposição (ASC) em pacientes que apresentavam depuração de creatinina < 60 mL/min foi aproximadamente 64% maior do que em pacientes com função renal normal. Os resultados sugerem que a dose inicial de Hidroxiuréia (substância ativa deste medicamento) deve ser reduzida quando utilizada para tratar pacientes com comprometimento renal.
Não há dados que sustentem uma recomendação específica para ajuste de dose em pacientes com disfunção hepática.
Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC). Evitar calor excessivoManter o frasco bem fechado.
Número de lote e datas de fabricação e validade: Vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Hydrea é apresentado na forma de cápsula gelatinosa dura, composta de duas partes, a qual pode ter um leve odor de gelatina. Deve ser brilhante, reluzente, sem pó aderido, manchas e marcas de dedo. A tampa da cápsula tem cor verde opaco e o corpo tem cor rosa opaco. Deve estar impresso “BMS 303” em preto na cápsula.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Reg. MS - 1.0180.0093
Responsável Técnico:
Dra. Elizabeth M. Oliveira - CRF-SP nº 12.529
Fabricado por:
Corden Pharma Latina S.p.A.
Via Del Murilo, Km 2800
Sermoneta (Latina) - Itália
Importado por:
Bristol-Myers Squibb Farmacêutica LTDA.
Rua Verbo Divino, 1711
Chácara Santo Antônio - São Paulo - SP
CNPJ 56.998.982/0001-07
Sac: 0800 727 6160
Venda sob prescrição médica.
Fabricante |
BRISTOL-MYERS SQUIBB |
Princípio ativo |
Hidroxiuréia |
Categoria do medicamento |
Medicamentos Especiais |
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