Para que serve Este medicamento é destinado ao tratamento de pacientes adultos com carcinoma avançado ou metastático de células de transição do trato urinário após a falha prévia de um regime contendo platina.Continue lendo...
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Este medicamento é destinado ao tratamento de pacientes adultos com carcinoma avançado ou metastático de células de transição do trato urinário após a falha prévia de um regime contendo platina.
Este medicamento é contra-indicado para uso caso haja hipersensibilidade à substância ativa ou outros alcalóides da vinca, infecção grave recente (nas últimas 2 semanas) ou atual, contagem basal da CAN < 1.500/mm3 na primeira administração, contagem basal da CAN < 1.000/mm3 nas administrações subsequentes ou plaquetas < 100.000/mm3 e amamentação.
Este medicamento é contra-indicado para menores de 18 anos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O tratamento com vinflunina deve ser iniciado sob a responsabilidade de um médico qualificado na utilização de quimioterapia anticancerosa.
Antes de cada ciclo, deve ser feita uma adequada monitorização do hemograma completo para verificar o valor da contagem absoluta de neutrófilos (CAN) uma vez que a neutropenia é uma reação adversa frequente da vinflunina.
Vinflunina (substância ativa) deve ser diluído antes da administração. Vinflunina (substância ativa) é apenas para utilização única.
Vinflunina (substância ativa) deve apenas ser administrado por via intravenosa.
Vinflunina (substância ativa) deve ser administrado por perfusão intravenosa de 20 minutos e não por bólus intravenosa rápido.
Podem ser usados para administração de vinflunina tanto linhas periféricas como um cateter central.
Quando perfundido através de uma veia periférica, a vinflunina pode induzir irritação venosa. No caso de veias pequenas ou esclerosadas, linfedema, punção venosa recente na mesma veia, pode ser preferível a utilização de um cateter central. Para evitar extravasamento é importante ter a certeza que a agulha está corretamente introduzida antes de começar a perfusão.
Para uma correta lavagem da veia, a administração de Vinflunina (substância ativa) diluído deve ser sempre seguida de pelo menos um volume igual de uma solução para perfusão de cloreto de sódio 9mg/mL (0,9%) ou uma solução para perfusão de glicose 50mg/mL (5%).
De forma a impedir a constipação, os laxantes e as medidas dietéticas incluindo hidratação oral são recomendados desde o dia 1 ao dia 5 ou 7 após cada administração de vinflunina.
Apenas por via intravenosa. Vinflunina (substância ativa) é apenas para utilização única.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais para medicamentos citotóxicos.
A dose recomendada é de 320mg/m2 de vinflunina na forma de uma perfusão de 20 minutos, a cada 3 semanas.
Em caso do performance status (PS) WHO/ECOG de 1 ou de 0 com irradiação pélvica prévia, o tratamento deve ser iniciado com uma dose de 280 mg/m2 . Na ausência de qualquer toxicidade hematológica durante o primeiro ciclo que cause um atraso no tratamento ou uma redução da dose, a dose será aumentada até 320 mg/m2 , a cada 3 semanas para os ciclos subsequentes.
Tabela 1: Adiamento de dose para ciclos subsequentes devido à toxicidade
Toxicidade |
Dia 1 de administração do tratamento |
Neutropenia (CAN < 1000 /mm3 ) ou Trombocitopenia (plaquetas < 100.000/mm3 ) |
Adiamento até à recuperação (CAN > 1.000/mm3 e plaquetas > 100.000/mm3 ) com ajuste da dose se necessário (ver tabela 2) Descontinuação se a recuperação não ocorrer dentro de 2 semanas
|
Toxicidade orgânica: moderada, grave ou potencialmente fatal |
Adiamento até à recuperação até toxicidade moderada ou inexistente, ou até ao estado inicial (linha de base) com ajuste da dose se necessário (ver tabela 2) Descontinuação se a recuperação não ocorrer dentro de 2 semanas |
Isquemia cardíaca em pacientes com antecedentes de enfarte do miocárdio ou angina de peito |
Descontinuação |
Tabela 2: Ajuste de dose devido a toxicidade
* Instituto Nacional de Câncer, Critérios Comuns de Toxicidade (NCI-CTC).
1 Obstipação de Grau 2 NCI-CTC é definida pela necessidade de laxantes, de Grau 3 requer evacuação manual ou enema e de Grau 4como obstrutiva ou megacólon tóxico. Mucosite de Grau 2 é definida como moderada, de Grau 3 como “grave” e de Grau 4 como “potencialmente fatal”.
2 Náuseas de Grau 3 NCI-CTC são definidas como ausência de ingestão significativa que necessita de fluidos intravenosos. Vômitos de Grau 3 como > 6 episódios em 24 horas durante o pré tratamento; ou necessidade de fluidos intravenosos.
A neutropenia, leucopenia, anemia e trobocitopenia são reações adversas frequentes da vinflunina. Deve ser feita uma monitorização adequada das contagens completas de sangue para verificar o valor de CAN, das plaquetas e da hemoglobina antes de cada perfusão de vinflunina. O início da terapêutica com vinflunina está contraindicado em pacientes com CAN < 1.500/mm3 e plaquetas < 100.000/mm3 . Nas administrações subsequentes, a vinflunina está contraindicada em donetes com contagem basal CAN < 1.000/mm3 ou plaquetas < 100.000/mm3 .
A dose recomendada deve ser reduzida em pacientes com toxicidade hematológica.
A constipação de Grau 3 ocorreu em 15,3% dos pacientes tratados. A constipação de Grau 3 NCI-CTC é definida como uma constipação que requer evacuação manual ou enema; constipação de Grau 4 é definida como uma obstrução ou megacolon tóxico. A constipação é reversível e pode ser prevenida através de medidas dietéticas especiais tais como a hidratação oral e ingestão de fibras, e através da administração de laxantes, tais como estimulantes laxativos ou emolientes fecais, desde o dia 1 ao dia 5 ou 7 do ciclo do tratamento.
Os pacientes com risco elevado de constipação (tratamento concomitante com opiáceos, carcinoma peritonial, massas abdominais, cirurgia abdominal importante prévia) devem ser medicados com laxantes osmóticos desde o dia 1 ao dia 7, administrado uma vez por dia de manhã antes do desjejum.
No caso de constipação de Grau 2, definida pela necessidade de laxantes, durante mais de 5 dias e Grau > 3 de qualquer duração, a dose de vinflunina deve ser ajustada.
No caso de qualquer toxicidade gastrointestinal de Grau > 3 (excepto vômitos ou náuseas) e de mucosite (Grau 2 durante de 5 dias ou mais ou Grau > 3 de qualquer duração) é necessário um ajuste de dose. Grau 2 é definido como “moderado”, Grau 3 como “grave” e Grau 4 como “potencialmente fatal".
Foram observados alguns casos de prolongamento do intervalo QT após a administração de vinflunina. Este efeito pode levar a um aumento do risco de arritmias ventriculares apesar de não terem sido observadas arritmias com vinflunina. No entanto, Vinflunina (substância ativa) deve ser usado com precaução em pacientes com risco proarrítmico aumentado (por exemplo, insuficiência cardíaca congestiva, antecedentes conhecidos de prolongamento do intervalo QT, hipocalemia). Não é recomendado o uso concomitante de dois ou mais fármacos que prolongam o intervalo QT/QTc.
Recomenda-se atenção especial quando a vinflunina é administrada a pacientes com história prévia de enfarte/isquemia do miocárdio ou de angina de peito. Os episódios isquêmicos cardíacos podem ocorrer, especialmente em pacientes que têm doença cardíaca subjacente.
Assim, os pacientes que recebem Vinflunina (substância ativa) devem ser cautelosamente monitorados, por médicos, no que respeita à ocorrência de eventos cardíacos. Deve-se ter cuidado com pacientes com antecedentes de doença cardíaca e o benefício/risco deve ser cuidadosamente avaliado regularmente. Deve ser considerada a descontinuação de Vinflunina (substância ativa) nos pacientes que desenvolvem isquemia cardíaca.
Foram observados casos de PRES após administração de vinflunina.
Os sintomas clínicos típicos são, em vários graus: neurológicos (cefaleias, confusão, convulsões, afeções visuais), sistêmicas (hipertensão) e gastrointestinais (náuseas, vômitos).
Os sinais radiológicos são alterações patológicas na massa branca na região posterior do cérebro. A pressão arterial deve ser controlada em pacientes que desenvolvam sintomas de PRES. Recomendase a imagiologia cerebral para confirmar o diagnóstico.
As características clínicas e radiológicas normalmente resolvem rapidamente sem sequelas após a descontinuação do tratamento.
Deve ser considerada a descontinuação da vinflunina em pacientes que desenvolvam sinais neurológicos de PRES.
Foi observada hiponatremia grave, incluindo casos devido à síndrome de secreção inadequada do hormônio antidiurético (SSIHAD), com a utilização de vinflunina. Assim, é recomendada a monitorização regular dos níveis séricos de sódio durante o tratamento com vinflunina.
A dose recomendada deve ser reduzida nos pacientes com comprometimento hepático de nível 2 ou 3.
A dose recomendada deve ser reduzida nos pacientes com comprometimento renal moderado ou grave.
A dose recomendada deve ser reduzida em pacientes com 75 anos de idade ou mais.
A utilização concomitante de inibidores potentes ou indutores potentes do CYP3A4 com vinflunina deve ser evitada.
A administração de Vinflunina (substância ativa) por via intratecal pode ser fatal. Quando perfundida através de uma veia periférica, a vinflunina pode induzir irritação venosa de Grau 1 (22% dos pacientes, 14,1% dos ciclos), Grau 2 (11,0% dos pacientes, 6,8% dos ciclos) ou Grau 3 (0,8% dos pacientes, 0,2% dos ciclos). Todos os casos resolveram rapidamente sem descontinuação do tratamento.
Vinflunina (substância ativa) pode causar reações adversas tais como fadiga (muito frequente) e tonturas (frequentes) que pode levar a uma insuficiência ligeira ou moderada sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Os pacientes devem ser aconselhados a não conduzir ou utilizar máquinas se experimentarem qualquer reação adversa com um potencial impacto na capacidade de realizar essas atividades.
As reações adversas que ocorreram em pacientes com carcinoma de células de transição do urotélio e em pacientes com outra doença potencialmente grave, diferente da indicada, ou reações adversas que são um efeito da classe dos alcalóides da vinca, são descritas embaixo:
Os estudos in vitro mostraram que a vinflunina não teve, nem efeitos indutivos na atividade no CYP1A2, CYP2B6 ou CYP3A4 nem efeitos de inibição no CYP1A2, CYP2B6, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e no CYP3A4.
Estudos in vitro mostraram que a vinflunina é um PGP-substrato tal como os outros alcalóides de vinca, mas com uma menor afinidade. Assim, deve ser pouco provável o risco de interações clinicamente significativas.
Não foi observada nenhuma interação farmacocinética em pacientes quando a vinflunina foi combinada tanto com cisplatina, carboplatina, capecitabina ou com gemcitabina.
Não foram observadas interações farmacocinéticas em pacientes quando a vinflunina foi combinada com doxorubicina. No entanto, devido a um risco aumentado de toxicidade hematológica, deve-se ter cuidado quando esta combinação é utilizada.
Um estudo de fase I para avaliar o efeito do tratamento com cetoconazol (um inibidor potente do CYP3A) na farmacocinética da vinflunina indicou que a co-administração do cetoconazol (400mg por via oral uma vez por dia durante 8 dias) resultou num aumento de 30% e de 50% nas exposições sanguíneas à vinflunina e ao seu metabólito 4-o-diacetilvinflunina (DVFL), respectivamente.
Consequentemente, a utilização concomitante de inibidores potentes do CYP3A4 (tais como o ritonavir, o cetoconazol, o itraconazol e sumo de toranja) ou de indutores (tais como a rifampicina e Hypericum perforatum (Erva de São João)) com a vinflunina deve ser evitada uma vez que podem aumentar ou diminuir as concentrações de vinflunina e de DVFL.
Deve ser evitado o uso concomitante de vinflunina com outros fármacos que prolongam o intervalo QT/QTc.
Foi observada uma interação farmacocinética entre a vinflunina e a doxorrubicina lipossômica peguilada, resultando em um aumento aparente de 15% a 30% na exposição à vinflunina e uma diminuição aparente de 2 a 3 vezes da AUC da doxorrubicina, enquanto que as concentrações do metabólito doxorrubicinol não foram afetadas.
De acordo com um estudo in vitro, estas alterações podem estar relacionadas a uma adsorção da vinflunina aos lipossomas e a uma modificação da distribuição sanguínea de ambos os compostos.
Consequentemente, deve-se ter cuidado quando se utiliza este tipo de combinação.
Foi sugerida por um estudo in vitro (inibição ligeira do metabolismo da vinflunina) uma possível interação com paclitaxel e docetaxel (substratos CYP3). Ainda não foi realizado nenhum estudo clínico específico da vinflunina em combinação com estes compostos.
O uso concomitante dos opióides pode aumentar o risco de constipação.
Estudos de distribuição por imagiologia após administração de vinflunina radioativa em ratos, ilustraram que os níveis de composto nos pulmões, nos rins, no fígado, nas glândulas salivares e endócrinas, e no trato gastrointestinal eram rapidamente mais elevados do que aqueles no sangue.
Os dados pré-clínicos revelaram neutropenia moderada a grave e anemia ligeira, em todas as espécies testadas, com toxicidade hepática nos cães e nos ratos (caracterizada por aumentos das transaminases hepáticas dose-dependentes e alterações hepatocelulares/necrose hepática em doses elevadas).
Estes efeitos tóxicos eram dose-dependentes, e completa ou parcialmente reversíveis após um período de recuperação de 1 mês. A vinflunina não induziu a neuropatia periférica em animais.
A vinflunina mostrou ser clastogênica (induz a ruptura dos cromossomas) no teste dos micronúcleos in vivo no rato assim como mutagênica e clastogênica no ensaio do linfoma no camundongo (sem ativação metabólica).
Não foi estudado o potencial carcinogênico da vinflunina.
Nos estudos de reprodução, a vinflunina pareceu ser embrioletal e teratogênica nos coelhos e teratogênica nos ratos. Durante o estudo de desenvolvimento pré e pós-natal no rato, a vinflunina induziu malformações no útero e na vagina em 2 fêmeas, afetou adversamente o acasalamento e/ou a implantação do óvulo e diminuiu marcadamente o número de concepti.
Grupo farmacoterapêutico: Agentes antineoplásicos, Alcalóides de Vinca e análogos.
Código ATC: L01CA05.
A farmacocinética da vinflunina é linear no intervalo de doses administradas (de 30mg/m2 a 400mg/m2 ) em pacientes com câncer.
A exposição sanguínea à vinflunina (AUC) correlaciona-se significativamente com a gravidade da leucopenia, da neutropenia e da fadiga.
Fabricante |
PIERRE FABRE |
Princípio ativo |
Vinflunina |
Categoria do medicamento |
Medicamentos Especiais |
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