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Devido às propriedades farmacológicas da amiodarona, esse medicamento está particularmente indicado quando esses distúrbios do ritmo forem capazes de agravar uma patologia clínica subjacente (insuficiência coronariana, insuficiência cardíaca).
Hipersensibilidade conhecida ao iodo, à Amiodarona (substância ativa) ou a quaisquer componentes da fórmula.
Todas estas contraindicações listadas não se aplicam quando a Amiodarona (substância ativa) é utilizada na sala de emergência em casos de fibrilação ventricular resistente a ressuscitação cardiopulmonar por choque (desfibrilador).
Os comprimidos devem ser deglutidos inteiros, com quantidade suficiente de líquido, durante ou após as refeições, por via oral.
A dose de ataque usual varia de 600 a 1000 mg ao dia durante 8 a 10 dias.
Determinar a dose mínima eficaz, que pode variar de 100 a 400 mg diários. Considerando a longa meia-vida da Amiodarona (substância ativa), o tratamento pode ser administrado em dias alternados (200 mg em dias alternados quando a posologia recomendada é de 100 mg por dia). Também tem sido adotado o esquema de “janela terapêutica”, administrando-se o medicamento durante 5 dias e instituindo intervalo de 2 dias sem medicação.
Não há estudos dos efeitos de cloridrato de Amiodarona (substância ativa) administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Caso o paciente esqueça de administrar uma dose, ele deverá administrá-la assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, esperar por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Foi reportado o aparecimento de novas arritmias ou a piora de arritmias tratadas, algumas vezes de forma fatal. É importante, porém difícil, diferenciar uma falta de efeito do medicamento de um efeito pró-arrítmico associado ou não a uma piora da condição cardíaca. Os efeitos pró-arrítmicos são mais raramente reportados com Amiodarona (substância ativa) do que com outros agentes antiarrítmicos, e geralmente ocorrem no contexto de fatores que prolongam o intervalo QT, tais como interações medicamentosas ou distúrbios eletrolíticos. Apesar do prolongamento do intervalo QT, a Amiodarona (substância ativa) exibe baixa atividade torsadogênica.
A ação farmacológica da Amiodarona (substância ativa) induz alterações no ECG, tais como prolongamento do intervalo QT (relacionado ao prolongamento da repolarização) com possível desenvolvimento de onda U. Entretanto, estas alterações não indicam intoxicação.
Em pacientes idosos, a redução da frequência cardíaca pode ser mais pronunciada.
O tratamento deve ser descontinuado no caso de aparecimento de bloqueio atrioventricular (alteração eletrocardiográfica) de 2º ou 3º grau, bloqueio sino-atrial ou de bloqueio bi-fascicular.
Casos de bradicardia severa, potencialmente com risco de vida, e bloqueio cardíaco foram observados quando a Amiodarona (substância ativa) é administrada em combinação com sofosbuvir em combinação com outro antiviral de ação direta contra o vírus da hepatite C, tais como daclatasvir, simeprevir, ou ledipasvir. Portanto, a coadministração destes agentes com Amiodarona (substância ativa) não é recomendada.
Se o uso concomitante com Amiodarona (substância ativa) não puder ser evitado, recomenda-se que os pacientes sejam cuidadosamente monitorados quando se iniciar o uso de sofosbuvir em combinação com outros antivirais de ação direta. Pacientes identificados com alto risco de bradiarritmia devem ser monitorados continuamente por pelo menos 48 horas em um ambiente clínico adequado, após o início do tratamento concomitante com sofosbuvir.
Devido à meia vida longa da Amiodarona (substância ativa), um monitoramento apropriado também deve ser realizado em pacientes que descontinuaram a Amiodarona (substância ativa) dentro dos últimos meses e que iniciarão com sofosbuvir em combinação com outros antivirais de ação direta.
Os pacientes recebendo esses medicamentos para hepatite C com Amiodarona (substância ativa), com ou sem outros medicamentos que diminuem a frequência cardíaca, devem ser advertidos sobre os sintomas de bradicardia e bloqueio cardíaco e, caso ocorra, devem ser orientados a procurar imediatamente um médico.
O aparecimento de dispneia ou tosse não produtiva pode estar relacionado à toxicidade pulmonar tal como pneumonite intersticial. Casos muito raros de pneumonite intersticial têm sido relatados com o uso intravenoso de Amiodarona (substância ativa). Deve-se realizar raio-X de tórax, quando há suspeita de pneumonite em pacientes que desenvolveram dispneia de esforço, isolada ou associada com piora do estado geral (fadiga, perda de peso, febre). A terapia com Amiodarona (substância ativa) deve ser reavaliada visto que a pneumonite intersticial é geralmente reversível após a retirada precoce de Amiodarona (substância ativa) (sinais clínicos geralmente regridem dentro de 3 a 4 semanas, seguido por lenta melhora da função pulmonar e radiológica dentro de alguns meses), e deve ser considerado um tratamento com corticosteroides.
Foram observados casos muito raros de complicações respiratórias severas, às vezes fatais, geralmente no período imediato após uma cirurgia (síndrome de angústia respiratória do adulto); isto pode estar relacionado com altas concentrações de oxigênio.
Um monitoramento cuidadoso dos testes de função hepática (transaminases) é recomendável assim que o uso da Amiodarona (substância ativa) for iniciado e regularmente durante o tratamento. Podem ocorrer distúrbios hepáticos agudos (incluindo insuficiência hepatocelular severa ou insuficiência hepática, algumas vezes fatal) e crônicos, com o uso de Amiodarona (substância ativa) nas formas oral e intravenosa e nas primeiras 24 horas da administração por via IV.
Portanto, a dose de Amiodarona (substância ativa) deve ser reduzida ou o tratamento descontinuado se o aumento de transaminases exceder três vezes o valor normal.
Os sinais clínicos e biológicos de insuficiência hepática crônica decorrentes do uso oral de Amiodarona (substância ativa) podem ser mínimos (hepatomegalia, aumento das transaminases em até 5 vezes os valores normais) e reversíveis após a suspensão do tratamento, contudo foram relatados casos fatais.
Reações cutâneas com risco de morte ou até mesmo fatais, Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e necrólise epidérmica tóxica (NET).
Se sinais ou sintomas de SSJ, NET (rash cutâneo progressivo frequentemente com bolha ou lesão na mucosa) aparecerem, o tratamento com Amiodarona (substância ativa) deve ser descontinuado imediatamente.
O uso concomitante de Amiodarona (substância ativa) não é recomendado com os seguintes fármacos: beta-bloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio (verapamil, diltiazem), laxantes que podem causar hipocalemia.
O hipertireoidismo pode ocorrer durante o tratamento com Amiodarona (substância ativa) ou em até alguns meses após a descontinuação. As características clínicas, normalmente sem importância, como a perda de peso, princípio de arritmia, angina e insuficiência cardíaca congestiva devem alertar o médico. O diagnóstico é sustentado por uma diminuição clara nos níveis séricos de TSH ultrassensível. Nesse caso, a administração de Amiodarona (substância ativa) deve ser suspensa. A recuperação geralmente ocorre dentro de alguns meses após a suspensão do tratamento; a recuperação clínica antecede a normalização dos testes da função tireoidiana. Casos graves, com presença clínica de tireotoxicose, às vezes fatais, requerem tratamento terapêutico de emergência. O tratamento deve ser ajustado individualmente: medicamentos antitireoidianos (que nem sempre são efetivos), terapia com corticosteroides, betabloqueadores.
A Amiodarona (substância ativa) pode induzir a neuropatia sensitivo-motora periférica e/ou miopatia. A recuperação após suspensão do tratamento geralmente ocorre dentro de alguns meses, mas algumas vezes de forma incompleta.
Se ocorrer diminuição da visão ou a mesma ficar embaçada, deve-se fazer prontamente um exame oftalmológico completo, incluindo fundoscopia. O aparecimento de neuropatia óptica e/ou neurite óptica que são distúrbios do nervo óptico requer a suspensão do tratamento com Amiodarona (substância ativa), já que pode levar à cegueira.
Uma vez que os efeitos adversos são geralmente dose-relacionados, deve ser administrada a dose mínima efetiva de manutenção.
Durante o tratamento com cloridrato de Amiodarona (substância ativa), os pacientes devem ser instruídos a evitar a exposição aos raios solares e utilizarem medidas de proteção.
Antes do início do tratamento com Amiodarona (substância ativa), é recomendada a realização de ECG e avaliação de potássio sérico. O monitoramento das transaminases e ECG é recomendado durante o tratamento.
Além disso, como a Amiodarona (substância ativa) pode induzir o hipotireoidismo ou hipertireoidismo, particularmente em pacientes com histórico de distúrbios da tireoide, o monitoramento clínico e biológico (TSH ultrassensível) é recomendado antes de iniciar o tratamento com Amiodarona (substância ativa). Este monitoramento deve ser conduzido durante o tratamento e por vários meses após a sua descontinuação. O nível sérico de TSH ultrassensível deve ser avaliado quando há suspeita de disfunção da tireoide.
Em particular, no contexto da administração crônica de medicamentos antiarrítmicos, foram relatados casos de aumento na desfibrilação ventricular e/ou limiar de estimulação do marcapasso ou do dispositivo cardioversor desfibrilador implantável, afetando potencialmente sua eficácia. Portanto, verificações repetidas da função do aparelho são recomendadas antes do início e durante o tratamento com Amiodarona (substância ativa).
A presença de iodo na molécula da Amiodarona (substância ativa) pode alterar o resultado de alguns testes tireoidianos (fixação do iodo radioativo, PBI), mas isto não impede a avaliação da função da tireoide através de outros testes (T3 livre, T4 livre e TSH ultrassensível).
A Amiodarona (substância ativa) inibe a conversão periférica de tiroxina (T4) em triiodotiroxina (T3) e pode causar alterações bioquímicas isoladas (aumento do nível sérico de T4 livre, com leve redução ou mesmo nível normal de T3 livre), em pacientes clinicamente eutireoidianos (função normal da tireoide). Nesses casos, não há razão para a descontinuação do tratamento.
Deve-se suspeitar de hipotireoidismo se os seguintes sinais clínicos, geralmente leves, ocorrerem: ganho de peso, intolerância ao frio, diminuição das atividades, bradicardia excessiva. O diagnóstico é comprovado pelo claro aumento do nível sérico de TSH ultrassensível. O eutireoidismo é geralmente obtido dentro de 1 a 3 meses após a descontinuação do tratamento. Em situações onde haja risco de vida, a terapia com Amiodarona (substância ativa) pode ser continuada, em combinação com L-tiroxina. A dose de L-tiroxina deve ser ajustada de acordo com os níveis de TSH.
Antes da cirurgia, o anestesista deve ser informado sobre o tratamento com Amiodarona (substância ativa).
A Amiodarona (substância ativa) é contraindicada durante a gravidez em virtude de seus efeitos na glândula tireoide do feto, a menos que os benefícios superem os riscos ao feto.
A Amiodarona (substância ativa) é excretada no leite materno em quantidades significativas e por isso, é contraindicada em lactantes.
Categoria de risco na gravidez: D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Em pacientes idosos, a redução da frequência cardíaca pode ser mais pronunciada com o uso da Amiodarona (substância ativa).
A segurança e eficácia da Amiodarona (substância ativa) em pacientes pediátricos não foram estabelecidas, portanto a sua utilização não é recomendada.
De acordo com os dados de segurança da Amiodarona (substância ativa), não existem evidências de que a Amiodarona (substância ativa) prejudique a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Reação Adversa | Frequência |
Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático | |
Anemia hemolítica, anemia aplástica e trombocitopenia | Muito raro |
Neutropenia, agranulocitose | Desconhecida |
Distúrbios cardíacos | |
Bradicardia geralmente moderada e dose dependente | Comum |
Aparecimento ou piora da arritmia, seguida, às vezes, por parada cardíaca | Incomum |
Alterações da condução (bloqueio sinoatrial e atrio-ventricular de vários graus) | Incomum |
Bradicardia acentuada ou parada sinusal em pacientes com disfunção do nódulo sinusal e/ou em pacientes idosos | Muito raro |
Torsade de pointes | Desconhecida |
Distúrbios endócrinos | |
Hipotireoidismo | Comum |
Hipertireoidismo, algumas vezes fatal C | Comum |
Síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SIADH) | Muito raro |
Distúrbios oftálmicos | |
Microdepósitos na córnea, geralmente limitados à área subpupilar. Eles podem ser associados com a percepção de halos coloridos, sob luz intensa ou de visão turva. Os microdepósitos na córnea consistem em depósitos de complexos lipídicos e são reversíveis algum tempo após a suspensão do tratamento | Muito comum |
Neuropatia ótica/ neurite, que pode progredir para a cegueira | Muito raro |
Distúrbios gastrintestinais | |
Distúrbios gastrintestinais benignos (náuseas, vômitos, disgeusia) podem ocorrer em decorrência da dose de ataque e desaparecem com a redução da dose | Muito comum |
Pancreatite/pancreatite aguda, boca seca, constipação | Desconhecida |
Distúrbios gerais | |
Granuloma, incluindo granuloma de medula óssea. | Desconhecida |
Distúrbios hepato-biliares | |
Aumento isolado das transaminases séricas, que são normalmente moderados (1,5 a 3 vezes o valor normal) no início da terapia. Os níveis podem retornar ao normal com redução da dose ou mesmo espontaneamente | Muito comum |
Distúrbios hepáticos agudos com aumento das transaminases séricas e/ou icterícia, incluindo insuficiência hepática, que às vezes pode ser fatal | Comum |
Doença hepática crônica (pseudo hepatite alcoólica, cirrose), às vezes fatal | Muito raro |
Distúrbios do sistema imunológico | |
Edema angioneurótico (Edema de Quincke). Reações anafiláticas/anafilactoides incluindo choque. | Desconhecida |
Aumento do nível sérico de creatinina | Muito raro |
Distúrbios do metabolismo e nutrição | |
Diminuição do apetite | Desconhecida |
Distúrbios musculoesquelético e do tecido conjuntivo | |
Síndrome lúpus-like | Desconhecida |
Distúrbios do sistema nervoso | |
Tremor extra-piramidal, pesadelos e distúrbios do sono | Comum |
Neuropatia periférica sensorimotor e/ou miopatia são geralmente reversíveis com a descontinuação do tratamento | Incomum |
Ataxia cerebelar, hipertensão intracraniana benigna (pseudo tumor cerebral), cefaleia | Muito raro |
Parkinsonismo, parosmia | Desconhecida |
Distúrbios psiquiátricos | |
Estado confusional/delírio, alucinação | Desconhecida |
Distúrbios mamários e do sistema reprodutivo | |
Epididimites, disfunção erétil | Muito raro |
Diminuição da libido | Desconhecida |
Distúrbios respiratórios, torácicos e no mediastino | |
Toxicidade pulmonar (pneumonite alveolar/ intersticial ou fibrose, pleurite, bronquiolite obliterante com pneumonia em organização) às vezes fatal | Comum |
Hemorragia pulmonar | Desconhecida |
Broncoespasmo em pacientes com insuficiência respiratória severa, especialmente em pacientes asmáticos. Síndrome de angústia respiratória aguda do adulto, algumas vezes fatal, geralmente no período pós-cirúrgico imediato (possível interação com elevadas concentrações de oxigênio) | Muito raro |
Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos | |
Fotossensibilidade | Muito comum |
Pigmentação grisácea ou azulada da pele no caso de utilização prolongada ou de altas doses diárias. Com a interrupção do tratamento essa pigmentação desaparece lentamente | Comum |
Eritema durante o uso de radioterapia, “rash” cutâneos, normalmente inespecíficos, dermatite esfoliativa, alopecia | Muito raro |
Eczema, urticária, reações cutâneas severas às vezes fatais incluindo necrólise epidérmica tóxica/síndrome de Stevens-Johnson, dermatite bolhosa e reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos | Desconhecida |
Distúrbios vasculares | |
Vasculite | Muito raro |
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
As associações com medicamentos que podem induzir torsade de pointes são contraindicadas:
Da Classe Ia, sotalol, bepridil.
Vincamina, alguns agentes neurolépticos, cisaprida, eritromicina IV, pentamidina (quando administradas por via parenteral), uma vez que existe um aumento no risco de ocorrer torsade de pointes potencialmente letal.
A administração concomitante de Amiodarona (substância ativa) com medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo QT deve estar baseada em uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios potenciais para cada paciente, pois o risco de “torsade de pointes” pode aumentar e os pacientes devem ser monitorados quanto ao prolongamento do intervalo QT.
Fluoroquinolonas devem ser evitadas por pacientes recebendo Amiodarona (substância ativa).
As associações com estes medicamentos não são recomendadas.
Betabloqueadores e bloqueadores do canal de cálcio que reduzem a frequência cardíaca (verapamil, diltiazem), uma vez que podem ocorrer distúrbios de automatismo (bradicardia excessiva) e de condução;
Laxativos estimulantes podem levar a hipocalemia e consequentemente, aumento do risco de torsade de pointes. Por isso, devem ser utilizados outros tipos de laxantes;
Deve-se prevenir o início de hipocalemia (e corrigir a hipocalemia); o intervalo QT deve ser monitorado e, em caso de torsade de pointes, não administrar antiarrítmicos (instituir marcapasso ventricular; pode ser administrado magnésio IV).
Bradicardia (irresponsiva à atropina), hipotensão, distúrbios da condução, redução do débito cardíaco. Foram observados casos muito raros de complicações respiratórias severas (síndrome de angústia respiratória aguda do adulto), às vezes fatais, geralmente no período pós-cirúrgico imediato. Isto pode estar relacionado com uma possível interação com altas concentrações de oxigênio.
A Amiodarona (substância ativa) e/ou seu metabólito, a desetilamiodarona, inibem os CYP1A1, CYP1A2, CYP3A4, CYP2C9, CYP2D6 e a glicoproteína P e podem aumentar a exposição de seus substratos.
Devido à longa meia-vida da Amiodarona (substância ativa), as interações podem ser observadas por vários meses após a descontinuação da Amiodarona (substância ativa).
A Amiodarona (substância ativa) é um inibidor da P-gp. A administração concomitante com substratos da P-gp deverá resultar em aumento de suas exposições.
Pode ocorrer perturbação no automatismo (bradicardia excessiva) e na condução atrioventricular (ação sinérgica). Além disso, um aumento na concentração plasmática da digoxina é possível devido à redução do clearance de digoxina.
Devem ser monitorados os níveis de digoxina plasmática e ECG. Os pacientes devem ser observados quanto aos sinais clínicos de toxicidade digitálica. Pode ser necessário ajuste posológico do digitálico.
Deve-se ter cautela quando a Amiodarona (substância ativa) é administrada com dabigatrana devido ao risco de sangramento. Se necessário, ajustar a dose de dabigatrana de acordo com as informações de sua bula.
A Amiodarona (substância ativa) aumenta as concentrações de substratos da CYP 2C9 tais como varfarina ou fenitoína através da inibição do citocromo P450 2C9.
A combinação de varfarina com Amiodarona (substância ativa) pode exacerbar o efeito do anticoagulante oral, elevando o risco de sangramento. É necessário monitorar os níveis de protrombina (INR) regularmente e ajustar as doses orais do anticoagulante durante e após o tratamento com Amiodarona (substância ativa).
A combinação de fenitoína com Amiodarona (substância ativa) pode resultar em superdose de fenitoína, resultando em sinais neurológicos. Deve ser empregada monitoração clínica e a dose de fenitoína deve ser reduzida logo que surgirem sinais de superdose. Devem ser determinados os níveis de fenitoína plasmática.
A Amiodarona (substância ativa) aumenta as concentrações plasmáticas da flecainida, pela inibição do citocromo CYP2D6. Portanto, a dose de flecainida deve ser ajustada.
Quando tais substâncias são administradas concomitantemente com Amiodarona (substância ativa), um inibidor do CYP3A4, pode ocorrer um aumento de suas concentrações no plasma, o que poderá acarretar num possível aumento de sua toxicidade.
A combinação com Amiodarona (substância ativa) pode aumentar os níveis plasmáticos de ciclosporina. A dose deve ser ajustada.
A combinação com Amiodarona (substância ativa) pode acentuar os efeitos farmacológicos da fentanila e aumentar o risco de toxicidade.
O risco de toxicidade muscular (ex.: rabdomiólise) é aumentado pela administração concomitante de Amiodarona (substância ativa) e estatinas metabolizadas pelo CYP 3A4, tais como sinvastatina, atorvastatina e lovastatina. Recomenda-se o uso de estatinas não metabolizadas pelo CYP3A4 quando administradas com Amiodarona (substância ativa).
Lidocaína, tacrolimus, sildenafila, midazolam, triazolam, diidroergotamina, ergotamina e colchicina.
Os inibidores do CYP 3A4 e do CYP 2C8 podem ter um potencial para inibir o metabolismo da Amiodarona (substância ativa) e aumentar a sua exposição.
Recomenda-se evitar inibidores do CYP 3A4 (por exemplo, suco de toranja e determinados medicamentos) durante o tratamento com Amiodarona (substância ativa).
A administração concomitante de Amiodarona (substância ativa) com sofosbuvir em combinação com outro antiviral de ação direta sobre o vírus da Hepatite C (como daclatasvir, simeprevir ou ledipasvir) não é recomendada, pois pode levar a bradicardia sintomática grave. O mecanismo para este efeito de bradicardia é desconhecido.
Se a coadministração não puder ser evitada, o monitoramento cardíaco é recomendado
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de cloridrato de Amiodarona (substância ativa) em exames laboratoriais.
Evitar o consumo de suco de toranja.
A Amiodarona (substância ativa) tem sido utilizada para suprimir um grande número de arritmias supraventricular e ventricular no útero, em adultos e crianças incluindo AV nodal, taquicardia juncional, flutter e fibrilação atrial, taquicardia ventricular e fibrilação ventricular associada com doença arterial coronária e cardiomiopatia hipertrófica.
Em geral a eficácia da Amiodarona (substância ativa) é igual ou superior aos outros agentes antiarrítmicos e pode ter alcance em 60% a 80% da maioria das taquiarritmias supraventriculares (incluindo aquelas associadas com a síndrome de Wolff-Pakinson-White) e 40% a 60% para taquiarritmias ventriculares.
A Amiodarona (substância ativa) é metabolizada principalmente pelo CYP 3A4, e também pelo CYP 2C8.
A Amiodarona (substância ativa) e seu metabólito, desetilAmiodarona (substância ativa), apresentam in vitro um potencial de inibir os CYP 1A1, CYP 1A2, CYP 2C9, CYP 2C19, CYP 2D6, CYP 3A4, CYP 2A6, CYP 2B6 e 2C8. A Amiodarona (substância ativa) e a desetilAmiodarona (substância ativa) tem também um potencial para inibir alguns transportadores, tais como a glicoproteína-P e o transportador de cátions orgânicos OCT2 (um estudo mostra um aumento de 1,1% na concentração de creatinina, um substrato de OCT2). Dados in vivo descrevem interações da Amiodarona (substância ativa) sobre substratos de CYP 3A4, CYP 2C9, CYP 2D6 e P-gp.
A Amiodarona (substância ativa) apresenta trânsito lento e alta afinidade aos tecidos. Sua biodisponibilidade por via oral varia de 30 a 80% (valor médio 50%) entre os indivíduos. O pico de concentração plasmática é atingido em 3 a 7 horas após dose oral única. A atividade terapêutica é, geralmente, obtida em uma semana (variando de alguns dias a duas semanas) de acordo com a dose de ataque.
A meia-vida da Amiodarona (substância ativa) é longa, incluindo variabilidade interpaciente considerável (20 a 100 dias). Durante os primeiros dias de tratamento com cloridrato de Amiodarona (substância ativa) o produto se acumula em quase todos os tecidos, particularmente no tecido adiposo. A eliminação ocorre após alguns dias e a concentração plasmática no estado de equilíbrio é atingida entre o período de um a alguns meses dependendo de cada paciente.
Essas características justificam o emprego de doses de ataque, que visam criar rapidamente a impregnação tissular necessária à atividade terapêutica.
A iodina é parcialmente removida da molécula e é encontrada na urina como ioduro; isto corresponde a 6 mg/24 horas quando uma dose de 200 mg de Amiodarona (substância ativa) é administrada diariamente. A parte remanescente da molécula, portanto incluindo a maior parte de iodina, é eliminada nas fezes após excreção hepática. A Amiodarona (substância ativa) é eliminada essencialmente por via biliar.
O clearance plasmático da Amiodarona (substância ativa) é baixo e a excreção renal insignificante o que permite o emprego deste medicamento nas posologias habituais nos pacientes com insuficiência renal.
Após a interrupção do tratamento a eliminação continua durante muitos meses. A persistência de uma atividade residual durante 10 dias a um mês deve ser levada em conta durante a condução do tratamento.
Em um estudo de carcinogenicidade de 2 anos em ratos, a Amiodarona (substância ativa) causou um aumento de tumores foliculares de tireoide (adenoma e/ou carcinoma) em ambos os sexos com exposição clinicamente relevantes. Como os sinais de mutagenicidade foram negativos, é proposto um mecanismo epigênico em vez de genotóxico para este tipo de indução de tumor.
No camundongo, os carcinomas não foram observados, mas foi observada uma hiperplasia folicular da tiroide, dose-dependente.
Estes efeitos sobre a tiroide em ratos e camundongos são muito provavelmente devido a efeitos da Amiodarona (substância ativa) na síntese e/ou liberação de hormônios da glândula tiroide. A relevância destes achados é considerada baixa.
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