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Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência hepática grave ou insuficiência renal grave.
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
A dose recomendada é de 1 comprimido de ciprofibrato (100 mg) ao dia. Esta dose não deve ser excedida.
Deve ser administrado com líquido, por via oral. As medidas da dieta devem ser mantidas durante o tratamento. A dose recomendada de 1 comprimido ao dia não deve ser ultrapassada.
Não há estudos dos efeitos de ciprofibrato administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.
A mesma posologia para adultos, mas observando cuidadosamente os "Cuidados e Orientações", em especial quanto às funções hepática e renal.
O uso do ciprofibrato não é recomendado, uma vez que a segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas.
Em pacientes com insuficiência renal moderada recomenda-se redução da dose para 1 comprimido de ciprofibrato (100 mg) em dias alternados. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados. O ciprofibrato não deve ser administrado em pacientes com insuficiência renal grave.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Os pacientes devem ser instruídos a informar prontamente o médico sobre a ocorrência de mialgia, desconforto ou fraqueza muscular. Em pacientes com esses sintomas, os níveis séricos de creatinofosfoquinase (CPK) devem ser imediatamente avaliados e o tratamento deve ser descontinuado caso seja diagnosticada miopatia ou se os níveis de CPK estiverem muito altos.
Os eventos musculares parecem ser relacionados à dose e, portanto, a dose diária de 100 mg não deve ser excedida.
Como com outros fibratos, o risco de rabdomiólise e mioglobinúria pode ser aumentado se o ciprofibrato for utilizado em associação com outros fibratos ou inibidores da HMG CoA redutase.
Pacientes com hipotireoidismo basal podem apresentar dislipidemia secundária e, portanto, esse distúrbio deve ser diagnosticado e corrigido antes de qualquer tratamento medicamentoso. Além disso, o hipotireoidismo pode ser um fator de risco para a miopatia.
Associação com tratamento anticoagulante oral: o tratamento concomitante com anticoagulante oral deve ser administrado com dose reduzida e ajustada conforme International Normalized Ratio – INR.
Caso as concentrações séricas dos lipídios não estejam satisfatoriamente controladas após vários meses de tratamento, medidas terapêuticas adicionais ou alternativas deverão ser consideradas.
Não há evidências de que o ciprofibrato seja teratogênico, mas sinais de toxicidade com altas doses foram observados em testes de teratogenicidade em animais. O ciprofibrato é excretado no leite de ratas que estão amamentando.
Uma vez que não existem dados sobre a utilização durante a gravidez e lactação na espécie humana, o ciprofibrato é contraindicado.
O medicamento deve ser utilizado com cautela em pacientes com insuficiência da função hepática: São recomendados testes periódicos da função hepática. O tratamento com ciprofibrato deve ser interrompido se anormalidades significativas nas transaminases persistirem ou se insuficiência hepática colestática for evidenciada.
A insuficiência da função renal e qualquer situação de hipoalbuminemia, tal como síndrome nefrótica, pode aumentar o risco de miopatia.
As reações adversas observadas em estudos clínicos e reportados durante o período pós-comercialização são detalhadas abaixo. As reações adversas pós-comercialização estão classificadas com a frequência “não conhecida”.
Erupções cutâneas (rash), alopecia.
Urticária, prurido, fotossensibilidade e eczema.
Mialgia.
Miopatia, miosite e rabdomiólise.
Na maioria dos casos, a toxicidade muscular é reversível com a suspensão do tratamento.
Cefaleia, vertigem, tonturas e sonolência.
Náuseas, vômitos, diarreia, dispepsia e dor abdominal.
De maneira geral, estas reações adversas foram de natureza leve a moderada, e ocorreram no início do tratamento, tornando-se menos frequentes com a continuação do tratamento.
Anormalidade nos testes de função hepática, colestase, citólise, colelitíase. Foram observados casos excepcionais com evolução crônica.
Pneumonite, fibrose pulmonar.
Fadiga.
Disfunção erétil.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Como com outros fibratos, o risco de rabdomiólise e mioglobinúria pode ser aumentado se o ciprofibrato for utilizado em associação com outros fibratos.
Como com outros fibratos, o risco de rabdomiólise e mioglobinúria pode ser aumentado se o ciprofibrato for utilizado em associação com inibidores da HMG CoA redutase.
O ciprofibrato é altamente ligado às proteínas plasmáticas e, portanto, é provável que desloque outros fármacos dos sítios de ligação proteica no plasma. O ciprofibrato tem demonstrado potencializar o efeito da varfarina, indicando que o tratamento com anticoagulante oral concomitante deve ser administrado com dose reduzida e ajustada conforme International Normalized Ratio – INR.
Embora o ciprofibrato possa potencializar o efeito dos hipoglicemiantes orais, os dados disponíveis não sugerem que tal interação poderá causar problemas clinicamente significativos.
Os estrógenos podem aumentar os níveis de lipídios. Embora uma interação farmacodinâmica possa ser sugerida, atualmente não existem dados clínicos disponíveis.
Não há relatos até o momento.
A eficácia de ciprofibrato foi confirmada por Cattin L. et al. em seu estudo multicêntrico aberto envolvendo 127 pacientes portadores de com hiperlipidemia primária resistente, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e hiperlipidemia mista. O uso de ciprofibrato por esses pacientes, por 12 semanas, apresentou redução em todos os níveis hiperglicêmicos, inclusive apresentando aumento nos níveis de HDL, apresentando boa tolerância pelos pacientes. Farnier M. et al. comprovou a eficácia e segurança de ciprofibrato em sua publicação, um estudo aberto multicêntrico envolvendo 170 pacientes com hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia por 8 semanas. O resultado foi a diminuição dos parâmetros aumentados e com boa tolerabilidade.
Oro L. et al. também comprovou a eficácia do ciprofibrato em seu estudo com 102 pacientes acompanhados por 12 anos em média, todos portadores de colesterol total e triglicérides aumentados. Silva J.M. et al. comprovou também a eficácia do ciprofibrato em um estudo aberto envolvendo 40 pacientes portadores de hiperlipidemia primária resistente, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia e hiperlipidemia mista com administração de ciprofibrato por 6 meses, comprovando sua elevada eficácia hipolipemiante. Bruckert E. et al. também confirmou a eficácia do ciprofibrato na diminuição de triglicérides e colesterol sérico, sendo utilizado por 30 dias.
O ciprofibrato ou ácido 2-(4-(2,2-diclorociclopropil)fenoxi)-2-metil-propanoico é um modulador lipídico de amplo espectro. É um complemento eficaz da dieta no controle de concentrações elevadas do colesterol LDL e VLDL e dos triglicerídeos. O ciprofibrato aumenta o nível do colesterol HDL.
O ciprofibrato é um derivado do ácido fíbrico com propriedades de redução de lípides. Investigações moleculares revelaram que os fibratos ativam um grupo de receptores nucleares conhecidos como PPAR? (peroxisome proliferator activated receptors). Esta ativação resulta em aumento da síntese de HDL-c, acelera o clearance do LDL-c, acelera o catabolismo do triglicerídeo rico em lipoproteína e VLDL e diminui a produção de triglicerídeos. Estas alterações esclarecem porque os fibratos exercem impacto muito maior na diminuição do nível de triglicerídeos e aumento dos valores do HDL-c com nenhuma modificação ou discreto aumento da concentração do LDL-c quando comparado com as estatinas. Estas modificações poderiam provavelmente justificar alguns dos efeitos antiaterogênicos dos fibratos.
Os fibratos modulam a expressão genética, inibindo a transcrição de apo CIII que tem ação inibidora sobre a lipase lipoproteica, favorecendo com esta inibição a diminuição dos triglicerídeos. A indução da ?-oxidação com uma concomitante diminuição da síntese de ácidos graxos pelos fibratos resulta em menor disponibilidade de ácidos graxos para a síntese de triglicerídeos, um processo que é amplificado pela inibição do hormônio sensitivo a lípase no tecido adiposo pelo fibrato.
O tratamento com fibratos resulta na formação de LDL com alta afinidade para o LDL receptor, que são então, catabolizados rapidamente.
A redução de lipídios neutros (éster de colesterol e triglicérides) trocados entre o VLDL e o HDL pode resultar na diminuição dos níveis de triglicerídeos.
Os fibratos aumentam a produção de apo AI e apo AII no fígado o que pode contribuir para o aumento da concentração de HDL plasmático.
Há evidência de que o tratamento com fibratos pode reduzir os eventos de doença cardíaca coronariana, mas não mostrou reduzir todas as causas de mortalidade na prevenção primária e secundária da doença cardiovascular
A absorção do ciprofibrato na espécie humana é rápida e quase completa. A concentração plasmática máxima é alcançada em cerca de 1 hora em pacientes em jejum, ou com retardo de 2 a 3 horas em pacientes alimentados. A meia vida terminal, determinada em voluntários por estudo com isótopo C14, foi de 88,6 ± 11,5 horas. A meia-vida de eliminação em pacientes com insuficiência renal moderada foi levemente aumentada comparada com indivíduos saudáveis (116,7 horas comparado com 81,1 horas). Em pacientes com insuficiência renal severa, foi notado um aumento significativo (171,9 horas).
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