Para que serve Ultibro é utilizado para facilitar a respiração em pessoas com dificuldade para respirar devido a uma doença pulmonar chamada doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) moderada, grave e muito grave.Continue lendo...
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ATENÇÃO: O texto abaixo deve ser utilizado apenas como uma referência secundária. É um registro histórico da bula, rótulo ou manual do produto. Este texto não pode substituir a leitura das informações que acompanha o produto, cujo fabricante podem mudar a formulação, recomendação, modo de uso e alertas legais sem que sejamos previamente comunicados. Apenas as informações contidas na própria bula, rótulo ou manual que acompanha o produto é que devem estar atualizadas de acordo com a versão comercializada porém, no caso de qualquer dúvida, consulte o serviço de atendimento ao consumidor do produto ou nossa equipe.
Ultibro é utilizado para facilitar a respiração em pessoas com dificuldade para respirar devido a uma doença pulmonar chamada doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) moderada, grave e muito grave. Quando inalado, ajuda a respirar mais facilmente.
Se você utilizar Ultibro ele ajudará a reduzir os efeitos da DPOC no seu dia a dia.
Ultibro contém as substâncias ativas chamadas maleato de indacaterol e brometo de glicopirrônio.
O indacaterol é um antagonista beta2-adrenérgico de longa duração e o glicopirrônio é um antagonista muscarínico de longa duração.
Os medicamentos indacaterol e glicopirrônio pertencem a um grupo de medicamentos chamados broncodilatadores.
Quando você inala Ultibro, ele ajuda você a respirar mais facilmente.
Na DPOC, os músculos ao redor das vias aéreas se contraem, dificultando a respiração. Ultibro bloqueia a contração destes músculos do pulmão e também relaxa os músculos das paredes das pequenas vias onde o ar passa no pulmão. Isto ajuda a abrir as vias aéreas, facilitando a passagem do ar para dentro e para fora do pulmão.
A combinação de indacaterol e glicopirrônio de Ultibro apresentou um rápido início de ação dentro de 5 minutos após a inalação. O efeito se manteve constante durante o intervalo de 24 h entre as doses.
Se você tem dúvidas sobre como Ultibro funciona ou porque este medicamento foi indicado a você, pergunte ao seu médico.
Se isto se aplicar a você, avise seu médico antes de usar Ultibro.
Se você acha que pode ser alérgico, converse com seu médico.
Sempre utilize este medicamento exatamente como seu médico ou farmacêutico o orientou. Verifique com seu médico ou farmacêutico se você estiver com dúvidas.
A dose usual é inalar o conteúdo de uma cápsula ao dia. Não utilizar mais do que o indicado por seu médico.
Você só precisa inalar uma cápsula uma vez ao dia para te ajudar a respirar mais facilmente, uma vez que a ação de Ultibro tem duração de 24 horas. Utilizar Ultibro no mesmo horário todos os dias ajudará a minimizar seus sintomas ao longo do dia e noite e também te ajudará a lembrar de tomá-lo.
Nesta embalagem você encontrará um inalador e cápsulas (em blísteres) que contém o medicamento em pó para inalação.
Certifique-se de ler as instruções sobre como utilizar o inalador de Ultibro.
Esta parte da bula explica como utilizar e cuidar do seu inalador de Ultibro. Leia atentamente e siga estas instruções.
Se tiver alguma dúvida, converse com seu médico ou farmacêutico.
Uma embalagem de Ultibro contém:
Use apenas o inalador fornecido nesta embalagem.
Não use as cápsulas de Ultibro com nenhum outro inalador, e não use o inalador de Ultibro para outros medicamentos em cápsulas.
Não empurre a cápsula através do alumínio para removê-la do blister.
Descarte cada inalador após 30 dias de uso. Consulte o farmacêutico sobre como descartar medicamentos e inaladores.
Não engolir as cápsulas de Ultibro. O pó contido nas cápsulas é para inalação.
Algumas pessoas, ocasionalmente, tossem brevemente após a inalação do medicamento. Se você tossir não se preocupe, pois se a cápsula estiver vazia, você recebeu a dose completa.
Não armazene as cápsulas de Ultibro no inalador.
Ocasionalmente, pedaços muito pequenos da cápsula podem passar pela grade e entrar na sua boca. Se acontecer, você pode sentir estes pedaços em sua língua. Não é prejudicial se estes pedaços são engolidos ou inalados.
As chances de a cápsula despedaçar serão aumentadas se a cápsula for perfurada mais de uma vez (etapa 7).
Nunca lave seu inalador com água. Se quiser limpar o inalador, passe um pano sem fibras, limpo e seco, dentro e fora do bocal para remover qualquer resíduo de pó. Mantenha seu inalador sempre seco.
Continue utilizando Ultibro por quanto tempo seu médico indicar.
DPOC é uma doença crônica e você deverá utilizar Ultibro todos os dias e não apenas quando tiver problemas para respirar ou outros sintomas da DPOC.
Se você tiver dúvidas sobre quanto tempo tomar Ultibro, converse com seu médico ou farmacêutico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Se você se esquecer de tomar uma dose, tome uma dose assim que possível. No entanto, não inale duas doses no mesmo dia.
Tome a próxima dose no horário habitual.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Siga todas as instruções do seu médico, cuidadosamente. Elas podem diferir das informações gerais contidas nesta bula.
Pare de tomar Ultibro e avise seu médico imediatamente se:
Ultibro é utilizado para a manutenção do tratamento da DPOC. Não utilize Ultibro para tratar crises agudas de falta de ar ou chiados.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use este medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Assim como com todos os medicamentos, pacientes utilizando Ultibro podem apresentar reações adversas embora nem todos os apresentem.
Se você sentir quaisquer reações adversas graves, pare de tomar este medicamento e informe o seu médico imediatamente.
Outras reações adversas incluem as seguintes listadas abaixo. Se estas reações adversas se tornarem graves, informe o seu médico, farmacêutico ou profissional de saúde.
Se você notar qualquer outro efeito não mencionado nesta bula, por favor, informe seu médico ou farmacêutico.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Você pode usar Ultibro se você tiver 75 anos de idade ou mais na mesma dose indicada para adultos.
Você não deve usar Ultibro se tiver menos de 18 anos de idade.
Se você está grávida, pensa que está grávida ou está planejando engravidar, ou se você está amamentando, avise seu médico. Ele discutirá com você se você pode utilizar Ultibro.
Converse com seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Seu médico discutirá com você os potenciais riscos de usar Ultibro durante a gravidez.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use este medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Este medicamento tem pouca ou nenhuma influência sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. No entanto, a ocorrência de tontura pode influenciar na capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Cada cápsula contém 143 mcg de maleato de indacaterol (equivalente a 110 mcg de indacaterol) e 63 mcg de brometo de glicopirrônio (equivalente a 50 mcg de glicopirrônio).
Cada dose liberada (dose que sai do bocal do inalador) contém 110 mcg de maleato de indacaterol equivalente a 85 mcg de indacaterol e 54 de brometo de glicopirrônio equivalente a 43 mcg de glicopirrônio.
Excipientes: lactose monoidratada e estearato de magnésio.
Se você inalou mais Ultibro do que deveria ou se alguém acidentalmente utilizou seu medicamento, contate um médico ou hospital imediatamente. Mostre a embalagem de Ultibro. Cuidados médicos podem ser necessários.
Se você inalou Ultibro demais ou se alguém inalou acidentalmente seu medicamento, as seguintes reações podem acontecer:
Se você acha que está apresentando qualquer um dos eventos adversos acima, contate um médico ou hospital para recomendações imediatamente. Apresente a caixa de Ultibro. Atenção médica pode ser necessária.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
A administração concomitante de indacaterol e glicopirrônio inalados oralmente no estado de equilíbrio (steady-state) das duas drogas não afetou a farmacocinética (pK) de nenhuma das drogas.
Nenhum estudo de interação fármaco-fármaco específico foi conduzido com Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa). As informações sobre as possíveis interações Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) foram baseadas no potencial de cada um de seus princípios ativos.
Investigações in vitro indicaram que o indacaterol teve potencial insignificante para causar interações metabólicas com medicamentos nos níveis de exposição sistêmica alcançados nas práticas clínicas
Os bloqueadores beta-adrenérgicos podem enfraquecer ou antagonizar o efeito dos agonistas beta2-adrenérgicos. Portanto, Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) não deve ser administrado concomitantemente com bloqueadores beta-adrenérgicos (incluindo colírios) a menos que haja razões fortes para seu uso. Quando necessário, os bloqueadores beta-adrenérgicos cardiosseletivos devem ser os de preferência, embora devam ser administrados com cautela.
Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa), como outros agonistas beta2-adrenérgicos, deve ser administrado com cautela em pacientes que estão sendo tratados com inibidores de monoamino oxidase, antidepressivos tricíclicos ou medicamentos que sabidamente prolongam o intervalo QT, pois qualquer efeito desses medicamentos no intervalo QT pode ser potencializado. Os medicamentos que prolongam o intervalo QT podem aumentar o risco de arritmia ventricular.
A administração concomitante de agentes simpatomiméticos (isolados ou como parte de uma terapia combinada) pode potencializar os efeitos adversos do indacaterol.
Tratamento concomitante com derivados de metilxantinas, esteroides ou diuréticos depletores de potássio podem potencializar o possível efeito de hipocalemia dos agonistas beta2-adrenérgicos.
A inibição dos principais mecanismos de clearance do indacaterol, CYP3A4 e P-gp, não tem impacto na segurança das doses terapêuticas de indacaterol. Estudos de interação medicamentosa foram realizados utilizando inibidores potentes e específicos de CYP3A4 e P-gp (por ex., cetoconazol, eritromicina, verapamil e ritonavir). O verapamil foi usado como o inibidor prototípico de P-gp e resultou no aumento de ASC de 1,4 a 2 vezes e aumento de 1,5 vezes na Cmáx. A coadministração de eritromicina com indacaterol resultou em um aumento na ASC de 1,4 a 1,6 vezes e 1,2 vezes para Cmáx. A inibição combinada de P-gp e CYP3A4 pelo inibidor duplo muito forte cetoconazol, causou um aumento de 2 e 1,4 vezes na ASC e Cmáx, respectivamente. O tratamento concomitante com ritonavir, outro inibidor duplo da CYP3A4 e P-gp, resultou em um aumento de 1,6 a 1,8 na ASC enquanto que a Cmáx não foi afetada. Tomados juntos, os dados sugerem que o clearance sistêmico é influenciado pela modulação das atividades de P-gp e CYP3A4 e que o aumento de 2 vezes na ASC causado pelo potente inibidor duplo cetoconazol, reflete o impacto da inibição máxima combinada.
A magnitude do aumento da exposição devido às interações medicamentosas não traz nenhuma preocupação de segurança do tratamento com indacaterol em estudos clínicos de até um ano em doses de 600 mcg.
O programa de desenvolvimento clínico de fase III Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) incluiu cinco estudos: um estudo de 26 semanas, placebo e ativo controlado (indacaterol 150 mcg uma vez ao dia, glicopirrônio 50 mcg uma vez ao dia, tiotrópio aberto 18 mcg uma vez ao dia); um estudo de 26 semanas, ativo controlado (fluticasona/salmeterol 500/50 mcg duas vezes ao dia); um estudo de 64 semanas, ativo controlado (glicopirrônio 50 mcg uma vez ao dia, tiotrópio aberto 18 mcg uma vez ao dia); um estudo de 52 semanas, placebo controlado; e um estudo de tolerância ao exercício de 3 semanas placebo e ativo controlado (tiotrópio uma vez ao dia). Estes estudos envolveram mais de 5.000 pacientes.
Os estudos avaliaram pacientes com diagnóstico clínico de DPOC moderada a muito grave, que tinham 40 anos de idade ou mais, e com histórico de tabagismo de 10 maços-ano ou mais. Destes 4 estudos, o [SHINE] e o [ENLIGHTEN] tiveram VEF1 pós-broncodilatação entre < 80% e ? 30% do valor normal previsto e VEF1/CVF médio pós-broncodilatação, menor que 70%. O estudo de 26 semanas, ativo controlado, envolveu pacientes com VEF1 pós-broncodilatação entre < 80% e ? 40% do valor normal previsto. Em contrapartida, o estudo de 64 semanas envolveu pacientes com DPOC grave a muito grave, com VEF1 pós-broncodilatação <50% do valor normal previsto.
Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) administrado em dose única de 110/50 mcg uma vez ao dia, demonstrou melhoras clinicamente significativas na função pulmonar (medido pelo volume expiratório forçado no primeiro segundo, VEF1), em vários estudos clínicos.
Em um estudo de fase III, efeitos broncodilatadores foram vistos dentro de 5 minutos após a primeira dose e foram mantidos durante 24 horas após a primeira dose. Durante o estudo de 26 semanas e 52 semanas, não houve atenuação do efeito broncodilatador ao longo do tempo.
No estudo, Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) desfecho primário na semana 26 (p < 0,001) e demonstrou aumentos significativos quando comparado a cada braço de tratamento em monoterapia (indacaterol e glicopirrônio), bem como ao braço de tratamento de tiotrópio (vide Tabela 1).
Tabela 1: VEF1 nadir pós-dose (média dos mínimos quadrados) no Dia 1 e na Semana 26 (desfecho primário)
Diferença de Tratamento |
Dia 1 |
Semana 26 |
Placebo |
190 mL (p<0,001) |
200 mL (p<0,001) |
Indacaterol |
80 mL (p<0,001) |
70 mL (p<0,001) |
Glicopirrônio |
80 mL (p<0,001) |
90 mL (p<0,001) |
Tiotrópio |
80 mL (p<0,001) |
80 mL (p<0,001) |
A média do VEF1 pré-dose (média dos valores obtidos a -45 e -15 min antes da dose da manhã do estudo foi clinicamente e estatisticamente significativa a favor Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) na Semana 26 comparado com fluticasona/salmeterol (100 mL, p < 0,001), na Semana 52 comparado com placebo (189 mL, p < 0,001) e em todas as visitas até a Semana 64 comparado com glicopirrônio (70-80 mL, p-valor < 0,001) e tiotrópio (60-80 mL, p-valor < 0,001).
Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) produziu melhoras estatisticamente significativas no pico do VEF1 comparado com placebo nas primeiras 4 horas pós-dose no Dia 1 (210 mL, p < 0,001), na Semana 26 (330 mL, p < 0,001), e comparado ao indacaterol (120 mL), glicopirrônio (130 mL), tiotrópio (130 mL) na Semana 26 (p < 0,001 para todas as comparações), e comparado com fluticasona/salmeterol no Dia 1 (70 mL, p < 0,001) e Semana 26 (150 mL, p < 0,001).
Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) aumentou o VEF1 na ASC0-12 pós-dose (desfecho primário) em 140 mL na Semana 26 (p < 0,001) no estudo ativo controlado comparado com fluticasona/salmeterol.
Nos estudos, Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) demonstrou um rápido início do efeito broncodilatador, estatisticamente significante, no Dia 1 e na Semana 26.
Tabela 2: Início de ação versus placebo, tiotrópio e fluticasona/salmeterol em 5 minutos e 30 minutos no Dia 1 e Semana 26
Dia 1 |
Semana 26 | |
Versus placebo | ||
5 minutos |
130 mL* |
290 mL* |
Versus tiotrópio | ||
5 minutos |
70 mL* |
120 mL* |
Versus fluticasona/salmeterol | ||
5 minutos 30 minutos |
80 mL* |
150 mL* |
* p < 0,001 para todas as comparações de tratamento |
No estudo de 26 Semanas, placebo controlado, uma espirometria seriada de 12 horas foi realizada no Dia 1 (Figura 1) e uma espirometria seriada de 24 horas foi realizada na Semana 26 (Figura 2) em um grupo de 294 pacientes.
Valores de VEF1 seriados durante 12 horas no Dia 1 e valor de VEF1 nadir no Dia 2 estão demonstrados na Figura 1, e na Semana 26 na Figura 2.
Melhoras na função pulmonar foram mantidas por 24 horas após a primeira dose e foram consistentemente mantidas durante o período de tratamento de 26 Semanas sem evidências de tolerância.
Figura 1: Perfil de 24 horas da média dos mínimos quadrados do VEF1 (L) no Dia 1 (FAS -full analysis set – análise completa de dados da espirometria seriada)
Figura 2: Perfil das 23 h 45 min da média dos mínimos quadrados do VEF1 (L) após 26 semanas de tratamento (FAS - full analysis set – análise completa de dados da espirometria seriada).
Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) também apresentou melhoras clinicamente representativas e estatisticamente significantes no VEF1 comparado com fluticasona/salmeterol em todos os pontos a partir de 5 minutos pós-dose até 12 horas pós-dose, ambos na Semana 12 (p < 0,001) e Semana 26 (p < 0,001) (vide Figura 3).
Figura 3: Perfil da média dos mínimos quadrados do VEF1 (L) de 5 min até 12 h pós-dose na Semana 12 e na Semana 26 (Dados da Análise Completa).
No estudo, Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) demonstrou melhoras significativas na função pulmonar em geral, comparado com fluticasona/salmeterol, em todos os grupos principais, incluindo idade, gênero, histórico de tabagismo, gravidade da doença e reversibilidade.
Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) uma vez ao dia demonstrou efeitos estatisticamente significantes na qualidade de vida relacionada à saúde medido a partir do St George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ) na Semana 26 e verificado pela redução na pontuação total do SGRQ comparado com placebo (-3,01; p = 0,002) e tiotrópio (-2,13; p = 0,009) e na Semana 64 comparado com tiotrópio (-2,69; p < 0,001).
Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) uma vez ao dia demonstrou melhora numérica no escore total do SGRQ na Semana 26 em comparação com indacaterol e glicopirrônio (- 1,09 e -1,18, respectivamente).
Uma porcentagem maior de pacientes recebendo Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) respondeu com melhoras clinicamente significativas na pontuação do SGRQ (definido como um decréscimo de ao menos 4 unidades a partir do basal) na Semana 26 comparado com placebo (63,7% e 56,6% respectivamente; p = 0,088 - estatisticamente não significativo) e tiotrópio (63,7% Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) vs. 56,4% tiotrópio; p = 0,047- estatisticamente significativo), e na Semana 64 quando comparado com glicopirrônio e tiotrópio (57,3% Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) vs. 51,8% glicopirrônio; p = 0,055- estatisticamente não significativo; vs. 50,8% tiotrópio; p=0,051- estatisticamente não significativo, respectivamente).
Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) demonstrou melhora estatisticamente superior versus o tiotrópio na porcentagem de “capacidade, em dias, de realizar atividades diárias” durante as 26 semanas (8,45%, p < 0,001) e demonstrou melhoras numéricas sobre o glicopirrônio (1,87; p = 0,195) e melhoras estatísticas sobre o tiotrópio (4,95; p = 0,001).
Na Semana 64 do estudo, Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) uma vez ao dia, reduziu as taxas de exacerbação da DPOC moderada a grave em 12% quando comparado ao glicopirrônio (p = 0,038) (estaticamente significativo) e em 10% quando comparado ao tiotrópio (p = 0,096) (estaticamente não significativo).
Adicionalmente, Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) demonstrou ser clinica e estatisticamente superior ao glicopirrônio e tiotrópio na redução de todas as taxas de exacerbações de DPOC (leve, moderada e grave), com uma taxa de redução de 15% para Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) quando comparado ao glicopirrônio (p = 0,001) (estaticamente significativo) e 14% quando comparado ao tiotrópio (p = 0,002) (estaticamente significativo).
Quando da primeira exacerbação da DPOC moderada a grave, Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) demonstrou uma redução de 7% no risco quando comparado ao glicopirrônio (p = 0,319) (estaticamente não significativo).
O glicopirrônio e o tiotrópio não demonstraram diferenças na redução do risco.
Durante 26 semanas, Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) uma vez ao dia reduziu significativamente o uso de medicação de resgate (salbutamol) em 0,96 jatos (puffs) por dia (p<0,001) quando comparado com placebo e 0,54 jatos (puffs) por dia (p < 0,001) quando comparado ao tiotrópio no estudo, bem como em 0,39 jatos (puffs) por dia (p = 0,019) quando comparado à fluticasona/salmeterol no estudo.
Durante 64 semanas, Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) reduziu o uso de medicação de resgate (salbutamol) em 0,76 jatos (puffs) por dia (p<0,001) quando comparado ao tiotrópio no estudo.
Em um estudo de 3 semanas onde a tolerância ao exercício foi aferida através de bicicleta ergométrica com uma carga submáxima (75%) (teste de tolerância ao exercício submáximo), Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) administrado pela manhã, reduziu a hiperinsuflação dinâmica e melhorou a duração do exercício (tempo de exercício) a partir da primeira dose. No primeiro dia de tratamento a capacidade inspiratória durante o exercício melhorou significantemente (250 mL, p<0,001) quando comparada ao placebo. Três semanas após o tratamento a melhora na capacidade inspiratória com Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) foi maior (320 mL, p < 0,001) e o tempo de resistência ao exercício aumentou (59,5 segundos, p=0,006) quando comparado ao placebo. Achados similares foram encontrados para tiotrópio.
Medidas do Volume Residual (VR) e da Capacidade Residual Funcional (CRF) através de Pletismografia dão sinais sobre o estreitamento das vias aéreas e refletem a presença de aprisionamento de ar, considerada uma característica típica da DPOC.
No primeiro dia do tratamento, 60 minutos após a dose, Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) reduziu o Volume Residual (VR) em 380 mL (p<0,001) quando comparado ao placebo e a CRF em 350 mL (p< 0,001) quando comparado ao placebo. No dia 21, 60 minutos após a dose, reduções adicionais foram vistas para VR em 520 mL (p< 0,001) e CRF em 520 mL (p< 0,001).
Grupo farmacoterapêutico: Agonista beta2-adrenérgico / anticolinérgico,
Codigo ATC: R03AL04.
Quando o indacaterol e o glicopirrônio são administrados conjuntamente Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa), promovem um efeito aditivo na eficácia devido aos diferentes mecanismos de ação, atingindo diferentes receptores e vias para obter o relaxamento da musculatura lisa. Devido a diferentes densidades dos receptores beta2-adrenérgicos e dos receptores muscarínicos M3 em vias aéreas centrais versus vias aéreas periféricas, os beta2-adrenérgicos devem ser mais efetivos no relaxamento das vias aéreas periféricas , enquanto que os anticolinérgicos podem ser mais efetivos nas vias aéreas centrais . Portanto, para uma ótima broncodilatação em todas as regiões do pulmão humano, a combinação de um agonista beta2-adrenérgico e de um antagonista muscarínico pode ser benéfica.
A combinação de indacaterol e glicopirrônio Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) apresentou um rápido início de ação dentro de 5 minutos após a inalação. O efeito se manteve constante durante o intervalo de 24 h entre as doses.
O glicopirrônio é um antagonista dos receptores muscarínicos (anticolinérgico) de longa duração inalado uma vez ao dia, para manutenção do tratamento da DPOC. Os nervos parassimpáticos são as principais vias broncoconstritoras neurais nas vias aéreas e o tônus colinérgico é o componente reversível chave da obstrução ao fluxo aéreo na DPOC. O glicopirrônio funciona através do bloqueio da ação broncoconstritora da acetilcolina nas células do músculo liso das vias aéreas, dilatando desta forma as vias aéreas.
Dos cinco subtipos de receptores muscarínicos conhecidos (M1-M5), apenas os subtipos M1-M3 tem uma função fisiológica definida no pulmão humano. O brometo de glicopirrônio é um antagonista muscarínico de alta afinidade destes 3 subtipos de receptores. Foi demonstrada uma seletividade de 4 a 5 vezes maior aos receptores humanos M3 e M1 em comparação com o receptor humano M2 em estudos de ligação competitiva. Ele tem um rápido início de ação conforme evidenciado por parâmetros cinéticos de associação/dissociação dos receptores e pelo início de ação após a inalação nos estudos clínicos.
A ação de longa duração pode ser atribuída em parte à concentração da droga sustentada nos pulmões que se reflete na meia-vida de eliminação terminal do glicopirrônio após a inalação através do inalador de glicopirrônio em comparação com a meia-vida após administração intravenosa (IV).
Os dados farmacocinéticos do pulmão, em ratos após a inalação de brometo de glicopirrônio,apresentam evidências adicionais sobre isto.
Uma análise da farmacocinética em uma população de pacientes com DPOC após a inalação Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa) não indicou nenhum efeito significante na idade, gênero e peso (massa magra), na exposição sistêmica ao indacaterol e ao glicopirrônio. O índice de massa corporal (que é uma correlação entre peso e altura) foi identificado como covariável. Uma correlação negativa entre a exposição sistêmica e o índice de massa corporal (ou peso corpóreo) foi observada; no entanto, nenhum ajuste de dose foi recomendado devido à magnitude da alteração ou da precisão preditiva do índice de massa corporal.
Histórico de tabagismo e VEF1 basal não tiveram efeitos aparentes na exposição sistêmica de indacaterol e glicopirrônio após a inalação Maleato de Indacaterol +Brometo de Glicopirrônio (substância ativa).
Dados pré-clínicos não revelaram nenhum dano especial para humanos baseados nos estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade na reprodução. Os efeitos de indacaterol vistos em estudos de toxicidade em cães foram principalmente no sistema cardiovascular e consistiram em taquicardia, arritmias e lesões do miocárdio. Estes efeitos são conhecidos como efeitos farmacológicos e podem ser explicados pelas propriedades beta2-agonistas do indacaterol. Outros efeitos relevantes notados nos estudos de toxicidade de dose repetida foram irritação leve do trato respiratório superior em ratos, consistindo em rinite e alterações epiteliais da cavidade nasal e laringe. Todos esses achados foram observados apenas em exposições consideradas suficientemente em excesso para a exposição máxima aos humanos, indicando pouca relevância para o uso clínico.
Efeitos adversos a respeito da fertilidade, gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, desenvolvimento pré e pós-natal podem apenas ser demonstrados em doses maiores que 500 vezes a dose diária de inalação de 150 mcg em humanos (baseado na ASC 0-24h). Os efeitos chamados de aumentos na incidência da variação esquelética foram observados em coelhos. O indacaterol não foi teratogênico em ratos ou coelhos após a administração subcutânea. Estudos de genotoxicidade não revelaram nenhum potencial mutagênico ou clastogênico. O potencial cardiogênico de indacaterol foi avaliado em um estudo utilizando a droga por via inalatória de 2 anos em ratos e um estudo por via oral de 26 semanas em camundongos transgênicos. Um tratamento durante a vida em ratos resultou em um aumento de incidentes de leiomiomas ovarianos benignos e hiperplasia focal do músculo liso do ovário em doses de aproximadamente 30 vezes a dose de 150 mcg uma vez ao dia para humanos (baseado na ASC 0-24h). Aumentos de leiomiomas no trato genital de ratas fêmeas foram semelhantemente demonstrados com outras drogas agonistas beta2-adrenérgicas. Um estudo via oral de 26 semanas em camundongos hemizigotos CB6F1/TgrasH2 com indacaterol não demonstrou nenhuma evidência de tumorogenicidade em doses de pelo menos 103 vezes a dose de 150 mcg uma vez ao dia para humanos (baseado na ASC 0-24h).
Dados pré-clínicos não revelaram nenhum dano especial para humanos baseados nos estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogênico, toxicidade na reprodução e desenvolvimento.
Os efeitos vistos durante os estudos via inalatória de toxicidade de dose repetida foram atribuídos às exacerbações das ações farmacológicas esperadas de glicopirrônio ou leve irritação local. Este incluíram aumentos leves a moderados da frequência cardíaca de cães e uma série de alterações reversíveis associadas com reduções de secreção das glândulas salivar, lacrimal, Harderiana e da faringe em ratos e cães. A opacidade do cristalino observada durante estudos crônicos em ratos têm sido descrita para outros antagonistas muscarínicos e são consideradas alterações espécie-específicas com relevância limitada para uso terapêutico em pacientes. Achados no trato respiratório de ratos incluíram alterações degenerativas/regenerativas e inflamação na cavidade nasal e laringe que são consistentes com irritação local leve. Alterações epiteliais mínimas no pulmão na junção bronquíolo-alveolar também foram observadas em ratos e são consideradas como uma resposta adaptativa leve. Todos esses achados foram observados em exposições consideradas suficientemente em excesso para a exposição máxima aos humanos, e, portanto indicam pouca relevância durante uso clínico.
Estudos de genotoxicidade não revelaram nenhum potencial mutagênico ou clastogênico para o glicopirrônio. Estudos de carcinogenicidade em camundongos transgênicos utilizando administração por via oral e em ratos utilizando administração por via inalatória não revelou evidência de carcinogenicidade na exposição sistêmica (ASC 0-24h) de aproximadamente 53 vezes maior em camundongos e 75 maior em ratos do que a dose de 50 mcg uma vez ao dia para humanos.
Dados publicados de glicopirrônio não indicam quaisquer problemas de toxicidade reprodutiva. O glicopirrônio não foi teratogênico em ratos ou coelhos após a administração por via inalatória. Estudos de reprodução em ratos e outros dados em animais não indicaram preocupações com relação à fertilidade tanto em machos quanto em fêmeas, no desenvolvimento pré ou pós-natal. O glicopirrônio e seus metabólitos não atravessaram significativamente a barreira placentária de camundongos, coelhas e cadelas prenhes. O glicopirrônio (incluindo seus metabólitos) foi excretado no leite de ratas lactantes e alcançou concentrações no leite até 10 vezes acima do que no sangue destas fêmeas.
Ultibro deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C) e protegido da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
As cápsulas são amarelas transparentes contendo pó branco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Todo medicamento deve ser mantido longe do alcance das crianças.
MS 1.0068.1123
Farm. Resp.: Flávia Regina Pegorer – CRF-SP 18.150
Importado por: Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90 – São Paulo – SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira
Fabricado por: Novartis Pharma Stein AG, Stein, Suíça.
Venda sob prescrição médica.
Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 05/08/2016.
Fabricante |
NOVARTIS |
Princípio ativo |
Maleato De Indacaterol + Brometo De Glicopirrônio |
Categoria do medicamento |
Medicamentos de A-Z |
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