Dor: Se a mulher tem dor ao dar de mamar, ela pode associar esse momento a algo extremamente desagradável, o que aumenta o estresse e a ansiedade nos horários das mamadas. É importante que ela converse com seu médico e busque ajuda e orientação.
Preocupações com o trabalho: Para algumas mulheres a ideia de permanecer afastada do trabalho pode ser preocupante. Algumas têm receio de serem dispensadas, outras são autônomas e não podem ficar longe de suas tarefas para não comprometer o orçamento familiar. Isso pode ocasionar um acúmulo de ansiedade e estresse que possivelmente irá influenciar na lactação.
Preocupações com a casa: As atividades do dia a dia também podem ser muito estressantes, já que os cuidados com a limpeza da casa, com as roupas e com as refeições podem deixar a mulher mais cansada. Nesse momento, é importante que ela tenha com quem contar para dividir as tarefas.
Preocupações com outros filhos: Quando existem outros filhos, a mulher pode ficar preocupada com o ciúme entre irmãos e com a necessidade de dividir a atenção entre eles. Nessa hora, é fundamental a ajuda do companheiro (ou de outra pessoa que possa auxiliá-la) para ficar com as outras crianças enquanto a mulher está com o bebê. E vale lembrar que algumas vezes será mesmo necessário dividir a atenção entre os filhos, mas o amor de mãe sempre se multiplica.
Falta de apoio no relacionamento: O apoio é fundamental para a mulher nesse momento. Sentir-se acolhida, protegida e cuidada pode ajudar a mãe a ficar mais calma e segura para desempenhar suas atividades, sabendo que pode contar com o companheiro sempre que precisar. Questões referentes à sexualidade do casal também podem influenciar a amamentação, pois para algumas mulheres o papel de esposa não combina com o de mãe, geralmente destituído de sensualidade.
Medos: Ser mãe é uma responsabilidade imensa, isso não se discute. Por esse motivo, algumas mulheres sentem medo de não conseguir cuidar bem do filho ou de não dar conta das funções maternas. É importante que a família esteja atenta e procure encorajar a mulher, mostrando sempre suas qualidades como mãe.
Depressão Pós-Parto: Quando a mulher não consegue elaborar seus medos e ansiedade diante da maternidade, ela pode entrar em um quadro de Depressão Pós-Parto que provavelmente irá dificultar a amamentação. Nesse caso, é muito importante procurar ajuda médica e psicológica, pois muitas vezes o uso de medicação é recomendado. A compreensão e o apoio da família fazem toda a diferença na recuperação da mulher.
Família: Algumas mulheres sentem-se cobradas e julgadas diante de seus familiares que, na tentativa de ajudar, podem interferir em um momento que deveria ser da mãe e do bebê. Falam sobre a melhor posição, sobre o que comer, sobre cólica e até sobre o “leite fraco”. Isso pode passar à mãe uma mensagem de inadequação ou incapacidade para alimentar o filho. As atitudes críticas e desencorajadoras devem ser evitadas para que a mulher se sinta segura com a amamentação e com seu bebê.
Idealizações: É comum que as mulheres passem boa parte da gestação sonhando com o nascimento do bebê e fantasiando a respeito da amamentação e dos cuidados com ele. Isso pode gerar expectativas e, caso alguma coisa não saia exatamente conforme o planejado (o que geralmente acontece), surgem frustrações que podem desorganizar a mãe emocionalmente. É importante que a amamentação (assim como a maternidade) não seja idealizada, para que a mãe se permita conhecer seu bebê com o passar dos dias.