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Zabrux também é indicado no tratamento de pacientes com melanoma maligno metastático.
Zabrux é um medicamento que age contra tumores e sua atividade se inicia logo após as primeiras doses administradas.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com histórico de hipersensibilidade a seus componentes, bem como para pacientes com histórico de hipersensibilidade à dacarbazina.
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas e que estejam amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Tome as cápsulas inteiras com um copo de água, sem abrir nem mastigar, com o estômago vazio, de preferência uma hora antes do café da manhã.
Zabrux deve ser tomado uma vez ao dia.
Se você precisar tomar Zabrux em combinação com radioterapia (pacientes recém-diagnosticados), o tratamento ocorrerá em duas fases: a fase concomitante e, em seguida, a fase de Zabrux isoladamente.
Fase concomitante é quando Zabrux é tomado durante o período de radioterapia.
Seu médico iniciará o tratamento com a dose de 75 mg/m2 e a dose diária vai depender de seu peso e altura. Você deverá receber essa dose durante 42 dias (até 49 dias) em combinação com a radioterapia.
Com base nos resultados do seu exame de sangue e/ou de como você está tolerando o medicamento durante a fase concomitante, a dose de Zabrux poderá ser retardada ou descontinuada.
Uma vez completada a radioterapia, você interromperá o tratamento por 4 semanas para que seu organismo possa se recuperar. Então, passará a iniciar a fase de tratamento com Zabrux isoladamente (fase de monoterapia).
A dose e o modo de tomar Zabrux nesta fase serão diferentes daqueles que você usou na fase concomitante. Poderá haver até 6 ciclos de tratamento, e cada um deles terá a duração de 28 dias. A nova dose de Zabrux cápsulas inicialmente será de 150 mg/m2, uma vez ao dia, pelos primeiros cinco dias (“dias de dose”) de cada ciclo, seguidos por 23 dias sem Zabrux, isto corresponde a um ciclo de tratamento de até 28 dias. Após o 28º dia, começará o próximo ciclo, no qual você tomará novamente o medicamento uma vez ao dia, durante cinco dias, seguido por um intervalo de 23 dias sem Zabrux.
Antes de cada novo ciclo de tratamento, você será submetido a exame de sangue para verificar se a dose de Zabrux precisa ser ajustada.
Se você não recebeu quimioterapia anteriormente, tomará a sua primeira dose de Zabrux na quantidade de 200 mg/m2, uma vez ao dia, pelos primeiros cinco dias (“dias de dose”) seguidos por 23 dias sem Zabrux. Se você foi tratado anteriormente com quimioterapia, você receberá sua primeira dose de Zabrux na quantidade de 150 mg/m2 pelos primeiros cinco dias (“dias de dose”) seguidos por 23 dias sem Zabrux. A partir do 2° ciclo a dose poderá ser aumentada para 200 mg/m2.
Dependendo dos resultados do seu exame de sangue, seu médico poderá ajustar a dose para o próximo ciclo. Cada vez que você começar um novo ciclo de tratamento, esteja certo que compreendeu exatamente quantas cápsulas de cada dosagem você precisa tomar em cada dia e durante quantos dias você deve tomar essa dose.
Zabrux existe em cápsulas de diferentes dosagens [mostradas no rótulo de cada embalagem em miligramas (mg)]. Dependendo da dose de Zabrux que seu médico receitar, você poderá precisar tomar vários tipos de cápsulas em cada “dia de dose” do ciclo de tratamento.
Assegure-se de que compreendeu exatamente quais e quantas cápsulas você precisa tomar de cada dosagem. Peça ao seu médico ou farmacêutico para escrever o número de cápsulas de cada dosagem que você precisa tomar em cada “dia de dose”.
Assegure-se de que você sabe exatamente quais são os “dias de dose” do seu tratamento.
Faça a verificação da dose com seu cuidador ou com uma pessoa próxima, cada vez que iniciar um novo ciclo. Algumas vezes, a dose ou o conjunto de cápsulas que você precisa tomar é diferente daquele do último ciclo.
Considerando que você toma o medicamento em casa, se estiver confuso ou inseguro sobre como tomar a sua dose, peça nova orientação do seu médico ou farmacêutico antes de iniciar o ciclo de tratamento.
Erros na administração deste medicamento podem ter graves consequências para a sua saúde.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Se você esquecer-se de tomar as cápsulas no horário recomendado, tome-as assim que se lembrar. Se passou um dia inteiro, converse com o seu médico para receber orientação. Não tome a dose em dobro no mesmo dia, a menos que seu médico tenha recomendado essa conduta.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Se você estiver tomando Zabrux no esquema de 42 dias, em combinação com radioterapia, o seu médico também deve ter receitado um medicamento para ajudar a prevenir a pneumonia por Pneumocystis carinii (PCP). Pode haver maior ocorrência de PCP quando o tratamento com Zabrux é administrado durante esquemas de tratamento prolongados. Entretanto, todos os pacientes tratados com Zabrux, particularmente aqueles em tratamento com corticosteróides, devem ser observados rigorosamente com relação ao aparecimento da PCP, independentemente do esquema de doses recomendado.
Você deve ser observado de perto se tiver anemia, baixa contagem de células brancas do sangue ou de plaquetas, problemas de coagulação antes do tratamento com Zabrux, ou ainda se apresentar qualquer um desses problemas durante o tratamento. Seu médico poderá precisar reduzir a dose do seu medicamento, ou mesmo interromper o tratamento, ou ainda, você poderá precisar de outro tratamento.
Nesse caso seu médico decidirá qual será a melhor conduta a ser adotada. Em algumas situações, poderá ser necessário suspender o tratamento com Zabrux. Você será submetido a exames de sangue frequentes para verificar suas condições.
Alguns pacientes tratados com Zabrux podem ter mielossupressão (efeito tóxico nas células da medula óssea), incluindo pancitopenia (redução na contagem de todas as células do sangue) prolongada, que pode resultar em anemia aplástica, a qual em alguns casos pode levar ao óbito. É importante informar seu médico sobre qualquer medicamento que estiver tomando, uma vez que estes podem complicar a avaliação dessa doença.
Enjoos e vômitos são comumente associados ao tratamento com Zabrux. Se você estiver tomando Zabrux em combinação com radioterapia (pacientes recém-diagnosticados), seu médico receitará um medicamento para combater os vômitos antes da dose inicial de Zabrux. Na fase de tratamento com Zabrux isoladamente (pacientes recém-diagnosticados), seu médico também poderá receitar um medicamento para ajudar a combater os vômitos.
Se você estiver tomando apenas Zabrux (paciente com recidiva ou glioma maligno progressivo) e estiver apresentando vômitos graves, seu médico também poderá receitar um medicamento para controlar os vômitos. Se você vomitar frequentemente, antes ou durante o tratamento, pergunte ao seu médico como controlar os vômitos e qual é o melhor momento para tomar Zabrux, até que os vômitos sejam controlados. Se você vomitar depois de ter tomado a sua dose do dia, não tome uma segunda dose no mesmo dia.
Se você apresentar febre ou sintomas de alguma infecção entre em contato com o seu médico imediatamente.
Não abra as cápsulas. Se a cápsula for danificada, evite o contato do pó com sua pele, olhos ou nariz.
Evite inalar o pó. Se os seus olhos ou narinas forem atingidos acidentalmente pelo pó, lave a área com água.
Não há experiência com o uso de Zabrux em crianças com menos de 3 anos de idade.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Assim como outros medicamentos, Zabrux pode causar efeitos indesejáveis, embora nem todas as pessoas os apresentem. Pacientes tratados com Zabrux em combinação com radioterapia podem apresentar reações adversas diferentes daquelas apresentadas por pacientes que tomam Zabrux isoladamente.
Entre em contato com o seu médico imediatamente se apresentar reação alérgica intensa [urticária/coceira, chiado no peito (asma) ou outras dificuldades respiratórias], sangramento incontrolável, convulsões, febre ou dor de cabeça intensa e persistente.
O tratamento com Zabrux pode causar redução na contagem de determinados tipos de células sanguíneas. Isto pode ocasionar manchas roxas na pele ou hemorragias, anemia, febre e/ou baixa resistência a infecções. A diminuição na contagem de células sanguíneas geralmente é transitória, mas, em alguns casos, pode ser prolongada e pode levar a uma forma de anemia muito grave (anemia aplástica), que em alguns casos resultou em óbito. Seu médico fará a monitoração de seu exame de sangue regularmente e, ao constatar qualquer alteração, decidirá se é necessário algum tratamento específico. Em alguns casos, a dose de Zabrux poderá ser diminuída ou suspensa.
Perda de apetite, dor de cabeça, constipação, enjoos, vômitos, vermelhidão na pele, queda de cabelos, cansaço.
Infecções na boca, infecções em ferimentos, alterações na contagem das células sanguíneas [diminuição das células brancas do sangue (leucócitos), ou de determinados subtipos de células brancas do sangue (neutrófilos, linfócitos), diminuição de plaquetas (trombocitopenia)], aumento de açúcar no sangue, perda de peso, alteração do estado mental ou de alerta, ansiedade/depressão, sonolência, dificuldade de fala, alteração do equilíbrio, tontura, confusão, esquecimento, dificuldade de concentração, dificuldade para acordar ou permanecer acordado, sensação de formigamento, manchas roxas na pele, tremores, visão borrada ou anormal, visão dupla, audição alterada, respiração curta, tosse, coágulos de sangue nas pernas, retenção de líquidos, pernas inchadas, diarreia, dores abdominais ou de estômago, queimação, mal-estar gástrico, dificuldade para engolir, boca seca, irritação ou pele avermelhada, pele seca, coceira, fraqueza muscular, dores nas articulações, dores musculares, aumento da frequência urinária, dificuldade para segurar a urina, reação alérgica, febre, danos da radiação, inchaço no rosto, alteração do paladar, resultados anormais nos exames de função hepática.
Sintomas gripais, manchas vermelhas sob a pele, aparência de rosto inchado, aparecimento de fraqueza muscular, níveis baixos de potássio no sangue, ganho de peso, mudanças de humor, alucinações e alterações da memória, paralisia parcial, alteração da coordenação motora, dificuldade para engolir, sentidos alterados, perda parcial da visão, olhos secos ou doloridos, surdez, infecções do ouvido, zumbidos no ouvido, dor de ouvido, palpitações, coágulos de sangue nos pulmões, pressão arterial elevada, pneumonia, sinusite, bronquite, resfriado ou gripe, distensão do estômago, dificuldade para controlar os movimentos intestinais, hemorroidas, descamação da pele, aumento da sensibilidade da pele ao sol, alterações na coloração da pele, sudorese, danos musculares, dores nas costas, dificuldade para urinar, sangramento vaginal, impotência sexual, menstruações ausentes ou muito intensas, irritação vaginal, dores no peito, ondas de calor, calafrios, alterações na coloração da língua, alteração do olfato, sede, distúrbios nos dentes.
Alterações na contagem das células sanguíneas [diminuição das células brancas do sangue (leucócitos), ou de determinados tipos de células brancas do sangue (neutrófilos, linfócitos), diminuição de plaquetas (trombocitopenia)], perda de apetite, dor de cabeça, vômitos, enjoos, constipação.
Perda de peso, cansaço, tontura, sensação de formigamento, respiração curta, diarreia, dor abdominal, mal estar gástrico, pele avermelhada, coceira, perda de cabelos, fraqueza, calafrios, sensação de mal estar, dor, alteração do paladar.
Alterações na contagem das células sanguíneas [diminuição de todos os tipos de células (pancitopenia), diminuição de células vermelhas do sangue (anemia), diminuição de células brancas do sangue (leucopenia)].
Tosse, infecções incluindo microorganismos causadores de pneumonia.
Pele avermelhada, urticária, manchas na pele, reações alérgicas.
Foram relatados casos muito raros de vermelhidão na pele com pele inchada, incluindo a palma das mãos e a planta dos pés, ou pele avermelhada e dolorida e/ou bolhas no corpo ou na boca.
Entre em contato com o seu médico se isto ocorrer com você.
Muito raramente, pacientes tomando Zabrux e outros medicamentos do mesmo tipo podem apresentar um pequeno risco de outras alterações nas células do sangue, incluindo leucemia.
Se alguma das reações mencionadas acima se tornar mais intensa ou se você notar qualquer efeito indesejável não citado nesta bula, entre em contato com o seu médico.
Houve casos de efeitos adversos hepáticos, incluindo elevação de enzimas hepáticas, aumento de bilirrubina, problemas com fluxo de bile (colestase) e hepatite.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Se você tem mais de 70 anos, você tem risco de alterações na contagem das células do sangue que podem aumentar a sua predisposição para infecções ou manchas roxas na pele e sangramentos.
Se você tem problemas no fígado ou nos rins, sua dose de Zabrux poderá necessitar de um ajuste. Seu médico precisará verificar o funcionamento do seu fígado e/ou rins para ter certeza de que você pode tolerar o tratamento com Zabrux.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente o seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Não tome Zabrux se estiver grávida ou amamentando. Pacientes (homens e mulheres) tomando Zabrux devem usar métodos contraceptivos eficientes. Para os homens, recomenda-se não tentar ter filhos durante período de até 6 meses depois de suspender o tratamento. Por causa da possibilidade de se tornar estéril depois do tratamento com Zabrux, recomenda-se que os homens que desejarem ter filhos procurem uma clínica especializada em armazenamento e conservação de esperma antes de iniciar o tratamento com Zabrux.
Quando tomar Zabrux, você poderá sentir cansaço e sonolência.
Neste caso, não dirija e nem opere máquinas durante o período de uso de Zabrux.
20 mg de temozolomida.
Excipientes: manitol, amidoglicolato de sódio, ácido esteárico, ácido tartárico, dióxido de silício, dióxido de titânio e gelatina.
100 mg de temozolomida.
Excipientes: manitol, amidoglicolato de sódio, ácido esteárico, ácido tartárico, dióxido de silício, dióxido de titânio e gelatina.
250 mg de temozolomida.
Excipientes: manitol, amidoglicolato de sódio, ácido esteárico, ácido tartárico, dióxido de silício, dióxido de titânio e gelatina.
As cápsulas duras de 20 mg, 100 mg e 250 mg são de cor branca.
Em caso de ingestão acidental ou intencional de grande quantidade de cápsulas de Zabrux de uma só vez, ou de ingestão do medicamento por tempo prolongado, acima do que foi recomendado pelo médico, podem ocorrer os efeitos indesejáveis descritos no item “Reações adversas” com maior intensidade e de modo mais grave (especialmente as alterações da contagem das células do sangue), e as consequências também podem ser graves e até mesmo fatais. Nestes casos, um médico deve ser consultado imediatamente.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Em um estudo randomizado, aberto e duplamente cruzado, pacientes com câncer receberam temozolomida (substância ativa) 150 mg/m2/dia com e sem tratamento concomitante com ranitidina. Nenhuma alteração na farmacocinética de temozolomida (substância ativa) ou MTIC foi observada devido à ranitidina e a aumento no pH gástrico. A administração de temozolomida (substância ativa) com alimentos resultou em um decréscimo estatisticamente significativo de 33% na Cmáx, um atraso no Tmáx e um pequeno, mas estatisticamente significativo, decréscimo de 9% na AUC(0-24).
Como a atividade de temozolomida (substância ativa) está mais relacionada com a AUC do que com os picos de concentração, o efeito do alimento não tem relevância clínica. A administração concomitante de dexametasona, proclorperazina, fenitoína, carbamazepina, ondansetrona, antagonistas de receptores H2 ou fenobarbital não altera a depuração de temozolomida (substância ativa). A administração concomitante com ácido valpróico está associada a uma redução pequena, mas estatisticamente significativa, na depuração da temozolomida.
O uso de temozolomida (substância ativa) em associação a outros agentes mielossupressores pode aumentar a probabilidade de ocorrência de mielossupressão.
Foram randomizados 573 pacientes para receber temozolomida (substância ativa) + radioterapia [T+RT] (n = 287) ou radioterapia isoladamente [RT] (n = 286). Os pacientes do grupo T+RT receberam temozolomida (substância ativa) concomitante (75 mg/m2) uma vez ao dia, iniciando no primeiro e indo até o último dia de RT, durante 42 dias (com o máximo de 49 dias).
Este esquema foi seguido por temozolomida (substância ativa) em monoterapia (150 a 200 mg/m2) nos dias 1 a 5 de cada ciclo de 28 dias durante até 6 ciclos, iniciando 4 semanas após o final da RT. Os pacientes do grupo controle receberam apenas RT. A profilaxia de pneumonia por Pneumocystis carinii (PCP) foi necessária durante os dois esquemas de tratamento.
A temozolomida (substância ativa) foi utilizada como tratamento de resgate nas fases de acompanhamento em 161 pacientes dos 282 (57%) no grupo da RT isoladamente e em 62 pacientes dos 277 (22%) pacientes no grupo da T + RT. O risco relativo (hazard ratio = HR) para sobrevida global foi 1,59 (95% IC para HR=1,33 – 1,91) com log-rank p < 0,0001 a favor do grupo da temozolomida (substância ativa).
A probabilidade estimada de sobrevida de 2 anos ou mais (26% vs 10%) foi maior para o grupo RT + T. A adição da temozolomida (substância ativa) concomitante à radioterapia, seguida por monoterapia com temozolomida (substância ativa) no tratamento de pacientes com glioblastoma multiforme recém-diagnosticados, proporcionou melhora da sobrevida global estatisticamente significativa em comparação com a radioterapia isoladamente.
Os dados de eficácia em pacientes com glioblastoma multiforme recorrente ou progressivo, após cirurgia e radioterapia, se basearam em dois estudos clínicos. Um foi um estudo não comparativo em 138 pacientes (29% receberam quimioterapia previamente) e o outro foi um estudo randomizado, ativamente controlado de temozolomida (substância ativa) e procarbazina em um total de 225 pacientes (67% receberam tratamento prévio com quimioterapia baseada em nitrosouréia).
Em ambos os estudos, o parâmetro principal de avaliação final foi sobrevida livre de progressão (SLP) definida por imagens de ressonância magnética ou piora neurológica. No estudo não comparativo, a SLP em 6 meses foi de 19%, o tempo para progressão livre de doença foi de 2,1 meses e a sobrevida global média foi de 5,4 meses. O índice de resposta objetiva baseado nas imagens de ressonância magnética foi de 8%.
No estudo randomizado, ativamente controlado, a SLP em 6 meses foi significativamente maior para a temozolomida (substância ativa) do que para a procarbazina (21% vs 8%, respectivamente, qui-quadrado, p = 0,008) com sobrevida livre de progressão média de 2,89 meses e 1,88 meses, respectivamente (log rank p = 0,0063). A sobrevida média foi de 7,34 e 5,66 meses (para temozolomida (substância ativa) e procarbazina, respectivamente) (log rank p = 0,33).
Em 6 meses a fração de pacientes sobreviventes foi significativamente maior no grupo da temozolomida (substância ativa) (60%) em comparação com o grupo da procarbazina (44%) (qui-quadrado, p = 0,019). Nos pacientes com quimioterapia prévia o benefício foi apontado naqueles com estado de desempenho de Karnofsky [KPS] de 80 ou melhor.
Os dados sobre o tempo até a piora do quadro neurológico favoreceram a temozolomida (substância ativa) em relação à procarbazina, conforme os dados sobre o tempo até a piora do estado de desempenho (diminuição para KPS de < 70 ou uma diminuição de, pelo menos, 30 pontos). Os tempos médios para progressão nesses resultados finais variaram de 0,7 a 2,1 meses, mais longos para a temozolomida (substância ativa) do que para a procarbazina (log rank p = < 0,01 a 0,03).
Em um estudo de fase II, multicêntrico, prospectivo, avaliando a segurança e eficácia da temozolomida (substância ativa) oral no tratamento de pacientes com astrocitoma anaplásico na primeira recidiva, a sobrevida livre de progressão em 6 meses foi de 46%. A sobrevida livre de progressão média foi de 5,4 meses. A sobrevida global média foi de 14,6 meses. O índice de resposta, baseado na avaliação do revisor central do estudo, foi de 35% para a população com intenção de tratar [ITT].
Em 43 pacientes foi relatada doença estável. A sobrevida livre de eventos em 6 meses para a população ITT foi de 44% com uma sobrevida livre de eventos de 4,6 meses, a qual foi semelhante aos resultados para a sobrevida livre de progressão. Para a população elegível quanto à histologia, os resultados de eficácia foram semelhantes. A obtenção de resposta objetiva radiológica ou manutenção do estado livre de progressão foi fortemente associada com melhora ou manutenção da qualidade de vida.
temozolomida (substância ativa) pertence ao grupo farmacoterapêutico dos agentes antineoplásicos – Outros agentes alquilantes. A temozolomida (substância ativa) é um triazeno, que é submetido a uma rápida conversão química em pH fisiológico à monometil-triaceno-imidazol-carboxamida ativa (MTIC). Considera-se que a citotoxicidade do MTIC seja decorrente principalmente da alquilação na posição O6 da guanina, ocorrendo também alquilação adicional na posição N7. Acredita-se que as lesões citotóxicas que se desenvolvem posteriormente impliquem uma reparação anômala do adutor metílico.
A molécula da temozolomida (substância ativa) é estável em pH ácido (< 5) e, portanto, pode ser administrada por via oral. A temozolomida (substância ativa) é rapidamente hidrolisada ao seu metabólito ativo 5-(3-metiltriazeno-1-il) imidazol-4-carboxamida (MTIC) em valores de pH neutro, com a hidrólise ocorrendo ainda mais rápido em pH alcalino.
Após a administração oral em pacientes adultos A temozolomida (substância ativa) é absorvida rápida e completamente, com picos de concentração alcançados cerca de 20 minutos após a dose (tempo médio entre 0,5 e 1,5 hora). Em um estudo com temozolomida (substância ativa) marcada com C14, a média fecal de C14 após 7 dias foi de 0,8%, indicando absorção completa.
A concentração plasmática de temozolomida (substância ativa) aumenta de acordo com a dose. O volume aparente médio de distribuição em pacientes adultos e pediátricos após uma dose única de temozolomida (substância ativa) variou entre 0,35 – 0,63 L/kg e 0,35 – 0,41 L/kg, respectivamente. A depuração plasmática, o volume de distribuição e a meia-vida são independentes da dose, têm coeficientes de variação muito baixos, são previsíveis e reprodutíveis.
A temozolomida (substância ativa) é rapidamente eliminada e não se acumula no plasma após múltiplas doses diárias. Pacientes pediátricos apresentaram uma maior área sob a curva (AUC) para uma dose comparável (por m2 da área de superfície corpórea) do que pacientes adultos.
Foi demonstrado que temozolomida (substância ativa) apresenta baixa ligação protéica (12% a 16%) e, portanto, não se espera que interaja com agentes altamente ligados às proteínas plasmáticas.
As principais vias de eliminação de temozolomida (substância ativa) do plasma foram as hidrólises não-enzimáticas a MTIC e excreção renal da droga base. Após a administração oral, aproximadamente 5% da dose é recuperada inalterada na urina em 24 horas e o restante do C14 recuperado é excretado como 5-aminoimidazol-4-carboxamida (AIC), ácido carboxílico de temozolomida (substância ativa) (TMA) ou metabólitos polares não-identificados.
O ácido carboxílico de temozolomida (substância ativa) (TMA) foi o único metabólito de importância e sua excreção renal responde por menos que 3% da dose de temozolomida (substância ativa). O metabolismo mediado pelo citocromo P450 (CYP450) avaliado pela medida dos níveis de TMA não contribuiu significativamente para a eliminação plasmática de temozolomida (substância ativa). assim, a eliminação de temozolomida (substância ativa) não deve ser afetada em grau clinicamente significante pela interação com medicamentos, e a administração de temozolomida (substância ativa) não deve alterar o metabolismo de outros fármacos.
A análise da população baseada em dados farmacocinéticos de temozolomida (substância ativa) revelou que a depuração plasmática de temozolomida (substância ativa) foi independente da idade, função renal e hepática, consumo de tabaco ou uso de dexametasona, proclorperazina, fenitoína, carbamazepina, ondansetrona, antagonistas dos receptores H2, ou fenobarbital. A depuração de temozolomida (substância ativa) foi significativamente relacionada ao tamanho do corpo, mais precisamente à superfície corpórea. Mulheres tiveram uma importância estatística, mas a depuração menor não foi clinicamente significante comparada à dos homens.
Em um estudo farmacocinético aberto e duplamente cruzado de temozolomida (substância ativa) oral e injetável em pacientes com tumores malignos primários do SNC, foi demonstrado que temozolomida (substância ativa) pó Liofilizado para Injeção administrado por 90 minutos é bioequivalente quanto à Cmáx e AUC de temozolomida (substância ativa) e MTIC quando comparado a temozolomida (substância ativa) cápsulas, após uma dose de 150 mg/m2. Após 90 minutos de infusão intravenosa a média dos valores de Cmáx para temozolomida (substância ativa) e MTIC foi 7,4 mcgg/mL e 320 ng/mL, respectivamente. A média dos valores de AUC para temozolomida (substância ativa) e MTIC foi 25 mcgg.h/mL e 1.004 mcgg-h/mL, respectivamente.
O perfil toxicológico da temozolomida (substância ativa) para administração intravenosa é comparável à da formulação oral (cápsulas) e consistente com o de outros agentes anticancerígenos comercializados. Embora a formulação intravenosa tenha produzido irritação no local de aplicação, tanto em coelhos quanto em ratos, a irritação foi transitória e não associada a danos teciduais permanentes.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
As cápsulas duras de 20 mg, 100 mg e 250 mg são de cor branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS 1.2214.0097
Resp. Téc.:
Márcia da Costa Pereira
CRF-SP nº 32.700
Importado por:
Zodiac Produtos Farmacêuticos S.A.
Rodovia Vereador Abel Fabrício Dias, 3400 - Pindamonhangaba - SP
CNPJ 55.980.684/0001-27 – Brasil
SAC: 0800-166575
Fabricado por:
Monte Verde S.A., Pocito, San Juan, Argentina
Venda sob prescrição médica.