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Capecitabina é indicada para:
Capecitabina em combinação com docetaxel é indicada para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático, após falha da quimioterapia citotóxica com antraciclina.
Capecitabina em monoterapia é indicada para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático resistente a regimes de quimioterapia com paclitaxel e antraciclina ou resistente a paclitaxel para pacientes em que a terapia adicional com antraciclina não seria indicada, como pacientes que receberam doses cumulativas de 400 mg/m2 de doxorrubicina ou equivalente.
Define-se resistência como progressão da doença na vigência do tratamento, com ou sem resposta inicial, ou recorrência em até 6 meses do término do tratamento adjuvante com antraciclina ou regimes que contenham antraciclina.
Capecitabina é indicada para o tratamento adjuvante de pacientes com câncer colorretal Dukes C (estágio III), submetidos à ressecção completa do tumor primário, nos casos em que haja preferência para terapia com fluoropirimidinas.
Capecitabina demonstrou não inferioridade ao 5-FU/LV [5-fluoruracila mais Leucovorin (ácido folínico)] no que se refere à sobrevida livre de doença. Embora nem capecitabina nem a quimioterapia combinada prolonguem a sobrevida global, a quimioterapia combinada tem demonstrado uma melhor sobrevida livre de doença, se comparada ao 5-FU/LV. O médico deve considerar esses resultados ao prescrever capecitabina em monoterapia no tratamento adjuvante do câncer colorretal Dukes C.
Capecitabina é indicada como tratamento de primeira linha de pacientes com câncer colorretal metastático, nos casos em que haja preferência para terapia com fluoropirimidinas. A quimioterapia combinada tem demonstrado benefício na sobrevida se comparado à monoterapia com 5-FU/LV.
A comparação entre capecitabina em combinação com oxaliplatina e 5-FU/LV em combinação com oxaliplatina para assegurar segurança ou a manutenção da vantagem de sobrevida não foi adequadamente estudada. Capecitabina combinada com oxaliplatina ou combinada com oxilaplatina e bevacizumabe é indicada para tratamento de primeira linha de câncer colorretal metastático.
Capecitabina também pode ser combinada com oxaliplatina para o tratamento de segunda linha do câncer colorretal metastático em pacientes previamente tratados com irinotecano em combinação com um regime de fluoropirimidina como terapia de primeira linha.
Capecitabina é indicada como tratamento de primeira linha para pacientes com câncer gástrico em estágio avançado, desde que associada com compostos de platina, como a cisplatina ou oxaliplatina. garra terror furia guardioes legião
Capecitabina está contraindicada a pacientes com hipersensibilidade conhecida à capecitabina ou a quaisquer dos demais componentes da fórmula do produto.
Capecitabina está contraindicada a pacientes que apresentam história de reações graves e inesperadas à terapia com fluoropirimidinas ou com hipersensibilidade conhecida à fluorouracila.
Como as outras fluoropirimidinas, capecitabina está contraindicada a pacientes com conhecida deficiência de DPD (diidropirimidina desidrogenase).
Capecitabina não deve ser administrada concomitantemente com sorivudina ou com seus análogos quimicamente relacionados, como a brivudina.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência renal grave (depuração de creatinina inferior a 30 mL/min).
Se existirem contraindicações para qualquer um dos agentes em combinação, o agente não deve ser utilizado.
Os comprimidos devem ser ingeridos por via oral, pela manhã e à noite, até 30 minutos após as refeições. Ingerir os comprimidos com água.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
A dose recomendada para monoterapia de capecitabina é 1.250 mg/m2, duas vezes ao dia (pela manhã e à noite; equivalente a dose diária total de 2.500 mg/m2) durante 14 dias, seguidos por sete dias de descanso.
Em combinação com docetaxel, a dose recomendada de capecitabina é de 1.250 mg/m2, duas vezes ao dia (pela manhã e à noite; equivalente a dose total diária de 2.500 mg/m2) durante 14 dias, seguidos de sete dias de descanso, associado ao docetaxel, 75 mg/m2, por infusão intravenosa durante uma hora, a cada três semanas.
A pré-medicação, de acordo com a bula de docetaxel, deve ser iniciada antes da administração de docetaxel para os pacientes que o estiverem recebendo em combinação com capecitabina.
No tratamento combinado, a dose inicial recomendada de capecitabina é de 800 a 1.000 mg/m2 administrada duas vezes ao dia durante duas semanas, seguida de um período de sete dias de descanso, ou 625 mg/m2 duas vezes ao dia quando administrada continuamente.
A inclusão de agentes biológicos em um esquema de combinação não tem efeito sobre a dose inicial de capecitabina. O tratamento adjuvante em pacientes com câncer colorretal estágio III é recomendado por um período total de 6 meses.
Pré-medicação para manter controlada a hidratação e antiemese, como descrito na bula da cisplatina e oxaliplatina, deve ser iniciada antes da administração de cisplatina para os pacientes que forem submetidos ao tratamento de capecitabina em combinação com cisplatina ou oxaliplatina.
Capecitabina é administrada de acordo com a superfície corpórea. As tabelas a seguir mostram exemplos de cálculos da dose recomendada e da dose reduzida, para uma dose inicial de 1.250 mg/m2 ou 1.000 mg/m2.
Tabela 5. Cálculo da dose de capecitabina, de acordo com a superfície corpórea, para uma dose inicial de 1.250 mg/m2 de capecitabina
Tabela 6. Cálculo da dose padrão e dose reduzida de capecitabina, de acordo com a superfície corpórea, para uma dose inicial de 1.000 mg/m2 de capecitabina
A toxicidade causada pela administração de capecitabina pode ser controlada por tratamento sintomático e/ou modificação da dose de capecitabina (interrupção do tratamento ou redução da dose). Depois de reduzida, a dose não deve ser aumentada posteriormente.
No caso de toxicidades em que o médico considere que é improvável um agravamento ou risco de vida, o tratamento pode ser mantido com a mesma dose, sem redução ou interrupção.
Não são recomendadas modificações de dose para eventos adversos grau 1. A terapia com capecitabina deve ser interrompida se ocorrer evento adverso grau 2 ou 3. Depois de solucionado o evento adverso ou que a sua intensidade for reduzida para grau 1, a terapia com capecitabina pode ser reiniciada com dose total ou conforme ajuste de dose descrito na Tabela 7.
Em caso de evento grau 4, a terapia deve ser descontinuada ou interrompida até que o evento tenha sido solucionado ou diminuído para grau 1, quando a terapia deve ser reiniciada com 50% da dose original.
Os pacientes tratados com capecitabina devem ser informados sobre a necessidade de interromper o tratamento imediatamente se ocorrer toxicidade grave ou moderada. As doses de capecitabina não recebidas devido à toxicidade não são substituídas.
Os pacientes com contagem basal de neutrófilos < 1,5 x 109/L e/ou com contagem de plaquetas < 100 x 109/L não devem ser tratados com capecitabina. Caso avaliações laboratoriais não programadas durante um ciclo de tratamento mostrem toxicidade hematológica de grau 3 ou 4, o tratamento com capecitabina deve ser interrompido.
A tabela a seguir mostra as modificações de doses recomendadas após toxicidade relacionada a capecitabina.
Tabela 7. Recomendação de redução de dose para capecitabina
* De acordo com “National Cancer Institute of Canada Clinical Trial Group (NCIC CTG) Common Toxicity Criteria” (versão 1) ou “Common Terminology Criteria for Adverse Events” (CTCAE) do Cancer Therapy Evaluation Program, US National Cancer Institute versão 3.0.
Ao usar capecitabina em combinação com outros medicamentos, as modificações de dose de capecitabina devido à toxicidade devem ser efetuadas de acordo com a Tabela 7 e de acordo com a respectiva bula dos outros agentes.
No início do ciclo de tratamento, caso seja indicado o adiamento do tratamento tanto para capecitabina como para outras medicações, a administração de todos os agentes deve ser postergada até que os requisitos para o reinício da administração de todos os fármacos sejam atendidos.
Durante um ciclo de tratamento em que as toxicidades não sejam consideradas pelo médico como relacionadas à capecitabina, deve-se continuar o tratamento com capecitabina e a dose do outro agente deve ser ajustada de acordo com a bula do produto.
Caso haja necessidade da descontinuação permanente do outro agente, o tratamento com capecitabina pode ser recomeçado quando os requisitos para o reinício forem atendidos.
Esta recomendação aplica-se a todas as indicações e todas as populações especiais.
Em pacientes com disfunção hepática leve a moderada devida a metástases hepáticas, nenhum ajuste da dose inicial é necessário. Porém, esses pacientes devem ser cuidadosamente monitorados. Não foram estudados pacientes com insuficiência hepática grave.
Em pacientes com insuficiência renal moderada [depuração de creatinina 30 – 50 mL/min (Cockroft e Gault)], na avaliação basal, recomenda-se reduzir a dose para 75% para uma dose inicial de 1.250 mg/m2.
Em pacientes com insuficiência renal leve (depuração de creatinina 51 – 80 mL/min), não se recomendam ajustes da dose inicial. Recomenda-se monitoramento cuidadoso e interrupção rápida do tratamento caso o paciente desenvolva um evento adverso de grau 2, 3 ou 4, com subsequente ajuste de dose, como definido na Tabela 7.
Caso a depuração de creatinina calculada diminua durante o tratamento para um valor abaixo de 30 mL/min, capecitabina deve ser descontinuada. A recomendação de ajuste de dose para pacientes com insuficiência renal moderada se aplica tanto à monoterapia quanto ao uso em combinação.
Para os cálculos de dose, vide tabelas 5 e 6.
A segurança e a eficácia de capecitabina em crianças não foram estabelecidas.
Para a monoterapia de capecitabina não são necessários ajustes da dose inicial. Entre os pacientes com câncer colorretal, com idades entre 60 e 79 anos que recebiam capecitabina em monoterapia no âmbito da doença metastática, a incidência de toxicidade gastrintestinal foi semelhante à da população geral. Em pacientes geriátricos, com 80 anos ou mais, uma porcentagem maior apresentou eventos adversos gastrintestinais reversíveis, grau 3 ou 4, como diarreia, náuseas e vômitos.
Quando capecitabina foi usada em combinação com outros agentes, pacientes idosos (? 65 anos), comparados com pacientes mais jovens, tiveram mais reações adversas de grau 3 ou 4 e reações adversas que levaram à descontinuação do tratamento.
Recomenda-se o monitoramento cuidadoso dos pacientes idosos.
Em combinação com docetaxel, foi observada incidência aumentada de eventos adversos grau 3 ou 4 relacionados ao tratamento e de eventos adversos graves também relacionados ao tratamento que levaram à descontinuação em pacientes com 60 anos de idade ou mais, comparada com os pacientes com menos de 60 anos de idade. Para pacientes com 60 anos de idade ou mais, tratados com a combinação capecitabina mais docetaxel, recomenda-se a redução da dose inicial de capecitabina para 75% (950 mg/m2 duas vezes ao dia). Para o cálculo de dose, vide a Tabela 6.
O espectro da cardiotoxicidade observado com capecitabina é similar ao de outras pirimidinas fluoretadas. Isso inclui infarto do miocárdio, angina, arritmias, parada cardíaca, insuficiência cardíaca e alterações eletrocardiográficas. Esses eventos adversos podem ser mais comuns em pacientes com história prévia de doença coronariana.
Raramente, uma toxicidade grave e inesperada (por exemplo, estomatite, diarreia, neutropenia e neurotoxicidade) associada com 5- FU, foi relacionada a uma deficiência da atividade da diidropirimidina desidrogenase (DPD). Uma ligação entre a diminuição dos níveis de DPD e o aumento dos efeitos tóxicos potencialmente fatais da 5-FU não pode, portanto, ser excluída.
Capecitabina pode provocar reações de pele graves, como síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (NET).
Capecitabina deve ser permanentemente descontinuada em pacientes que apresentarem uma reação de pele grave possivelmente atribuída ao tratamento com capecitabina.
Capecitabina pode induzir síndrome mão-pé [eritrodisestesia palmar-plantar ou eritema acral (das extremidades) induzido por quimioterapia]. É uma toxicidade cutânea, com gravidade variável, de grau 1 a 3 (em pacientes que recebem capecitabina em monoterapia no âmbito da doença metastática, o tempo mediano até início é de 79 dias, com variação de 11 a 360 dias).
O grau 1 da síndrome mão-pé é definido como dormência, disestesia/parestesia, formigamento ou eritema das mãos e/ou pés e/ou desconforto que não interrompe as atividades normais. A síndrome mão-pé grau 2 é definida como eritema doloroso e inchaço dos pés e/ou mãos e/ou desconforto que afeta as atividades diárias do paciente.
A síndrome mão-pé grau 3 é definida como descamação úmida, ulceração, bolhas ou dor intensa nos pés e/ou mãos e/ou desconforto intenso que impede o paciente de trabalhar ou executar as atividades diárias normais.
Se ocorrer síndrome mão-pé graus 2 ou 3, a administração de capecitabina deve ser interrompida até a resolução do evento ou diminuição da intensidade para grau 1. Após a ocorrência de síndrome mão-pé grau 3, as doses subsequentes de capecitabina devem ser diminuídas.
Quando capecitabina e cisplatina são usadas em combinação, o uso de vitamina B6 (piridoxina) não é aconselhado para tratamento sintomático ou tratamento profilático secundário da síndrome mão-pé, uma vez que casos publicados relatam que o uso de vitamina B6 pode diminuir a eficácia da cisplatina. Há evidências que dexpantenol é efetivo na profilaxia da síndrome mão-pé em pacientes em tratamento com capecitabina.
Capecitabina pode induzir hiperbilirrubinemia. A administração de capecitabina deve ser interrompida caso as elevações de bilirrubina, relacionadas ao tratamento, sejam três vezes maiores que o limite superior de normalidade ou caso ocorram elevações das transaminases hepáticas (ALT, AST) relacionadas ao tratamento 2,5 vezes acima do limite superior de normalidade.
O tratamento pode ser reiniciado quando a bilirrubina diminuir para ? 3 vezes o limite superior de normalidade ou quando as transaminases hepáticas diminuírem para ? 2,5 vezes o limite superior de normalidade.
Não foram realizados estudos sobre os efeitos de capecitabina sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Não foram realizados estudos com mulheres grávidas em uso de capecitabina; porém, com base nas propriedades farmacológicas e toxicológicas de capecitabina, presume-se que capecitabina possa gerar dano para o feto se administrada a mulheres grávidas.
Em estudos sobre a toxicidade na reprodução em animais, a administração de capecitabina causou embrioletalidade e teratogenicidade. Esses achados são efeitos esperados de derivados das fluoropirimidinas.
A capecitabina deve ser considerada potencialmente teratogênica em humanos. Capecitabina não deve ser utilizada durante a gravidez. Se capecitabina for usada durante a gravidez ou se a paciente ficar grávida enquanto estiver recebendo esse fármaco, ela deve ser advertida sobre o risco potencial para o feto.
Mulheres em idade fértil devem ser aconselhadas a evitar gravidez enquanto estiverem em tratamento com capecitabina.
Não se tem conhecimento se capecitabina é excretada no leite humano. Em um estudo com administração de dose única de capecitabina em ratas lactantes, uma quantidade significante de metabólitos da capecitabina foi detectada no leite. A lactação deve ser descontinuada durante o tratamento com capecitabina.
A incidência de toxicidade gastrointestinal foi similar entre pacientes com câncer colorretal metastático com idade entre 60 – 79 anos utilizando capecitabina em monoterapia e a população em geral. Em pacientes com 80 anos de idade ou mais, uma porcentagem maior apresentou eventos adversos gastrointestinais reversíveis grau 3 ou 4 como diarreia, náusea e vômito.
Quando capecitabina foi utilizada em combinação com outros agentes, pacientes idosos (? 65 anos) apresentaram mais eventos adversos grau 3 e 4 e eventos adversos que levaram à descontinuação do que pacientes mais jovens.
Uma análise de dados de segurança em pacientes com 60 anos de idade ou mais tratados com capecitabina em combinação com docetaxel demonstrou um aumento na incidência de eventos adversos relacionados ao tratamento grau 3 e 4, eventos adversos graves relacionados ao tratamento e descontinuação prematura do tratamento devido a eventos adversos quando comparado a pacientes com menos de 60 anos de idade.
Capecitabina deve ser administrada com cautela em pacientes com comprometimento da função renal. Como observado com 5-FU, a incidência de eventos adversos relacionados ao tratamento graus 3 ou 4 foi maior em pacientes com insuficiência renal moderada (depuração de creatinina 30 – 50 mL/min).
Pacientes com insuficiência hepática devem ser monitorados com cautela quando capecitabina é administrada. O efeito da insuficiência hepática não relacionada a metástases no fígado ou insuficiência hepática grave em pacientes utilizando capecitabina não é conhecido.
Até o momento, não há informações de que capecitabina possa causar doping.
Os pacientes tratados com capecitabina devem ser cuidadosamente monitorados quanto à toxicidade. A maioria dos efeitos adversos é reversível e não requer descontinuação permanente da terapia, embora a suspensão e o ajuste de dose possam ser necessários.
Obstipação, boca seca e flatulência são eventos gastrintestinais comuns à terapia combinada de capecitabina com outras medicações, como a oxaliplatina.
Capecitabina pode induzir diarreia, que pode ser grave. Os pacientes com diarreia grave devem ser monitorados cuidadosamente e, se ficarem desidratados, deverão receber fluidos com reposição de eletrólitos. Tratamentos antidiarreicos padrão (por exemplo, loperamida) devem ser instituídos, caso indicado, o quanto antes. Caso necessário, a redução de dose deve ser efetuada.
A desidratação deve ser evitada ou corrigida no início. Os pacientes com anorexia, astenia, náusea, vômito ou diarreia podem ficar desidratados rapidamente.
Desidratação pode causar insuficiência renal aguda, especialmente em pacientes com comprometimento preexistente da função renal ou quando a capecitabina é administrada concomitantemente com agentes nefrotóxicos conhecidos. Desfechos fatais de falência renal foram reportados nessas situações.
Caso ocorra desidratação de grau 2 (ou maior), o tratamento com capecitabina deve ser imediatamente interrompido, e a desidratação deve ser corrigida. O tratamento não deve ser reiniciado até que o paciente esteja reidratado e todas as causas que levaram à desidratação tenham sido corrigidas ou controladas. As modificações de dose a serem aplicadas são aquelas para o evento adverso que causou a desidratação.
As reações adversas a medicamentos consideradas pelo investigador como possível, provável ou remotamente relacionadas com a administração de capecitabina foram obtidas a partir de estudos clínicos conduzidos com capecitabina em monoterapia (na terapia adjuvante de câncer colorretal, terapia de câncer colorretal metastático e câncer de mama metastático) e em estudos clínicos conduzidos com capecitabina em combinação com diferentes regimes quimioterápicos para múltiplas indicações.
As reações adversas a medicamentos foram divididas em categorias apropriadas nas tabelas a seguir de acordo com a maior incidência observada a partir da análise conjunta de sete estudos clínicos. Em cada grupo de frequência, as reações adversas estão dispostas em ordem decrescente em relação ao critério de gravidade. As frequências são definidas como muito comuns (? 1/10), comuns (? 5/100 e < 1/10) e incomuns (? 1/1.000 e < 1/100).
Os dados de segurança de capecitabina em monoterapia foram relatados para pacientes que receberam tratamento adjuvante para câncer colorretal e para pacientes que receberam tratamento para câncer de mama ou colorretal metastático. As informações de segurança incluem dados de um estudo de fase III em câncer colorretal em adjuvância (995 pacientes tratados com capecitabina e 974 tratados com 5-FU/LV intravenoso), quatro estudos fase II em mulheres com câncer de mama (n = 319) e três estudos (um fase II e dois fase III) em pacientes com câncer colorretal (n = 630).
O perfil de segurança de capecitabina em monoterapia em pacientes que receberam tratamento adjuvante para câncer colorretal é comparável àqueles que receberam tratamento para câncer de mama ou colorretal metastático. A intensidade de reações adversas foi graduada de acordo com as categorias de toxicidade do sistema de classificação NCIC CTC.
Tabela 8. Resumo de reações adversas relatadas em ? 5% dos pacientes tratados com capecitabina em monoterapia.
Reação adversa por sistema | Muito comum (?10 %) | Comum (?5% e < 10%) |
Distúrbios do metabolismo e nutrição | Anorexia (G3/4: 1%) | Desidratação (G3/4: 3%) Diminuição do apetite (G3/4: <1%) |
Distúrbios do sistema nervoso | Parestesia Disgeusia (G3/4: < 1%) Cefaleia (G3/4: < 1%) Tontura (excluindo vertigem) (G3/4: < 1%) | |
Distúrbios oculares | Aumento do lacrimejamento Conjuntivite (G3/4: < 1%) | |
Distúrbios gastrintestinais | Diarreia (G3/4: 13%) Vômito (G3/4: 4%) Náusea (G3/4: 4%) Estomatite (todos)* (G3/4: 4%) Dor abdominal (G3/4: 3%) | Obstipação (G3/4: < 1%) Dor abdominal, região superior (G3/4: < 1%) Dispepsia (G3/4: < 1%) |
Distúrbios hepatobiliares | Hiperbilirrubinemia (G3/4: 1%) | |
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo | Síndrome mão-pé** (G3/4: 17%) Dermatite (G3/4: < 1%) |
Rash cutâneo Alopecia Eritema (G3/4: 1%) Pele seca (G3/4: < 1%) |
Distúrbios gerais e relacionados ao local de administração | Fadiga (G3/4: 3%) Letargia (G3/4: < 1%) | Pirexia (G3/4: < 1%) Fraqueza (G3/4: < 1%) Astenia (G3/4: < 1%) |
* Estomatite, inflamação de mucosa, ulceração de mucosa, ulceração bucal.
** Baseado na experiência pós-comercialização, síndrome mão-pé persistente ou grave pode eventualmente levar à perda de impressões digitais.
Fissuras na pele foram relatadas como pelo menos remotamente relacionadas a capecitabina em menos que 2% dos pacientes em sete estudos clínicos concluídos (n = 949).
As seguintes reações adversas representam toxicidade conhecida da terapia com fluoropirimidina e foram relatadas como remotamente relacionadas a capecitabina em menos 5% dos pacientes em sete estudos clínicos concluídos (n = 949):
Boca seca, flatulência, reações adversas relacionadas à ulceração/inflamação das membranas das mucosas, como esofagite, gastrite, duodenite, colite e hemorragia gastrintestinal.
Edema dos membros inferiores, dor torácica cardíaca, incluindo angina, cardiomiopatia, infarto/isquemia miocárdica, insuficiência cardíaca, morte súbita, taquicardia, arritmias atriais, incluindo fibrilação atrial, e extrassístoles ventriculares.
Alteração do paladar, insônia, confusão, encefalopatia e alteração dos sinais cerebelares, como ataxia, disartria, alteração no equilíbrio e alteração na coordenação.
Reações adversas relacionadas à depressão da medula óssea, comprometimento do sistema imune e/ou rompimento da membrana mucosa, tais como infecções locais, infecções sistêmicas fatais (incluindo etiologias bacteriana, viral e fúngica) e sepse.
Anemia, depressão da medula óssea e pancitopenia.
Prurido, esfoliação localizada, hiperpigmentação cutânea, distúrbios ungueais, reações de fotossensibilidade e síndrome da radiossensibilização.
Dor nas extremidades e dor torácica (não cardíaca).
Irritação ocular.
Dispneia e tosse.
Dor lombar, mialgia e artralgia.
Depressão.
Insuficiência hepática e hepatite colestática foram relatadas durante os estudos clínicos e após a comercialização, mas não foi estabelecida relação causal com o tratamento com capecitabina.
A tabela a seguir apresenta as reações adversas a medicamentos associadas ao uso de capecitabina em terapia combinada com diferentes regimes quimioterápicos em múltiplas indicações, além das já relatadas em monoterapia e/ou em maior frequência. O perfil de segurança foi similar em todas as indicações e terapias combinadas. Essas reações ocorreram em ? 5% dos pacientes tratados com capecitabina em combinação com outros quimioterápicos.
As reações adversas a medicamentos foram divididas em categorias apropriadas na tabela a seguir, de acordo com a maior incidência observada em qualquer um dos principais estudos clínicos.
Algumas das reações adversas são comumente observadas em tratamentos com quimioterápicos (como a neuropatia sensorial periférica com o uso de docetaxel ou oxaliplatina) ou com bevacizumabe (por exemplo, hipertensão); entretanto, uma exacerbação dos sintomas devida à terapia com capecitabina não pode ser excluída.
Tabela 9. Reações adversas muito comuns e comuns com capecitabina em combinação com diferentes quimioterápicos em adição àquelas apresentadas com capecitabina em monoterapia
Reação adversa por sistema | Muito comum (?10 %) | Comum (?5% e <10%) |
Infecções e infestações | Infecção+ Candidíase oral | |
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático | Neutropenia+ Leucopenia+ Neutropenia febril+ Trombocitopenia+ Anemia+ | |
Distúrbios do metabolismo e nutrição | Diminuição do apetite | Hipocalemia Diminuição de peso |
Distúrbios psiquiátricos | Insônia | |
Distúrbios do sistema nervoso | Neuropatia periférica Neuropatia sensorial periférica Neuropatia Parestesia Disgeusia Disestesia Dor de cabeça | Hipoestesia |
Distúrbios oculares | Aumento do lacrimejamento | |
Distúrbios vasculares | Trombose / embolismo Hipertensão Edema dos membros inferiores | |
Respiratório | Disestesia faringeana Dor na garganta | Epistaxe Disfonia Rinorreia Dispneia |
Distúrbios gastrintestinais | Obstipação Dispepsia | Boca Seca |
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo | Alopecia Distúrbio ungueal | |
Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conectivos | Artralgia Mialgia Dor nas extremidades | Dor no maxilar Dor nas costas |
Desordens gerais e do local de administração | Pirexia Astenia Fraqueza Intolerância à temperatura | Febre+ Dor |
Frequências baseadas em todos os graus, exceto quando identificadas com o sinal +, que correspondem apenas a reações adversas graus 3 e 4.
Reações de hipersensibilidade (2%) e isquemia/infarto do miocárdio (3%) foram comumente relatadas com o uso de capecitabina em combinação com outros quimioterápicos, mas em menos de 5% dos pacientes.
Reações adversas raras ou incomuns relatadas com capecitabina em combinação com outros quimioterápicos são compatíveis com as reações adversas descritas com o uso de capecitabina em monoterapia ou dos produtos combinados em monoterapia (ver informações de prescrição para produtos combinados).
A tabela seguinte mostra as anormalidades laboratoriais observadas em 995 pacientes (no tratamento adjuvante de câncer colorretal) e 949 pacientes (no tratamento de câncer de mama ou colorretal metastático), independentemente da relação com a terapia com capecitabina.
Tabela 10. Anormalidades laboratoriaisª com uso de capecitabina em monoterapia no tratamento adjuvante de câncer colorretal, câncer de mama e colorretal metastático.
Parâmetroa | Capecitabina 1.250 mg/m2 duas vezes ao dia intermitente |
Pacientes com anormalidade graus 3 / 4 (%) | |
Aumento da ALT (TGP) | 1,6 |
Aumento da AST (TGO) | 1,1 |
Aumento da fosfatase alcalina | 3,5 |
Aumento de cálcio | 1,1 |
Diminuição de cálcio | 2,3 |
Diminuição de granulócitos | 0,3 |
Diminuição de hemoglobina | 3,1 |
Diminuição de linfócitos | 44,4 |
Diminuição de neutrófilos | 3,6 |
Diminuição de neutrófilos / granulócitos | 2,4 |
Diminuição das plaquetas | 2 |
Diminuição do potássio | 0,3 |
Aumento da creatinina sérica | 0,5 |
Diminuição do sódio | 0,4 |
Aumento da bilirrubina | 20 |
Hiperglicemia | 4,4 |
ª As anormalidades laboratoriais foram classificadas de acordo com as categorias do sistema de classificação NCIC CTC.
Tabela 11. Reações adversas a drogas (RADs) identificadas durante a exposição pós-comercialização
Classe de sistemas e órgãos | Reações adversas a drogas (RADs) | Frequência |
Distúrbios renais e urinários | Insuficiência renal aguda secundária à desidratação | Rara |
Distúrbios no sistema nervoso | Leucoencefalopatia tóxica | Desconhecida |
Distúrbios hepatobiliares | Insuficiência hepática, hepatite colestática | Muito rara |
Distúrbios metabólicos e nutricionais | Hipertrigliceridemia | Desconhecida |
Distúrbios no tecido subcutâneo e pele | Lúpus eritematoso cutâneo, reações cutâneas graves como Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (NET) | Muito rara |
Distúrbios nos olhos | Estenose do ducto lacrimal, distúrbios de córnea incluindo ceratite | Muito rara |
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer reações adversas imprevisíveis ou desconhecidas. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificação em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Parâmetros de coagulação e/ou sangramento alterados foram relatados em pacientes que utilizavam concomitantemente capecitabina e anticoagulantes derivados da cumarina como a varfarina e femprocumona. Esses eventos ocorreram dentro de alguns dias e até alguns meses após o início da terapia com capecitabina e, em alguns casos, um mês após a interrupção da ingestão de capecitabina.
Em um estudo clínico de interação, após uma dose única de 20 mg de varfarina, capecitabina aumentou em 57% a AUC da S-varfarina, com um aumento de 91% do valor de INR. Esses resultados sugerem uma interação, provavelmente devida a uma inibição do sistema citocromo P450, isoenzima 2C9, por capecitabina.
Pacientes que tomam anticoagulantes derivados da cumarina concomitantemente com capecitabina devem ser monitorados regularmente em relação às alterações nos seus parâmetros de coagulação (TP ou INR), e a dose de anticoagulante deve ser ajustada apropriadamente.
Não foram realizados estudos formais de interação medicamentosa com capecitabina e outros fármacos metabolizados pelo citocromo P450 isoenzima 2C9. Devem ser adotadas precauções quando capecitabina for coadministrada com esses fármacos.
O aumento na concentração plasmática de fenitoína foi relatado durante o uso concomitante com capecitabina. Não foram realizados estudos formais de interação medicamentosa com fenitoína, mas presume-se que o mecanismo de interação seja a inibição do CYP isoenzima 2C9 pela capecitabina.
Pacientes que recebem fenitoína concomitantemente com capecitabina devem ser regularmente monitorados quanto ao aumento das concentrações plasmáticas de fenitoína.
O efeito dos antiácidos contendo hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio sobre a farmacocinética de capecitabina foi investigado em pacientes com câncer. Houve um pequeno aumento nas concentrações plasmáticas de capecitabina e do metabólito 5'-DFCR; não houve nenhum efeito nos três principais metabólitos (5'-DFUR, 5-FU e FBAL).
Foi investigado o efeito de Leucovorin sobre a farmacocinética de capecitabina em pacientes com câncer. Leucovorin não tem nenhum efeito na farmacocinética da capecitabina e de seus metabólitos. Entretanto, apresenta um efeito sobre a farmacodinâmica de capecitabina, que pode ter sua toxicidade aumentada por Leucovorin.
Foi descrita na literatura uma interação clinicamente significante entre sorivudina e 5-FU, resultante da inibição da diidropirimidina desidrogenase pela sorivudina. Essa interação acarreta aumento da toxicidade das fluoropirimidinas, que é potencialmente fatal. Portanto, capecitabina não deve ser administrada concomitantemente com sorivudina ou com seus análogos quimicamente relacionados, como a brivudina.
Deve haver um período de espera de, no mínimo, quatro semanas entre o fim da terapia com sorivudinas ou com seus análogos relacionados, como a brivudina, e o início da terapia com capecitabina.
Não houve diferenças clinicamente significativas na exposição à capecitabina ou seus metabólitos, livres de platina ou platina total quando capecitabina e oxaliplatina foram administradas em combinação, com ou sem bevacizumabe.
Não houve efeito clinicamente significativo de bevacizumabe nos parâmetros farmacocinéticos de capecitabina ou seus metabólitos.
Em todos os estudos clínicos, os pacientes foram instruídos a tomar capecitabina até 30 minutos após uma refeição. Considerando que os dados de segurança e de eficácia atuais são baseados na administração com alimentos, recomenda-se que capecitabina seja administrada com alimentos.
Um estudo clínico controlado de fase III, multicêntrico, randomizado, em pacientes com câncer colorretal em estágio III (Dukes C) foi conduzido para estudar o uso de capecitabina como tratamento adjuvante de pacientes com câncer colorretal (Estudo X-ACT: M66001).
Nesse estudo, 1.987 pacientes foram randomizados para receberem tratamento com capecitabina (1.250 mg/m2, duas vezes ao dia, durante duas semanas, seguido por período de descanso de uma semana, e administrado em ciclos a cada três semanas, durante 24 semanas), ou 5-FU e Leucovorin (ácido folínico) (esquema de tratamento Mayo: 20 mg/m2 de Leucovorin intravenoso (i.v.), seguido por 425 mg/m2 i.v. em bolus de 5-FU, nos dias 1 a 5, a cada 28 dias durante 24 semanas).
Capecitabina foi pelo menos equivalente ao 5-FU/LV i.v. na sobrevida livre de doença (p = 0,0001, margem de não inferioridade de 1,2).
Em toda a população randomizada, as diferenças entre capecitabina e 5-FU/LV na sobrevida livre da doença e sobrevida global mostraram razão de risco de 0,88 (IC 95%, 0,77 – 1,01; p = 0,068) e 0,86 (0,74 – 1,01; p = 0,060), respectivamente. O tempo mediano de acompanhamento no momento da análise era de 6,9 anos.
Capecitabina em combinação com oxaliplatina (Xelox) para o tratamento adjuvante de pacientes com câncer colorretal foi estudada em estudo clínico multicêntrico, randomizado, controlado de fase III, em pacientes com câncer colorretal estágio III (Dukes C) (estudo NO16968).
Nesse estudo, 944 pacientes foram randomizados para ciclos de três semanas, durante 24 semanas, com capecitabina (1.000 mg/m2, duas vezes ao dia, durante duas semanas, seguido por período de descanso de uma semana), em combinação com oxaliplatina (infusão intravenosa de 130 mg/m2 durante duas horas do dia 1, a cada três semanas) e 942 pacientes foram randomizados para bolus de 5-FU e Leucovorin.
Na análise primária para sobrevida livre de doença, na população com intenção de tratamento (ITT), Xelox mostrou-se significativamente superior a 5-FU/LV (razão de risco = 0,80, IC 95% = [0,69; 0,93], p = 0,0045). A taxa da sobrevida livre de doença de três anos foi de 71% para Xelox versus 67% para 5-FU/LV.
A análise para o objetivo secundário de sobrevida livre de recorrência apoia esses resultados com uma razão de risco de 0,78 (IC 95% = [0,67; 0,92], p = 0,0024) para Xelox versus 5-FU/LV. Xelox mostrou uma tendência a sobrevida global superior, com uma razão de risco de 0,87 (IC 95%= [0,72; 1,05], p = 0,1486) que se traduz em uma redução de 13% no risco de morte.
A taxa de sobrevida global de cinco anos foi de 78% para Xelox versus 74% para 5-FU/LV. Os resultados de eficácia baseiam-se em um tempo mediano de observação de 59 meses para a sobrevida global e 57 meses para a sobrevida livre de doença.
A taxa de retirada do estudo devido a eventos adversos foi maior no braço de terapia combinada de capecitabina com oxaliplatina (21%) quando comparada com ao braço 5-FU/LV (9%) na população ITT, segundo estudo NO16968.
Dois estudos clínicos com desenho idêntico, multicêntricos, randomizados, controlados, de fase III foram conduzidos para estudar o uso de capecitabina como tratamento de primeira linha no câncer colorretal metastático (SO14695; SO14796).
Nesses estudos, 603 pacientes foram randomizados para o tratamento com capecitabina (1.250 mg/m2, duas vezes ao dia, durante duas semanas, seguido de período de descanso de uma semana, em ciclos de três semanas) e 604 pacientes foram randomizados para o tratamento com 5- FU e Leucovorin (esquema de tratamento Mayo: 20 mg/m2 de Leucovorin i.v., seguido de 425 mg/m2 i.v. de 5-FU em bolus, nos dias 1 a 5, a cada 28 dias).
Os índices de resposta objetiva global em toda a população randomizada (avaliação do pesquisador) foi 25,7% (capecitabina) versus 16,7% (esquema de tratamento Mayo); p< 0,0002. O tempo mediano até a progressão foi de 140 dias (capecitabina) versus 144 dias (esquema de tratamento Mayo). A sobrevida mediana foi de 392 dias (capecitabina) versus 391 dias (esquema de tratamento Mayo).
Um estudo clínico multicêntrico, randomizado, controlado, de fase 3 (NO16966) foi conduzido para o uso de capecitabina em combinação com oxaliplatina ou em combinação com oxaliplatina e bevacizumabe (BV) para o tratamento de primeira linha de câncer colorretal metastático.
O estudo foi composto por duas partes: uma parte inicial com 2 braços na qual os pacientes foram randomizados para dois grupos diferentes de tratamento, incluindo Xelox ou Folfox-4, e uma parte subsequente fatorial 2x2 com 4 grupos distintos de tratamento, incluindo Xelox + placebo (P), Folfox-4 + P, Xelox + BV e Folfox-4 + BV. Os regimes de tratamento estão resumidos na tabela a seguir:
Tabela 1. Regimes de tratamento no estudo NO16966
A não inferioridade dos braços contendo Xelox comparado aos braços contendo Folfox-4, na comparação global, foi demonstrada nos termos de sobrevida livre de progressão (SLP) na população de pacientes elegível e na população com intenção de tratamento (ITT) (veja tabela a seguir).
Os resultados indicam que Xelox é equivalente a Folfox-4 no que se refere à sobrevida global. Uma comparação de Xelox + bevacizumabe versus Folfox-4 + bevacizumabe foi uma análise exploratória pré-especificada. Na comparação desse subgrupo de tratamento, Xelox + bevacizumabe foi similar a Folfox-4 + bevacizumabe no que se refere a sobrevida livre de progressão [razão de risco 1,01 (IC 97,5% 0,84, 1,22)].
O acompanhamento mediano no tempo de análise primária na população com intenção de tratamento foi 1,5 anos. Os dados provenientes de análises após um ano adicional do acompanhamento também foram incluídos na tabela a seguir.
Tabela 2. Resultados de não inferioridade fundamentais para a análise primária e dos dados de acompanhamento de um ano (populações EPP e ITT, estudo NO16966)
* EPP = população de pacientes elegíveis; ** ITT = população com intenção de tratamento.
O estudo clínico NO16967 fase 3, multicêntrico, randomizado e controlado estudou a utilização de capecitabina em combinação com oxaliplatina para o tratamento de segunda linha de câncer colorretal metastático.
Nesse estudo, 627 pacientes com carcinoma colorretal metastático, e previamente tratados com irinotecano em combinação com um regime de fluoropirimidina como terapia de primeira linha, foram randomizados para tratamento com Xelox ou Folfox-4.
Para o esquema de dose de Xelox e Folfox- 4 (sem adição de placebo ou bevacizumabe), vide a Tabela 1, Xelox demonstrou ser não inferior a Folfox-4 em termos de sobrevida livre de progressão na população per-protocolo e na população com intenção de tratamento (vide a tabela a seguir).
Os resultados indicam que Xelox é equivalente a Folfox-4 em termos de SG. O acompanhamento mediano até o tempo da análise primária na população com intenção de tratamento foi 2,1 anos. Os dados provenientes de uma análise após seis meses adicionais do acompanhamento também estão incluídos na tabela a seguir.
Tabela 3. Resultados de eficácia / não inferioridade fundamentais para a análise primária e dos dados de acompanhamento de seis meses do Estudo NO16967 (populações PPP e ITT)
* PPP = população per-protocolo; ** ITT = população com intenção de tratamento.
Uma análise combinada dos dados de eficácia do tratamento de primeira-linha (estudo NO16966; parte inicial de 2 braços) e do tratamento de segunda-linha (estudo NO16967) proporciona suporte adicional aos resultados de não inferioridade de Xelox versus Folfox-4, conforme obtido nos estudos individuais: a sobrevida livre de progressão na população per-protocolo [razão de risco 1,00 (IC 95%: 0,88; 1,14)] com uma mediana de sobrevida livre de progressão de 193 dias (Xelox; 508 pacientes) versus 204 dias (Folfox-4; 500 pacientes).
Os resultados indicam que Xelox é equivalente a Folfox-4 em termos de SG [razão de risco 1,01 (IC 95%: 0,87; 1,17)] com uma mediana de SG de 468 dias (Xelox) versus 478 dias (Folfox-4).
Um estudo clínico multicêntrico, randomizado, controlado, de fase III estudou a utilização de capecitabina para o tratamento de pacientes com câncer gástrico metastático ou avançado. Nesse estudo, 160 pacientes foram randomizados para tratamento com capecitabina (1.000 mg/m2, duas vezes ao dia, por duas semanas, seguido por período de descanso de uma semana) e cisplatina (80 mg/m2 em infusão de duas horas, a cada três semanas).
Um total de 156 pacientes foram randomizados para tratamento com 5-FU (800 mg/m2 por dia, infusão contínua dos dias 1 ao 5, durante três semanas) e cisplatina (80 mg/m2, em infusão no dia 1, a cada três semanas).
O objetivo primário do estudo foi alcançado, capecitabina foi ao menos equivalente ao 5-FU em combinação com cisplatina no que se refere à sobrevida livre de progressão (análise realizada na população per-protocolo).
O resultado da sobrevida global foi similar ao resultado da sobrevida livre de progressão (Tabela 4), ou seja, a combinação de capecitabina e cisplatina foi equivalente à combinação de 5-FU e cisplatina no que se refere à mediana de sobrevida global.
Tabela 4. Resumo dos resultados dos principais parâmetros de eficácia (PPP, Estudo ML17032)
* Efeito do tratamento não ajustado em modelo proporcional de Cox.
Um estudo clínico multicêntrico, randomizado, de fase III, comparando capecitabina com 5-FU e oxaliplatina com cisplatina em pacientes com câncer gástrico avançado foi conduzido para o tratamento de primeira linha de câncer gástrico avançado. Nesse estudo, 1.002 pacientes foram randomizados em um desenho fatorial 2x2 para um dos quatro braços seguintes:
Epirrubicina (50 mg/m2 em bolus no dia 1, a cada três semanas), cisplatina (60 mg/m2, por infusão de duas horas, no dia 1, a cada três semanas) e 5-FU (200 mg/m2 por dia, administrado por infusão contínua por meio de um acesso central).
Epirrubicina (50 mg/m2 em bolus, no dia 1, a cada três semanas), cisplatina (60 mg/m2 por infusão de duas horas no dia 1, a cada três semanas) e capecitabina (625 mg/m2, duas vezes por dia, continuamente).
Epirrubicina (50 mg/m2 em bolus no dia 1, a cada três semanas), oxaliplatina (130 mg/m2 administrado em infusão de duas horas no dia 1, a cada três semanas) e 5-FU (200 mg/m2 diariamente administrado por infusão contínua por meio de acesso central).
Epirrubicina (50 mg/m2 em bolus no dia 1, a cada três semanas), oxaliplatina (130 mg/m2 administrado em infusão de duas horas no dia 1, a cada três semanas) e capecitabina (625 mg/m2, duas vezes ao dia, continuamente).
As análises de eficácia primária na população per-protocolo demonstraram a não inferioridade na sobrevida global para a capecitabina versus esquemas baseados no 5-FU (razão de risco 0,86, IC 95%: 0,80 a 0,99) e para a oxaliplatina versus esquemas baseados na cisplatina (razão de risco 0,92, IC 95%: 0,8 a 1,1).
A sobrevida média global foi de 10,9 meses em esquemas baseados na capecitabina e 9,6 meses em esquemas com 5-FU. A sobrevida média global foi de 10,0 meses em esquemas baseados em cisplatina e 10,4 meses em esquemas baseados em oxaliplatina.
Capecitabina também tem sido usada em combinação com oxaliplatina no tratamento do câncer gástrico avançado.
Uma meta-análise de seis estudos clínicos (SO14695, SO14796, M66001, NO16966, NO16967, M17032) avaliou se capecitabina pode substituir 5-FU no câncer gastrintestinal. A análise conjunta inclui 3.097 pacientes tratados com esquemas que continham capecitabina e 3.074 pacientes tratados com esquemas que continham 5-FU.
A razão de risco para a sobrevida global foi de 0,94 (IC de 95%: 0,89 a 1,00, p = 0,0489), indicando que os esquemas que continham capecitabina são não inferiores aos esquemas que continham 5-FU.
Capecitabina para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático ou localmente avançado, em combinação com docetaxel, após insucesso de quimioterapia citotóxica incluindo uma antraciclina foi estudada em um estudo clínico multicêntrico, randomizado, controlado, de fase III.
Nesse estudo, 255 pacientes foram randomizados para tratamento com capecitabina (1.250 mg/m2, duas vezes ao dia, durante duas semanas, seguido por período de descanso de uma semana) e docetaxel (75 mg/m2, por infusão intravenosa de uma hora, a cada três semanas). Um total de 256 pacientes foram randomizados para tratamento com docetaxel isoladamente (100 mg/m2, por infusão intravenosa de uma hora, a cada três semanas).
A sobrevida foi superior no grupo tratado com a combinação capecitabina + docetaxel (p = 0,0126). A sobrevida mediana foi de 442 dias (capecitabina + docetaxel) versus 352 dias (docetaxel isoladamente). Os índices de resposta objetiva global em toda a população randomizada (avaliação do pesquisador) foram 41,6% (capecitabina + docetaxel) versus 29,7% (docetaxel isolado); p = 0,0058.
O tempo até a progressão da doença ou morte foi superior no grupo tratado com a combinação capecitabina + docetaxel (p< 0,0001). O tempo mediano até a progressão da doença foi de 186 dias (capecitabina + docetaxel) versus 128 dias (docetaxel isoladamente).
Dois estudos clínicos multicêntricos, de fase II foram conduzidos para determinar o uso de capecitabina em monoterapia para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático ou localmente avançado após insucesso com um taxano e de regime quimioterápico com antraciclina ou para aqueles pacientes nos quais a terapia adicional com antraciclina não está indicada.
Nesses estudos, um total de 236 pacientes foi tratado com capecitabina (1.250 mg/m2, duas vezes ao dia, durante duas semanas, seguido por período de descanso de uma semana). Os índices de resposta objetiva global (avaliação do pesquisador) foram 20% (primeiro estudo) e 25% (segundo estudo). O tempo mediano até a progressão da doença foi de 93 e de 98 dias. A sobrevida mediana foi de 384 e de 373 dias.
A capecitabina é derivada do carbamato de fluoropirimidina, um agente citotóxico tumor ativado e tumor seletivo, que foi planejado para administração oral. A capecitabina é atóxica in vitro; in vivo, no entanto, é sequencialmente convertida para a fração citotóxica 5-fluoruracila (5-FU), que, por sua vez, é posteriormente metabolizada.
A formação de 5-FU ocorre preferencialmente no tumor por um fator angiogênico associado ao tumor, denominado timidina fosforilase (dThdPase), minimizando assim a exposição dos tecidos sadios do organismo a 5-FU sistêmica.
A biotransformação enzimática sequencial da capecitabina para 5-FU leva a maiores concentrações de 5-FU nos tecidos tumorais. Após a administração oral de capecitabina para pacientes com câncer colorretal (n = 8), a razão entre a concentração de 5-FU nos tumores colorretais versus tecidos adjacentes foi de 3,2 (variação de 0,9 a 8,0).
A razão entre a concentração de 5-FU no tumor versus plasma foi de 21,4 (variação de 3,9 a 59,9), enquanto a razão entre os tecidos saudáveis e o plasma foi de 8,9 (variação de 3,0 a 25,8).
A atividade da timidina fosforilase foi quatro vezes maior no tumor colorretal primário do que no tecido adjacente normal. Diversos tumores humanos, como câncer de mama, gástrico, colorretal, colo de útero e ovariano, apresentam nível de timidina fosforilase maior [capaz de converter 5'-DFUR (5'-desoxi-5-fluorouridina) em 5-FU] do que os tecidos normais correspondentes.
Tanto as células normais quanto as células tumorais metabolizam o 5-FU para monofosfato de 5-fluoro-2-desoxiuridina (FdUMP) e trifosfato de 5-fluoruridina (FUTP). Esses metabólitos causam dano à célula por meio de dois mecanismos diferentes. Inicialmente, o FdUMP e o cofator folato N5-10-metileno-tetrahidrofolato ligam-se à timidilato sintetase (TS) para formar um complexo ternário covalente.
Essa ligação inibe a formação de timidilato a partir do uracil. A timidilato é a precursora necessária do trifosfato de timidina, que por sua vez, é essencial para a síntese de DNA, de forma que uma deficiência desse composto pode inibir a divisão celular. Além disso, as enzimas nucleares de transcrição podem incorporar FUTP erroneamente, no lugar do trifosfato de uridina (UTP), durante a síntese de RNA. Esse erro metabólico pode interferir com o processamento do RNA e com a síntese proteica.
Após administração oral, a capecitabina é rápida e extensamente absorvida, seguida da extensa conversão nos metabólitos, 5’- desoxi-5-fluorcitidina (5’-DFCR) e 5'-desoxi-5-fluorouridina (5’-DFUR).
A administração com alimentos diminui a taxa de absorção da capecitabina, porém, com mínimo efeito sobre as áreas sob a curva (AUC) do 5’-DFUR e de seu metabólito subsequente, 5-FU.
No décimo quarto dia de administração, após a ingestão de alimento, com a dose de 1.250 mg/m2, as concentrações plasmáticas máximas (Cmáx em ?g/mL) para a capecitabina, 5’-DFCR, 5’DFUR, 5-FU e FBAL (?-fluoro-?-alanina, metabólito inativo do 5-FU) foram 4,47, 3,05, 12,1, 0,95 e 5,46, respectivamente.
Os tempos para atingir as concentrações plasmáticas máximas (Tmáx em horas) foram 1,50, 2,00, 2,00, 2,00 e 3,34. Os valores da AUC0-? em ?g*h/mL foram 7,75, 7,24, 24,6, 2,03 e 36,3.
Estudos realizados com plasma humano in vitro determinaram que as ligações da capecitabina, 5’-DFCR, 5’-DFUR e 5-FU às proteínas, principalmente à albumina, foram de 54%, 10%, 62% e 10%, respectivamente.
A capecitabina é metabolizada inicialmente, por meio da carboxilesterase hepática, para 5’-DFCR, que é convertida a seguir em 5’- DFUR pela citidina desaminase, localizada principalmente no fígado e nos tecidos tumorais.
A formação de 5-FU ocorre preferencialmente no tumor pelo fator angiogênico associado ao tumor, dThdPase (timidina-fosforilase), minimizando assim a exposição sistêmica dos tecidos sadios do organismo a 5-FU sistêmica.
A AUC plasmática de 5-FU é 6 a 22 vezes menor que aquela observada após a administração intravenosa em bolus de 5-FU (dose de 600 mg/m2). Os metabólitos da capecitabina tornam-se citotóxicos somente após sua conversão para 5-FU e para anabólitos de 5- FU.
O 5-FU é então catabolizado, dando origem aos metabólitos inativos diidro-5-fluoruracila (FUH2), ácido 5-fluoro-ureidopropiônico (FUPA) e ?-fluoro-?-alanina (FBAL), via diidropirimidina desidrogenase (DPD), a qual é limitante da taxa.
As meias-vidas de eliminação (t1?2 em horas) da capecitabina, 5’-DFCR, 5’-DFUR, 5-FU e FBAL foram 0,85, 1,11, 0,66, 0,76 e 3,23, respectivamente. A farmacocinética da capecitabina foi avaliada em uma faixa de dose de 502 a 3.514 mg/m2/dia.
Os parâmetros da capecitabina, do 5’-DFCR e 5’-DFUR medidos nos dias 1 e 14 foram similares. A AUC de 5-FU foi de 30% a 35% maior no dia 14, mas não aumentou nos dias seguintes (dia 22). Com doses terapêuticas, a farmacocinética da capecitabina e de seus metabólitos foi proporcional à dose, exceto para 5-FU.
Após administração oral, os metabólitos da capecitabina são recuperados principalmente na urina, cerca de 95,5% da dose. A excreção fecal é mínima (2,6%). O principal metabólito excretado na urina é FBAL, que representa 57% da dose administrada. Aproximadamente 3% da dose administrada é excretada na urina como fármaco inalterado.
Em estudos fase I, não foram demonstrados efeitos de capecitabina sobre a farmacocinética do docetaxel ou do paclitaxel (Cmáx e AUC), assim como nenhum efeito foi observado do docetaxel ou do paclitaxel sobre a farmacocinética do 5’-DFUR (o metabólito mais importante da capecitabina).
A análise farmacocinética da população foi realizada após o tratamento de 505 pacientes, portadores de câncer colorretal, com capecitabina, na dose de 1.250 mg/m2, duas vezes ao dia.
Sexo, presença ou ausência de metástases hepáticas ao diagnóstico, Desempenho de Karnofsky, bilirrubina total, albumina sérica, TGO e TGP não tiveram efeito estatisticamente significativo sobre a farmacocinética do 5’-DFUR, 5-FU e FBAL.
Nenhum efeito clinicamente significativo foi observado na bioativação e farmacocinética da capecitabina em pacientes portadores de câncer com insuficiência hepática leve a moderada devida a metástases hepáticas.
Não há dados farmacocinéticos de pacientes com insuficiência hepática grave.
Com base em estudo farmacocinético em pacientes com câncer e insuficiência renal leve a grave, não há evidência de efeito da depuração de creatinina sobre a farmacocinética da droga intacta e de 5-FU.
Foi constatada que a depuração de creatinina influencia a exposição sistêmica ao 5’-DFUR (35% de aumento da AUC, quando a depuração de creatinina diminui em 50%) e ao FBAL (aumento de 114% da AUC, quando a depuração de creatinina diminui em 50%). O FBAL é um metabólito sem atividade antiproliferativa; o 5’- DFUR é um precursor direto do 5-FU.
Com base na análise farmacocinética da população, incluindo pacientes com idades de 27 a 86 anos, sendo 234 (46%) pacientes com idade superior ou igual a 65 anos, a idade não teve influência na farmacocinética do 5’-DFUR e 5-FU. A AUC do FBAL aumentou com a idade (20% no aumento da idade resultou em 15% de aumento na AUC do FBAL). Esse aumento provavelmente é devido à alteração na função renal.
Baseado na análise farmacocinética da população, que incluiu 455 pacientes brancos (90,1%), 22 pacientes negros (4,4%) e 28 pacientes de outra raça ou etnia (5,5%), não houve diferenças quanto à farmacocinética da capecitabina entre pacientes negros e brancos.