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No homem, este medicamento é destinado ao tratamento de redução do impulso em desvios sexuais, ao tratamento antiandrogênico em carcinoma de próstata inoperável.
Na mulher, este medicamento é destinado ao tratamento de manifestações graves de androgenização, por exemplo, hirsutismo grave patológico, queda pronunciada de cabelo androgênio-dependente resultando até em calvície (alopecia androgênica grave), frequentemente ocorrendo concomitante a formas graves de acne e/ou seborreia.
No caso de uso adicional da terapia cíclica combinada em manifestações graves de androgenização, devem-se observar as contraindicações contidas na bula do produto escolhido que será usado em associação ao Acetato de ciproterona (substância ativa).
Os comprimidos devem ser ingeridos com pequena quantidade de líquido após as refeições.
A dose máxima diária é de 300 mg.
O tratamento geralmente é iniciado com 50 mg, 2 vezes ao dia. Se necessário, pode-se aumentar a dose para 100 mg, 2 vezes ao dia ou mesmo 3 vezes ao dia por curto período de tempo. Uma vez obtida melhora clínica satisfatória, deve-se tentar manter o efeito terapêutico com a menor dose possível. Com bastante frequência, é suficiente a dose de 25 mg (1?2 comprimido de 50 mg), 2 vezes ao dia. Ao estabelecer a dose de manutenção ou quando for necessário interromper o tratamento, não se deve reduzir a dose abruptamente, mas de maneira gradual, reduzindo a dose diária de 50 mg de cada vez, ou melhor, de 25 mg, com intervalos de várias semanas entre cada redução.
Para estabilizar o efeito terapêutico, é necessário utilizar Acetato de ciproterona (substância ativa) por um período de tempo prolongado, se possível com uso simultâneo de medidas psicoterapêuticas.
100 mg, 2 a 3 vezes ao dia (total: 200 a 300 mg). O tratamento não deve ser interrompido nem se deve reduzir a dose após melhora ou remissões terem ocorrido.
Inicialmente, 100 mg, 2 vezes ao dia (total: 200 mg) isoladamente por 5 a 7 dias, seguidos por 100 mg, 2 vezes ao dia (total: 200 mg), durante 3 a 4 semanas juntamente com o agonista de GnRH na dose recomendada em sua bula.
50 a 150 mg por dia, podendo chegar até 100 mg, 3 vezes ao dia, se necessário (total: 300 mg).
Mulheres gestantes não devem usar Acetato de ciproterona (substância ativa). Portanto, a possibilidade de existência de gravidez deve ser excluída antes do início do tratamento. Em mulheres em idade reprodutiva, o tratamento deve ser iniciado no 1º dia do ciclo (1º dia do ciclo = 1º dia de sangramento). Apenas as pacientes que apresentarem amenorreia podem iniciar o tratamento prescrito imediatamente. Neste caso, o 1º dia de tratamento deve ser considerado como se fosse o 1º dia do ciclo e as recomendações descritas a seguir devem ser observadas.
A dose recomendada é de 100 mg diariamente, do 1º ao 10º dia do ciclo (10 dias).
Adicionalmente, deve-se usar um medicamento contendo associação progestógeno-estrogênio, por exemplo, do 1º ao 21º dia do ciclo – uma drágea de Acetato de ciproterona (substância ativa) + etinilestradiol diariamente, para promover a necessária proteção contraceptiva e estabilizar o ciclo.
As pacientes que recebem a terapia cíclica combinada devem manter um determinado horário do dia para a ingestão do medicamento.
Após 21 dias de tratamento, deve-se intercalar pausa de 7 dias, durante a qual deve ocorrer sangramento semelhante à menstruação. Exatamente 4 semanas após o início de cada curso de tratamento, reinicia-se o mesmo esquema de tratamento combinado, isto é, no mesmo dia da semana e mantendo as mesmas orientações, tenha ou não cessado o sangramento.
Uma vez obtida melhora clínica, pode-se reduzir a dose diária de Acetato de ciproterona (substância ativa) para 50 mg ou 25 mg (1?2 comprimido de 50 mg), durante os 10 dias iniciais do tratamento combinado com Acetato de ciproterona (substância ativa) + etinilestradiol. Em alguns casos, o uso isolado de Acetato de ciproterona (substância ativa) + etinilestradiol pode ser suficiente.
Se não ocorrer sangramento durante o intervalo de pausa, o tratamento deve ser interrompido e deve-se excluir a possibilidade de gravidez antes de reiniciar o tratamento.
As pacientes que recebem terapia cíclica combinada devem manter um determinado horário do dia para a ingestão da drágea. Se houver esquecimento de tomada de uma drágea por período superior a 12 horas em relação ao horário que a paciente normalmente toma a drágea de Acetato de ciproterona (substância ativa) + etinilestradiol, a proteção contraceptiva pode ficar reduzida nesse ciclo.
Deve-se dar atenção às precauções (especialmente às recomendações para esquecimento de tomada de drágea e segurança contraceptiva) contidas na bula do produto (Acetato de ciproterona (substância ativa) + etinilestradiol), usado em combinação com Acetato de ciproterona (substância ativa). Se não ocorrer sangramento no ciclo em que houve o esquecimento de ingestão da drágea, deve-se excluir a existência de gravidez antes de iniciar a próxima cartela.
O esquecimento da ingestão do(s) comprimido(s) de Acetato de ciproterona (substância ativa) pode diminuir o efeito terapêutico e pode ocasionar sangramento intermenstrual. Neste caso, o comprimido esquecido de Acetato de ciproterona (substância ativa) deve ser descartado, não se deve administrar dose dupla de Acetato de ciproterona (substância ativa) para repor o comprimido esquecido. Deve-se ingerir o próximo comprimido de A Acetato de ciproterona (substância ativa) em seu horário habitual, juntamente com a drágea correspondente de Acetato de ciproterona (substância ativa).
o Acetato de ciproterona (substância ativa) pode ser administrado isoladamente em pacientes pós-menopausadas ou histerectomizadas. De acordo com a gravidade do caso, a dose média deve ser de 50 mg a 25 mg (1?2 comprimido de 50 mg), 1 vez ao dia, seguindo o esquema “21 dias de tratamento, 7 dias de pausa”.
O Acetato de ciproterona (substância ativa) não deve ser administrado antes do término da puberdade, uma vez que durante este período não se pode excluir uma influência desfavorável do medicamento sobre o crescimento longitudinal e o eixo da função endócrina ainda não estabilizado.
Para pacientes do sexo masculino, Acetato de ciproterona (substância ativa) não é recomendado para o uso em crianças e adolescentes abaixo de 18 anos de idade devido à falta de dados de segurança e eficácia.
Para pacientes do sexo feminino, Acetato de ciproterona (substância ativa) é somente indicado em meninas que já concluíram a puberdade. Não há dados que sugerem a necessidade de ajuste de dose. Além disso, a segurança e eficácia de Acetato de ciproterona (substância ativa) não foram estabelecidas em estudos clínicos com crianças e adolescentes menores de 18 anos de idade.
Não há dados que sugerem a necessidade de ajuste de dose em pacientes idosos.
O uso de Acetato de ciproterona (substância ativa) é contraindicado em pacientes com doença do fígado (por exemplo, naqueles em que os valores da função hepática não retornaram ao normal).
Não há dados que sugerem a necessidade de ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal.
Antes de iniciar o tratamento, pacientes do sexo feminino devem ser submetidas a exames clínicos gerais e ginecológicos completos (incluindo mamas e citologia cervical) e a ocorrência de gravidez deve ser excluída.
Foram observados casos de hepatotoxicidade direta, incluindo icterícia, hepatite e falência hepática em pacientes tratados com Acetato de ciproterona (substância ativa). Em doses de 100 mg ou mais também têm sido reportados casos fatais. A maioria dos casos fatais relatados ocorreu em portadores de carcinoma de próstata avançado. A toxicidade é dependente da dose e desenvolve-se, geralmente, vários meses após o início da terapia.
Devem-se realizar testes de função hepática antes do início do tratamento, em intervalos regulares durante o tratamento e na ocorrência de qualquer sintoma ou sinal sugestivo de hepatotoxicidade. Se for confirmada a hepatotoxicidade, o tratamento com Acetato de ciproterona (substância ativa) deve ser suspenso, em pacientes do sexo feminino. Já em pacientes do sexo masculino, o tratamento deve ser suspenso, a menos que esta hepatotoxicidade possa ser explicada por outra causa como, por exemplo, doença metastática. Neste caso, o tratamento com Acetato de ciproterona (substância ativa) somente deve ser continuado se o benefício verificado for superior ao risco.
Após o uso de Acetato de ciproterona (substância ativa), foram observados em mulheres casos de tumores hepáticos benignos e malignos, que podem provocar hemorragias intra-abdominais com risco para a vida do paciente, e casos muito raros foram observados em homens. Se ocorrerem transtornos epigástricos graves, aumento do tamanho do fígado ou sinais de hemorragia intra-abdominal deve-se incluir tumor hepático nas considerações diagnóstico diferenciais.
A ocorrência de meningiomas (simples ou múltiplos) tem sido relatada em associação ao uso prolongado (anos) de Acetato de ciproterona (substância ativa) na dose de 25 mg/dia ou mais. Se um paciente tratado com Acetato de ciproterona (substância ativa) for diagnosticado com meningioma, o tratamento com Acetato de ciproterona (substância ativa) deve ser interrompido.
Pacientes portadores de diabetes devem ser mantidos sob cuidadosa vigilância, pois a necessidade de antidiabéticos orais ou insulina pode alterar-se durante o tratamento com Acetato de ciproterona (substância ativa).
Pode ocorrer sensação de dispneia no tratamento com altas doses de Acetato de ciproterona (substância ativa). Nestes casos, o diagnóstico diferencial deve incluir o conhecido efeito da progesterona e progestógenos sintéticos de estimulação da respiração, o qual é acompanhado por hipocapnia e alcalose respiratória compensatória e que, geralmente, não necessita de tratamento.
Uma vez que os dados pré-clínicos sugerem possível supressão devido ao efeito tipo corticóide de Acetato de ciproterona (substância ativa), durante o tratamento a função adrenocortical deve ser verificada regularmente.
Foi relatada a ocorrência de eventos tromboembólicos em pacientes que utilizam Acetato de ciproterona (substância ativa), embora sua relação causal não tenha sido estabelecida. Pacientes que apresentaram anteriormente evento trombótico/tromboembólico arterial ou venoso (por exemplo, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto miocárdico) ou com antecedentes de acidente vascular cerebral ou malignidades avançadas apresentam risco aumentado de ocorrência de novos eventos tromboembólicos.
Em pacientes com carcinoma de próstata inoperável, que apresentem anemia falciforme ou diabetes grave com alterações vasculares, ou antecedentes de processos tromboembólicos, deve-se avaliar cuidadosamente a relação risco/benefício de forma individual antes de prescrever Acetato de ciproterona (substância ativa).
Em pacientes do sexo masculino, a anemia tem sido relatada durante o tratamento com Acetato de ciproterona (substância ativa). Assim, a contagem da série vermelha do sangue deve ser verificada regularmente durante o tratamento.
Se, durante o tratamento combinado, ocorrerem gotejamentos (spotting) durante as três semanas em que os comprimidos estão sendo tomados, não se deve interromper o tratamento. Todavia, se ocorrerem sangramentos persistentes ou recorrentes em intervalos irregulares, deve-se realizar exame ginecológico para excluir possível doença orgânica.
No caso de necessidade de uso adicional da terapia cíclica combinada, deve-se também observar todas as informações relevantes ao produto escolhido.
Em pacientes do sexo masculino, na indicação “redução do impulso em desvios sexuais”, o efeito redutor de impulso produzido por Acetato de ciproterona (substância ativa) pode ser diminuído sob a influência do álcool.
O Acetato de ciproterona (substância ativa) é contraindicado durante a gravidez e lactação. Em um estudo realizado com seis mulheres que receberam uma dose única oral de 50 mg de Acetato de ciproterona (substância ativa), 0,2% da dose foi excretada no leite materno.
Categoria X – Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Pacientes que exercem atividades que requerem grande concentração (por exemplo, motoristas, operadores de máquinas) devem ser alertados que o Acetato de ciproterona (substância ativa) pode produzir cansaço, diminuição da vitalidade e da capacidade de concentração.
Este medicamento requer uso cuidadoso, sob vigilância médica estrita e acompanhado por controles periódicos da função hepática (bilirrubinas e transaminases) por causar hepatotoxicidade (tóxico para o fígado) aos 8, 15, 30 e 90 dias de tratamento.
As reações adversas mais graves em pacientes tratados com Acetato de ciproterona (substância ativa) são: hepatotoxicidade, tumores hepáticos benignos e malignos que podem levar a hemorragia intra-abdominal e eventos tromboembólicos.
Em pacientes do sexo masculino tratados com Acetato de ciproterona (substância ativa), as reações adversas mais frequentemente observadas são: diminuição da libido, disfunção erétil e inibição reversível da espermatogênese.
Em pacientes do sexo feminino tratadas com Acetato de ciproterona (substância ativa), as reações adversas mais frequentemente relatadas são: gotejamento (spotting), aumento do peso corporal e estados depressivos.
As frequências das reações adversas relatadas com Acetato de ciproterona (substância ativa) em pacientes do sexo masculino estão resumidas na tabela abaixo. As frequências são definidas como: muito comum (> 1/10), comum (> 1/100 e < 1/10), incomum (> 1/1.000 e < 1/100), rara (>1/10.000 e < 1/1.000) e muito rara (< 1/10.000).
As reações adversas identificadas somente em avaliação pós-comercialização e cuja frequência não pode ser estimada estão listadas como frequência “desconhecida”.
Para pacientes do sexo feminino, tratados com Acetato de ciproterona (substância ativa), as reações adversas relatadas também estão resumidas na tabela abaixo e estão baseadas em dados de pós-comercialização e experiências acumuladas com o uso de Acetato de ciproterona (substância ativa) para as quais não foi possível estimar as frequências.
*Para mais informações ver item “Advertências e precauções”.
**A relação causal com Acetato de ciproterona (substância ativa) não foi estabelecida.
***Ver item “Contraindicações”.
Foram relatados meningiomas associados ao uso prolongado (vários anos) de Acetato de ciproterona (substância ativa) na dose de 25 mg ou mais.
Em pacientes do sexo masculino que estão em tratamento com Acetato de ciproterona (substância ativa), a potência e o impulso sexual são reduzidos, assim como a função das gônadas é inibida. Estas alterações são reversíveis após a descontinuação da terapia.
No decorrer de várias semanas de utilização, o Acetato de ciproterona (substância ativa) inibe a espermatogênese em consequência de sua ação antiandrogênica e antigonadotrópica. A espermatogênese retorna gradualmente em poucos meses, após a descontinuação da terapia.
Em pacientes do sexo masculino, o Acetato de ciproterona (substância ativa) pode provocar ginecomastia (algumas vezes combinada à sensibilidade dolorosa do mamilo ao toque), que normalmente regride após interrupção do uso do produto. Do mesmo modo como em outros tratamentos antiandrogênicos, pode ocorrer osteoporose em pacientes do sexo masculino como consequência da privação androgênica com Acetato de ciproterona (substância ativa) por períodos prolongados.
Em pacientes do sexo feminino, a ovulação é inibida durante o tratamento combinado ocasionando um estado de infertilidade temporária. Em caso de uso concomitante com outro medicamento contendo associação progestógeno-estrogênio, deve-se observar as reações adversas descritas em sua bula.
Foi utilizado o termo MedDRA (versão 8.0) mais apropriado para descrever uma determinada reação adversa. Sinônimos ou condições relacionadas não foram listados, mas também devem ser considerados.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Embora estudos clínicos sobre interação não tenham sido realizados, uma vez que o Acetato de ciproterona (substância ativa) é metabolizado pelo CYP3A4, espera-se que o cetoconazol, itraconazol, clotrimazol, ritonavir e outros potentes inibidores de CYP3A4 inibam o metabolismo do Acetato de ciproterona (substância ativa). Por outro lado, indutores de CYP3A4 como, por exemplo, rifampicina, fenitoína e produtos que contenham erva-de-São João podem reduzir os níveis de Acetato de ciproterona (substância ativa).
Com base em estudos de inibição in vitro, é possível que ocorra inibição do citocromo P450 e enzimas CYP2C8, 2C9, 2C19, 3A4 e 2D6 com elevadas doses terapêuticas de Acetato de ciproterona (substância ativa) de 100 mg, 3 vezes ao dia.
O risco de ocorrência de miopatia ou rabdomiólise associada ao uso de estatinas pode ser elevado quando inibidores de HMGCoA (estatinas), que são primariamente metabolizadas por CYP3A4, são administrados concomitantemente com altas doses terapêuticas de Acetato de ciproterona (substância ativa), uma vez que as duas substâncias utilizam o mesmo processo metabólico.
Em pacientes do sexo masculino, foi conduzido um total de 24 estudos com Acetato de ciproterona (substância ativa) em pacientes que necessitam de tratamento paliativo para carcinoma de próstata avançado. Mundialmente, mais de 1000 pacientes participaram desses estudos, os quais incluíram muitos estudos multicêntricos grandes em adição ao importante estudo multicêntrico comparativo conduzido pelo Grupo de Câncer e Oncologia Europeu.
Mais de 90% dos pacientes tratados com Acetato de ciproterona (substância ativa) tinham carcinoma avançado de próstata estágio C, ou carcinoma de próstata D1 ou D2 com metástase.
A maioria dos pacientes (75%) não recebeu terapia prévia ao tratamento com Acetato de ciproterona (substância ativa). Um grande grupo de pacientes recebeu vários tipos de terapia estrogênica, mas provou ser refratário ou não tolerante a droga. Poucos pacientes foram submetidos à orquiectomia ou receberam tratamento com radioterapia.
A administração via oral de Acetato de ciproterona (substância ativa) foi utilizada em 910 pacientes (84%), enquanto 172 pacientes receberam, em solução oleosa contendo 100 mg de Acetato de ciproterona (substância ativa)/mL. A dose padrão de solução oleosa foi uma injeção intramuscular de 300 mg semanalmente. A dose oral diária variou consideravelmente de um estudo para o outro e de paciente para paciente. Entretanto, a maioria dos pacientes foi tratada com doses que variavam de 200 a 300 mg/dia. Em pacientes orquiectomizados, a dose diária em geral foi reduzida em torno de 50% para a faixa de 100 a 200 mg/dia, via oral ou a frequência de administração de solução oleosa injetável foi reduzida a uma injeção a cada duas semanas.
Apenas 32 pacientes (3%) receberam terapia concomitante com Acetato de ciproterona (substância ativa). Nenhum outro paciente recebeu terapia concomitante, mas 521 pacientes (48%) foram submetidos à orquiectomia.
Os efeitos do Acetato de ciproterona (substância ativa) na testosterona sérica foram monitorados em sete estudos. A testosterona sérica foi rapidamente reduzida após dose oral diária de 200 a 300 mg, com nível estéril atingido em 1 a 4 semanas. A redução é usualmente em torno de 70 a 90%; a melhor porcentagem de redução ocorreu quando o Acetato de ciproterona (substância ativa) foi combinado com estrogênio.
Os resultados da avaliação de FAP consistentemente mostraram uma normalização dos valores em curto espaço de tempo nos pacientes responsivos. Similarmente, quando há sinais de metástase progressiva, os valores de FAP novamente se desviam dos níveis normais.
O efeito do Acetato de ciproterona (substância ativa) em tumor primário foi avaliado em um total de 678 pacientes. Destes, 489 não foram previamente tratados; o tumor primário foi reduzido em 318 desses pacientes (65%) e foi estabilizado em outros 69 (14%). Assim, a taxa de resposta positiva completa neste grupo foi 79%.
Um significativo, embora menor, percentual (59%) dos pacientes estrógeno refratários também exibiu resultados positivos.
A metástase foi reduzida em 31% dos 216 pacientes avaliados que não foram previamente tratados, mas em apenas 13% dos pacientes estrógeno refratários avaliados. A progressão da metástase aparentou ser tempo-dependente. Apesar da redução a níveis séricos de testosterona, a metástase irá progredir por períodos de muitos meses a anos, mesmo em pacientes que foram inicialmente estabilizados. A principal causa de morte durante a terapia com Acetato de ciproterona (substância ativa) foi a progressão da metástase e não o tumor primário.
O alívio da dor foi notado em aproximadamente 50 a 80% dos pacientes que receberam tratamento com Acetato de ciproterona (substância ativa). O efeito de Acetato de ciproterona (substância ativa) na dor geralmente é comparável com seu efeito na metástase. Desde que a metástase fosse reduzida ou mantida estável, a necessidade de analgésicos também foi reduzida. Novas necessidades de analgésico foram frequentemente indicativo de progressão da metástase.
Uma melhora geral na avaliação subjetiva de qualidade de vida foi alcançada em 70% dos 367 pacientes avaliados.
As avaliações objetivas de remissão foram baseadas no critério ECOG. Os melhores resultados foram obtidos quando Acetato de ciproterona (substância ativa) foi usado em combinação com a orquiectomia. Um estudo revelou que mais de 1/3 dos pacientes tratados com Acetato de ciproterona (substância ativa) alcançou remissão completa ou parcial por 3 a 5 anos. Os estudos canadenses encontraram que a remissão completa ou parcial ainda foi evidente em 75% dos pacientes após um ano de tratamento.
A taxa de sobrevida com tratamento de cinco anos ficou entre 41 a 64%. A taxa para três anos de tratamento de pacientes em estágio D foi 27% e a taxa para tratamento de 1 a 2 anos variou de menor que 15% a maior que 80%. Estas taxas de sobrevida geralmente representaram uma melhora dos resultados além daqueles previamente obtidos com a terapia estrogênica.
Em pacientes do sexo feminino, condições androgênio-dependentes como crescimento de cabelo patológica no hirsutismo, alopecia androgênica e aumento da função da glândula sebácea na acne e seborreia, são influenciadas favoravelmente por deslocamento competitivo do androgênio nos órgãos-alvo. A redução da concentração de andrógeno que resultou da propriedade antigonadotrópica do Acetato de ciproterona (substância ativa) tem um efeito terapêutico adicional. Essas alterações são reversíveis após a descontinuação da terapia.
O Acetato de ciproterona (substância ativa) é um produto hormonal com efeito antiandrogênico.
Pacientes do sexo feminino com condições patológicas androgênio-dependentes, tais como, crescimento de pelo em hirsutismo, alopecia androgenética e ocorrência de acne e seborreia devido ao aumento das funções das glândulas sebáceas, são favoravelmente influenciadas pelo deslocamento competitivo de androgênios nos órgãos-alvo. A redução da concentração androgênica que resulta da atividade antigonadotrópica do Acetato de ciproterona (substância ativa) constitui um efeito terapêutico adicional. Estas alterações são reversíveis após a descontinuação da terapia. Durante o tratamento combinado com Acetato de ciproterona (substância ativa) + etinilestradiol, a função ovariana é inibida.
Em pacientes do sexo masculino, a potência e o impulso sexuais são reduzidos com o tratamento com Acetato de ciproterona (substância ativa) e a função das gônadas é inibida. Estas alterações são reversíveis após a descontinuação da terapia.
O Acetato de ciproterona (substância ativa) inibe competitivamente os efeitos dos androgênios nos órgãos-alvo androgênio-dependentes, por exemplo, protege a próstata dos efeitos de androgênios provenientes das gônadas e/ou do córtex adrenal.
O Acetato de ciproterona (substância ativa) tem efeito inibitório central. O efeito antigonadotrópico conduz a redução da síntese de testosterona nos testículos e, consequentemente, a redução da concentração sérica de testosterona.
O efeito antigonadotrópico do Acetato de ciproterona (substância ativa) é também exercido quando o mesmo está associado com agonistas GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina). O aumento inicial de testosterona, provocado por este grupo de substâncias, é reduzido pelo Acetato de ciproterona (substância ativa).
Foi observada uma tendência ocasional para aumento discreto nos níveis de prolactina, quando altas doses de Acetato de ciproterona (substância ativa) são administradas.
Após administração oral, o Acetato de ciproterona (substância ativa) é completamente absorvido, considerando uma extensa faixa de doses.
A biodisponibilidade absoluta do Acetato de ciproterona (substância ativa) é quase completa (88% da dose).
A ingestão de 50 e 100 mg de Acetato de ciproterona (substância ativa) resulta, respectivamente, em níveis séricos máximos de cerca de 140 ng/mL em aproximadamente 3 horas (50 mg) e 239,2 ± 114,2 ng/mL em 2,8 ± 1,1 horas (100 mg). Posteriormente, os níveis séricos diminuem durante um período de 24 a 120 horas, com meia-vida final de 43,9 ± 12,8 horas (50 mg) e 42,8 ± 9,7 horas (100 mg). A depuração sérica total do Acetato de ciproterona (substância ativa) foi determinada como sendo de aproximadamente 3,5 ± 1,5 mL/min/kg (50 mg) e 3,8 ± 2,2 mL/min/Kg (100 mg).
O Acetato de ciproterona (substância ativa) liga-se quase que exclusivamente à albumina plasmática. Cerca de 3,5 a 4% dos níveis totais do fármaco apresentam-se na forma livre. Uma vez que a ligação a proteínas é inespecífica, as alterações nos níveis de SHBG (globulinas ligadora de hormônios sexuais) não afetam a farmacocinética do Acetato de ciproterona (substância ativa).
Considerando a prolongada meia-vida da fase de disposição final do plasma (soro) e a ingestão diária do produto, pode-se esperar um acúmulo sérico de Acetato de ciproterona (substância ativa) por um fator de aproximadamente 3, durante a administração diária repetida.
O Acetato de ciproterona (substância ativa) é metabolizado em várias etapas que incluem hidroxilações e conjugações. O principal metabólito no plasma humano é o derivado 15 beta-hidroxilado. A fase 1 do metabolismo do Acetato de ciproterona (substância ativa) é catalisado, principalmente, pelo citocromo P450, a enzima CYP3A4.
Uma parte da dose é excretada inalterada pela bile. A maior parte é excretada na forma de metabólitos pelas vias urinárias e biliares, na proporção de 3:7. A meia-vida de excreção renal e biliar é de 1,9 dias. Os metabólitos do plasma são eliminados com uma taxa similar (meia-vida de 1,7 dias).
Dados pré-clínicos não revelam risco específico para humanos baseados em estudos convencionais de toxicidade de dose repetida.
Investigações sobre embriotoxicidade não indicaram efeito teratogênico após tratamento durante a organogênese, antes do desenvolvimento dos órgãos sexuais externos.
A administração de altas doses de Acetato de ciproterona (substância ativa) durante a fase de diferenciação hormônio-sensível dos órgãos genitais levou a sinais de feminização em fetos masculinos. A observação de recém-nascidos do sexo masculino que foram expostos ao Acetato de ciproterona (substância ativa) no útero não apresentou qualquer sinal de feminização. Entretanto, o uso de Acetato de ciproterona (substância ativa) é contraindicado durante a gravidez.
A inibição temporária da fertilidade em ratos ocasionada pela terapia oral diária com Acetato de ciproterona (substância ativa) não indicou que o tratamento causa dano aos espermatozoides que poderia provocar malformação ou alteração da fertilidade da prole.
Testes de genotoxicidade, reconhecidos como de primeira linha, apresentaram resultados negativos quando conduzidos com Acetato de ciproterona (substância ativa). Entretanto, testes adicionais mostraram que o Acetato de ciproterona (substância ativa) foi capaz de produzir aductos de DNA (e aumentar a atividade de reparação do DNA) em células hepáticas de ratos e macacos e também em hepatócitos humanos isolados. O nível de aducto de DNA em células hepáticas de cães foi extremamente baixo.
Esta formação de aducto de DNA ocorreu sob exposições sistêmicas e pode ser esperada nos tratamentos com a dose recomendada de Acetato de ciproterona (substância ativa). As consequências in vivo do tratamento com Acetato de ciproterona (substância ativa) foram: aumento da incidência de lesões hepáticas focais, possivelmente pré-neoplásicas, onde enzimas celulares foram alteradas em ratas e um aumento na frequência de mutação em ratos transgênicos carregando um gene de bactéria como alvo para mutações.
A experiência clínica e estudos epidemiológicos bem conduzidos até o momento não embasam um aumento na incidência de tumores hepáticos no homem. Investigações de tumorigenicidade do Acetato de ciproterona (substância ativa) em roedores também não revelaram qualquer indicação de um potencial tumorigênico específico.
Entretanto, deve-se levar em consideração que esteroides sexuais podem promover o crescimento de determinados tumores e tecidos hormônio-dependentes.No geral, os dados disponíveis não mostram qualquer objeção ao uso de Acetato de ciproterona (substância ativa) em humanos se usado de acordo com as orientações das indicações e nas doses recomendadas.
Investigações experimentais produziram efeitos semelhantes aos corticoides nas glândulas adrenais em ratos e cães após doses mais elevadas, o que pode indicar efeitos similares em humanos na maior dose utilizada (300 mg/dia).
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