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Ambos primários e metastáticos (doença em um local distante daquele onde ela surgiu primeiro), em pacientes que já tenham recebido tratamento cirúrgico e/ou radioterápico apropriado.
Como terapia secundária, em combinação com outros medicamentos aprovados, em pacientes que apresentem recidivas durante o primeiro tratamento ou quando este houver falhado.
Citostal é uma das nitrosureias, grupo de compostos quimioterápicos, usadas no tratamento de certos tipos de tumor. Embora haja um consenso geral de que Citostal é um agente alquilante, assim como ocorre com outras nitrosureias, ele pode inibir também vários processos enzimáticos chaves.
Citostal deve ser administrado por via oral. O tempo necessário para que metade dessa substância (e/ou dos compostos que dela derivam) seja removida do organismo varia de 16 horas a 2 dias. Os níveis nos tecidos são comparáveis aos níveis no sangue 15 minutos após administração pela veia. Citostal atinge eficazmente o sistema nervoso.
Citostal não deve ser administrado caso você tenha demonstrado ter hipersensibilidade (alergia) prévia a este fármaco ou a qualquer componente presente na formulação.
Somente o número apropriado de cápsulas de Citostal necessário para a administração de uma única dose deve ser dispensado. Citostal é tomado em uma dose oral única e não será repetido por pelo menos 6 semanas.
Você deve considerar os procedimentos quanto à manipulação e ao descarte adequados dos medicamentos antineoplásicos (contra o câncer). Para minimizar o risco de exposição à pele, sempre utilize luvas impermeáveis para manipular os frascos contendo Citostal cápsulas de 10mg ou 40mg. Isto inclui todas as atividades de manuseio.
Para segurança e eficácia desta apresentação, Citostal não deve ser administrado por vias não recomendadas. A administração deve ser somente pela via oral.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
A dose recomendada de Citostal em adultos e pacientes pediátricos é de 130mg/m2 por via oral como dose única a cada 6 semanas.
Em indivíduos com função medular comprometida, a dose deve ser reduzida a 100mg/m2 a cada 6 semanas. Não deve ser administrado outro ciclo de tratamento até que ocorra a recuperação medular (na produção de células do sangue pela medula óssea) em níveis aceitáveis (plaquetas > 100.000/mm3; leucócitos > 4.000/mm3).
Seu médico deve monitorizar seus hemogramas semanalmente. Outros ciclos não devem ser repetidos antes de 6 semanas, porque a toxicidade hematológica é retardada e cumulativa. Doses subsequentes à dose inicial devem ser ajustadas pelo seu médico de acordo com os resultados do seu exame de sangue para avaliar o grau de redução das suas células do sangue após a dose precedente.
Nadir após a dose anterior |
Porcentagem da dose anterior a ser administrada | |
Leucócitos (/mm3) | Plaquetas (/mm3) | |
? 4.000 | ? 100.000 | 100% |
3.000 - 3.999 | 75.000 - 99.999 | 100% |
2.000 - 2.999 | 25.000 - 74.999 | 70% |
< 2.000 | < 25.000 | 50% |
Quando Citostal for usado em combinação com outros medicamentos mielossupressores (depressores da medula óssea), seu médico deve ajustar as doses de acordo.
Citostal deve ser prescrito por profissionais qualificados com experiência no uso de agentes antineoplásicos.
Se você esqueceu de tomar Citostal no horário pré-estabelecido, por favor procure seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou do cirurgião-dentista.
Tem-se relatado que o uso prolongado de nitrosureias está possivelmente associado ao desenvolvimento de malignidades secundárias (outro tipo de câncer).
Citostal deve ser prescrito por profissionais qualificados com experiência no uso de agentes antineoplásicos (contra o câncer). O mais importante e grave dos efeitos tóxicos de Citostal é a supressão medular retardada (redução da produção das células sanguíneas na medula óssea), principalmente, trombocitopenia (redução no número de plaquetas – células responsáveis pela coagulação - no sangue) e leucopenia (redução no número de glóbulos brancos de defesa no sangue), as quais podem contribuir para sangramentos e infecções generalizadas em pacientes já comprometidos.
Na dose recomendada, os ciclos de Citostal não devem ser realizados com frequência maior que a cada 6 semanas. A toxicidade medular de Citostal é cumulativa e, portanto, seu médico deve considerar o ajuste da dosagem com base no nadir (menor queda no número de leucócitos e plaquetas no sangue após a quimioterapia) observado no hemograma referente à dose anterior.
Seu médico deve ter cuidado ao prescrever Citostal se você estiver com níveis reduzidos de plaquetas, leucócitos (glóbulos brancos de defesa) ou eritrócitos (glóbulos vermelhos) no sangue. A toxicidade pulmonar de Citostal parece estar relacionada à dose.
Os testes de funcionamento dos rins e do fígado devem ser periodicamente monitorados pelo seu médico.
O uso concomitante de Citostal com vacina de vírus vivos pode potencializar a replicação do vírus da vacina e/ou pode aumentar as reações adversas do vírus da vacina porque os mecanismos de defesa natural podem estar suprimidos pelo Citostal. Assim, é importante que você informe ao seu médico se está tomando ou pretende tomar vacina durante o tratamento com Citostal.
Em todas as ocasiões onde o uso de Citostal for considerado na quimioterapia, o seu médico deve avaliar a necessidade e os benefícios do medicamento em relação ao risco de efeitos tóxicos ou reações adversas. A maioria destas reações adversas é reversível, se detectada precocemente. Quando tais reações ocorrerem, a dose do medicamento deverá ser reduzida ou descontinuada e deverão ser tomadas medidas corretivas de acordo com a decisão do seu médico.
O restabelecimento da terapia com Citostal deve ser realizado com cautela, considerando-se a necessidade do medicamento e a possibilidade de recorrência de toxicidade.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
O uso seguro na gravidez não foi estabelecido. Citostal pode causar dano ao feto quando administrado a mulheres grávidas. Se você utilizar este medicamento durante a gravidez ou se você engravidar enquanto estiver tomando este medicamento, existe um risco potencial ao feto. Se você estiver em idade de engravidar, adote medidas contraceptivas para evitar a gravidez.
Citosta pode ser excretado no leite materno, entretanto este fato não foi confirmado ainda. Como o risco para a criança que está sendo amamentada existe, informe o seu médico se você estiver amamentando, para que ele decida entre suspender a amamentação ou o tratamento com Citostal.O Citostal pode ter um efeito mutagênico.
Para pacientes homens tratados com Citostal é recomendável não terem filhos durante ou em até 6 meses após o tratamento. O tratamento com Citostal pode causar infertilização irreversível, consulte seu médico para maiores informações.
Devido à supressão medular retardada, seu médico deve monitorizar os hemogramas semanalmente por pelo menos seis semanas após a dose.
Seu médico determinará a necessidade de realizar estudos da função pulmonar basal – antes do início do tratamento - e estudos da função pulmonar durante o tratamento, assim como testes que avaliam o funcionamento do fígado e dos rins.
Efeito na habilidade de dirigir e uso de máquinas Nenhum estudo relacionado ao efeito na habilidade de dirigir e uso de máquinas foi realizado.
Foi reportado um caso em que a combinação de lomustina e cimetidina potencializou os efeitos da trombocitopenia e da leucopenia. A administração destes medicamentos individualmente não induziu anormalidades hematológicas (no sangue) significantes.
Informe ao seu médico se estiver utilizando medicamentos antiepiléticos ou quimioterápicos.
A vacinação com vírus ou bactérias inativados (vivos) em pacientes imunocomprometidos (com comprometimento do sistema imune, responsável pelas defesas do organismo) devido ao uso de medicamentos quimioterápicos pode levar a infecções graves e até fatais. Portanto, deve haver um intervalo de pelo menos 3 meses entre o final da quimioterapia e a vacinação.
Há um risco aumentado de doença sistêmica fatal com o uso concomitante com vacinas vivas. Vacinas vivas não são recomendadas em pacientes imunodeprimidos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Náuseas e vômitos podem ocorrer cerca de 3 a 6 horas após uma dose oral e geralmente persistem por menos de 24 horas. A frequência e a duração desses efeitos podem ser reduzidas pela administração prévia de antieméticos - medicamentos que previnem náuseas e vômitos - e também pela administração de Citostal a pacientes em jejum.
A toxicidade mais frequente e grave de Citostal é a supressão medular retardada. Ocorre geralmente de 4 a 6 semanas após a administração do medicamento e está relacionada à dose. Trombocitopenia ocorre cerca de 4 semanas após a administração e persiste por 1 ou 2 semanas. Leucopenia ocorre de 5 a 6 semanas após uma dose de Citostal e persiste por 1 ou 2 semanas. Aproximadamente 65% dos pacientes recebendo 130mg/m2 apresentam leucopenia abaixo de 5.000 leucócitos/mm3 e 36% apresentam leucopenia abaixo de 3.000 leucócitos/mm3.
A trombocitopenia é geralmente mais grave que a leucopenia. Entretanto, ambos podem ter toxicidades dose-limitantes. Citostal pode produzir supressão medular cumulativa, manifestada através de índices mais diminuídos, ou por supressão mais prolongada após doses repetidas. A ocorrência de leucemia aguda (câncer de origem na medula óssea) e displasias medulares (desenvolvimento anormal das células da medula óssea) têm sido relatada em pacientes sob tratamento prolongado com nitrosureias. Anemia (diminuição de células vermelhas no sangue) também ocorre, porém é menos frequente e menos grave que a trombocitopenia ou a leucopenia.
A toxicidade pulmonar caracterizada por infiltrados pulmonares (inflamação no pulmão) e/ou fibrose (cicatriz) tem sido raramente relatada com o uso de Citostal. O início da toxicidade ocorreu após um intervalo de seis meses ou mais desde o início do tratamento com doses cumulativas de Citostal geralmente maiores que 1.100mg/m2. Há um relato de toxicidade pulmonar com uma dose cumulativa de somente 600mg.
Fibrose pulmonar de início retardado ocorrendo até 20 anos após o tratamento tem sido relatada em pacientes com tumores intracranianos que receberam nitrosureias relacionadas durante a infância e o início da adolescência.
Têm sido raramente relatadas estomatite (inflamação dentro da boca), alopecia (queda de cabelo), anemia, atrofia ótica (redução de fibras do nervo óptico) e distúrbios visuais, como perda de visão.
Reações neurológicas como desorientação, letargia (perda temporária e completa dos movimentos), ataxia (desequilíbrio) e disartria (dificuldade para falar) têm sido observadas em alguns pacientes recebendo Cistostal.
Entretanto, não está esclarecida a relação com a medicação nesses pacientes.
Anormalidades renais consistindo de redução do tamanho dos rins, azotemia progressiva (elevação dos níveis de compostos como a ureia e a creatinina no sangue) e falência renal têm sido relatadas em pacientes que recebem altas doses cumulativas após terapia prolongada com Citostal e nitrosureias relacionadas. Ocasionalmente, também têm sido relatados casos de danos renais em pacientes recebendo doses totais inferiores.
Um tipo reversível de toxicidade no fígado, manifestada pelo aumento dos níveis de transaminase, fosfatase alcalina e bilirrubina (substâncias produzidas pelo fígado) tem sido relatada em uma pequena porcentagem de pacientes recebendo Citostal.
As frequências dos eventos adversos relatados durante a experiência de pós-comercialização não podem ser definidas uma vez que são obtidos de relatos espontâneos.
Eventos adversos relatados durante a fase clínica de pós comercialização | ||
Sistema de classe de órgão | Frequência | Reações adversas |
Neoplasia benigna,malignas (incluindo cistos e pólipos | Não conhecida |
Leucemia aguda, síndrome mielodisplásica (grupo de doenças com origem na medula óssea) |
Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático | Muito comum |
Leucopenia |
Não conhecida |
Falência da medula óssea, trombocitopenia, anemia | |
Distúrbios do sistema nervoso | Não conhecida |
Coordenação anormal, desorientação, letargia, disartria |
Distúrbios respiratórios torácicos e mediastinais | Não conhecida |
Fibrose pulmonar, infiltração pulmonar |
Distúrbios gastrintestinais | Não conhecida |
Náusea, vômito, estomatite |
Distúrbios hepatobiliares | Não conhecida |
Aumento das transaminases, aumento da bilirrubina no sangue |
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo | Não conhecida |
Alopecia |
Distúrbio renal e urinário | Não conhecida |
Insuficiência renal, azotemia, atrofia renal, lesão renal |
Investigações | Não conhecida |
Aumento da fosfatase alcalina no sangue |
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
10mg ou 40mg lomustina para administração oral.
Excipientes: Estearato de magnésio e manitol.
A superdose acidental com lomustina tem sido reportada, incluindo casos fatais. Superdose acidental tem sido associada com supressão da medula óssea, dores abdominais, diarreia, vômito, anorexia (transtorno alimentar), letargia, tontura, função hepática alterada, tosse e falta de ar.
Não há um antídoto específico para a superdose com Citostal. Em caso de superdose, medidas de suporte adequadas devem ser tomadas.
O médico em unidade de emergência deve avaliar a adoção de lavagem gástrica e/ou uso de carvão ativado em caso de ingestão aguda, além de monitorizar a mielossupressão, avaliando a necessidade de terapia de suporte hematológico (Ex.: transfusão de sangue). Por causa da natureza lipofílica do medicamento, não é possível realizar diálise.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Foi reportado um caso em que a combinação de Lomustina (substância ativa) e cimetidina potencializou os efeitos da trombocitopenia e da leucopenia. A administração destes fármacos individualmente não induziu anormalidades hematológicas significantes.
A coadministração de medicamentos antiepiléticos e quimioterápicos, incluindo o Lomustina (substância ativa), podem levar a complicações secundárias às interações farmacocinéticas entre os medicamentos.
A vacinação com vírus ou bactérias inativados (vivos) em pacientes imunocomprometidos devido ao uso de agentes quimioterápicos pode levar a infecções graves e até fatais. Portanto, deve haver um intervalo de pelo menos 3 meses entre a descontinuação da quimioterapia e a vacinação.
Há um risco aumentado de doença sistêmica fatal com o uso concomitante com vacinas vivas. Vacinas vivas não são recomendadas em pacientes imunodeprimidos.
Uma revisão sistemática da literatura com meta-análise, envolvendo mais de 3.000 pacientes provenientes de 16 estudos randomizados, mostrou ganho em sobrevida para pacientes portadores de astrocitoma anáplasico e glioblastoma multiforme (GBM) tratados com combinação de radioterapia e quimioterapia em relação aos tratados com radioterapia isolada. O ganho absoluto em sobrevida foi de 10% em um ano para o tratamento combinado.
Outra revisão sistemática de literatura com meta-análise, incluindo dados individuais de 3.004 pacientes com glioma de alto grau, provenientes de doze estudos randomizados controlados, também avaliou o papel da adição de quimioterapia em relação ao tratamento radioterápico isolado. O emprego da quimioterapia esteve associado a uma redução significativa do risco relativo de morte de 15% (p<0,0001) (Tabela 1).
Uma terceira revisão sistemática com meta-análise, envolvendo pacientes portadores de GBM, avaliou o papel de quimioterapia com nitrosureias e mostrou aumento relativo de 35% de sobrevida em um ano (Tabela 1).
A dose de Lomustina (substância ativa), como agente único ou combinado a outros fármacos sob diferentes regimes, naqueles estudos randomizados, variou entre 100 - 130mg/m2 a cada seis a oito semanas.
Um estudo de fase III envolvendo 318 pacientes com glioblastoma anaplásico foram randomizados sob regime 2:1:1 entre três diferentes tratamentos: radioterapia convencional (braço A), Lomustina (substância ativa) 110mg/m2 associada a procarbazina e vincristina – PCV – (braço B) ou temozolamida (braço C).
Em caso de progressão ou toxicidade, os pacientes no braço A poderiam ser tratados com PCV ou temozolomida e os pacientes dos braços B e C poderiam ser tratados com radioterapia. O desfecho principal avaliado foi tempo para progressão e foi similar entre os três braços estudados (HR = 1,2; 95%IC, 0,8 a 1,8) (Tabela 1).
Um estudo randomizado incluindo 368 pacientes portadores de oligodendroglioma ou oligodendroglioma anaplásicos, avaliou o papel da combinação de radioterapia e quimioterapia com Lomustina (substância ativa) de 110mg/m2 em dose única associada a procarbazina e vincristina (PCV) em relação a radioterapia isolada.
Foi observado um aumento no tempo da sobrevida livre de progressão para a adição da quimioterapia (23 versus 13,2 meses p = 0,0018) porém sem ganho em sobrevida global (Tabela 1).
Um estudo de fase II incluindo 24 pacientes portadores de oligodendroglioma resistentes à temozolomida, mostrou que o tratamento de resgate sob o esquema PCV produziu 17% de resposta e aproximadamente 50% de sobrevida livre de progressão em 6 meses.
Outro estudo fase II envolvendo 24 pacientes portadores de glioma de alto grau recidivado ou com doença em progressão após radioterapia, avaliou tratamento com reirradiação e Lomustina (substância ativa) na dose de 130mg/m2 a cada seis semanas até o máximo de 12 ciclos. Este estudo mostrou taxa de resposta de 33% e sobrevida global de 13,7 meses a partir do início do retratamento.
Tabela 1 – Estudos com o uso da Lomustina (substância ativa) em pacientes com tumores cerebrais
TPP = tempo para progressão.
RT = radioterapia.
QT = quimioterapia.
PCV = procarbazina, vincristina e Lomustina (substância ativa).
RR = risco relativo.
HR = razão de risco.
SLP= Sobrevida livre de Progressão.
Um estudo randomizado incluindo 172 pacientes com idade inferior a 18 anos de idade, portadores de astrocitoma de alto grau, tratados com cirurgia e radioterapia, comparou dois esquemas quimioterápicos adjuvantes: o esquema considerado padrão era composto por Lomustina (substância ativa) na dose de 100mg/m2 associado a prednisona em ciclos a cada 6 semanas e o esquema experimental era composto por múltiplos medicamentos em um regime conhecido como “8 em 1”.
Este estudo mostrou que, em cinco anos, a sobrevida livre de progressão e a sobrevida global foram de 33% e 36%, respectivamente, sem diferença estatística entre os braços. O grupo de pacientes tratados com Lomustina (substância ativa) apresentou menor toxicidade (especialmente mielossupressão e ototoxicidade) (Tabela 2).
Um estudo fase II envolvendo 42 pacientes com idade inferior a 18 anos, portadores de glioma de baixo grau sem tratamento prévio ou com recidiva, tratados com Lomustina (substância ativa) 110mg/m2 (associado a tioguanina, procarbazina, dibromodulcitol e vincristina) com ciclos repetidos após recuperação hematológica, mostrou tempo para falha do tratamento de 132 semanas e taxa de sobrevida global em 5 anos de 78%.
Um estudo de fase III incluindo 379 pacientes entre 3 a 21 anos, portadores de meduloblastoma não disseminado, tratados com radioterapia seguida de um de dois regimes de quimioterapia, um deles contendo Lomustina (substância ativa) 75mg/m2 associada a vincristina e cisplatina com ciclos realizados em intervalos dependentes de recuperação hematológica, mostrou sobrevida livre de eventos em cinco anos de 81% (Tabela 2).
Tabela 2 - Estudos com o uso da Lomustina (substância ativa) em pacientes com tumores cerebrais?
RT= radioterapia.
QT= quimioterapia.
SVLE= sobrevida livre de eventos.
CITOSTAL = Lomustina (substância ativa).
CDDP = cisplatina.
VCR = vincristina.
CFM = ciclofosfamida.
Um estudo de fase II incluindo 28 pacientes com tumores primitivos de mama e pulmão, avaliou o papel que a quimioterapia com Lomustina (substância ativa) na dose de 80mg/m2, associada a carboplatina, vinorelbina, 5-fluorouracila e ácido folínico com ciclos repetidos a cada seis semanas. Foi observada taxa de resposta de 35% com tempo mediano para progressão de 3,7 meses (Tabela 3).
Tabela 3 – Estudo com a Lomustina (substância ativa) na metástase cerebral?
TPP = tempo para progressão.
CITOSTAL = Lomustina (substância ativa).
Carbo = carboplatina.
NVB = vinorelbina 5-FU = 5- fluorouracila.
LCV = ácido folínico.
A Lomustina (substância ativa) tem sido utilizada historicamente em regimes quimioterápicos de resgate para tratamento de doença de Hodgkin refratária.
Um estudo de fase III, envolvendo 113 pacientes com recidiva de doença após tratamento inicial, comparou três diferentes esquemas quimioterápicos. Um esquema conhecido como CVPP, contendo Lomustina (substância ativa) na dose de 75mg/m2 associada a vinblastina, procarbazina e prednisona em ciclos mensais; um segundo esquema conhecido como ABOS; ou um terceiro regime com alternância de CVVP e ABOS. Este estudo mostrou que a taxa de resposta completa variou entre 70 e 82% entre os três esquemas de tratamento, sem diferença estatisticamente significante entre eles (p= 0,37). A sobrevida global em cinco anos para os pacientes em resposta completa foi de 60% (Tabela 4).
Outro estudo fase III conduzido pelo CALGB, incluiu 60 pacientes com tratamento padrão para a doença refratária. Este estudo comparou o tratamento de resgate com Lomustina (substância ativa) 100mg/m2 a cada 6 semanas ao tratamento com carmustina. Este estudo mostrou superioridade em taxa de resposta (60% versus 28% p= 0,025) favorecendo a Lomustina (substância ativa), sem diferença em sobrevida mediana (11,2 versus 5,4 meses p = 0,16) (Tabela 4).
A Lomustina (substância ativa) também foi avaliada em um estudo fase II envolvendo 26 pacientes portadores de linfoma de Hodgkin refratário, 15 dos quais haviam previamente recebido tratamento quimioterápico em altas doses. Foi utilizada Lomustina (substância ativa) na dose de 1mg/kg de peso no primeiro dia de quimioterapia, associada ao esquema contendo vinblastina, metotrexato, clorambucila, dexametasona e bleomicina, em ciclos a cada 56 dias. Este estudo mostrou taxa de resposta de 67% (com 21% de respostas completas) e sobrevida mediana de 13 meses.
Tabela 4 – Estudos com a Lomustina (substância ativa) em doença de Hodgkin refratária
SVLF = sobrevida livre de falência.
CVPP = Lomustina (substância ativa), vinblastina, procarbazina e prednisona.
ABOS = bleomicina, vincristina, doxorrubicina e estreptozocina; CITOSTAL = Lomustina (substância ativa); BCNU = carmustina.
Lomusina é uma das nitrosureias usadas no tratamento de certas neoplasias. Sua fórmula química é 1-(2-cloroetil)-3 ciclohexil-1-nitrosureia. É um pó amarelo, com a fórmula empírica C9H16ClN3O2 e peso molecular de 233,71.
Lomustina (substância ativa) é solúvel em etanol 10% (0,05mg/mL) e álcool absoluto (70mg/mL). É relativamente insolúvel em água (< 0,05mg/mL) e está relativamente não ionizado em pH fisiológico.
Embora haja um consenso geral de que Lomustina (substância ativa) é um agente alquilante, assim como ocorre com outras nitrosureias, ele pode inibir também vários processos enzimáticos chaves.
Lomustina (substância ativa) deve ser administrado por via oral. Após administração por via oral do Lomustina (substância ativa) radioativo, em doses variando de 30mg/m2 a 100mg/m2, cerca de metade da radioatividade administrada foi excretada em 24 horas. A meia-vida sérica do fármaco e/ou dos metabólitos varia de 16 horas a 2 dias. Os níveis tissulares são comparáveis aos níveis plasmáticos 15 minutos após administração intravenosa.
Por sua alta solubilidade em lipídeos e relativa falta de ionização em pH fisiológico, Lomustina (substância ativa) atravessa eficazmente a barreira hematoencefálica. Os níveis de radioatividade no líquido cefalorraquidiano correspondem a 50% ou mais dos níveis mensurados concomitantemente no plasma.
Conservar o produto em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), bem fechado em sua embalagem original. Proteger da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: Vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
É apresentado em cápsulas gelatinosas duras e opacas, contendo pó de coloração branca a branca amarelada, com a tampa e o corpo brancos contendo o impresso, em tinta preta, paralelo ao seu eixo longitudinal, “CPL” sobre “3030” na tampa e “10 MG” no corpo da cápsula.
É apresentado em cápsulas gelatinosas duras e opacas, contendo pó de coloração branca a branca amarelada, com a tampa branca e o corpo verde-musgo contendo o impresso, em tinta preta, paralelo ao seu eixo longitudinal, “CPL” sobre “3031” na tampa e “40 MG” no corpo da cápsula.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Reg. MS - 1.0180.0104
Responsável Técnico:
Dra. Elizabeth M. Oliveira - CRF-SP nº 12.529
Fabricado por:
Corden Pharma Latina S.p.A. Via del Murillo,
Km 2800 - Sermoneta (Latina) - Itália
Importado por:
Bristol-Myers Squibb Farmacêutica LTDA.
Rua Verbo Divino, 1711
Chácara Santo Antônio – São Paulo – SP
CNJP 56.998.982/0001-07
Sac: 0800 727 6160
Venda sob prescrição médica.
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