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Este medicamento é destinado ao tratamento das alterações do fígado, decorrentes da ingestão excessiva de bebida alcoólica, em particular fígado gorduroso e hepatite alcoólica.
Também é apropriado para completar protocolos terapêuticos referentes ao “desmame” inicial e manutenção na abstinência de indivíduos alcoólicos.
METADOXIL acelera a eliminação do álcool nos tecidos e no sangue, para facilitar a eliminação do acetaldeído residual, ajudando a restabelecer a função do fígado normal.
Você não deve tomar METADOXIL se tiver alergia ao pidolato de piridoxina ou aos outros componentes da fórmula.
Você deve tomar os comprimidos por via oral, sem mastigar e com líquido suficiente para engolir.
Para os casos agudos de ingestão excessiva de bebida alcoólica, recomenda-se utilizar de 1 a 4 comprimidos ao dia por via oral a critério do médico.
Para os casos crônicos de ingestão excessiva de bebida alcoólica, recomenda-se utilizar de 2 a 3 comprimidos ao dia por via oral com duração mínima de 30 a 90 dias ou enquanto permanecer a ingestão excessiva de bebida alcoólica ou a critério do médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Você pode tomar a dose seguinte como de costume, isto é, na hora regular e sem dobrar a dose.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Se você utiliza L-dopa para doença de Parkinson, deve ser dada uma atenção especial, pois o pidolato de piridoxina pode interferir no efeito do fármaco.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. (Categoria de risco na gravidez: categoria B)
Não deve ser usado durante a lactação sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não foram relatadas reações indesejáveis específicas com o METADOXIL. Porém, algumas reações podem ocorrer ocasionalmente, como com qualquer outro medicamento. Os mais comuns são: dores no estômago e alergias na pele.
Cada comprimido revestido de metadoxil contém: | |
pidolato de piridoxina | 500mg |
excipientes qsp | 1 compr revestido |
Excipientes: celulose microcristalina, corante azul brilhante laca, dióxido de silício, dióxido de titânio, estearato de magnésio, hipromelose, polietilenoglicol, talco.
Não existem relatos de intoxicação por superdosagem de METADOXIL. Em caso de administrar uma dose maior que a recomendada em bula acidentalmente, deve procurar um médico ou um centro de intoxicação imediatamente. O apoio médico imediato é fundamental, mesmo se os sinais e sintomas de intoxicação não estejam presentes.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001(CEATOX), se você precisar de mais orientações.
O Pidolato de Piridoxina (substância ativa) pode aumentar a descarboxilação periférica da L-Dopa, reduzindo a sua eficácia.
O Pidolato de Piridoxina (substância ativa) é o resultado da reação das moléculas de piridoxina e ácido carboxílico pirrolidona. A piridoxina também é conhecida como Vitamina B6 e o carboxilato pirrolidona (também conhecido como piroglutamato) é um derivado cíclico do ácido glutâmico.
Ambas as substâncias ocorrem na natureza. São componentes da dieta humana, sendo encontrados nos tecidos humanos. Portanto, não deve ser esperada nenhuma toxicidade imprópria.
Os sais do ácido piroglutâmico ou carboxilatos pirrolidona são facilmente hidrolisados no organismo, tornando disponível o ácido cíclico para os processos metabólicos. Esta combinação está fisiologicamente presente em vários tecidos corpóreos, inclusive no tecido nervoso, sendo obtido da dieta ou da ciclização fisiológica do ácido glutâmico.
O piroglutamato é rapidamente metabolizado para glutamato pela enzima oxoprolinase.
Além de ser um precursor do glutamato, o piroglutamato exerce alguns efeitos diretos, principalmente sobre o sistema nervoso central, onde entra com maior facilidade devido a que, representando uma variância em relação ao glutamato, atravessa a barreira hematoencefálica.
As ações sobre as funções cognitivas e memória mediada pela ativação do sistema colinérgico são definitivamente importantes e clinicamente relevantes para facilitar a recuperação das funções superiores normais prejudicadas pela intoxicação, principalmente pela intoxicação alcoólica.
Nas condições de hiperamoniemia com os conseqüentes sintomas neurológicos – a assim denominada encefalopatia hepática característica da cirrose alcoólica terminal – o suporte às funções do sistema nervoso central podem ser úteis. Porém, o principal papel do piroglutamato está nas ações metabólicas que o mesmo pode exercer, principalmente sobre a função hepática.
Em primeiro lugar, o piroglutamato é um intermediário no ciclo ?-glutamil, um sistema de transporte de aminoácidos dentro da célula, através da membrana celular. O glutamato formado pelo metabolismo do piroglutamato exerce outras funções metabólicas importantes.
O derivado N-acetilglutamato, obtido de forma similar pela metabolização, desempenha um papel essencial na manutenção do equilíbrio de nitrogênio, devido à ativação da enzima carbamoil sintetase I, uma das enzimas chaves no ciclo da uréia.
Adicionalmente, pela reação com o oxaloacetato - um intermediário do ciclo de Krebs, participa da biosíntese do aspartato, um elemento essencial do ciclo da uréia.
O glutamato também pode reagir com a amônia para formar glutamina, contribuindo desta forma para a desintoxicação e para a fixação do nitrogênio pelo organismo. Esta via é importante em muitos tecidos e, particularmente, no sistema nervoso central. É um dos principais mecanismos de transporte de amônia para o fígado. Realmente, no fígado, a enzima glutaminase libera amônia que entra no ciclo da uréia, e glutamato.
Portanto, torna-se evidente que, em condições de hiperazotemia, como aquelas verificadas na intoxicação aguda e, em maior extensão, na intoxicação crônica, torna-se necessária a presença adequada de glutamato, o que justifica a presença de sua forma cíclica, mais adequada para ambos, o fígado e as atividades do SNC do que a forma aberta, no preparado previsto para o tratamento da doença hepática alcoólica e de suas conseqüências psicopatológicas.
O contra-íon no par de íons do Pidolato de Piridoxina (substância ativa) é a piridoxina, também conhecida como Vitamina B6. Na forma de fosfato piridoxal, a piridoxina age como uma co-enzima em muitas reações relevantes do metabolismo dos aminoácidos, carboidratos, esfingolipídeos, heme; na formação dos sais do ácido biliar, resultando na eliminação de sua característica tóxica, e em muitas outras reações metabólica diversas.
No caso de uma intoxicação, as concentrações hepáticas de fosfato piridoxal são diminuídas, provavelmente por causa do catabolismo aumentado da vitamina. Realmente, no paciente cirrótico, a taxa da síntese de fosfato piridoxal a partir da piridoxina exógena aparenta permanecer normal.
O significado clínico exato de tal diminuição ainda não está completamente esclarecido.
Porém, é conhecido que a disponibilidade reduzida de piridoxina prejudica os mecanismos de deaminação e descarboxilação do fígado, as principais reações metabólicas que controlam a biosíntese dos aminoácidos, biotransformação e catabolismo pelo ciclo da uréia, além de prejudicar vários passos do ciclo de Krebs.
Adicionalmente, a disponibilidade insuficiente de piridoxina reduz a síntese de taurino, necessário para conjugar e eliminar a característica tóxica dos ácidos biliares.
Portanto, a disponibilidade insuficiente da piridoxina pode prejudicar facilmente as funções hepáticas, ao contrário, o fornecimento exógeno de piridoxina biologicamente disponível é útil em todos aqueles casos de metabolismo hepático prejudicado e hiperamoniemia, como as intoxicações agudas e crônicas.
O Pidolato de Piridoxina (substância ativa) reduz a alcoolemia e o tempo de exposição do tecido à ação lesiva do álcool, facilitando o metabolismo e aumentando a eliminação do álcool e do seu metabólito tóxico na urina, o acetaldeido. Ele promove uma ação de proteção nas células, prevenindo alterações devido ao desequilibrio redox, facilita a oxidação do excesso NADH e mantém níveis altos de glutationa, assim contribuindo com a proteção das membranas dos danos lipoperoxidativos.
O Pidolato de Piridoxina (substância ativa) também antagoniza a redução dos níveis hepáticos e cerebrais de ATP, estimulando a síntese “de novo”. Além disso, atua nos neurotransmissores, aumentado a liberação de GABA e acetilcolina.
O tratamento com Pidolato de Piridoxina (substância ativa) no alcoolismo agudo revelou a eficácia e a ação rápida nos componentes excitomotoriais da intoxicação alcoólica aguda. Nos casos de alcoolismo crônico, sem a síndrome de abstinência durante o tratamento, há uma tendência estatisticamente significativa em direção à normalização dos parâmetros bioquímicos séricos, como a ?GT (o principal marcador que é alterado no alcoolismo crônico), bilirrubina e GOT. Finalmente, uma cinética de eliminação do álcool no sangue mais rápida foi encontrada nas curvas de cargas alcoolêmicas em pacientes saudáveis, junto com a prevenção do aumento dos níveis de ornitil-carbamil-transferase (OCT), a enzima a qual revela, sobre todas as demais dos níveis hepáticos, danos nos aparatos mitocondriais que são o gerador de energia química.
O perfil farmacocinético em humanos encontra-se bem de acordo com aquele previsto em animais experimentais. A absorção após a administração oral é rápida e com alta biodisponibilidade absoluta e reprodutiva (60%-80%). A farmacocinética e, conseqüentemente, o perfil de distribuição é peculiar para o Pidolato de Piridoxina (substância ativa), e não pode ser imitado pela administração de piridoxina somente. Apesar de não ter sido realizado o mesmo estudo com carboxilato de pirrolidona, este achado isoladamente é suficiente para excluir que a administração extemporânea das duas moléculas pode resultar na mesma farmacocinética, e portanto no mesmo efeito farmacodinâmico, como o Pidolato de Piridoxina (substância ativa).
O pico de concentração, a meia-vida plasmática e área sob a curva (biodisponibilidade relativa) do Pidolato de Piridoxina (substância ativa) administrado como comprimido ou solução são as mesmas. Porém, a solução proporciona absorção mais rápida.
A administração intravenosa fornece uma quantidade maior da substância disponível. A ligação do Pidolato de Piridoxina (substância ativa) às proteínas é relativamente baixa, aproximadamente 50%.
A distribuição das moléculas de piridoxina e de carboxilato de pirrolidona ocorre em quase todos os tecidos, em proporções geralmente próximas daquelas do Pidolato de Piridoxina (substância ativa).
Quantidades bastante maiores são absorvidas pelo fígado, rins e cérebro. O metabolismo é consistente com a informação bioquímica conhecida sobre o metabolismo da piridoxina e do piroglutamato. A excreção é distribuída de forma quase igual entre a urina (40% e 50% em 24 horas) e fezes (35% e 50% em 96 horas), sendo mais rápida aquela da urina. A informação combinada do perfil da concentração plasmática sanguínea, distribuição e excreção, recomendam não exceder a programação de dosagem de duas a três vezes ao dia para administração de dose repetida em humanos, com finalidades terapêuticas.
Foi descoberta que a toxicidade do produto é bastante baixa. A DL50 pela via intravenosa é 3480 mg/kg (ratos), enquanto pela via i.p. a DL50 é mais alta do que 6 g/kg. A toxicidade sub-aguda foi avaliada em 3 espécies animais por 40 dias em 2 níveis de dosagem, sendo que a mais alta das duas foi 1,5mg/kg por via oral. Os achados no nível humoral e uma análise de autópsia não revelaram alterações. A toxicidade crônica foi avaliada em cães e ratos por 26 semanas.
Foram observados efeitos na motilidade de cães em doses correspondentes a 0,5 g/kg do peso corpóreo.
O Pidolato de Piridoxina (substância ativa) não demonstrou nenhuma atividade mutagênica com o teste de AMES ou nas culturas de células mamárias.
Não foram observados efeitos nocivos em ratas e coelhas grávidas e também não foi encontrada nenhuma atividade teratogênica em fetos e animais recém-nascidos.
Você deve conservar METADOXIL em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos do METADOXIL são revestidos de cor branca, formato oval e faces lisas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
M.S. No 1.0146.0087
Farm. Resp.: Dr. Roberto Andrade Milan
CRF-SP no 8.956
LABORATÓRIOS BALDACCI LTDA
Rua Pedro de Toledo, 520 - Vl. Clementino - São Paulo - SP
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