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Este medicamento é usado para tratar crises parciais (convulsões simples, complexas e secundariamente generalizadas) e generalizadas tônico-clônicas.
A oxcarbazepina pode ser utilizada isoladamente (isto é, monoterapia) ou em combinação com outros medicamentos antiepilépticos. Normalmente, o médico vai tentar encontrar o medicamento que funciona melhor, mas nos casos de epilepsia mais grave, uma combinação de dois ou mais medicamentos pode ser necessária para controlar as crises.
A oxcarbazepina pertence ao grupo de medicamentos denominados anticonvulsivantes ou antiepilépticos (medicamentos para tratar a epilepsia).
Os medicamentos antiepilépticos, como a oxcarbazepina, são tratamento padrão para a epilepsia.
A epilepsia é um distúrbio cerebral que leva as pessoas a ter recorrentes crises (ou convulsões).
As crises acontecem devido a uma falha temporária na atividade elétrica do cérebro.
Normalmente, as células do cérebro coordenam os movimentos do corpo através do envio de sinais através dos nervos para os músculos de forma organizada e ordenada. Na epilepsia, as células do cérebro enviam muitos sinais de forma desordenada. O resultado pode ser uma atividade muscular desordenada, que é chamada de crise epiléptica. Este medicamento atua mantendo as células nervosas "superexcitadas" sob controle, suprimindo ou reduzindo a frequência das crises.
Existem duas classes principais de crises epilépticas: generalizada e parcial.
As crises generalizadas envolvem uma ampla área do cérebro, causam perda da consciência e podem afetar todo o corpo. Existem dois principais tipos de crises generalizadas: tônicoclônicas (grande mal) e crises de ausência (pequeno mal).
As crises parciais envolvem uma área limitada do cérebro (isto é, origem focal), mas podem se espalhar para todo o cérebro e podem causar uma crise tônico-clônica secundariamente generalizada. Existem dois tipos de crises parciais: simples e complexa. Nas crises parciais simples, o paciente permanece consciente, enquanto que, nas crises parciais complexas, a consciência do paciente é alterada.
É alérgico (hipersensível) à oxcarbazepina (substância ativa deste medicamento) ou eslicarbazepina (outra substância ativa relacionada à oxcarbazepina) ou a qualquer outro componente da formulação deste medicamento.
Se isto se aplica a você, informe ao seu médico antes de tomar este medicamento. Se você acha que pode ser alérgico, peça orientação ao seu médico.
Sempre tome este medicamento de acordo com as indicações de seu médico e farmacêutico, mesmo que sejam diferentes das apresentadas nesta bula. Não exceda a dose recomendada prescrita pelo seu médico. Se você estiver tomando a oxcarbazepina, não pare repentinamente de tomá-la sem antes verificar com seu médico. Seu médico irá informá-lo se você pode e se deve parar de tomar este medicamento.
Engula os comprimidos com um pouco de água. Se necessário, os comprimidos de 600 mg podem ser partidos ao meio para ajudar a engolir.
Tome o seu medicamento exatamente como o seu médico ou farmacêutico orientou.
A oxcarbazepina deve ser tomada duas vezes ao dia, todos os dias, aproximadamente no mesmo horário do dia, a menos que o médico lhe oriente de outra maneira. Tomando a oxcarbazepina no mesmo horário todo dia, você irá ter o melhor efeito no controle da epilepsia. Isto também irá ajudá-lo a lembrar-se de quando tomar o medicamento.
A dose inicial habitual de oxcarbazepina para adultos (incluindo pacientes idosos) é de 600 mg por dia.
Tome um comprimido de 300 mg duas vezes ao dia. Esta dose pode ser aumentada gradualmente, se necessário, até que os melhores resultados sejam obtidos. As doses de manutenção são geralmente entre 600 e 2.400 mg ao dia.
A dose máxima pode atingir, em casos excepcionais, 4.200 mg por dia.
A dose é a mesma se a oxcarbazepina estiver sendo tomada junto com outro antiepiléptico.
A dose inicial em pacientes com doença renal (com comprometimento da função renal) é a metade da dose inicial habitual.
A dose para crianças será calculada pelo médico e depende do peso da criança. A dose inicial é de 8 a 10 mg por kg de peso corporal por dia, administrada em duas doses divididas. Por exemplo, uma criança de 30 kg vai iniciar o tratamento com uma dose de 150 mg duas vezes ao dia. Se necessário, esta dose pode ser aumentada gradualmente até que os melhores resultados sejam obtidos. A dose de manutenção usual para uma criança é de 30 a 46 mg por kg de peso corporal por dia. A dose máxima para uma criança é de 60 mg por kg de peso corporal por dia.
O seu médico irá informar-lhe durante quanto tempo vai durar o tratamento com a oxcarbazepina. A duração do tratamento é baseada no tipo de crise; pode ser necessário o tratamento contínuo por muitos anos para controlar as crises. Não altere a dose ou interrompa o tratamento sem conversar com o seu médico. Tomar oxcarbazepina no mesmo horário todos os dias irá ajudá-lo a se lembrar de tomar seu medicamento.
Parar o tratamento com a oxcarbazepina pode piorar suas crises. Não pare de tomar seu medicamento a menos que o seu médico tenha lhe orientado.
Se você tiver alguma dúvida em como utilizar este medicamento, pergunte ao seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido# ou mastigado.
# Aplicável apenas aos comprimidos revestidos de 300 mg.
Se você esquecer apenas uma dose, tome-a assim que se lembrar. No entanto, se coincidir com o horário da próxima dose, não tome a dose esquecida. Basta voltar a tomar o medicamento em seu horário normal. Não dobrar a dose em momento algum.
Se você estiver inseguro ou tiver se esquecido de tomar várias doses, informe ao seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Siga cuidadosamente todas as orientações do seu médico. Estas podem ser diferentes das informações gerais contidas nesta bula.
O risco de reações cutâneas graves em pacientes de origem chinesa Han ou tailandesa, associado ao uso de oxcarbazepina, carbamazepina ou compostos quimicamente relacionados, pode ser previsto através do teste de amostra de sangue desses pacientes. O seu médico informará se é necessário realizar este exame de sangue antes de tomar este medicamento.
Se qualquer uma das situações acima se aplica a você, informe ao seu médico antes de tomar este medicamento.
Não interrompa seu tratamento com oxcarbazepina sem primeiro confirmar com seu médico.
Para evitar a piora repentina das suas crises, não interrompa seu tratamento abruptamente.
Antes e durante o seu tratamento com oxcarbazepina, seu médico pode solicitar exames de sangue para determinar a dose para você. Seu médico irá lhe informar quando realizar estes exames.
A oxcarbazepina pode ser tomada com ou sem alimentos. O álcool pode aumentar os efeitos sedativos da oxcarbazepina. Evite álcool tanto quanto possível e questione seu médico sobre orientações.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use este medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Assim como todos os medicamentos, pacientes tratados com oxcarbazepina podem apresentar reações adversas, embora nem todos apresentem.
Se sentir algum destes sintomas, informe imediatamente ao seu médico.
Se qualquer uma destas reações afetar você gravemente, informe ao seu médico.
Se qualquer uma destas reações afetar você gravemente, informe ao seu médico.
Se qualquer uma destas reações afetar você gravemente, informe ao seu médico.
Se você notar quaisquer outras reações adversas não citadas nesta bula, informe ao seu médico ou farmacêutico.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
A oxcarbazepina pode ser usada em crianças com idade acima de 1 mês, de acordo com instruções do médico.
Em crianças, o médico pode recomendar a monitoração da função da tireoide antes do tratamento e durante o tratamento (especialmente em crianças com 2 anos ou menos).
A oxcarbazepina pode ser usada em pessoas com mais de 65 anos, de acordo com instruções do médico.
Informe ao seu médico se estiver grávida ou planejando engravidar. É importante para controlar as crises epilépticas durante a gravidez. No entanto, pode haver um risco para o bebê se você tomar medicamentos antiepilépticos durante a gravidez. O seu médico irá informá-la sobre os benefícios e os riscos potenciais envolvidos e ajudá-la a decidir se você deve tomar a oxcarbazepina.
Não pare o seu tratamento com oxcarbazepina durante a gravidez, sem primeiro consultar o seu médico. Informe ao seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento durante a gravidez
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
A oxcarbazepina, substância ativa deste medicamento, passa para o leite materno. Isso pode causar reações adversas para os bebês que estão sendo amamentados. Portanto, você não deve usar este medicamento durante a amamentação. Informe ao seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento enquanto estiver amamentando.
Se você é uma mulher que toma um anticoncepcional hormonal (como "pílula anticoncepcional"), a oxcarbazepina pode tornar este contraceptivo ineficaz. Portanto, você deve usar um método não hormonal diferente ou adicional para a contracepção (por ex.: implantes intrauterinos) enquanto estiver tomando este medicamento.
É importante discutir com o seu médico se você pode dirigir veículo ou operar máquinas uma vez que a oxcarbazepina pode fazer você se sentir sonolento ou com tontura, ou pode causar visão borrada, visão dupla, falta de coordenação muscular ou uma depressão do nível de consciência, especialmente no início do tratamento ou aumento da dose.
Oxcarbazepina | 300 mg |
600 mg |
Excipientes q.s.p* | 1 comprimido |
1 comprimido |
*Celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco, óxido de ferro amarelo, povidona).
Se você tiver tomado mais oxcarbazepina do que o seu médico prescreveu, vá ao hospital mais próximo ou entre em contato com o seu médico imediatamente. Têm sido relatados casos isolados de superdose. A dose máxima ingerida foi aproximadamente 24.000 mg.
Todos os pacientes foram restabelecidos com tratamento sintomático. Os sintomas de superdose incluíram sonolência, tontura, náusea, vômito, agitação, queda dos níveis de sódio do organismo, desequilíbrio e movimento involuntário dos olhos. Não há antídoto específico.
Deve ser administrado tratamento para controle dos sintomas e de suporte, caso seja apropriado.
Deve ser considerada a remoção da droga por lavagem gástrica e/ou inativação pela administração de carvão ativado.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
A Oxcarbazepina (substância ativa) foi avaliada em microssomos do fígado humano para determinar sua capacidade de inibição da maioria das enzimas citocromo P450 responsável pelo metabolismo de outros fármacos.
Os resultados demonstraram que a Oxcarbazepina (substância ativa) e seu metabólito farmacologicamente ativo (o mono-hidroxi derivado, MHD) inibe a CYP2C19.
Portanto, surgiram interações quando altas doses de Oxcarbazepina (substância ativa) foram coadministradas com medicamentos que são metabolizados pela CYP2C19 (por ex.: fenobarbital, fenitoína). Em alguns pacientes tratados com Oxcarbazepina (substância ativa) e medicamentos metabolizados via CYP2C19 uma redução da dose dos medicamentos coadministrados pode ser necessária.
Em microssomos do fígado humano, a Oxcarbazepina (substância ativa) e o MHD têm pequena ou nenhuma capacidade de inibir as funções das seguintes enzimas: CYP1A2, CYP2A6, CYP2C9, CYP2D6, CYP2E1, CYP4A9 e CYP4A11.
A Oxcarbazepina (substância ativa) e o MHD induzem in vitro e in vivo, os citocromos CYP3A4 e CYP3A5 responsáveis pelo metabolismo de antagonistas de di-hidropiridina cálcica, contraceptivos orais e medicamentos antiepilépticos (por ex.: carbamazepina) resultando em uma concentração plasmática reduzida destes fármacos.
Um decréscimo nas concentrações plasmáticas pode ser observado para outros medicamentos, principalmente os metabolizados pela CYP3A4 e CYP3A5, como os imunossupressores (por ex.: ciclosporina).
In vitro, a Oxcarbazepina (substância ativa) e o MHD são fracos indutores da UDP-glucuronil transferase. Portanto, in vivo, eles são improváveis de obter efeito sobre medicamentos que são eliminados principalmente por conjugação através das UDP-glucuronil transferase (por ex.: ácido valproico, lamotrigina).
Mesmo em vista do fraco potencial de indução da Oxcarbazepina (substância ativa) e MHD, uma dose elevada de medicamentos concomitantemente usados que são metabolizados via CYP3A4 ou via conjugação (UDPGT), pode ser necessária.
No caso de descontinuação do tratamento com Oxcarbazepina (substância ativa), uma redução da dose do medicamento concomitante pode ser necessária. Estudos de indução conduzidos com hepatócitos humanos confirmaram que a Oxcarbazepina (substância ativa) e o MHD são fracos indutores de isoenzimas das subfamílias CYP2B e 3A4.
O potencial de indução da Oxcarbazepina (substância ativa)/MHD em outras isoenzimas CYP não é conhecido.
O potencial de interações entre Oxcarbazepina (substância ativa) e outros medicamentos antiepilépticos foi avaliado em estudos clínicos. O efeito destas interações nas AUCs e Cmin médias está resumido na Tabela 1:
Tabela 1. Resumo das interações de medicamentos antiepilépticos com Oxcarbazepina (substância ativa)
Medicamento antiepiléptico coadministrado |
Influência da Oxcarbazepina (substância ativa) na concentração do medicamento antiepiléptico |
Influência do medicamento antiepiléptico na concentração do MHD |
Carbamazepina |
Decréscimo de 0-22% |
Decréscimo de 40% |
Clobazam |
Não estudada |
Nenhuma influência |
Felbamato |
Não estudada |
Nenhuma influência |
Fenobarbital |
Aumento de 14-15% |
Decréscimo de 30-31% |
Fenitoína |
Aumento de 0-40% |
Decréscimo de 29-35% |
Ácido valproico |
Nenhuma influência |
Decréscimo de 0-18% |
Lamotrigina |
Nenhuma influência |
Nenhuma influência |
In vivo, os níveis plasmáticos de fenitoína aumentaram para até 40% quando a Oxcarbazepina (substância ativa) foi administrada em doses acima de 1.200 mg/dia. Portanto, a administração de doses de Oxcarbazepina (substância ativa) maiores do que 1.200 mg/dia durante terapia adjuvante pode requerer uma diminuição na dose de fenitoína.
Entretanto, o aumento no nível de fenobarbital é pequeno (15%) quando administrado com Oxcarbazepina (substância ativa).
Indutores fortes de enzimas citocromo P450 (por ex.: carbamazepina, fenitoína e fenobarbital) têm mostrado diminuir o nível plasmático de MHD (29-40%).
Não foi observada autoindução com Oxcarbazepina (substância ativa).
A Oxcarbazepina (substância ativa) demonstrou ter uma influência nos dois componentes de um contraceptivo oral, etinilestradiol (EE) e levonorgestrel (LNG). As médias dos valores de AUC de EE e LNG diminuíram para 48-52% e 32-52%, respectivamente.
Não foram conduzidos estudos com outros contraceptivos orais ou implantes.
Portanto, o uso concomitante de Oxcarbazepina (substância ativa) com contraceptivos hormonais pode tornar esses contraceptivos ineficazes.
Após uma coadministração repetida de Oxcarbazepina (substância ativa) os valores da AUC de felodipino foram reduzidos em 28%. Entretanto, os níveis plasmáticos permaneceram na extensão da terapia recomendada.
Por outro lado, verapamil produziu um decréscimo de 20% nos níveis plasmáticos de MHD. Esse decréscimo nos níveis plasmáticos de MHD não é considerado clinicamente relevante.
A cimetidina, a eritromicina e o dextropropoxifeno não tiveram efeito sobre a farmacocinética de MHD, enquanto viloxazina produziu mudanças mínimas no nível plasmático de MHD (cerca de 10% mais alto após coadministrações repetidas).
Resultados com varfarina não mostraram evidência de interações com dose única nem com doses repetidas de Oxcarbazepina (substância ativa).
Um total de 10 estudos duplo-cegos, bem controlados, 2 como terapia adjuvante e 8 como monoterapia foram conduzidos em pacientes com crises parciais, as quais incluíram subtipos de crises simples, complexas e crises parciais que evoluíram para crises com generalização secundária. Todos os estudos comparativos também incluíram pacientes com crises tônico-clônicas generalizadas.
Dois estudos dose-controlados de substituição de monoterapia, nos quais os pacientes receberam uma variedade de medicamentos antiepilépticos que incluíram carbamazepina, gabapentina, lamotrigina, fenitoína e valproato, confirmaram eficácia quando esses medicamentos antiepilépticos foram substituídos por Oxcarbazepina (substância ativa). Dois estudos foram conduzidos em crianças (de 3 a 17 anos), um em terapia adjuvante versus placebo, e outro em uma comparação à monoterapia com fenitoína.
A eficácia foi demonstrada com doses de 600 mg/dia a 2.400 mg/dia em todos os parâmetros de eficácia primária, os quais incluíram média ou porcentagem de mudança na frequência de crises a partir do basal em estudos adjuvantes e tempo para se obter critérios de exclusão pré-definidos ou a porcentagem de pacientes que preencheram os critérios de exclusão em estudos de monoterapia.
Um estudo de terapia adjuvante, proporcionalmente cego, em crianças (de 1 mês a 4 anos) com crises parciais inadequadamente controladas em um para dois medicamentos antiepilépticos concomitantes, foi conduzido comparando com duas doses de Oxcarbazepina (substância ativa).
A medida primária de efetividade foi entre um grupo de comparação da mudança absoluta no estudo da frequência de crise específica por 24 horas comparado com a frequência de crise no basal. Esta comparação foi estatisticamente significante em prol da Oxcarbazepina (substância ativa) 60 mg/kg/dia.
Um estudo de monoterapia, proporcionalmente cego, em crianças (de 1 mês a 16 anos) com crises inadequadamente controladas ou com novas crises parciais, foi conduzido comparando duas doses de Oxcarbazepina (substância ativa).
A medida primária de efetividade foi entre um grupo de comparação do tempo para atingir o critério de exclusão o qual não foi estatisticamente significante.
A maioria dos pacientes nos dois grupos de tratamento não experimentou crises confirmadas com vídeo EEG durante o estudo e completou os cinco dias de estudo.
Demonstrou-se que a Oxcarbazepina (substância ativa) tem eficácia semelhante a outros medicamentos antiepilépticos de primeira linha (por ex.: ácido valproico, fenitoína e carbamazepina), com perfil de tolerabilidade estatisticamente superior ao da fenitoína, em relação a descontinuações por eventos adversos, sendo que uma proporção de pacientes significativamente maior permaneceu em tratamento com Oxcarbazepina (substância ativa).
Proporções semelhantes de pacientes com crises tônico-clônicas parciais e generalizadas, que foram tratados com Oxcarbazepina (substância ativa), não apresentaram crises por mais de 12 meses de tratamento durante estes estudos.
Grupo Farmacoterapêutico: antiepilépticos.
Código ATC: N03A F02.
A atividade farmacológica da Oxcarbazepina (substância ativa) é primariamente manifestada através do metabólito MHD (mono-hidroxi derivado) da Oxcarbazepina (substância ativa).
Acredita-se que o mecanismo de ação da Oxcarbazepina (substância ativa) e do MHD seja baseado principalmente no bloqueio de canais de sódio voltagem-dependentes, resultando então na estabilização de membranas neurais hiperexcitadas, inibição da descarga neuronal repetitiva e diminuição da propagação de impulsos sinápticos.
Adicionalmente, aumento na condutância de potássio e modulação de canais de cálcio voltagem-dependentes ativados podem também contribuir para os efeitos anticonvulsivantes. Não foram encontradas interações significantes com neurotransmissores cerebrais ou sítios receptores moduladores.
A Oxcarbazepina (substância ativa) e seu metabólito ativo (MHD) são anticonvulsivantes potentes e eficazes em animais. Foram eficazes em roedores com crises tônico-clônicas generalizadas e, em menor grau, com crises clônicas, e aboliram ou reduziram a frequência de crises parciais recorrentes cronicamente em macacos Rhesus com implantes de alumínio.
Nenhuma tolerância foi observada (por ex.: atenuação de atividade anticonvulsivante) nas crises tônico-clônicas quando camundongos e ratos foram tratados diariamente por 5 dias ou 4 semanas respectivamente, com Oxcarbazepina (substância ativa) ou MHD.
Após a administração oral deste medicamento, a Oxcarbazepina (substância ativa) é completamente absorvida e extensivamente metabolizada em seu metabólito farmacologicamente ativo (10-mono-hidroxi derivado, MHD).
Após a administração de uma dose única de 600 mg de Oxcarbazepina (substância ativa) comprimidos em voluntários sadios do sexo masculino em jejum, o valor médio da Cmáx de MHD foi de 34 micromol/L com a média correspondendo a tmáx de 4,5 horas.
Após a administração de uma dose única de 600 mg de Oxcarbazepina (substância ativa) suspensão oral em voluntários sadios em jejum do sexo masculino, o valor médio da Cmáx de MHD foi de 24,9 micromol/L, com a média correspondendo a tmáx de 6 horas.
As formulações comprimidos e suspensão de Oxcarbazepina (substância ativa) são bioequivalentes desde que a média geométrica (intervalo de confiança de 90%) da dose única, da Cmax no estado de equilíbrio, e da AUC de MHD, estejam na faixa de 0,85 a 1,06.
Em um estudo de balanço de massa em homens, apenas 2% do total de radioatividade no plasma foi devido à Oxcarbazepina (substância ativa) inalterada, aproximadamente 70% foi devido ao MHD, e o remanescente foi atribuído aos metabólitos secundários menores, os quais foram rapidamente eliminados.
A alimentação não tem efeito na proporção e extensão da absorção da Oxcarbazepina (substância ativa), portanto, este medicamento pode ser administrado com ou sem alimentação.
O volume aparente de distribuição do MHD é de 49 litros.
Aproximadamente 40% do MHD liga-se a proteínas séricas, predominantemente à albumina. A ligação foi independente da concentração sérica dentro da extensão terapeuticamente relevante.
A Oxcarbazepina (substância ativa) e o MHD não se ligam à alfa-1-glicoproteína ácida.
A Oxcarbazepina (substância ativa) é rapidamente biotransformada por enzimas citosólicas no fígado em MHD, o qual é primariamente responsável pelo efeito farmacológico deste medicamento.
O MHD é metabolizado extensivamente pela conjugação com ácido glicurônico. Quantidades menores (4% da dose) são oxidados para o metabólito farmacologicamente inativo (derivado 10,11- diidroxi, DHD).
A Oxcarbazepina (substância ativa) é eliminada do organismo principalmente sob a forma de metabólitos, os quais são principalmente excretados pelos rins. Mais de 95% da dose aparece na urina, com menos de 1% como Oxcarbazepina (substância ativa) inalterada. A quantidade excretada nas fezes representa menos de 4% da dose administrada.
Aproximadamente 80% da dose é excretada na urina também como glicuronídeos de MHD (49%) ou como MHD inalterado (27%), enquanto a quantidade do metabólito DHD inativo é aproximadamente 3% e a quantidade de conjugados da Oxcarbazepina (substância ativa) é 13% da dose.
A Oxcarbazepina (substância ativa) é rapidamente eliminada do plasma com valor aparente de meia-vida plasmática entre 1,3 e 2,3 horas.
Por outro lado, a meia-vida plasmática média aparente do MHD é 9,3 ± 1,8 h.
Quando a Oxcarbazepina (substância ativa) é administrada duas vezes ao dia, as concentrações plasmáticas de steady-state (estado de equilíbrio) do MHD são alcançadas dentro de 2-3 dias.
No steady-state (estado de equilíbrio) a farmacocinética do MHD é linear e demonstra uma proporcionalidade de dose na extensão de 300 a 2.400 mg/dia.
A farmacocinética e o metabolismo da Oxcarbazepina (substância ativa) e MHD foram avaliados em voluntários sadios e em indivíduos com insuficiência hepática após dose oral de 900 mg. Insuficiência hepática leve a moderada não afetou a farmacocinética da Oxcarbazepina (substância ativa) e do MHD. A Oxcarbazepina (substância ativa) não foi estudada em pacientes com insuficiência hepática grave.
Há uma correlação linear entre o clearance (depuração) de creatinina e o clearance (depuração) renal do MHD. Quando a Oxcarbazepina (substância ativa) é administrada como uma dose única de 300 mg, em pacientes com disfunção renal (clearance de creatinina < 30 mL/min), a meia-vida de eliminação de MHD é prolongada por até 19h com o dobro do aumento na AUC.
O clearance (depuração) do MHD ajustado ao peso diminui quando a idade e o peso aumentam aproximando ao dos adultos. O clearance (depuração) médio ajustado ao peso em crianças de 1 mês a 4 anos de idade é 93% maior do que em adultos.
Portanto, é esperado que a exposição ao MHD nestas crianças seja cerca da metade da que ocorre em adultos quando tratados com uma dose similar ajustada ao peso. O clearance (depuração) médio ajustado ao peso em crianças de 4 a 12 anos de idade é 43% maior do que em adultos.
Portanto, espera-se que a exposição ao MHD nestas crianças seja cerca de dois terços da que ocorre em adultos quando tratados com uma dose similar ajustada ao peso.
Quando o peso aumenta, para pacientes acima de 13 anos de idade, espera-se que o clearance (depuração) de MHD ajustado ao peso seja o mesmo que o de adultos.
Por causa de mudanças fisiológicas na gravidez, os níveis plasmáticos de MHD, podem diminuir gradualmente durante a gravidez.
Após a administração de dose única (300 mg) e múltiplas doses (600 mg/dia) de Oxcarbazepina (substância ativa) em voluntários idosos (60 a 82 anos de idade) as concentrações plasmáticas máximas e valores AUC de MHD foram 30% a 60% mais altos do que em voluntários jovens (18 a 32 anos de idade).
As comparações dos clearances (depurações) de creatinina em voluntários jovens e idosos indicam que a diferença foi em virtude das reduções relacionadas à idade no clearance (depuração) de creatinina.
Não é necessária nenhuma recomendação especial de dose, porque as doses terapêuticas são individualmente ajustadas.
Não têm sido observadas diferenças na farmacocinética relacionadas ao sexo em crianças, adultos ou idosos.
Os dados pré-clínicos não demonstraram risco especial para humanos, baseados em estudos de toxicidade após doses repetidas, segurança farmacológica e genotoxicidade com Oxcarbazepina (substância ativa) e seu metabólito farmacologicamente ativo, mono-hidroxi derivado (MHD).
Testes imunoestimulatórios em camundongos mostraram que o MHD (e a Oxcarbazepina (substância ativa) em menor extensão) pode induzir uma hipersensibilidade tardia.
A Oxcarbazepina (substância ativa) aumentou as frequências de mutação em um teste de Ames in vitro, na ausência de ativação metabólica de uma das cinco cepas bacterianas. A Oxcarbazepina (substância ativa) e o MHD produziram aumentos em aberrações cromossômicas e/ou poliploidia no ovário de hamster Chinês em um estudo in vitro na ausência de ativação metabólica.
O MHD foi negativo no teste de Ames, e nenhuma atividade mutagênica ou clastogênica foi encontrada tanto com a Oxcarbazepina (substância ativa) ou o MHD em células de hamster Chinês V79 in vitro. A Oxcarbazepina (substância ativa) e o MHD foram ambos negativos para efeitos clastogênicos ou aneugênicos (formação de micronúcleos) em um estudo in vivo de medula óssea de ratos.
Nos estudos de carcinogenicidade, foram induzidos tumores hepáticos (ratos e camundongos) e tumores testiculares e nas células granulosas do trato genital feminino (ratos) em animais tratados.
A ocorrência de tumores hepáticos foi atribuída à indução de enzimas microssômicas hepáticas; um efeito indutivo que, embora não possa ser excluído, é fraco ou ausente em pacientes tratados com Oxcarbazepina (substância ativa).
Tumores testiculares podem ter sido induzidos por concentrações elevadas de hormônio luteinizante. Devido à ausência de tal aumento em humanos, esses tumores são considerados sem relevância clínica.
Um aumento relacionado à dose na incidência de tumores de células granulosas do trato genital feminino (cérvix e vagina) foi notado em um estudo com MHD de carcinogenicidade em ratos. Esses efeitos ocorreram a níveis de exposição comparáveis com exposição clínica prevista.
O mecanismo de desenvolvimento destes tumores não foi completamente elucidado, mas poderia estar relacionado ao aumento específico dos níveis de estradiol nos ratos. A importância clínica desses tumores não está clara.
Para toxicidade reprodutiva, ver “Gravidez e lactação”.
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Comprimido revestido amarelo, circular, biconvexo e liso nas duas faces.
Comprimido revestido amarelo, oblongo, sulcado em uma das faces e na outra gravado Medley.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS - 1.8326.0062
Farm. Resp.:
Dra. Tatiana de Campos - CRF-SP nº 29.482
Medley Farmacêutica Ltda.
Rua Macedo Costa, 55 - Campinas - SP
CNPJ 10.588.595/0007-97
Indústria Brasileira
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