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Alcytam é usado para tratar a depressão e, após a melhora, para prevenir a recorrência desses sintomas.
Alcytam é usado em tratamentos de longo prazo para prevenir a recorrência de novos episódios depressivos em pacientes que tem depressão recorrente.
Alcytam é eficaz também para o tratamento de pacientes com transtorno do pânico e para o tratamento de transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
Entretanto, seu médico pode prescrever Alcytam para outros propósitos. Pergunte ao seu médico se você tiver dúvidas sobre porque Alcytam lhe foi prescrito.
Alcytam é um medicamento da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), que é uma classe do grupo dos antidepressivos.
Este medicamento age no cérebro, onde corrige as concentrações inadequadas de determinadas substâncias denominadas neurotransmissores, em especial a serotonina, que causam os sintomas na situação de doença.
Mesmo que você já tenha terminado o tratamento com IMAO você deve esperar 2 semanas antes de começar a usar Alcytam.
Você deve esperar pelo menos 1 dia após terminar de usar moclobemida para começar o tratamento com Alcytam.
Após encerrar o tratamento com Alcytam você deve aguardar 1 semana antes de iniciar o tratamento com qualquer IMAO.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Os comprimidos do Alcytam são administrados por via oral, uma única vez ao dia.
Os comprimidos do Alcytam podem ser tomados em qualquer momento do dia, com ou sem alimentos. Preferencialmente tomar sempre no mesmo horário.
Engolir os comprimidos com água, sem mastigá-los.
Se necessário, o comprimido poderá ser partido ao meio. Para isso, coloque-o sobre uma superfície lisa e seca, mantenha a parte sulcada para cima, coloque os dedos indicadores nas extremidades de cada lado do comprimido e pressione para baixo.
A dose usual é de 20 mg/dia. A dose pode ser aumentada pelo seu médico até o máximo de 40mg/dia.
Geralmente são necessárias 2 a 4 semanas para se obter uma resposta antidepressiva. O tratamento dos episódios de depressão exige, além da fase inicial, onde objetiva-se a melhora sintomatológica, um tratamento de manutenção.
Após o desaparecimento dos sintomas durante o tratamento inicial é necessário o estabelecimento de um período de manutenção, com duração de vários meses, para a consolidação da resposta.
A dose inicial na 1ª semana é de 10 mg/dia, aumentada a seguir para 20 ou 30 mg/dia. A dose pode ser aumentada até um máximo de 40 mg/dia.
Pacientes suscetíveis a ataques de pânico podem apresentar um aumento da ansiedade logo após o início do tratamento, que geralmente se normaliza nas 2 primeiras semanas de uso do medicamento. Uma dose inicial menor é recomendada para evitar ou amenizar esse efeito.
A melhora total é atingida após aproximadamente 3 meses. O tratamento é de longa duração.
A dose usual é de 20 mg/dia. A dose poderá ser aumentada pelo seu médico até um máximo de 40 mg/dia.
Geralmente são necessárias 2 a 4 semanas para se obter uma resposta. Após a melhora dos sintomas durante o tratamento inicial é necessário o estabelecimento de um período de manutenção.
Para pacientes idosos, a dose inicial deve ser diminuída até a metade da dose recomendada, por exemplo 10-20 mg/dia.
Pacientes idosos não devem receber mais que 20 mg/dia.
O Alcytam não é recomendado para crianças e adolescentes.
Não é necessário ajuste da dose em pacientes com comprometimento renal leve ou moderado. Não está disponível nenhuma informação sobre o tratamento de pacientes com função renal gravemente reduzida (depuração de creatinina < 30 mL/min).
Pacientes com função hepática (do fígado) reduzida não devem receber doses maiores que 20 mg/dia.
Como ocorre com outros medicamentos para depressão, transtorno do pânico e TOC, a ação do medicamento demora algumas semanas para ser percebida.
Continue a usar Alcytam mesmo que leve algum tempo para sentir a melhora dos sintomas. Nunca alterar a dose do medicamento sem antes falar com seu médico.
A duração do tratamento é individual. Geralmente, no mínimo 6 meses.
Continue o tratamento pelo tempo que seu médico recomendar. Não interrompa o uso do Alcytam mesmo que você esteja se sentindo melhor a menos que o seu médico lhe diga para fazê-lo.
A doença subjacente pode persistir por um longo tempo e se você parar o tratamento antes do tempo, os sintomas podem voltar.
Pacientes que tem depressão recorrente se beneficiam de tratamento continuado, às vezes por vários anos, para a prevenção de novos episódios.
Não interrompa o uso do Alcytam a menos que o seu médico lhe diga para fazê-lo.
Quando você tiver terminado o seu período de tratamento, é recomendado, geralmente, que a dose do Alcytam seja gradualmente reduzida por algumas semanas. Quando o tratamento com Alcytam é interrompido de forma abrupta, pode causar sintomas leves e transitórios de descontinuação como tonturas, sensação de formigamento, distúrbios do sono (sonhos vívidos, pesadelos, insônia), ansiedade, dor de cabeça, náuseas, vômitos, aumento do suor, sensação de inquietude ou agitação, tremores, sentir-se confuso ou desorientado, sentir-se emotivo ou irritado, diarreia, distúrbios visuais, palpitações.
Sendo assim, recomenda-se que quando o tratamento com o Alcytam for encerrado a dose seja reduzida gradualmente por pelo menos 2 semanas ao invés de interromper o tratamento abruptamente.
Se você tiver alguma dúvida sobre o uso do Alcytam, consulte o seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não altere o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Alcytam pode ser partido.
Não tome a dose em dobro para compensar doses esquecidas. Se você se esqueceu de tomar uma dose, e se lembrar antes de dormir, tome imediatamente. Continue o uso normalmente no dia seguinte.
Se você só se lembrar no meio da noite ou no dia seguinte, não tome a dose esquecida e só tome a próxima dose no horário habitual de uso do medicamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Avisar ao seu médico se teve ou tem algum problema de saúde.
Consulte o seu médico mesmo que um destes problemas já tenha sido tratado no passado.
Alguns pacientes com doença maníaca depressiva podem apresentar uma virada para a fase maníaca.
A mania é caracterizada por mudanças incomuns e rápidas das ideias, alegria inapropriada e atividade física excessiva. Se você se sentir assim, contate o seu médico imediatamente.
Sintomas como inquietude ou dificuldade de sentar ou permanecer em pé também podem ocorrer nas primeiras semanas de tratamento. Avise imediatamente o seu médico se você sentir esses sintomas.
Ocasionalmente, os sintomas da depressão ou de transtornos da ansiedade podem incluir pensamentos de suicídio ou de causar ferimento a si próprio. É possível que estes sintomas continuem ou fiquem mais intensos antes que o efeito completo do tratamento antidepressivo se torne evidente, o que ocorre em aproximadamente duas semanas ou até após um período maior.
Pode ser útil contar a um parente ou amigo que você sofre de depressão ou de transtornos de ansiedade e pedi-los que também leiam a bula.
Algumas vezes você pode não conseguir perceber a existência dos sintomas anteriormente citados, portanto pode ser útil pedir a ajuda de um amigo ou familiar para lhe ajudar a observar possíveis sinais de mudança no seu comportamento.
Como ocorre com outros medicamentos usados no tratamento da depressão e doenças relacionadas, a melhora pode não ser obtida imediatamente. Após o início do tratamento com Alcytam, serão necessárias algumas semanas até que você se sinta melhor.
No tratamento do transtorno de pânico, usualmente são necessárias de 2 a 4 semanas para que a melhora se inicie.
No início do tratamento alguns pacientes podem sentir um aumento da ansiedade, que irá desaparecer com a continuação do tratamento. Portanto, é muito importante que você siga exatamente as orientações do seu médico e não interrompa o mesmo, nem mude de dose, antes de consultar o seu médico.
Alguns medicamentos podem afetar a ação de outros, e isso pode causar sérias reações adversas.
Comunicar ao seu médico ou farmacêutico, todos os medicamentos que estiver em uso ou que tenha feito uso recentemente ao início do tratamento com o Alcytam (mesmo os sem necessidade de receita controlada), inclusive outros medicamentos para depressão.
O Alcytam não interage com alimentos ou bebidas.
O Alcytam não potencializa os efeitos do álcool. Apesar de não haver interação, recomenda-se não ingerir álcool durante o tratamento com o Alcytam.
Informe ao seu médico se está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Este medicamento contém lactose. Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância a alguns açúcares não devem utilizar este medicamento. Converse com o seu médico sobre isto.
Como todos os medicamentos, o Alcytam pode causar efeitos adversos, embora nem todos os pacientes os apresentem.
Os efeitos adversos são geralmente amenos e desaparecem espontaneamente após alguns dias de tratamento. Por favor, esteja atento, pois muitos desses sintomas podem ser da sua doença e desaparecerão quando você melhorar.
Se você apresentar qualquer dos sintomas a seguir você deve interromper o uso do Alcytam e procurar seu médico imediatamente.
Níveis diminuídos de sódio no sangue que pode causar mal-estar, fraqueza muscular e confusão.
Os efeitos adversos descritos a seguir são geralmente ligeiros e desaparecem habitualmente após alguns dias de tratamento.
Esteja ciente de que vários dos efeitos abaixo mencionados também podem ser sintomas de sua doença e, portanto, diminuem quando você começar a melhorar.
Se os efeitos colaterais forem incômodos ou durarem mais de alguns dias, consulte o seu médico.
A boca seca aumenta o risco de cárie. Portanto, você deve escovar os dentes com mais frequência do que o habitual.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Normalmente o Alcytam não deve ser usado no tratamento de crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade.
Os pacientes com menos de 18 anos de idade apresentam um risco maior para alguns efeitos adversos, tais como tentativas de suicídio, pensamentos suicidas e hostilidade (predominantemente agressividade, comportamento opositor e raiva), quando fazem uso desta classe de medicamentos.
No entanto, o seu médico pode decidir prescrever o Alcytam para pacientes com menos de 18 anos de idade, porque decidiu ser a melhor conduta médica para aquele paciente. Se o seu médico prescreveu o Alcytam para um paciente com menos de 18 anos de idade e você quer conversar mais sobre esta indicação, por favor, volte ao seu médico e converse com ele.
Você deve informar o seu médico se qualquer um dos sintomas aqui citados ocorrer ou se agravar durante o tratamento de menores de 18 anos de idade com o Alcytam.
Este medicamento não é recomendado em crianças.
Informe o seu médico se você está grávida ou planeja ficar grávida.
Não tome Alcytam se você estiver grávida ou amamentando, exceto se você e seu médico já conversaram sobre os riscos e benefícios relacionados.
Se o seu bebê recém-nascido apresentar algum destes sintomas contate o seu médico imediatamente.
Verifique se o seu obstetra e / ou médico sabe que você está utilizando Alcytam. Quando tomados durante a gravidez, especialmente nos últimos 3 meses de gravidez, medicamentos como o Alcytam podem aumentar o risco de uma doença grave em bebês, chamada de hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido (HPPN), fazendo o bebê respirar mais rápido e aparentar um tom azulado.
Estes sintomas geralmente começam nas primeiras 24 horas após o nascimento do bebê. Se isso acontecer com seu bebê, você deve contatar o seu obstetra e/ ou o seu médico imediatamente.
Se você está amamentando, pergunte ao seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Você não deve amamentar enquanto estiver tomando Alcytam porque pequenas quantidades do medicamento podem passar para o leite materno.
Se usado durante a gravidez, Alcytam não deve nunca ser interrompido abruptamente.
Em estudos em animais, bromidrato de citalopram mostrou reduzir a qualidade do esperma. Teoricamente, isso pode afetar a fertilidade, mas até o momento não foi observado nenhum impacto na fertilidade humana.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Alcytam geralmente não causa sonolência, entretanto, se você sentir tonturas ou sonolência quando começar a usar o medicamento, não dirija ou utilize ferramentas ou máquinas até esses sintomas desaparecerem.
Geralmente Alcytam não afeta a habilidade de suas atividades diárias normais. Entretanto, você precisa ter cautela quando dirigir veículos, operar máquinas ou realizar atividades que requeiram sua atenção.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Embalagem contendo 14 ou 28 comprimidos revestidos.
Uso oral.
Uso adulto.
Bromidrato de citalopram: 24,990 mg (equivalente a 20 mg de citalopram).
Excipientes: lactose monoidratada, amido, povidona, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, óxido de ferro amarelo e cobertura TRC A (hipromelose, talco, dióxido de silício coloidal, dióxido de titânio e macrogol).
Contatar o seu médico imediatamente ou ir ao hospital mais próximo, mesmo na ausência de desconforto ou sinais de intoxicação, para que sejam realizados os procedimentos médicos adequados. Não existe antídoto específico.
O tratamento é sintomático e de suporte. Levar a caixa do Alcytam ao médico ou hospital.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Em um nível farmacodinâmico, casos de síndrome serotoninérgica de Citalopram (substância ativa) com moclobemida e buspirona já foram relatados.
Não administrar o Citalopram (substância ativa) em combinação com IMAOs.
O uso concomitante do Citalopram (substância ativa) e IMAOs pode causar graves efeitos adversos, incluindo síndrome serotoninérgica. Casos de reações graves e algumas vezes fatais foram relatados em pacientes recebendo um ISRS em combinação com um inibidor da monoaminoxidase (IMAO), incluindo o IMAO irreversível selegilina, os IMAOs reversíveis moclobemida e linezolida e em pacientes que tenham descontinuado recentemente ISRS e iniciaram com um IMAO.
Em alguns casos os pacientes apresentaram sintomas semelhantes à síndrome serotoninérgica. Sintomas de uma interação medicamentosa com um IMAO incluem: hipertermia, rigidez, mioclonia, instabilidade autonômica com possíveis flutuações rápidas dos sinais vitais, alterações do estado mental que incluem confusão, irritabilidade e agitação extrema progredindo para delírio e coma.
A coadministração de uma dose única de pimozida 2mg em indivíduos tratados com o Citalopram (substância ativa) racêmico 40mg/dia durante 11 dias causou um aumento da ASC e da Cmáx da pimozida, embora não consistentemente em todo o estudo. A coadministração de pimozida e Citalopram (substância ativa) resultou num aumento médio do intervalo QTc de aproximadamente 10ms. Devido a interação observada com uma baixa dose de pimozida, a administração concomitante de Citalopram (substância ativa) e pimozida é contraindicada.
Um estudo de interação farmacocinética/farmacodinâmica com a administração concomitante de Citalopram (substância ativa) (20mg/dia) e selegilina (10mg/dia) não demonstrou interações clinicamente relevantes. O uso concomitante de Citalopram (substância ativa) e selegilina (em doses acima de 10mg/dia) é contraindicado.
Nenhuma interação farmacodinâmica foi encontrada em estudos clínicos nos quais o Citalopram (substância ativa) tenha sido administrado concomitantemente ao lítio.
Entretanto, houve relatos de aumento de reações quando foram administrados ISRSs concomitantemente com lítio ou triptofano; como tal, o uso concomitante de ISRSs com essas drogas deve ser feito com cautela. Monitoramento de rotina dos níveis de lítio deve ser continuado como usual.
Coadministração com produtos serotoninérgicos (ex.: tramadol, sumatriptano) pode levar ao aumento de eventos adversos associados ao 5-HT. Até mais informação ser disponibilizada, o uso simultâneo de Citalopram (substância ativa) e agonistas da 5-HT, tais como sumatriptano e outros triptanos não é recomendado.
Interações dinâmicas entre ISRSs e produtos fitoterápicos que contenham a Erva de São João (Hypericum perforatum) podem ocorrer, resultando num aumento da incidência de reações adversas. Interações farmacocinéticas não foram investigadas.
Recomenda-se precaução em pacientes que estejam em tratamento simultâneo com anticoagulantes ou medicamentos que afetam a função plaquetária, como anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), ácido acetilsalicílico, dipiramol e ticlopidina e outros medicamentos (por ex.: antipsicóticos atípicos, fenotiazina, antidepressivos tricíclicos) que podem aumentar o risco de hemorragia.
Não existem estudos clínicos estabelecendo os riscos ou benefícios do uso combinado de eletroconvulsivoterapia (ECT) e Citalopram (substância ativa).
Os ISRSs podem diminuir o limiar convulsivo. Aconselha-se precaução ao utilizar concomitantemente outros medicamentos capazes de diminuir o limiar de convulsão (por exemplo, os antidepressivos [tricíclicos, ISRSs], neurolépticos [fenotiazida, tioxanteno e butirofenonas], mefloquina, bupropiona e tramadol).
Experiência com Citalopram (substância ativa) não revelou quaisquer interações clinicamente relevantes com neurolépticos. No entanto, assim como com outros ISRS, a possibilidade de uma interação farmacodinâmica não pode ser excluída.
Não foram realizados estudos farmacodinâmicos e farmacocinéticos entre Citalopram (substância ativa) e outros medicamentos que prolongam o intervalo QT. Entretanto, não se pode descartar um efeito aditivo entre esses medicamentos e Citalopram (substância ativa).
Dessa forma, a coadministração de Citalopram (substância ativa) e medicamentos que prolongam o intervalo QT, como antiarrítmicos Classes IA e III, antipsicóticos (ex.: derivados de fentiazina, pimozida e haloperidol), antidepressivos tricíclicos, alguns agentes antimicrobianos (ex.: esparfloxacina, moxifloxacina, eritromicina IV, pentamidina e anti-maláricos particularmente halofantrina), alguns antihistamínicos (astemozol e mizolastina) e etc., somente devem ser prescritos após uma avaliação criteriosa.
Biotransformação do Citalopram (substância ativa) para desmetilCitalopram (substância ativa) é mediada pelas isoenzimas do sistema do citocromo P450: CYP2C19 (aproximadamente 38%), CYP3A4 (aproximadamente 31%) e CYP2D6 (aproximadamente 31%). O fato de que o Citalopram (substância ativa) é metabolizado por mais de um CYP significa que a inibição de sua biotransformação é menos provável como a inibição de uma enzima pode ser compensada por outra. Portanto, a coadministração de Citalopram (substância ativa) com outros medicamentos na prática clínica tem probabilidade muito baixa de produzir interações farmacocinéticas.
Coadministração de cetoconazol (potente inibidor da CYP3A4) não alterou a farmacocinética do Citalopram (substância ativa).
Um estudo de interação farmacocinética de lítio e Citalopram (substância ativa) não revelou qualquer interação farmacocinética.
Cimetidina (potente inibidor de CYP2D6, 3A4 e 1A2) causou um aumento moderado nos níveis de Citalopram (substância ativa).
Recomenda-se cautela na administração de Citalopram (substância ativa) combinado à cimetidina. Pode ser necessário um ajuste de dose.
Um estudo de interação farmacocinética/farmacodinâmica com a administração concomitante de Citalopram (substância ativa) e metoprolol (um substrato da CYP2D6) mostrou um duplo aumento das concentrações de metoprolol, mas não teve aumento estatisticamente significante no efeito do metoprolol sobre a pressão sanguínea e a frequência cardíaca de voluntários saudáveis.
Recomenda-se precaução quando metoprolol e Citalopram (substância ativa) são administrados concomitantemente. Um ajuste de dose pode ser necessário.
Citalopram (substância ativa) e desmetilCitalopram (substância ativa) são insignificantes inibidores da CYP2C9, CYP2E1 E CYP3A4, e inibidores fracos da CYP1A2, CYP2C19 e CYP2D6 quando em comparação com outros ISRS estabelecidos como significantes inibidores.
Nenhuma mudança ou apenas mudanças muito pequenas de pouca importância clínica foram observadas quando o Citalopram (substância ativa) foi dado com substratos CYP1A2 (clozapina e teofilina), CYP2C9 (varfarina), CYP2C19 (imipramina e mefenitoína), CYP2D6 (esparteína, imipramina, amitriptilina e risperidona) e CYP3A4 (varfarina, carbamazepina (e seu metabólito carbamazepina epóxido) e triazolam). Nenhuma interação farmacocinética foi observada entre Citalopram (substância ativa) e levomepromazina, ou digoxina (indicando que o Citalopram (substância ativa) nem induz nem inibe a glicoproteína-P).
Em um estudo farmacocinético, nenhum efeito foi demonstrado nos níveis de Citalopram (substância ativa) ou imipramina, embora o nível de desipramina, o metabólito primário da imipramina, foi aumentado.
Quando desipramina é combinada com Citalopram (substância ativa), um aumento da concentração plasmática de desipramina tem sido observado. A redução da dose de desipramina pode ser necessária
A absorção e outras propriedades farmacocinéticas do Citalopram (substância ativa) não é afetada pelos alimentos.
Nenhuma interação farmacodinâmica ou farmacocinética é esperada entre o Citalopram (substância ativa) e o álcool. Entretanto, a combinação com álcool não é recomendada.
O Citalopram (substância ativa) tem baixa toxicidade aguda.
Em estudos de toxicidade crônica não foram observadas restrições para o uso terapêutico do Citalopram (substância ativa).
Baseado nos dados dos estudos de toxicidade reprodutiva (segmentos I, II e III) não há razão para preocupações especiais com o uso do Citalopram (substância ativa) em mulheres com potencial para engravidar.
Estudos embriotóxicos em ratos com doses de 56 mg/kg/dia, que causam toxicidade materna, mostraram anomalias ósseas na região da coluna vertebral e costelas. Os níveis plasmáticos maternos foram de 2 a 3 vezes maiores do que a concentração terapêutica em humanos. Em ratos o Citalopram (substância ativa) não teve nenhum efeito na fertilidade, gravidez e desenvolvimento pós-natal, mas diminui o peso dos filhotes nascidos. O Citalopram (substância ativa) e seus metabólitos atingem concentrações fetais, que são 10 a 15 vezes maiores que os níveis plasmáticos maternos.
Dados de estudos em animais demonstraram que o Citalopram (substância ativa) induz a redução dos índices de fertilidade e de gravidez, a redução no número de implantações e a anormalidades no esperma em níveis de exposição bem acima dos níveis de exposição humana.
O Citalopram (substância ativa) não tem potencial mutagênico ou carcinogênico.
Um estudo de dose fixa em depressão maior (moderada a grave) (critérios do DSM-III-R) incluiu pacientes (n=650) que receberam diariamente placebo ou Citalopram (substância ativa) nas doses de 10mg, 20mg, 40mg ou 60mg. Todos os grupos que receberam o Citalopram (substância ativa) demonstraram melhora significativa das pontuações do item humor deprimido da Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D) (p < 0,01), na Subescala de Melancolia da HAM-D, na Escala de Impressão Clínica Global (CGI) e na Escala de Depressão de Montgomery-Asberg (MADRS) (resposta; p < 0,05).
Ao final do estudo (semana 6), os grupos de 10 e 20 mg/dia apresentaram vantagem estatística em comparação ao placebo na CGI, no item humor deprimido da HAM-D e na MADRS, e os grupos que receberam doses de 40 e 60 mg/dia apresentaram superioridade estatística na CGI, na MADRS, no item humor depressivo da HAM-D e na pontuação total da HAM-D.
Em outro estudo de dose flexível (Citalopram (substância ativa) de 20 a 80 mg/dia), multicêntrico, placebo-controlado, de curto prazo (4 semanas), em pacientes com depressão maior leve a moderada (critérios do DSM-III-R), os pacientes do grupo Citalopram (substância ativa) apresentaram melhora significativa em relação ao início na HAM-D (p < 0,05), na CGI (p < 0,05) e na Escala de Auto avaliação da Depressão de ZUNG (ZUNG) (p < 0,05).
Em dois estudos placebo-controlados (n=207 e n=226) os pacientes que preencheram os critérios para resposta clínica (pontuação total na Escala de Depressão de Montgomery-Asberg - MADRS < 12) após 6- 8 semanas de tratamento, oriundos de um estudo placebo-controlado (20 ou 40mg/dia de Citalopram (substância ativa)) e de um estudo aberto com Citalopram (substância ativa) (20-60mg/dia), foram randomizados para uma nova fase de 24 semanas de tratamento sem alteração das doses do Citalopram (substância ativa) ou do placebo1,2. Nos dois estudos demonstrou-se uma vantagem significativa do Citalopram (substância ativa) sobre o placebo (p<0,05).
O percentual de recaída para os pacientes em tratamento com Citalopram (substância ativa) foi de 10,5% e 13,8% respectivamente, nos dois estudos, comparados com 31% e 24,3% para os pacientes que receberam placebo.
Citalopram (substância ativa) nas doses de 20, 40 ou 60mg/dia é efetivo na prevenção da recaída da depressão em pacientes que inicialmente responderam a terapia antidepressiva.
Um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, de 8 semanas, incluiu 475 pacientes com transtorno do pânico (com ou sem agorafobia), e comparou o Citalopram (substância ativa) ao placebo e à clomipramina. A resposta foi definida como pontuação de 0 ou 1 para o item ataque de pânico na Escala de Ansiedade Clínica (CAS). Os melhores resultados foram obtidos com o Citalopram (substância ativa), em doses entre 20 e 30mg/dia.
Em uma extensão cega deste estudo, de longa duração (12 meses), os grupos que receberam Citalopram (substância ativa) 20- 30 ou 40-60mg/dia apresentaram resposta significativamente superior ao grupo placebo (p=0,001 e p=0,003, respectivamente). O grupo clomipramina (60 ou 90mg/dia) não apresentou diferenças em relação ao grupo placebo. Os percentuais de resposta em todo o período de tratamento indicaram que Citalopram (substância ativa) 20-60mg/dia é efetivo no tratamento do transtorno de pânico.
Um estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado, placebo-controlado, de 12 semanas, com 400 pacientes com TOC, incluiu, além do grupo placebo, grupos com Citalopram (substância ativa) nas doses de 20, 40 e 60mg/dia. Neste estudo, os três grupos de droga ativa apresentaram superioridade estatística comparados ao placebo na Escala de Obsessão-Compulsão de Yale-Brown –(Y-BOCS;p<0,01 para 20mg/dia e p<0,001 para 40 e 60mg/dia).
Estudos bioquímicos e comportamentais mostraram que o Citalopram (substância ativa) é um potente inibidor da recaptação da serotonina (5-HT). A tolerância para a inibição da recaptação de 5-HT não é induzida pelo tratamento prolongado com o Citalopram (substância ativa). O Citalopram (substância ativa) é um dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) de maior seletividade descritos até o momento, com nenhum ou mínimo efeito sobre a recaptação da noradrenalina (NA), dopamina (DA) e ácido gamaminobutírico (GABA).
Ao contrário dos antidepressivos tricíclicos e de alguns dos mais novos inibidores da recaptação da serotonina, o Citalopram (substância ativa) não apresenta afinidade, ou esta é muito baixa, aos receptores 5-HT1A, 5-HT2, DA, D1 e D2, aos adrenoreceptores ?1-, ?2-, ß, aos receptores histamínicos H1 aos receptores colinérgicos, benzodiazepínicos e opióides.
Uma série de testes funcionais- in vitro em órgãos isolados, bem como testes funcionais in vivo, confirmaram a falta de afinidade por esses receptores. Essa ausência de efeitos sobre receptores poderia explicar porque o Citalopram (substância ativa) produz uma quantidade menor de efeitos colaterais tradicionalmente relacionados aos antidepressivos como boca seca, distúrbios vesicais e intestinais, visão turva, sonolência, cardiotoxicidade e hipotensão ortostática.
Os principais metabólitos do Citalopram (substância ativa) são também ISRSs, embora as relações de potência e seletividade deles sejam menores que as do Citalopram (substância ativa). No entanto, as relações de seletividade dos metabólitos são maiores que as de vários dos ISRSs mais novos. Os metabólitos não contribuem para o efeito antidepressivo total.
A supressão do sono durante o estágio REM (rapid eyes moviment - movimento rápido dos olhos) é considerada um fator preditivo da atividade antidepressiva. Como os ADT, outros ISRSs e os inibidores da monoaminoxidase (IMAO), o Citalopram (substância ativa) suprime o sono REM e aumenta o sono profundo de ondas lentas.
Embora não se ligue a receptores opióides, o Citalopram (substância ativa) potencializa o efeito antinociceptivo de analgésicos opióides comumente utilizados.
Em humanos o Citalopram (substância ativa) não compromete os desempenhos cognitivo e psicomotor e apresenta pouca ou nenhuma propriedade sedativa, seja sozinho ou em associação com álcool.
O Citalopram (substância ativa) não reduziu o fluxo de saliva em um estudo de dose única em voluntários humanos e não teve nenhuma influência significativa sobre parâmetros cardiovasculares em nenhum dos estudos com voluntários sadios. Citalopram (substância ativa) não altera níveis séricos de hormônio do crescimento. Citalopram (substância ativa) como outros ISRSs pode aumentar a prolactina no plasma, um efeito secundário sobre a prolactina estimulando a serotonina e sem importância clínica.
A absorção do Citalopram (substância ativa) é quase completa e independe da ingestão de alimentos (Tmáx. médio de 3 horas).
A biodisponibilidade absoluta é aproximadamente 80%.
O volume de distribuição aparente (Vd)? é cerca de 12 a 17 l/kg, após administração oral. A ligação às proteínas plasmáticas é menor que 80% para o Citalopram (substância ativa) e seus principais metabólitos.
O Citalopram (substância ativa) é metabolizado nos derivados ativos desmetilcitalopram, didesmetilcitalopram e Citalopram (substância ativa)N-óxido, e em um derivado inativo, o ácido propiônico deaminado. Todos os metabólitos ativos também são inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs), porém mais fracos que o composto original. O Citalopram (substância ativa) inalterado é o composto predominante no plasma. As concentrações de desmetilcitalopram e didesmetilcitalopram geralmente correspondem a 30% - 50% e 5% – 10% da concentração de Citalopram (substância ativa), respectivamente.
A biotransformação do Citalopram (substância ativa) em desmetilCitalopram (substância ativa) é mediada pela isoenzima CYP2C19 (aproximadamente 38%), CYP3A4 (aproximadamente 31%) e CYP2D6 (aproximadamente 31%).
A meia-vida de eliminação (T1/2?) é de cerca de um dia e meio, o clearance plasmático do Citalopram (substância ativa) sistêmico (Cls) é de aproximadamente 0,3 a 0,4 l/min e a o clearance plasmático do Citalopram (substância ativa) oral é de aproximadamente 0,4 l/min. O Citalopram (substância ativa) é excretado principalmente através do fígado (85%) e o restante (15%) através dos rins; 12% a 23% da dose diária são excretados através da urina na forma de Citalopram (substância ativa) inalterado. A depuração hepática (residual) é de aproximadamente 0,3 l/min e a depuração renal é de aproximadamente 0,05 a 0,08 l/min.
A cinética é linear. Os níveis plasmáticos são alcançados em uma a duas semanas. Concentrações médias de 300 nmol/l (165 a 405 nmol/l) são alcançadas com uma dose diária de 40 mg.
As meias-vidas mais longas (1,5 a 3,75 dias) e os valores de depuração diminuídos (0,08 a 0,3 l/min), decorrentes de uma redução da velocidade de metabolização, foram demonstrados em pacientes idosos. O tempo da concentração de estado de equilíbrio em idosos foi cerca de duas vezes maior que em pacientes mais jovens tratados com a mesma dose.
O Citalopram (substância ativa) é eliminado mais lentamente em pacientes com função hepática reduzida. A meia-vida do Citalopram (substância ativa), nesses casos, foi aproximadamente duas vezes mais longa e as concentrações de Citalopram (substância ativa) em equilíbrio, em uma determinada dose, serão duas vezes maiores que em pacientes com função hepática normal.
O Citalopram (substância ativa) é eliminado mais lentamente em pacientes com redução leve a moderada da função renal, sem nenhum impacto maior em sua farmacocinética. No momento, não há nenhuma informação disponível para o tratamento de pacientes com função renal gravemente reduzida (clearance de creatinina < 30 ml/min).
Pesquisas in vivo mostraram que a metabolização do Citalopram (substância ativa) não exibe nenhum polimorfismo clinicamente importante na oxidação da esparteína/debrisoquina (CYP2D6). Como precaução, no caso de metabolizadores pobres da enzima CYP2C19, deve ser considerada uma dose inicial de 10 mg/dia.
Não há relação clara entre níveis plasmáticos de Citalopram (substância ativa) e resposta terapêutica ou eventos adversos. Os metabólitos não contribuem para o efeito antidepressivo geral.
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CRF-SP nº 19.714
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