RReferência
Champix é um medicamento indicado para ajudar você a parar de fumar.
As terapias antitabagistas têm mais probabilidade de ter sucesso em pacientes que estejam motivados a parar de fumar e que recebam aconselhamento e suporte adicionais.
A vareniclina (substância ativa de Champix) é um medicamento que se liga com receptores para nicotina presentes nos neurônios cerebrais onde exerce função de estimulação parcial e mais fraca que a nicotina.
Essa ligação também promove a ocorrência de inibição desses receptores na presença de nicotina.
Champix pode ajudar a reduzir o desejo intenso de fumar e os sintomas de abstinência associados ao fato de parar de fumar.
Embora não seja recomendado que você fume durante o tratamento com Champix, Champix pode também diminuir o prazer do cigarro caso você ainda fume durante o tratamento.
Champix é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade (alergia) conhecida ao tartarato de vareniclina (princípio ativo do Champix) ou a qualquer componente da fórmula.
Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes menores de 18 anos de idade.
Os comprimidos de Champix devem ser engolidos inteiros com água. Champix pode ser tomado com ou sem alimentos.
Antes de iniciar o tratamento com Champix, você deve estabelecer uma data para parar de fumar na segunda semana de tratamento (a partir do 8° dia).
Alternativamente, uma outra abordagem para parar de fumar pode ser adotada: você pode iniciar o tratamento com Champix e em seguida parar de fumar entre os dias 8 e 35 do tratamento.
Não é necessário ajuste de dose.
Para pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina estimada <30mL/min), a dose recomendada de Champix deve ser ajustada, consulte seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Caso você se esqueça de tomar Champix no horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e tome a próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico. Neste caso, não tome o medicamento em dobro para compensar doses esquecidas.
O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Você deve saber que os efeitos da interrupção do tabagismo que ocorrem no seu corpo, usando ou não Champix, podem alterar a ação de outros medicamentos.
Portanto, em alguns casos um ajuste de dose pode ser necessário (por ex., teofilina (medicamento para tratar problemas respiratórios); varfarina (medicamento que reduz a coagulação do sangue); e insulina (medicamento para tratar o diabetes)). Se você tiver dúvidas, consulte seu médico.
Ao final do tratamento, a descontinuação de Champix foi associada com um aumento na irritabilidade, urgência em fumar, depressão e/ou insônia em até 3% dos pacientes.
Houve relatos pós-comercialização de sintomas neuropsiquiátricos. Caso você, seus familiares e/ou cuidadores, percebam mudanças de comportamento ou pensamento, ansiedade, psicose (dificuldade de diferenciar o real do imaginário), oscilações de humor, comportamento agressivo, agitação ou humor depressivo, que não sejam típicos, ou se você desenvolver ideação ou comportamento suicida, interrompa imediatamente o uso de Champix e consulte seu médico.
Houve relatos pós-comercialização de reações de hipersensibilidade, tais como inchaço da face, boca (língua, lábios e gengivas), pescoço (garganta e laringe) e extremidades, inclusive angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas, geralmente de origem alérgica); e reações cutâneas raras, porém graves. Caso você desenvolva estes sintomas, interrompa imediatamente o uso de Champix e consulte seu médico.
Houve raros relatos de eventos cardiovasculares em pacientes com doença cardiovascular estável, que ocorreram principalmente em pacientes com doença cardiovascular conhecida. Nenhuma relação causal entre esses eventos e Champix foi estabelecida.
Fumar é um fator de risco independente e importante para a doença cardiovascular. Informe seu médico se notar surgimento ou piora de sintomas cardiovasculares.
Procure imediatamente atendimento médico caso apresente sinais e sintomas de infarto do miocárdio e derrame (AVC – acidente vascular cerebral).
Informe ao seu médico se você tem problemas nos rins, você pode precisar de uma dose menor de Champix.
Não foram estudados a segurança e o benefício de usar Champix em combinação com outro medicamento indicado para parar de fumar. Portanto, não se recomenda utilizar Champix com outro medicamento usado para parar de fumar.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Parar de fumar com ou sem tratamento está associado a vários sintomas. Por exemplo, foram relatados em pacientes tentando parar de fumar: disforia ou humor deprimido, insônia, irritabilidade, frustração ou raiva, ansiedade, dificuldade de concentração, agitação, diminuição da frequência cardíaca, aumento do apetite ou ganho de peso.
Como todos os medicamentos, Champix pode causar reações adversas, embora nem todos os pacientes apresentem.
Nasofaringite (inflamação de uma parte da faringe), sonhos anormais, insônia, cefaleia (dor de cabeça), náusea (enjoo).
Bronquite (inflamação dos brônquios), sinusite, aumento de peso, apetite reduzido, aumento do apetite, sonolência, tontura, disgeusia (alteração do paladar), dispneia (falta de ar), tosse, doença do refluxo gastroesofágico (doença onde o conteúdo do estômago volta para o esôfago), vômito, constipação (prisão de ventre), diarreia, distensão abdominal, dor abdominal, dor de dente, dispepsia (má digestão), flatulência (gases), boca seca, rash (reação alérgica de pele), prurido (coceira), artralgia (dor na articulação), mialgia (dor muscular), dor nas costas, dor torácica, fadiga (cansaço).
Pensamentos anormais, inquietação, variações de humor, diminuição da libido, tremor, letargia (cansaço e lentidão de reações e reflexos), hipoestesia (diminuição da sensibilidade), conjuntivite, dor nos olhos, zumbido, angina peitoral (dor no peito), taquicardia, palpitações, frequência cardíaca elevada, pressão arterial elevada, fogacho (sensação de calor súbito), inflamação das vias respiratórias superiores, obstrução das vias respiratórias, disfonia (rouquidão), rinite alérgica, irritação da garganta, congestão nasal, síndrome da tosse das vias respiratórias superiores, rinorreia (coriza), hematoquezia (sangue vivo nas fezes), gastrite (inflamação do estômago), eructação (arroto), estomatite aftosa (inflamação da mucosa da boca), dor gengival, fezes anormais, língua saburrosa (presença de placa esbranquiçada na língua), eritema (vermelhidão), acne, transpiração excessiva, espasmos musculares (contrações involuntárias dos músculos), polaciúria (aumento do número de micções), noctúria (necessidade de urinar à noite), menorragia (aumento do fluxo menstrual), desconforto torácico, doença tipo gripe, pirexia (febre), astenia (fraqueza), indisposição, teste de função hepática alterado.
Contagem de plaquetas reduzida, polidipsia (ingestão aumentada de água), disforia (alteração de humor), bradifrenia (pensamento lento, perda da concentração), disartria (dificuldade de articular as palavras), coordenação anormal, hipogeusia (diminuição da sensibilidade gustativa), transtorno do ritmo circadiano (diário) do sono, escotoma (mancha escura observada no campo visual), fotofobia (intolerância à luz), fibrilação atrial (tipo de alteração do ritmo cardíaco), depressão do segmento ST do eletrocardiograma, redução da amplitude da onda T do eletrocardiograma (alterações do eletrocardiograma), ronco, hematêmese (vômitos com sangue), rigidez da articulação, glicosúria (presença de glicose na urina), poliúria (aumento da quantidade de urina), disfunção sexual.
Houve relatos de depressão, agitação, alteração de comportamento ou pensamento, ansiedade, psicose, oscilações de humor, comportamento agressivo, ideação suicida e suicídio em pacientes tentando parar de fumar durante o tratamento com Champix.
Parar de fumar com ou sem tratamento está associado com os sintomas da retirada da nicotina e a exacerbação da doença psiquiátrica de base.
Nem todos os pacientes nestes relatos apresentavam doença psiquiátrica pré-existente conhecida e nem todos pararam de fumar. A função da vareniclina nestes relatos não é conhecida.
Também houve relatos de reações de hipersensibilidade, como angioedema (inchaço das partes mais profundas da pele ou da mucosa, geralmente de origem alérgica) e reações cutâneas raras, porém graves, incluindo Síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica grave com bolhas na pele e mucosas) e eritema multiforme (manchas vermelhas, bolhas e ulcerações em todo o corpo) em pacientes sob tratamento com Champix.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Não se sabe se Champix é excretado no leite humano. Como muitos fármacos são excretados no leite humano e devido ao potencial de reações adversas graves de Champix em lactentes, o médico deve avaliar a descontinuação da amamentação ou do medicamento, levando-se em consideração a relação entre risco e benefício para a criança e a paciente.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Enquanto você estiver fazendo tratamento com Champix, você deve ter cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas até que você saiba como a interrupção do tabagismo e/ou a vareniclina pode afetá-lo.
Tartarato de vareniclina equivalente a vareniclina base. | 0,85mg |
Vareniclina base | a 0,5mg |
Excipientes: celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico, croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, Opadry branco (hipromelose, dióxido de titânio, macrogol) e Opadry transparente (hipromelose e triacetina).
Tartarato de vareniclina equivalente a vareniclina base. | 1,71mg |
Vareniclina base | 1,0mg |
Excipientes: celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico, croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, Opadry azul (hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, corante azul FD&C n° 2) e Opadry transparente (hipromelose e triacetina).
Se acidentalmente alguém tomar uma dose maior do que a prescrita pelo seu médico, deve-se procurar assistência médica assim que possível, não esquecendo de levar a caixa do medicamento.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Com base nas características da vareniclina e na experiência clínica obtida até o momento, não foram identificadas interações medicamentosas clinicamente significativas.
Não se recomenda ajuste de dose de vareniclina ou dos fármacos coadministrados listados a seguir.
Estudos in vitro indicam que é improvável que a vareniclina altere a farmacocinética de compostos que são metabolizados principalmente pelas enzimas do citocromo P450.
Estudos in vitro demonstram que o tartarato de vareniclina não inibe as enzimas do citocromo P450 (IC50>6.400 ng/mL).
As enzimas P450 testadas para inibição foram: 1A2, 2A6, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1, e 3A4/5.
Além disso, em hepatócitos humanos in vitro, a vareniclina demonstrou não induzir a atividade das enzimas do citocromo P450 1A2 e 3A4. Portanto, é improvável que a vareniclina altere a farmacocinética dos compostos que são metabolizados principalmente pelas enzimas do citocromo P450.
Estudos in vitro demonstram que a secreção renal ativa da vareniclina é mediada pelo transportador de cátion orgânico, OCT2.
A dose de vareniclina não precisa ser ajustada quando for coadministrado com inibidores do OCT2 uma vez que não se espera que o aumento de exposição sistêmica ao tartarato de vareniclina seja clinicamente significativo (veja interação com cimetidina descrita a seguir).
Além disso, uma vez que o metabolismo da vareniclina representa menos de 10% de seu clearance, é improvável que fármacos conhecidos por afetarem o sistema do citocromo P450 alterem a farmacocinética da vareniclina e, portanto, não seria necessário um ajuste de dose de vareniclina.
Estudos in vitro demonstram que a vareniclina em concentrações terapêuticas não inibe as proteínas de transporte renais humanas. Portanto, é improvável que medicamentos que são depurados por secreção renal sejam afetados pela vareniclina.
A vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia) não afetou a farmacocinética da metformina (500 mg, duas vezes ao dia), a qual é um substrato do OCT2. A metformina não apresenta efeito sobre a farmacocinética da vareniclina.
A coadministração de um inibidor do OCT2, cimetidina (300 mg, quatro vezes ao dia), com a vareniclina (2 mg, em dose única) aumentou a exposição sistêmica da vareniclina em 29% devido a uma redução no clearance renal da vareniclina.
Não é recomendado ajuste de dose na administração concomitante com a cimetidina.
A vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia) não alterou a farmacocinética de estado de equilíbrio da digoxina administrada na dose diária de 0,25 mg.
A vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia) não alterou a farmacocinética de uma dose única de 25 mg de (R, S)–varfarina.
O tempo de protrombina (INR) não foi afetado pela vareniclina. Parar de fumar por si só pode resultar em alterações da farmacocinética da varfarina.
A vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia) não alterou a farmacocinética de estado de equilíbrio da bupropiona (150 mg, duas vezes ao dia).
Quando a vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia) e a terapia de reposição da nicotina (transdérmica 21 mg/dia) foram coadministradas a fumantes (n=24) por 12 dias, houve uma diminuição estatisticamente significativa da pressão arterial sistólica média (média de 2,6 mmHg) medida no dia final do estudo.
Neste estudo, a incidência de náuseas, cefaleia, vômitos, tontura, dispepsia e fadiga foram maiores para a combinação do que para a terapia de reposição de nicotina sozinha.
O uso de vareniclina com terapia de reposição de nicotina não é aconselhável.
A segurança e a eficácia de vareniclina em combinação com outras terapias antitabagismo não foram estudadas.
Os dados clínicos são limitados com relação à possível interação entre o álcool e a vareniclina. Há relatos pós-comercialização de aumento dos efeitos intoxicantes do álcool em pacientes tratados com vareniclina. Não foi estabelecida a relação causal entre esses eventos e uso de vareniclina.
A eficácia da vareniclina na interrupção do tabagismo foi demonstrada em 3 estudos clínicos pré-comercialização envolvendo fumantes crônicos de cigarros (?10 cigarros/dia).
Um total de 2.619 fumantes receberam vareniclina 1 mg duas vezes ao dia (titulado durante a primeira semana), 669 pacientes receberam bupropiona 150 mg duas vezes ao dia (também por titulação) e 684 pacientes receberam placebo.
Dois estudos clínicos duplo-cegos idênticos compararam prospectivamente a eficácia da vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia), de bupropiona de liberação prolongada (150 mg, duas vezes ao dia) e de placebo na interrupção do tabagismo.
Nestas 52 semanas de duração dos estudos, os pacientes receberam tratamento por 12 semanas, seguido por uma fase de não tratamento de 40 semanas.
Em todos os estudos, os pacientes receberam livros educacionais sobre a interrupção do tabagismo e até 10 minutos de aconselhamento para interromper o tabagismo a cada visita semanal de tratamento, de acordo com a Agency for Healthcare Research and Quality guideline.
Os pacientes devem fixar uma data para parar de fumar (data limite para parar, TQD) com início da dose 1 semana antes desta data.
O desfecho primário dos dois estudos foi a taxa de renúncia contínua em 4 semanas (4W-CQR) confirmada pela medida do monóxido de carbono (CO) da semana 9 até a semana 12. O desfecho primário para vareniclina demonstrou superioridade estatística sobre a bupropiona e o placebo.
Após 40 semanas da fase de não tratamento, os desfechos secundários principais para ambos os estudos foram a Taxa de Abstinência Contínua (AC) na Semana 52. A Taxa de Abstinência Contínua foi definida como a proporção de todos os pacientes tratados que não fumaram (nem mesmo uma tragada de cigarro) da Semana 9 até a Semana 52 e não apresentaram uma medida de monóxido de carbono exalado >10 ppm.
A Taxa de Renúncia Contínua em 4 semanas (semana 9 a 12) e Taxa de Abstinência Contínua (semana 9 a 52) dos estudos 1 e 2 estão incluídas na tabela a seguir
Foram conduzidas análises de subgrupos entre indivíduos que tinham recebido vareniclina 1 mg duas vezes ao dia, em estudos de 12 semanas placebo-controlados (n=1.750).
Esta população era composta de proporções similares de homens (53,5%) e mulheres (46,5%) e de indivíduos <45 anos (55,0%) e ?45 anos de idade (45,0%).
A maioria dos indivíduos nos estudos era da raça branca (81,1%), o restante era da raça negra (11,2%) ou amarela mais outros grupos (7,7%).
Foi demonstrado em todos os subgrupos um índice mais alto de cessação de tabagismo no final do tratamento em indivíduos que receberam vareniclina do que em indivíduos que receberam placebo.
O efeito do tratamento com a vareniclina comparado com o placebo, medido por razões de chance (e associado a intervalos de confiança de 95%) foi de 3,69 (2,73; 5,00) para homens e 4,74 (3,36; 6,67) para mulheres; 3,58 (2,63; 4,86) para indivíduos <45 anos e 4,67 (3,40; 6,66) para indivíduos ?45 anos de idade.
Nas análises por raça, o pequeno número de indivíduos que não são da raça branca limita a possibilidade de se estimar de forma precisa o efeito do tratamento nessas subpopulações; os efeitos do tratamento foram de 4,57 (3,55; 5,87) para indivíduos da raça branca, 1,72 (0,84, 3,50) para indivíduos da raça negra e 4,08 (1,76; 9,50) para subgrupos da raça amarela e outros.
Para abstinência contínua por período prolongado até a semana 52, o efeito do tratamento de vareniclina comparado com o placebo foi de 2,73 (1,86; 4,01) para homens e 3,87 (2,45; 6,12) para mulheres; 3,43 (2,25; 5,23) para indivíduos <45 anos e 2,83 (1,88; 4,25) para indivíduos ?45 anos de idade.
Nas análises por raça, os efeitos do tratamento foram 3,15 (2,30; 4,32) para indivíduos da raça branca, 2,56 (0,86; 7,63) para indivíduos da raça negra e 4,15 (1,27; 13,6) para subgrupos da raça amarela e outros.
Tanto no Estudo 1 como no Estudo 2 durante o tratamento ativo, avaliações dos Resultados Relatados de Pacientes demonstraram que o desejo intenso e a síndrome de abstinência foram significativamente reduzidos em pacientes randomizados para vareniclina em comparação ao placebo.
A vareniclina também reduziu significativamente os efeitos de reforço do tabagismo que podem perpetuar o comportamento tabagista em pacientes que fumam durante o tratamento em comparação ao placebo.
O efeito da vareniclina sobre o desejo intenso de fumar, a síndrome de abstinência e o efeito de reforço do tabagismo não foram avaliados durante a fase de acompanhamento de não tratamento em longo prazo.
O terceiro estudo avaliou o benefício de uma terapia adicional de 12 semanas com a vareniclina sobre a manutenção da abstinência. Os pacientes deste estudo open-label (n=1.927) receberam vareniclina 1 mg, duas vezes ao dia durante 12 semanas.
Os pacientes que pararam de fumar na Semana 12 foram então randomizados para receber ou vareniclina (1 mg, duas vezes ao dia) ou placebo por um período adicional de 12 semanas para uma duração total do estudo de 52 semanas.
O desfecho primário do estudo foi a Taxa de Abstinência Contínua confirmada por CO da Semana 13 até a Semana 24 na fase de tratamento duplo-cego.
O desfecho secundário principal foi a Taxa de Abstinência Contínua (AC) para a Semana 13 até a Semana 52.
Este estudo demonstrou o benefício de um tratamento adicional de 12 semanas com vareniclina 1 mg, duas vezes ao dia, para manutenção da interrupção do tabagismo em comparação ao placebo.
As chances de manutenção da abstinência na Semana 24, após um período de tratamento adicional de 12 semanas com vareniclina, foram de 2,47 vezes às do placebo (p<0,0001). A superioridade ao placebo para Abstinência Contínua foi mantida até a Semana 52 (Odds Ratio = 1,35, p = 0,0126).
Os principais resultados encontram-se resumidos na tabela a seguir
A vareniclina foi avaliada em um estudo duplo cego, placebo-controlado em 494 pacientes que fizeram uma tentativa prévia para parar de fumar com vareniclina, e que não tiveram sucesso em parar ou tiveram recaída após o tratamento.
Os pacientes foram randomizados 1:1 para receber vareniclina 1 mg duas vezes ao dia (N=249) ou placebo (N=245) por 12 semanas de tratamento seguido por mais 40 semanas de pós-tratamento.
Os pacientes incluídos neste estudo haviam tomado vareniclina para uma tentativa de parar de fumar no passado (por um total de tratamento de duração mínima de 2 semanas), pelo menos 3 meses antes de entrar no estudo, e tinham fumado por pelo menos 4 semanas.
Os pacientes tratados com vareniclina tinha uma taxa superior de abstinência confirmada ao monóxido de carbono durante as semanas 9 a 12 (45,0%) comparada a pacientes tratados com placebo (11,8%) (odds ratio 7,08; 95% IC 4,34, 11,55; p<0,0001) e da semana 9 até a 52 (20,1%) comparados com pacientes tratados com placebo (3,3%) (odds ratio 9,00; 95% IC 3,97, 20,41; p<0,0001).
Os eventos adversos neste estudo foram quantitativamente e qualitativamente similares aos observados em estudos pré-marketing.
Os resultados principais estão resumidos na tabela a seguir
A vareniclina foi avaliada em um estudo randomizado, duplo-cego, placebo-controlado em 703 pacientes com doença cardiovascular estável documentada (outras, ou em complemento à hipertensão), diagnosticada há mais de 2 meses.
Pacientes com idade entre 35 e 75 anos foram randomizados para 1 mg de vareniclina duas vezes ao dia (BID) ou placebo em um tratamento de 12 semanas e então foram monitorados por 40 semanas póstratamento.
Nas semanas 9 a 12, pacientes tratados com vareniclina apresentaram uma taxa superior de abstinência confirmada com CO (47,3%) comparados aos pacientes que receberam placebo (14,3%) (odds ratio 6,05; 95% IC 4,13 - 8,86; p<0,0001) e a partir de 9 a 52 semanas (19,8%) comparados aos pacientes que receberam placebo (7,4%) (odds ratio 3,19; 95% IC 1,97 - 5,18; p<0,0001).
Mortes e eventos cardiovasculares graves que ocorrem ao longo das 52 semanas do estudo (emergente e não-emergente do tratamento) foram julgados por um comitê cego, independente.
Os seguintes eventos julgados emergentes do tratamento ocorreram com uma frequência ? 1% em ambos os grupos de tratamento: infarto do miocárdio (1,1% vs. 0,3% para a vareniclina e placebo, respectivamente) e hospitalização por angina pectoris (0,6%vs. 1,1%).
Durante o período de acompanhamento de não-tratamento até 52 semanas, eventos julgados com uma frequência ?1% incluíram necessidade de revascularização coronária (2,0% vs. 0,6%), hospitalização por angina pectoris (1,7% vs. 1,1%) e novo diagnóstico de doença periférica vascular (PVD) ou a admissão para um procedimento de doença periférica vascular (1,4% vs. 0,6%).
Alguns dos pacientes que necessitavam de revascularização coronária foram submetidos ao procedimento como parte da condução do infarto do miocárdio não fatal e hospitalização por angina.
Morte cardiovascular ocorreu em 0,3% dos pacientes no braço de vareniclina e 0,6% dos pacientes no braço de placebo, ao longo do estudo de 52 semanas.
Os principais resultados encontram-se resumidos na tabela a seguir
A segurança cardiovascular (CV) da vareniclina foi avaliada no Estudo de Avaliação de Segurança Cardiovascular em indivíduos com e sem história de transtorno psiquiátrico (estudo principal) e em um estudo de extensão sem tratamento.
No estudo principal (N = 8058), indivíduos com idades entre 18-75 anos, fumando 10 ou mais cigarros por dia foram randomizados 1:1:1:1 para vareniclina 1 mg duas vezes ao dia, bupropiona SR 150 mg duas vezes ao dia, terapia com adesivo de reposição de nicotina (NRT) 21 mg/dia com adesivo ou placebo durante um período de tratamento de 12 semanas; Eles foram seguidos por mais 12 semanas póstratamento.
O estudo de extensão não-tratamento envolveu 4595 dos 6293 indivíduos que completaram o estudo principal e os seguiram até a semana 52.
De todos os indivíduos tratados, 1749 (21,7%) tinham um risco CV médio e 644 (8,0%) tinham um alto risco CV, como definido pelo escore de Framingham.
O desfecho CV primário foi o tempo até o evento cardiovascular mais importante (MACE), definido como morte cardiovascular, infarto do miocárdio não fatal ou acidente vascular cerebral não fatal durante o tratamento.
Mortes e eventos cardiovasculares foram julgados por um comitê cego, independente.
A tabela seguinte mostra a incidência de eventos cardiovasculares e Razões de Risco versus placebo para todos os grupos de tratamento durante o tratamento, e cumulativa para tratamento mais 30 dias e até ao final do estudo
A incidência de eventos + (definida como qualquer evento ou um novo aparecimento ou agravamento da doença vascular periférica (DVP) que exija intervenção, necessidade de revascularização coronária ou hospitalização por angina instável) e todos os óbitos por causa são apresentados para todos os grupos de tratamento durante o tratamento, e cumulativo para tratamento mais 30 dias e até o final do estudo na tabela a seguir.
O uso de vareniclina, bupropiona e NRT não foi associado a um risco aumentado de Eventos Adversos CV em fumantes tratados por até 12 semanas e acompanhados por até 1 ano em comparação com placebo, embora devido ao número relativamente baixo de eventos em geral, uma associação não pode ser totalmente excluída.
O número de indivíduos com eventos cardiovasculares + e todas as causas de óbito foi semelhante ou inferior para os indivíduos tratados com vareniclina em comparação com os tratados com placebo.
O efeito da vareniclina 1mg duas vezes ao dia foi avaliado em um estudo duplo-cego e placebo-controlado em 651 pacientes, que definiram uma data flexível para parar de fumar.
Os pacientes foram randomizados 3:1 para vareniclina ou placebo para um tratamento de 12 semanas e um acompanhamento pós-tratamento de outras 12 semanas.
Neste estudo, 486 pacientes receberam vareniclina e 165 receberam placebo.
Os pacientes foram instruídos a selecionar uma data para parar de fumar após a semana inicial de titulação de dose, mas antes da visita clínica no final da semana 5 de tratamento.
Os pacientes tratados com vareniclina tiveram uma taxa superior de abstinência confirmada com CO durante as semanas 9 a 12 (53,94%) comparada aos pacientes que receberam placebo (19,4%) (odds ratio 6,03; 95% IC 3,80 - 9,56; p<0,0001) e a partir da semana 9 a 24 (35,2%) comparados aos pacientes que receberam placebo (12,73%) (odds ratio 4,45%; 95% IC 2,62 - 7,55; p<0,0001).
Eventos adversos neste estudo foram quantitativa e qualitativamente similares aos observados nos estudos pré-comercialização.
Os principais resultados encontram-se resumidos na tabela a seguir
A vareniclina foi avaliada em um estudo randomizado, duplo-cego, placebo-controlado em 499 pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica leve a moderada e VEF1/CVF <70% e VEF1 ?50% do valor normal após broncodilatadores.
Pacientes com idade ?35 anos foram randomizados para 1 mg de vareniclina duas vezes ao dia ou placebo para um tratamento de 12 semanas e então foram monitorados por 40 semanas pós-tratamento.
Pacientes tratados com vareniclina tiveram uma taxa superior de abstinência confirmada com CO de 9 a 12 semanas (42,3%) comparados aos pacientes que receberam placebo (8,8%) (odds ratio 8,40; 95% IC 4,99 - 14,14; p<0,0001) e a partir de 9 a 52 semanas (18,6%) comparado com pacientes que receberam placebo (5,6%) (odds ratio 4,04; 95% IC 2,13 - 7,67; p<0,0001).
Eventos adversos nesse estudo foram quantitativa e qualitativamente similares aos observados em estudos pré-comercialização.
Os principais resultados encontram-se resumidos na tabela a seguir
A vareniclina foi avaliada em um estudo randomizado, duplo-cego, placebo-controlado com 525 pacientes com transtorno depressivo maior sem características psicóticas (DSM-IV TR) em tratamento antidepressivo estável e/ou que apresentaram um episódio depressivo maior nos 2 últimos anos e foram tratados com sucesso.
Pacientes de 18 a 75 anos foram randomizados para receber vareniclina 1 mg duas vezes ao dia ou placebo para um tratamento de 12 semanas com acompanhamento posterior por 40 semanas após o tratamento.
Os pacientes tratados com vareniclina apresentaram uma frequência maior de abstinência confirmada ao CO durante as semanas 9 a 12 (35,9%) em comparação aos pacientes tratados com placebo (15,6%) (odds ratio 3,35; 95% IC 2,16 - 5,21; p<0,0001) e nas semanas 9 a 52 (20,3%) em comparação com os pacientes tratados com placebo (10,4%) (odds ratio 2,36; 95% IC 1,40 - 3,98; p=0,0011).
Os eventos adversos mais comuns (? 10%) nos pacientes em uso de vareniclina foram náusea (27,0% vs. 10,4% no grupo placebo), dor de cabeça (16,8% vs. 11,2%), sonhos anormais (11,3% vs. 8,2%), insônia (10,9% vs. 4,8%) e irritabilidade (10,9% vs. 8,2%).
Além disso, os seguintes eventos adversos psiquiátricos foram relatados em ? 2% dos pacientes em ambos os grupos de tratamento (vareniclina ou placebo, respectivamente): ansiedade (7,0% vs. 9,3%), agitação (6,6% vs. 4,1%), depressão (6,6% vs. 4,8%), tensão (3,5% vs. 3,0%), humor deprimido (2,7% vs. 3,7%), distúrbio do sono (2,7% vs. 1,5%), hostilidade (2,0% vs. 0,4%) e inquietação (2,0% vs. 1,9%).
As escalas psiquiátricas não mostraram diferenças entre os grupos da vareniclina e placebo e não houve, de modo geral, piora da depressão durante o estudo nos dois grupos de tratamento.
A porcentagem de pacientes com ideação e/ou comportamento suicida foi semelhante entre os grupos da vareniclina e do placebo durante o tratamento (6,0% e 7,5%, respectivamente) e durante o acompanhamento sem tratamento (6,2% e 5,8%, respectivamente).
Houve um evento de autoagressão/possível tentativa de suicídio durante o tratamento (Dia 73) em um paciente do grupo placebo com história de abuso de álcool.
A hipótese de um possível suicídio não pôde ser afastada em um paciente que morreu devido à overdose drogas ilícitas 76 dias após a última dose da droga em estudo no grupo da vareniclina.
Os principais resultados de eficácia são resumidos na tabela seguinte
AC: Taxa de Abstinência.
Contínua IC: Intervalo de Confiança.
A segurança e a tolerabilidade da vareniclina foram avaliadas em um estudo duplo-cego, com 128 fumantes com esquizofrenia estável ou transtorno esquizoafetivo, em uso de medicação antipsicótica, randomizado 2:1 para vareniclina (1 mg duas vezes ao dia) ou placebo durante 12 semanas com 12 semanas de acompanhamento sem medicação.
Os eventos adversos mais comuns nos indivíduos que usaram a vareniclina foram náusea (23,8% vs. 14,0% com placebo), cefaleia (10,7% vs. 18,6% com placebo) e vômito (10,7% vs. 9,3% com placebo).
Entre os eventos adversos neuropsiquiátricos relatados, insônia foi o único evento relatado em ambos os grupos de tratamento em ?5% dos pacientes a uma taxa maior no grupo da vareniclina do que no do placebo (9,5% vs. 4,7%).
No geral, não houve piora da esquizofrenia em ambos os grupos de tratamento, medida por escalas psiquiátricas e não houve mudanças gerais nos sinais extrapiramidais.
No grupo vareniclina comparado com placebo, uma proporção maior de pacientes relatou ideação ou comportamento suicida antes da admissão no estudo (história pregressa) e após o término do período de tratamento ativo (nos Dias 33-85 após a última dose da droga).
Durante o período de tratamento ativo, a incidência de eventos relacionados com suicídio foi semelhante entre os indivíduos tratados com vareniclina e os tratados com placebo (11 vs. 9,3%, respectivamente).
A porcentagem de indivíduos com eventos relacionados com suicídio na fase de tratamento ativo comparado à fase pós-tratamento não foi alterada no grupo vareniclina, no grupo placebo esse percentual foi menor na fase pós-tratamento.
Não houve suicídios. Houve uma tentativa de suicídio em um paciente tratado com vareniclina cuja história pregressa incluía várias tentativas semelhantes.
Os dados limitados disponíveis a partir deste único estudo de interrupção do tabagismo não são suficientes para permitir conclusões definitivas.
No entanto, estes dados não sugerem que o tratamento com vareniclina piore ou cause o suicídio em indivíduos com esquizofrenia estável ou transtorno esquizoafetivo.
A vareniclina foi avaliada num estudo randomizado, duplo-cego, ativo e placebo-controlado que inclui pacientes com histórico de distúrbios psiquiátricos (coorte psiquiátrica N=4.074) e pacientes sem histórico psiquiátrico (coorte não-psiquiátrica N=3.984).
Pacientes com idade entre 18-75 anos, que fumam 10 ou mais cigarros por dia foram randomizados em 1:1:1:1 com vareniclina 1mg BID, bupropiona SR 150mg BID, terapia de reposição de nicotina transdérmica (TRN) 21mg/dia com afunilamento ou placebo para um período de tratamento de 12 semanas, eles eram então acompanhados por outras 12 semanas após o tratamento.
O desfecho primário de segurança foi composto pelos seguintes eventos adversos graves (NPS): episódios severos de ansiedade, depressão, sensação anormal ou hostilidade, eventos graves ou moderados de agitação, agressão, alucinações, ideações homicidas, mania, pânico, psicose, ideação suicida, comportamento suicida ou suicídio completo.
A tabela a seguir demonstra as taxas do desfecho primário composto NPS por grupo de tratamento e as diferenças de riscos (DRs) (95% CI) versus placebo na coorte não-psiquiátrica. Os componentes individuais do desfecho também são demonstrados. Além disso, a tabela demonstra o subgrupo do desfecho compreendido apenas de eventos de intensidade grave
EA: evento adverso.
a : Grau: evento adverso de intensidade grave.
b : Grau: evento adverso de intensidade moderada a grave.
TRN: terapia de reposição de nicotina transdérmica.
Na coorte não-psiquiátrica, as taxas de eventos do desfecho primário composto de segurança foram baixas para todos os grupos de tratamento e foram similares ou menores para cada um dos tratamentos ativos comparados com o placebo: diferenças de risco (DRs (intervalo de confiança – IC de 95% versus placebo foram – 1,28% (-2,40, -0,15) para vareniclina, -0,08% (-1,37, 1,21) para bupropiona e -0,21% (-1,54, 1,12) para TRN.
O uso de vareniclina, bupropiona e TRN na coorte não-psiquiátrica não foi associado ao aumento do risco de eventos adversos NPS no desfecho primário composto comparado ao placebo (ICs de 95% foram negativos ou incluíram zero). Similarmente, o uso de vareniclina não foi associado ao aumento de risco de eventos adversos NPS no desfecho primário composto comparado com bupropiona ou TRN na coorte não-psiquiátrica (-1,19% (-2,30, -0,09) e -1,07 (-2,21, 0.08), respectivamente).
Na coorte não-psiquiátrica, a porcentagem de pacientes com ideação suicida e/ou comportamento suicida baseado na Escala Columbia de Avaliação de Risco de Suicídio (Columbia Suicide Severity Rating Scale – CSSRS) foi similar entre vareniclina e grupos placebo durante o tratamento e no acompanhamento sem tratamento, como demonstrado na tabela a seguir
Houve um suicídio completo, que ocorreu durante o tratamento em um paciente tratado com placebo na coorte não-psiquiátrica.
A tabela a seguir demonstra as taxas do desfecho primário composto NPS de eventos adversos por grupo de tratamento e as diferenças de riscos (DRs) (IC de 95%) versus placebo na coorte psiquiátrica. Os componentes individuais do desfecho também são demonstrados. Além disso, a tabela demonstra o subgrupo do desfecho compreendidos apenas por eventos de intensidade grave
EA: evento adverso.
a : Grau: evento adverso de intensidade grave.
b : Grau: evento adverso de intensidade moderada a grave.
TRN: terapia de reposição de nicotina transdérmica.
Houveram mais eventos relatados em pacientes da coorte psiquiátrica em cada grupo de tratamento comparado com a coorte não–psiquiátrica.
Na coorte psiquiátrica, a incidência de eventos do desfecho composto foi maior para cada um dos tratamentos ativos comparados ao placebo: DRs (IC de 95%) versus placebo onde 1,59% (-0,42, 3,59) para vareniclina, 1,78% (-0,24, 3,81) para bupropiona e 0,37% (-1,53, 2,26) para TRN.
O uso de vareniclina, bupropiona e TRN na coorte psiquiátrica não foi associado a aumento de risco de eventos adversos NPS do desfecho primário composto comparado ao placebo (ICs de 95% incluindo zero).
Similarmente, o uso de vareniclina não foi associado com um aumento do risco de eventos adversos NPS do desfecho primário composto comparado a bupropiona ou TRN na coorte psiquiátrica (-0,20% (-2,34, 1,95) e (-0,81, 3,25), respectivamente).
Na coorte psiquiátrica, a porcentagem de pacientes com ideação e/ou comportamento suicida baseado na Escala Columbia de Avaliação de Risco de Suicídio (Columbia Suicide Severity Rating Scale – C-SSRS) foi similar entre os grupos vareniclina e placebo durante o tratamento e no período de acompanhamento pós-tratamento, como demonstrado na tabela a seguir
TRN = terapia de reposição de nicotina transdérmica.
Não houve suicídio completo relatado na coorte psiquiátrica.
Os eventos adversos mais comumente relatados nos pacientes tratados com vareniclina neste estudo foram similares aos observados nos estudos pré-marketing.
Os eventos adversos relatados em > 10% de pacientes tratados com vareniclina em todo o estudo populacional foram náusea (25,3% versus 6,8% no placebo) e dor de cabeça (12,2% versus 9,9% no placebo).
Em ambas as coortes, os pacientes tratados com vareniclina tiveram uma taxa superior de abstinência coconfirmada durante as semanas de 9 a 12 e 9 a 24 comparadas a pacientes tratados com bupropiona, reposição de nicotina transdérmica e placebo.
Os principais resultados de eficácia estão resumidos na seguinte tabela
Coorte não-psiquiátrica | Coorte psiquiátrica | |
TAC 9-12 n/N (%) | ||
Vareniclina | 382/1.005 (38,0%) | 301/1.032 (29,2%) |
Bupropiona | 261/1.001 (26,1%) | 199/1.033 (19,3%) |
TRN | 267/1.013 (26,4%) | 209/1.025 (20,4%) |
Placebo | 138/1.009 (13,7%) | 117/1.026 (11,4%) |
Comparações dos Tratamentos: Odds ratio (IC de 95%), valor de p | ||
Vareniclina vs. Placebo | 4,00 (3,20, 5,00), p<0,0001 | 3,24 (2,56, 4,11), p<0,0001 |
Bupropiona vs. Placebo | 2,26 (1,80, 2,85), p<0,0001 | 1,87 (1,46, 2,39), p<0,0001 |
TRN vs. Placebo | 2,30 (1,83, 2,90), p<0,0001 | 2.00 (1,56, 2,55), p<0,0001 |
Vareniclina vs. bupropiona | 1,77 (1,46, 2,14), p<0,0001 | 1.74 (1,41, 2,14), p<0,0001 |
Vareniclina vs. TRN | 1,74 (1,43, 2,10), p<0,0001 | 1.62 (1,32, 1,99), p<0,0001 |
TAC 9-24 n/N (%) | ||
Vareniclina | 256/1.005 (25,5%) | 189/1.032 (18,3%) |
Bupropiona | 188/1.001 (18,8%) | 142/1.033 (13,7%) |
TRN | 187/1.013 (18,5%) | 133/1.025 (13,0%) |
Placebo | 106/1.009 (10,5%) | 85/1.026 (8,3%) |
Comparações dos Tratamentos: Odds ratio (IC de 95%), valor de p | ||
Vareniclina vs. Placebo | 2,99 (2,33, 3,83), p<0,0001 | 2,50 (1,90, 3,29), p<0,0001 |
Bupropiona vs. Placebo | 2,00 (1,54, 2,59), p<0,0001 | 1,77 (1,33, 2,36), p<0,0001 |
TRN vs. Placebo | 1,96 (1,51, 2,54), p<0,0001 | 1,65 (1,24, 2,20), p=0,0007 |
Vareniclina vs. bupropiona | 1,49 (1,20, 1,85) p=0,0003 | 1,41 (1,11, 1,79), p=0,0047 |
Vareniclina vs. TRN | 1,52 (1,23, 1,89), p=0,0001 | 1,51 (1,19, 1,93), p=0,0008 |
TAC: taxa de abstinência contínua, IC: intervalo de confiança.
TRN: terapia de reposição de nicotina transdérmica.
A vareniclina, liga-se com alta afinidade e seletividade aos receptores acetilcolínicos nicotínicos neuronais ?4?2, onde age como um agonista parcial – um composto que tem atividades tanto agonistas com eficiência intrínseca menor que a nicotina e antagonistas na presença de nicotina.
Estudos in vitro de eletrofisiologia e estudos neuroquímicos in vivo demonstraram que a vareniclina se liga aos receptores acetilcolínicos nicotínicos neuronais ?4?2 e estimula a atividade mediada pelo receptor, porém em nível significativamente menor do que a nicotina.
A nicotina compete pelo mesmo sítio de ligação humano ?4?2 nAChR pelo qual a vareniclina tem maior afinidade. Por isso, a vareniclina pode bloquear de forma eficaz a capacidade da nicotina de ativar totalmente o receptor ?4?2 e o sistema mesolímbico da dopamina, que se acredita ser o mecanismo neuronal subjacente de reforço e recompensa experimentado após fumar.
A vareniclina é altamente seletiva e se liga mais potentemente ao subtipo de receptor ?4?2 (Ki=0,15 nM) do que a outros receptores nicotínicos comuns (?3?4 Ki=84 nM, ?7 Ki=620 nM, ?1??? Ki=3.400 nM), ou a receptores e transportadores não nicotínicos (Ki>1 µM, exceto para receptor 5-HT3: Ki=350 nM. A vareniclina também se liga com afinidade moderada (Ki=350 nM) ao receptor 5-HT3.
Acredita-se que a eficácia da vareniclina na interrupção do tabagismo é resultado da atividade agonista parcial da vareniclina no receptor nicotínico ?4?2 onde sua ligação produz um efeito suficiente para aliviar os sintomas de desejo intenso e síndrome de abstinência (atividade agonista), ao mesmo tempo em que resulta em redução dos efeitos de recompensa e reforço do tabagismo ao evitar a ligação da nicotina aos receptores ?4?2 (atividade antagonista).
As análises dos dados de ensaios clínicos não mostraram evidência de risco aumentado de eventos neuropsiquiátricos graves com vareniclina em comparação com placebo. Além disso, estudos observacionais independentes não evidenciaram um risco aumentado de eventos neuropsiquiátricos graves em pacientes tratados com vareniclina em comparação com pacientes com prescrição de terapia de reposição de nicotina (TRN) ou bupropiona.
Foi realizada uma meta-análise com 5 ensaios clínicos randomizados, duplo cegos, controlados por placebo, incluindo 1.907 pacientes (1.130 vareniclina, 777 placebo) para avaliar a ideação suicida e comportamento como relatado na Escala Columbia de Avaliação de Risco de Suicídio (C-SSRS). Esta meta-análise incluiu um ensaio (N = 127) em pacientes com histórico de esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo e outro ensaio (N = 525) em pacientes com história de depressão.
Os resultados não mostraram aumento da incidência de casos de ideação e/ou comportamento suicida em pacientes tratados com vareniclina em comparação com pacientes tratados com placebo, com uma razão de risco (RR) de 0,79 (intervalo de confiança de 95% [IC]: 0,46; 1,36), como mostrado na tabela abaixo. Quarenta e oito (48) dos 55 pacientes que relataram comportamento ou ideação suicida (24 vareniclina, 24 placebo) eram dos ensaios que envolveram pacientes com históricos de esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo ou depressão. Poucos pacientes relataram esses eventos nos outros três ensaios (4 vareniclina, 3 placebo).
Número de pacientes com razão de risco de ideação e/ou comportamento suicida relatado de acordo com a CSSRS de uma meta-análise de cinco ensaios clínicos comparando vareniclina e placebo
Vareniclina (N=1.130) | Placebo (N=777) | |
Pacientes com ideação e/ou comportamento suicida* [n (%)]** | 28 (2,5) | 27 (3,5) |
Pacientes-anos de exposição | 325 | 217 |
Razão de Risco # (RR: 95% IC) | 0,79 (0,46; 1,36) |
* Um paciente em cada braço do ensaio relatou comportamento suicida.
** Pacientes com eventos até 30 dias após o tratamento;% Não são ponderados pelo estudo.
# RR taxa de incidência por 100 pacientes por ano.
Uma meta-análise com 18 ensaios clínicos duplo-cegos, randomizados, controlados por placebo, foi realizada para avaliar a segurança neuropsiquiátrica de vareniclina. Estes ensaios incluíram os 5 ensaios descritos acima que usaram a C-SSRS e um total de 8.521 pacientes (5.072 vareniclina e 3.449 placebo), alguns dos quais tinham doenças psiquiátricas. Os resultados mostraram uma incidência semelhante de eventos adversos neuropsiquiátricos combinados, com exceção dos distúrbios do sono, em pacientes tratados com vareniclina em comparação a pacientes tratados com placebo, com uma razão de risco (RR) de 1,01 (IC de 95%: 0,88; 1,15).
Os dados obtidos a partir desses 18 ensaios apresentaram uma taxa de incidência semelhante de categorias individuais de eventos psiquiátricos em pacientes tratados com vareniclina em comparação a pacientes tratados com placebo. A tabela abaixo mostra as categorias de eventos adversos mais frequentemente reportados (? 1%) relacionados à segurança psiquiátrica com exceção de transtornos e distúrbios do sono.
Eventos adversos psiquiátricos obtidos a partir de análise conjunta de 18 estudos clínicos e que ocorreram em ? 1% dos pacientes
Vareniclina (N=5.072) | Placebo (N=3.449)? | |
Distúrbios e sintomas de ansiedade | 253 (5,0) | 206 (6,0) |
Transtornos e distúrbios de depressão | 179 (3,5) | 108 (3,1) |
Transtornos e distúrbios de humor NEC* | 116 (2,3) | 53 (1,5) |
* NEC = Não classificado em outro lugar.
Contagens (percentagens) correspondem ao número de pacientes que relataram o evento.
Quatro estudos observacionais, cada um incluindo 10.000 a 30.000 usuários da vareniclina na análise ajustada, em comparação ao risco de eventos neuropsiquiátricos graves, incluindo hospitalizações neuropsiquiátricas e automutilação fatal e não-fatal, em pacientes tratados com vareniclina versus pacientes prescritos TRN ou bupropiona. Todos os estudos eram estudos de coorte retrospectivos e incluíram pacientes com e sem histórico psiquiátrico.
Todos os estudos usaram métodos estatísticos para controle de fatores de confusão, incluindo prescrição preferencial da vareniclina para pacientes saudáveis, embora haja a possibilidade de confusão residual.
Dois dos estudos não encontraram diferença no risco de hospitalizações neuropsiquiátricas entre os usuários de vareniclina e usuários de adesivo de nicotina (hazard ratio [HR] 1,14; 95% de intervalo de confiança [IC]: 0,56 - 2,34 no primeiro estudo e de 0,76; IC 95%: 0,40-1,46 no segundo estudo). O poder de detectar diferenças nestes dois estudos foi limitado. O terceiro estudo não relatou nenhuma diferença no risco de eventos adversos psiquiátricos diagnosticados durante avaliação em unidade de emergência ou admissão de internação entre os usuários da vareniclina e usuários da bupropiona (HR 0,85; IC 95%: 0,55-1,30).
Com base nos relatórios de póscomercialização, a bupropiona pode ser associada a eventos adversos neuropsiquiátricos. O quarto estudo não mostrara nenhuma evidência de maior risco de automutilação fatal e não-fatal (HR de 0,88; IC 95%: 0,52-1,49) em pacientes utilizando vareniclina em comparação a pacientes utilizando TRN. A ocorrência de suicídio detectado foi rara nos três meses após inicio de qualquer dos tratamentos medicamentosos pelos pacientes (dois casos em 31.260 usuários da vareniclina e seis casos em 81.545 usuários TRN).
Um estudo de coorte de base populacional comparou bebês expostos à vareniclina in útero (N = 335) com bebês nascidos de mães que fumaram durante a gravidez (N = 78,412) e bebês nascidos de mães não-fumantes (N = 806,438). Neste estudo, os bebês expostos à vareniclina in útero não apresentaram maiores malformações congênitas (3,6%) do que bebês nascidos de mães que fumaram durante a gravidez (4,3%) ou mães nãofumantes (4,2%).
Do mesmo modo, os bebês expostos à vareniclina in útero, em comparação com os bebês de mães fumantes e não fumantes, não apresentaram risco aumentado de morte fetal (0,3%, 0,5%, 0,3%, respectivamente), pequeno para a idade gestacional (12,5% 17,1%, 9,1%), nascimento prematuro (7,5%, 7,9%, 5,8%) ou ruptura prematura da membrana (3,6%, 5,4%, 3,8%).
As concentrações plasmáticas máximas da vareniclina ocorrem tipicamente dentro de 3-4 horas após a administração oral. Após a administração de doses múltiplas orais a voluntários sadios, foram atingidas condições de estado de equilíbrio dentro de 4 dias. A absorção é quase completa após administração oral e a disponibilidade sistêmica é alta. A biodisponibilidade oral da vareniclina não é afetada por alimentos ou pelo horário de administração.
A vareniclina se distribui nos tecidos, incluindo o cérebro. O volume médio de distribuição aparente é de 415 litros (%CV=50) no estado de equilíbrio. A taxa de ligação a proteínas plasmáticas da vareniclina é baixa (?20%) e não depende nem da idade nem da função renal.
A vareniclina sofre metabolismo mínimo com 92% sendo excretado na forma inalterada na urina e menos que 10% excretada como metabólitos. Os metabólitos secundários na urina incluem a vareniclina Ncarbamoilglicuronídeo e hidroxivareniclina. Na circulação, a vareniclina compreende 91% do material relacionada ao fármaco. Os metabólitos secundários circulantes incluem vareniclina N-carbamoilglicuronídeo e N-glicosilvareniclina.
A meia-vida de eliminação da vareniclina é de aproximadamente 24 horas. A eliminação renal da vareniclina ocorre principalmente através da filtração glomerular associada à secreção tubular ativa por meio do transportador catiônico orgânico, OCT2.
A vareniclina exibe cinética linear quando administrada em dose única (0,1 a 3 mg) ou em doses repetidas (1 a 3 mg/dia).
Não existem diferenças clinicamente significativas de farmacocinética da vareniclina devido à idade, raça, sexo, fumantes ou não fumantes ou uso de medicamentos concomitantes, como demonstrado em estudos farmacocinéticos específicos e nas análises de farmacocinética populacional.
Devido à ausência de metabolismo hepático significativo, a farmacocinética da vareniclina não deve sofrer alteração em pacientes com insuficiência hepática.
A farmacocinética da vareniclina permaneceu inalterada em pacientes com insuficiência renal leve (clearance de creatinina estimado >50 mL/min e ?80 mL/min). Em pacientes com insuficiência renal moderada (clearance de creatinina estimado ?30 mL/min e ?50 mL/min), a exposição da vareniclina aumentou 1,5 vezes em comparação com os indivíduos com função renal normal (clearance de creatinina estimado >80 mL/min). Em indivíduos com insuficiência renal grave (clearance de creatinina estimado <30 mL/min), a exposição à vareniclina aumentou 2,1 vezes. Em pacientes com doença renal em estágio terminal (ESRD). que fazem 3 horas de hemodiálise 3 vezes por semana, a exposição à vareniclina aumentou 2,7 vezes após a administração de 0,5 mg uma vez ao dia por 12 dias.
A Cmáx e a AUC nestes pacientes foi similar a pacientes saudáveis recebendo 1 mg duas vezes ao dia. Nestes pacientes, a vareniclina foi eficientemente removida por hemodiálise. Embora nenhum ajuste de dose seja necessário, para pacientes com insuficiência renal leve a moderada, uma frequência de administração reduzida de 1 mg em dose única diária é recomendada para pacientes com insuficiência renal grave. A administração deve ser iniciada com 0,5 mg em dose única diária nos 3 primeiros dias e, em seguida, deve ser aumentada para 1 mg em dose única diária.
A farmacocinética da vareniclina em pacientes idosos com função renal normal (entre 65 e 75 anos de idade) é similar ao dos adultos jovens. Em pacientes idosos com insuficiência renal grave, é recomendado ajuste de dose.
A farmacocinética de doses única e múltiplas da vareniclina foi investigada em pacientes pediátricos com idade entre 12 e 17 anos (inclusive) e foi aproximadamente proporcional a dose no intervalo de dose estudado de 0,5 mg-2 mg diários. A exposição sistêmica no estado de equilíbrio em pacientes adolescentes de peso corpóreo >55 kg, avaliada pela AUC(0-24), foi comparável ao observado para as mesmas doses na população adulta.
Quando doses de 0,5 mg duas vezes ao dia foram administradas, a exposição diária da vareniclina no estado de equilíbrio foi, em média, maior (em aproximadamente 40%) em pacientes adolescentes com peso corpóreo ?55 kg em comparação com o observado na população adulta.
Estudos de carcinogenicidade ao longo da vida foram realizados em camundongos CD-1 e ratos Sprague-Dawley. Não há evidências de efeitos carcinogênicos em camundongos que receberam a vareniclina por gavagem oral por 2 anos em doses de até 20 mg/kg/dia (47 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos baseado na AUC). Aos ratos foram administrados vareniclina (1, 5, e 15 mg/kg/dia) por gavagem por 2 anos.
Em ratos machos (n = 65 por sexo por grupo de dose), as incidências de hibernoma (tumor de gordura castanha) aumentaram com a dose intermediária (1 tumor, 5 mg/kg/dia, 23 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos baseada na AUC) e dose máxima (2 tumores, 15 mg/kg/dia, 67 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos baseada na AUC). A relevância clínica destes achados para humanos ainda não foi estabelecida. Não há evidências de carcinogenicidade em ratas fêmeas.
A vareniclina não apresentou efeitos genotóxicos, com ou sem ativação metabólica, com base nos seguintes ensaios: ensaio de mutação bacteriana de Ames; ensaio CHO/HGPRT em mamíferos; e testes in vivo para aberrações citogênicas em medula óssea de ratos e in vitro em linfócitos humanos.
Não houve evidências de danos à fertilidade em ratos Sprague-Dawley machos e fêmeas que receberam succinato de vareniclina até 15 mg/kg/dia (67 e 36 vezes, respectivamente, a dose diária máxima recomendada para humanos baseada na AUC com 1 mg duas vezes ao dia).
Entretanto, uma redução na fertilidade foi percebida na prole de ratas prenhas que receberam succinato de vareniclina na dose oral de 15 mg/kg/dia (36 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos baseada na AUC com 1 mg duas vezes ao dia). Esta redução na fertilidade na prole de ratas tratadas não foi evidente na dose oral de 3 mg/kg/dia (9 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos baseada na AUC com 1 mg duas vezes ao dia).
O succinato de vareniclina não foi teratogênico em ratos e coelhos em doses orais de até 15 e 30 mg/kg/dia, respectivamente (36 e 50 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos baseada na AUC com 1 mg duas vezes ao dia, respectivamente).
Demonstrou-se que o succinato de vareniclina apresenta um evento adverso sobre o feto nos estudos de reprodução em animais. A administração do succinato de vareniclina a coelhas prenhas resultou em pesos fetais reduzidos com uma dose oral de 30 mg/kg/dia (50 vezes a AUC em humanos com a dose de 1 mg duas vezes ao dia); esta redução não foi evidente após tratamento com 10 mg/kg/dia (23 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos baseada na AUC).
Além disso, na prole de ratas prenhes tratadas com succinato de vareniclina ocorreram reduções da fertilidade e aumentos da resposta a estímulo auditivo com uma dose oral de 15 mg/kg/dia (36 vezes a dose diária máxima recomendada para humanos baseada na AUC com a dose de 1 mg duas vezes ao dia).
Dados pré-clínicos indicam que a vareniclina reforça propriedades embora com potência menor que a nicotina. Além disso, em estudos clínicos em humanos, a vareniclina possui baixo potencial de abuso.
Champix deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade.
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MS – 1.0216.0209
Farmacêutica Responsável:
Carolina C. S. Rizoli
CRF N° 27071
Registrado e Importado por:
Laboratórios Pfizer Ltda.
Rodovia Presidente Castelo Branco, Km 32,5
CEP 06696-000 - Itapevi – SP
CNPJ n° 46.070.868/0036-99
Fabricado e Embalado por:
R-Pharm Germany GmbH
Heinrich-Mack-Str. 35, 89257
Illertissen – Alemanha
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